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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Em defesa dos criminosos - Revista Oeste

 Silvio Navarro

Ações duras da polícia de São Paulo contra o crime organizado atiçaram a militância de esquerda a favor dos direitos dos bandidos

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

O roteiro já é bem conhecido no Brasil: um policial militar é morto a tiros por criminosos fortemente armados, que impedem a patrulha num território tomado pelo tráfico de drogas. 
 O caso passa despercebido pela imprensa tradicional, nenhuma autoridade do governo federal se manifesta, e as entidades da sociedade civil permanecem caladas. 
A polícia reage, promove uma caçada aos criminosos, é recebida novamente à bala, e a operação termina com mortos.  
Entra em cena a defesa dos bandidos.
 
O episódio mais recente aconteceu no Guarujá, no litoral sul de São Paulo. O soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, foi morto com um tiro no tórax. Gaúcho de Santa Maria, deixou a mulher e um filho de três anos.  
 
Reis integrava a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite paulista. 
Ganhava um salário de R$ 6 mil para arriscar a vida diariamente. 
Na semana passada, ele estava na viatura que patrulhava a beirada de um morro, quando o carro foi metralhado à distância. 
Outro passageiro, um cabo, também foi baleado e está fora de perigo. Patrick Bastos Reis, soldado da Rota | Foto: Divulgação
 
No dia seguinte, a Secretaria de Segurança Pública iniciou a Operação Escudo, com o envio de 600 homens para a Baixada Santista — inicialmente, por 30 dias, mas o efetivo local será ampliado com a contratação de 120 novos policiais. 
Em uma semana, foram presas 84 pessoas — 30 procuradas pela Justiça e 54 em flagrante, portando fuzis e pistolas, além de meia tonelada de drogas. Houve confrontos em diversas partes do litoral. Morreram 16 pessoas. Dois policiais foram baleados em ataques súbitos — uma PM atingida pelas costas numa padaria escapou por pouco da morte.

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Bandidolatria
Uma enorme frente de esquerda se levantou contra a polícia nesta semana. Os ministros do governo petista, liderados por Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), decidiram criticar “os excessos” da PM durante a operação. “Houve uma reação imediata que não parece, neste momento, ser proporcional em relação ao crime que foi cometido”, disse Dino. O secretário dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que jamais visitou os presos políticos do dia 8 de janeiro, alojados a poucos quilômetros do seu gabinete em Brasília, deu uma entrevista indignado: “Não podemos usar isso como uma forma de agredir e violar os direitos humanos de outras pessoas. É preciso um limite para as coisas”.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que também não enviou um representante até hoje aos presídios da Papuda ou da Colmeia (feminino) para verificar as condições dos presos políticos dos protestos de 8 de janeiro, apareceu ....

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“As pessoas que foram assassinadas não tinham nenhum vínculo com tráfico”, diz Priscila Beltrame, da OAB- SP. Uma das vítimas era portador de esquizofrenia, e o outro era ambulante da região do Guarujá.
▶️SINAL ABERTO 🔴 Assista ao @estudioi, com @AndreiaSadi:… pic.twitter.com/ZIvi7j2jps— GloboNews (@GloboNews) July 31, 2023

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Na quarta-feira, 2, o programa Oeste Sem Filtro revelou a lista de antecedentes criminais pesados de 11 dos 16 mortos identificados. São casos de homicídio, sequestro, porte ilegal de armas, tráfico de drogas e alguns que estavam cumprindo pena em regime aberto.

Imagens de câmeras de segurança no litoral e vídeos publicados nos próprios perfis no Instagram mostram os criminosos armados até os dentes desfilando pelas ruas e debochando da presença da PM. O fuzil utilizado num dos ataques à polícia foi apreendido.

O autor do disparo fatal contra o soldado da Rota se chama Erickson David da Silva, de 28 anos. Ele foi orientado por um advogado a gravar um vídeo criticando “a matança de inocentes pela polícia” antes de se entregar. Chegou à delegacia sorrindo, acompanhado da mãe, e negou a autoria do crime. Já passou pela audiência de custódia no Fórum de Santos e teve a prisão preventiva decretada até o final do mês. “Depois que esse assassino foi preso, aí ele virou bonzinho, um coitadinho”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. “Na verdade, ele é o principal causador dessa tragédia que aconteceu na vida do soldado Reis. Esse vídeo que ele fez, orientado pelos seus defensores, inclusive tem áudio do advogado o orientando a gravar, é uma estratégia do crime organizado para cooptar moradores.”

Para quem acha que a atuação da polícia é desproporcional, apreendemos hoje um fuzil em posse dos criminosos no litoral. Não vamos baixar a guarda no enfrentamento ao crime organizado. Em SP, não haverá território onde a polícia não entre. Seguiremos defendendo a população.
pic.twitter.com/NOnpACsqjr— Guilherme Derrite (@DerriteSP) August 1, 2023

Política
Há um latente componente político no episódio. Nem o governo Lula nem seus apoiadores nas redações da velha imprensa escondem que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é o alvo a ser batido depois da inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

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Por que a diferença no tratamento dos casos? Porque o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, é do PT.

Desta vez, Lula ficou quietotalvez por orientação de algum conselheiro, talvez porque suas falas desastrosas sobre segurança pública já tenham causado estrago suficiente.  
Mas a lembrança de alguns episódios são inevitáveis: ele já relativizou o crime de furto algumas vezes — do celular ao pãozinho —, atuou como interlocutor dos sequestradores em greve de fome do empresário Abilio Diniz, desdenhou de um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar o senador Sergio Moro, entre outros bonés com mensagens duvidosas que vestiu.

Não há como separar o avanço da criminalidade do esgarçamento de valores morais — o bandido não é a vítima, e o crime nunca pode vencer. A mensagem deve ser clara: não há território onde a polícia não entre. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também entrou numa favela, no Complexo da Maré, a mais perigosa do Rio de Janeirosem escolta e sem nenhum símbolo da polícia. [a ministra que ainda ocupa  a pasta 'igualdade racial', também desfilou na mesma favela.  de moto, ela e o motociclista sem capacete e nada aconteceu.] 

ÍNTEGRA DA MATÉRIA

 
Leia também “A KGB do governo”

 

  Coluna Silvio Navarro,  jornalista - Revista Oeste

 

 

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