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domingo, 6 de outubro de 2019

General Heleno manda FHC calar a boca após crítica do ex-presidente ao governo - Folha de S. Paulo

¿Por qué no te callas? comentou o chefe do GSI em post no qual o tucano condena demissões em áreas culturais 

O general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), atacou o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso nas redes sociais na noite deste sábado (5).
Em um tweet no qual o tucano critica o governo Jair Bolsonaro no Twitter, o general perguntou "por que no te callas", ou por que não te calas, em espanhol.

Em uma postagem publicada no início da tarde de sábado, FHC comparava a violência do atual governo com aquela praticada por bandidos. "Armas nas mãos de bandidos ou de quem não sabe usá-las aumenta o medo. Demitir funcionários em áreas culturais por ideologia repete o desatino", escreveu. No final, chamava as pessoas a protestar. [a Cultura precisa ser reintegrada, de fato e de direito,  ao Ministério da Educação que passará a ter a denominação dos tempos em que a bagunça, o desrespeito aos VALORES, à FAMÍLIA e a INOCÊNCIA das crianças não prosperava = Ministério da Educação e Cultura.]
O perfil oficial do PSDB também interveio no bate-boca. "Quem anda bem calado frente a vários absurdos é o senhor, ministro Augusto Heleno. Lembre-se que é Brasil acima de tudo", comentou no post original [general, não perca tempo respondendo ao PSDB, certamente já está em outro ponto do muro.].


A Folha revelou nesta sexta (4) que o Ministério da Cidadania exonerou 19 funcionários da Funarte ligados ao diretor teatral Roberto Alvim, que assumiu o órgão em junho. A reportagem apurou que a demissão foi uma retaliação do ministro Osmar Terra às tentativas de Alvim de se aproximar do presidente Jair Bolsonaro. No mesmo dia, uma reportagem mostrou que a Caixa Econômica Federal, outro órgão ligado ao governo, criou um sistema de censura prévia a projetos culturais realizados em seus espaços em todo o país. [chega de bancar a "cultura" que quer destruir o que ainda presta na cultura no Brasil;
quem banca, tem o direito de impor condições.
Aos aliados tudo - aos inimigos, os rigores da lei.]
Em meio a suspeitas de censura sobre o cancelamento de ao menos cinco projetos já aprovados pela Caixa em editais, funcionários afirmaram que a instituição agora analisa o posicionamento político dos seus criadores, seu comportamento nas redes sociais e outros pontos polêmicos antes de dar o aval para que eles entrem em cartaz.

O comentário de Heleno no Twitter remete a uma "chamada" do rei Juan Carlos da Espanha ao então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em uma reunião de chefes de Estado em 2007.

Folha de S. Paulo, ilustrada UOL


sábado, 22 de setembro de 2018

Nada mais a perder

“Ninguém leva o eleitor para votar puxando-o pelo nariz. Os que estão radicalizados são contra o PT e contra Bolsonaro; os que temem essa radicalização, tentarão viabilizar um tertius'”

 O candidato a presidente da República do PSDB, Geraldo Alckmin, endureceu o discurso contra Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que lideram as pesquisas de opinião, numa tentativa de evitar a completa desidratação de sua candidatura na reta final da campanha eleitoral. Fez ataques pesados e diretos ontem aos dois adversários nas redes sociais e no horário eleitoral gratuito, com esperança de conter a ascensão de ambos e evitar um desempenho catastrófico para seu partido e os aliados nas urnas. Uma campanha pelo “voto útil” também foi iniciada por dois intelectuais tucanos, a economista Eliana Cardoso e o cientista político Bolívar Lamounier, que lançaram um manifesto em apoio a Alckmin, dirigido aos demais candidatos do chamado “centro democrático”, para que retirem suas candidaturas.

“Apelamos aos candidatos que compõem o centro democrático para que se unam em torno de um nome com potencial de passar ao segundo turno e quebrar a perigosa polarização que está se configurando entre Bolsonaro e o PT. Apelamos a todos vocês — intelectuais, professores, profissionais liberais, cidadãos em geral — para que se unam a esse nosso esforço, endossando-o e ajudando a divulgá-lo”, explica a economista Eliana Cardoso nas redes sociais. O manifesto propõe uma reunião entre os candidatos: “Para que o eleitor não caia nas mãos de políticos extremistas, os candidatos do centro precisam se unir. A tarefa exige que os candidatos do centro, Alckmin, Marina, Álvaro Dias, Amoedo e Meirelles se encontrem e coloquem seus votos a favor do candidato que entre eles tem a maior chance de evitar uma tragédia. No momento, este nome é Alckmin”, afirmam.

Mais cauteloso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou uma carta na mesma direção, mas sem citar nomes. Faz uma avaliação catastrófica do cenário político: “Desatinos de política econômica, herdados pelo atual governo, levaram a uma situação na qual há cerca de 13 milhões de desempregados e um deficit público acumulado, sem contar os juros, de quase R$ 400 bilhões só nos últimos quatro anos, aos quais se somarão mais de R$ 100 bilhões em 2018. Essa sequência de deficits primários levou a dívida pública do governo federal a quase R$ 4 trilhões e a dívida pública total a mais de R$ 5 trilhões, cerca de 80% do PIB este ano, a despeito da redução da taxa de juros básica nos últimos dois anos. A situação fiscal da União é precária e a de vários estados, dramática.” [ FHC,¿Por qué no te callas? Ainda que a contragosto temos que endossar a sugestão ao aloprado Ciro Gomes para o senhor nos presenteie com seu obsequioso silêncio e troque o pijama de bolinhas pelo de estrelinhas.]


O ex-presidente da República critica promessas de soluções fáceis para os problemas do país: “Diante de tão dramática situação, os candidatos à Presidência deveriam se recordar do que prometeu Churchill aos ingleses na guerra: sangue, suor e lágrimas. Poucos têm coragem e condição política para isso. No geral, acenam com promessas que não se realizarão com soluções simplistas, que não resolvem as questões desafiadoras. É necessária uma clara definição de rumo, a começar pelo compromisso com o ajuste inadiável das contas públicas”. E vai na mesma linha de um acordo entre os candidatos já no primeiro turno: “É hora de juntar forças e escolher bem, antes que os acontecimentos nos levem para uma perigosa radicalização. Pensemos no país e não apenas nos partidos, neste ou naquele candidato. Caso contrário, será impossível mudar para melhor a vida do povo”, apela.

Cartada final
Fernando Henrique Cardoso afirma que os eleitores estão polarizados entre dois apelos radicais e parecem decididos a pautar seu voto pelo medo. “A decisão do eleitor se explica. Os empregos faltam. As finanças públicas estão sob pressão e a política, podre. Sete cidades brasileiras estão entre as 20 mais violentas do mundo. Nesse quadro o apelo populista é forte”, critica. Segundo o ex-presidente da República, tanto Jair Bolsonaro como Fernando Haddad “representam uma ameaça para o Brasil e para a América Latina.” Velho desafeto dos tucanos, Ciro ficou de fora do chamado à unidade, mas será o desaguadouro natural do “voto útil” se não houver uma reação de Alckmin nas pesquisas.

Dificilmente haverá um reagrupamento dos chamados candidatos do centro democrático a duas semanas da votação. Interesses partidários, idiossincrasias pessoais e compromissos assumidos dificultam uma articulação tão ampla. Mas o discurso da unidade é uma tática eleitoral que pode ser eficiente para Alckmin, combinada ao endurecimento do discurso contra Bolsonaro e Haddad. Na reta final da eleição, ninguém leva o eleitor para votar puxando-o pelo nariz. Os que estão radicalizados são contra o PT e contra Bolsonaro; os que temem essa radicalização, tentarão viabilizar um “tertius”. A jogada tucana é para ocupar essa posição, deslocando Ciro Gomes (PDT), o que não é uma tarefa fácil. Estatisticamente, porém, não é impossível.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB  

 

 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

FHC, ¿Por qué no te callas?

PT já se rendeu; vai latir um pouco mas logo admite que Lula já era

Saída de Lula esvazia Bolsonaro e abre espaço para Huck, diz FHC

 [Teu tempo já passou, já não dizes com coisa com coisa.
Basta ver que foi o senhor quem declarou que era melhor deixar Lula perder nas urnas.

Em outras palavras sugeriu que o Poder Judiciário ignorasse as leis, os crimes de Lula o absolvesse e deixasse que ele perdesse nas urnas.

No MENSALÃO - PT, o senhor e grande parte dos tucanos e outros muristas também defenderam que o melhor era deixar Lula sangrar até a morte e com isso deram oportunidade a que Lula e sua corja continuassem assaltando o Brasil. 
E aceite que a dúvida é se Bolsonaro será eleito já no primeiro turno ou haverá um segundo.]

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) lamentou a possibilidade de seu sucessor, o também ex-presidente Lula, ser preso, mas considera que a redução das chances de candidatura do petista vai detonar o início das composições políticas para as eleições de outubro. Em entrevista ao Valor Econômico, FHC disse que “o jogo começa agora”.

Para o tucano, a eventual saída de Lula da disputa eleitoral deve esvaziar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que tem polarizado, com seu discurso radical, as últimas pesquisas eleitorais com o petista. Na avaliação dele, Bolsonaro é forte hoje exatamente por fazer contraposição feroz a Lula. Sem o ex-presidente na disputa, a participação do deputado será vista com outros olhos pelo eleitorado, no entendimento de FHC.

MATÉRIA COMPLETA no Congresso em Foco
 

 

domingo, 17 de dezembro de 2017

Advogado bem-sucedido do Rio é acusado de pertencer a uma das maiores quadrilhas de tráfico de drogas da Zona Sul



Bernardo Russo tem histórico acadêmico exemplar; faturamento mensal foi estimado por policiais em R$ 900 mil



Nos anos 1990, um rapaz de classe média alta, filho de um alto executivo do Banco Nacional, com todas as chances na vida, foi parar na prisão acusado de tráfico internacional de drogas. De principal fornecedor de cocaína das altas-rodas da sociedade carioca, João Guilherme Estrella passou a operador de uma rede de “mulas” para envio de droga para a Europa. Até ser descoberto pela polícia. Uma história revelada pelo jornalista Guilherme Fiuza no livro “Meu nome não é Johnny”, que virou sucesso no cinema.

RI 14/12/2017 - Rio de Janeiro/RJ - Advogado Bernardo Russo. Foto: reprodução - reprodução / Agência O Globo  

Uma década antes, outro abastado morador da Zona Sul ficara famoso ao ser acusado, em 1984, de levar cocaína para a Europa dentro de latas de sardinhas. Seu nome era Lívio Bruni Júnior, filho de um homem que fez fortuna controlando uma rede com mais de 200 salas de cinema no país. Livinho, como era conhecido, cresceu com tudo de bom e de melhor que o dinheiro do pai podia lhe oferecer. Com a prisão decretada, fugiu para o exterior. Em novembro de 1996, foi preso na Espanha em flagrante de estelionato e deportado para o Brasil. Em 1997, foi condenado a 25 anos de prisão.


Uma história semelhante está sendo investigada no Rio e quase passou despercebida em meio às operações policiais de combate ao crime organizado no estado. Como as de Johnny e Lívio Bruni, poderia ganhar roteiro de cinema ou ser contada em livro. No dia 30, Bernardo Russo Menezes Martins Correa foi preso na Zona Sul, acusado de pertencer à quadrilha de tráfico da Rocinha. Ele estaria envolvido, segundo a polícia, com a “maior quadrilha de traficantes que atuava na Zona Sul, na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes”. A definição foi dada pelos delegados Felipe Curi e Gustavo Castro, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) da Polícia Civil, que comandaram as investigações.

Grampos telefônicos, de acordo com a polícia, revelaram que Bernardo negociava drogas com traficantes da maior favela do Rio e as repassava a consumidores de classe média alta no asfalto. O “delivery” era responsável, de acordo com a investigação, por mais de 800 entregas por semana. O faturamento mensal foi estimado pelos policiais em R$ 900 mil.

A suspeita de que Bernardo Russo era um traficante, ligado à facção da Rocinha, caiu como uma bomba e chocou parentes e amigos. Mais: passou a ser assunto de prestigiadas rodas jurídicas da cidade. Não por acaso. O acusado é um advogado de 39 anos que cresceu no Leblon. Em cinco anos, ele teve ascensão meteórica nos corredores da Justiça, passando de simples estagiário a advogado de um dos maiores escritórios de advocacia do país. Com histórico acadêmico exemplar, sempre teve boas notas e destaque nas salas de aulas. Um perfil esperado para quem, afinal, havia frequentado as melhores escolas do Rio. Passou pelo Colégio Santo Inácio no ensino médio, formou-se em Direito na PUC e fez especialização em Direito de Estado na Fundação Getulio Vargas (FGV).

INQUÉRITO EM SIGILO
Preso, acabou na Cadeia Pública José Frederico Marques, ao lado de boa parte dos políticos que dominaram o cenário do poder nas duas últimas décadas, mas foram parar em Benfica por corrupção. Bernardo Russo foi levado para lá no dia 1º de dezembro. Dois dias depois, no dia 3, comemorou o aniversário na prisão. Na última quarta-feira, a juíza Ana Luiza Coimbra Nogueira, da 21ª Vara Criminal, a mesma que autorizou os policiais a grampearem o advogado e decretou sua prisão, mandou soltá-lo. Procurada pelo GLOBO, a magistrada informou que não poderia comentar o caso porque o inquérito estava sob sigilo.

A defesa do advogado alega que ele é inocente. O advogado Marcelo Camara Py de Mello e Silva, que representa Bernardo, informou ao GLOBO que ele apresentará à Justiça “todos os elementos de convicção a demonstrar sua inocência, uma vez que o inquérito em andamento é protegido por segredo de Justiça”. Também sustentou que “Bernardo nunca traficou drogas, muito menos fez parte de qualquer associação criminosa destinada a traficância de drogas”. No inquérito entregue à 21ª Vara Criminal, Mello e Silva anexou um histórico do que seria o passado ilibado do advogado, filho de um tradicional médico do Leblon.
— Foi um choque para todo mundo que conviveu com ele. Ninguém até agora conseguiu entender — disse um conhecido da família, pedindo para não ser identificado.
Advogados que atuaram com Bernardo dizem que ele sempre foi uma pessoa agradável.


— Parece estar sempre feliz. É brincalhão e gosta de contar piadas — contou um deles.
O envolvimento com uma quadrilha de tráfico de drogas não condiz com a vida de Bernardo Russo. O advogado tem dois filhos.  — No trabalho, nas festas de fim de ano ou mesmo nas horas de lazer, nunca soubemos que ele estivesse ligado a tráfico. Sequer que ele fosse usuário de drogas — afirmou outro advogado, um dos que ficaram surpresos ao saber das denúncias.

A única coisa estranha no comportamento do advogado que alguém arrisca apontar é uma espécie de fobia de elevador.
— Ele não gosta, sobe quantos andares forem necessários de escada. Acho que tem medo — contou um ex-colega de escritório, que fica no sétimo andar de um prédio no Centro.
As razões que levam jovens bem-sucedidos a se envolver com o crime organizado intrigam especialistas. Falando em tese, já que não conhece o caso, o psiquiatra Fábio Barbirato, membro da Academia de Psiquiatria Infantil dos EUA e chefe da Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia, explica que é preciso investigar a personalidade para entender melhor o fenômeno:
— Pode ser uma questão de estrutura familiar, uma oscilação financeira ou mesmo um transtorno psiquiátrico.

O principal alvo da operação da Dcod era Jorge Alves de Souza, conhecido como Goi, que já vinha tendo seus passos monitorados na Rocinha. Ao todo, os policiais foram às ruas no dia 30 para cumprir 14 mandados, dez de prisão e quatro de busca e apreensão. Bernardo atuaria junto a Goi, também preso, que era seu fornecedor de droga. As investigações mostram contatos por telefone e aplicativos de mensagem. O “delivery” mantido pelos acusados fazia chegar aos clientes, em casa ou em qualquer outro lugar, drogas como Skank, maconha e cocaína. O serviço tinha grande procura entre usuários de alto poder aquisitivo não só pela comodidade, mas também pelo fato de os entorpecentes serem de qualidade.

DE USUÁRIO A ´ESTICA’
O promotor Alexandre Murilo Graça, da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público estadual, que atua no caso, disse que a quadrilha era monitorada desde o início do ano e que ficou constatada a prática reiterada de crime. Segundo ele, ao todo, dez pessoas foram identificadas. O promotor afirmou ainda que a denúncia está pronta desde novembro deste ano e será enviada à Justiça em breve.
— Não só pelas investigações, mas também pelo que o delegado me relatou no inquérito, o negócio do advogado era dinheiro. O acusado buscou este caminho, embora tenha tido todas as oportunidades na vida — observou.
Alexandre Murilo Graça lembrou que Bernardo Russo é suspeito de negociar drogas diretamente com os traficantes da Rocinha. O que ele fazia? Ele era o “estica”, conhecia o traficante. E deve ter começado como todo mundo: comprando droga para dividir com os amigos. Depois, percebeu que podia ganhar dinheiro e, conforme os policiais descobriram, buscou um patamar maior, um nível acima, tornando-se o “estica” da boca de fumo. A movimentação de dinheiro, segundo o delegado, era grande. Nos autos, parece estar evidenciado que ele fez disso sua profissão — disse o promotor.

O delegado Gustavo Castro, da Dcod, confirmou que o alvo principal era o traficante Goi e que o advogado, embora não fosse a prioridade, foi flagrado comprando e repassando drogas:  — Ele comprava e fazia vendas. Nos áudios, aparece fazendo revenda e calculando quanto iria ganhar. Não era nosso alvo principal, mas comprou e repassou. E tinha lucro.

O Globo