Ontem, às 16h, recebi um mandado de convocação de jurado. Pela 5a. vez.
Às 18:15h, retruquei por e-mail, pontuando que sou profissional liberal,
tendo compromissos agendados e planejados como consultor empresarial e
professor universitário.
Às 19:25h de ontem, recebi retorno de minha mensagem, solicitando meu comparecimento hoje, às 9h, para a sessão no Fórum.
A doutora - será que é PhD? - juíza do caso, fez uma emocionante exposição do papel diferenciado daqueles potenciais jurados que ali estavam, ressaltando a importância individual das pessoas por julgarem vítimas de acusados de homicidas, que trouxeram luto às famílias e a sociedade - meu impedindo?
A “doutora” juíza, posteriormente, leu uma lista, com o nome das pessoas que foram dispensadas e/ou excluídas do referido julgamento.
Meu pleito estava lá, o último a ser lido. Solicitou-me “provas”. Ato contínuo, em uma sala repleta, com aproximadamente 80 pessoas, tomei a palavra. Informei-a que havia sido convocado ontem, às 16h, e já havia exposto meus motivos, com as respectivas justificativas.
Após sua
fala - infelizmente não dispunha de lenço -, argumentei que, embora
causa razoável, primeiramente, preocupava-me com minha lógica
individualista, tendo em vista meus objetivos compromissos
profissionais.
Disse ainda que, distintamente dela, não era funcionário estatal.
A “doutora” redarguiu, afirmando que era “agente política do Estado”, e que percebia minha lógica individualista. Dispensou-me da sessão, solicitando detalhamento de provas.
Será que
sou um inescrupuloso individualista, indo de encontro a “lógica”
coletivista, amplamente vociferada e encrustada em nossa sociedade
verde-amarela? Penso que exerci, trivialmente, meu livre-arbítrio de
pensar e agir.
Nesta direção, os aflorados sentimentos coletivistas, meu juízo,
representam, pragmaticamente, um demérito, exatamente o contrário do que
quer crer a grande massa de bom-mocistas coletivistas.
Imagino que meu auto-interesse me ajude e, por consequência, auxilio aos outros e às empresas com as quais trabalho. Essa é a mentalidade estatal, encharcada de sentimentos, culpas e ordens sobre como as pessoas devem pensar e agir.
Uma
mentalidade que impulsiona os indivíduos a pensarem e se agitarem com
suas próprias consciências, e seus respectivos deveres comunitários.
Mais uma vez, confesso que quase chorei, com a narrativa justiceira e sentimental da referida doutora.
Penso, definitivamente, de forma distinta, isento de juízo de valor, tipo melhor ou pior. De fato, preocupo-me comigo e com os que me cercam, fazendo, literalmente, o bem a todas as pessoas.
Não sou adepto da autopromoção de orgias mentais, culposas e, portanto, de julgamentos morais “coletivistas” em meu “eu” interior.
Pelo contrário, acho que o bem individual e da comunidade de fato se materializa, quando cada um se mantém preparado e atualizado em seus respectivos campos, em constante estado de alerta, para abraçar as oportunidades à frente, beneficiando a si próprio e aos outros.
Hoje, imagino que, mais uma vez, tive a oportunidade de cultivar minha mentalidade individual, que reputo como sendo a mais adequada. Sai com um sentimento - ah, como somos sentimentais! -, de que a “doutora” pensa - e tomara que aja como pensa e verbaliza - distintamente de mim.
Sim, claro, somos seres humanos e, portanto, inalteravelmente, diferentes.
Site Percival Puggina - Alex Pipkin,PhD
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