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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Uma nova Guerra Fria



Nota do editor: o general Ion Mihai Pacepa (foto) é o oficial de mais alta patente que desertou do Bloco Soviético para o Ocidente. Em dezembro de 1989, o presidente romeno Nicolae Ceauscescu foi executado após um julgamento no qual as acusações foram, quase palavra por palavra, tiradas do livro Red Horizons, de Pacepa, subsequentemente publicado em 27 países. Após o presidente Carter ter aprovado o seu pedido de asilo político, Pacepa se tornou cidadão americano e trabalhou com agências de inteligência americanas contra o Bloco Oriental. A CIA elogiou a colaboração de Pacepa por ter proporcionado “uma contribuição importante e única para os Estados Unidos”. O seu livro mais recente, Disinformation, em coautoria com Ronald Rychlak, foi publicado pela WND Books em 2013.

A análise de que a mais recente onda de violência islâmica mundialincluindo o ataque mortal à embaixada americana na Líbia e as novas ameaças do Irã – seja, de alguma forma, uma reação “espontânea” ao filme de baixo orçamento A Inocência dos Muçulmanos tem se revelado, na melhor das hipóteses, ingenuidade política e, na pior, um uso do episódio como bode expiatório, por ignorância ou intencionalmente. Afinal de contas, até mesmo o presidente da Líbia, Yousef El-Magariaf, afirmou que, “sem dúvida”, o ataque havia sido “planejado”, enfatizando que os terroristas haviam escolhido uma “data específica para essa auto-denominada demonstração”.

Como quer que seja, o dia do assassinato do nosso embaixador, 11 de setembro de 2012, coincidiu com o exato dia em que o Kremlin comemorou um aniversário importante – 125 anos do nascimento de Feliks Dzerzhinsky, fundador do KGB, agora rebatizada FSB.

A minha experiência no topo da comunidade de inteligência do Bloco Soviético me dá uma sólida base para garantir que os ataques islâmicos às embaixadas americanas e o assassinato do nosso embaixador na Líbia, levados a cabo por lança-granadas, Kalashnikovs e coquetéis Molotov, foram tão “espontâneos” quanto os desfiles de Dia das Mães em Moscow – e também garanto que eles tẽm os mesmos organizadores.

Em 1972, tomei café da manhã com o então chefe da KGB, Yuri Andropov, em Moscow. O Kremlin, ele me disse, havia decidido converter o anti-semitismo árabe em credo antiamericano para todo o mundo muçulmano. A idéia era retratar os EUA como um país sionísta bélico financiado pelo dinheiro dos judeus e governado por um voraz “Conselho dos Sábios de Sião” (epíteto irônico da KGB para o Congresso americano) empenhado em fazer do resto do mundo um feudo judeu. Andropov salientou que um bilhão de inimigos poderia causar um dano muito maior do que apenas 150 milhões. Mesmo Maomé, disse ele, não havia restringido a sua religião aos países árabes.

O chefe da KGB descreveu o mundo muçulmano como uma placa de petri pronta para que nela cultivássemos o ódio contra os americanos, gerado a partir da bactéria do pensamento marxista-leninista. O anti-semitismo islâmico era profundo, disse ele. Os muçulmanos tinham uma tendência para o nacionalismo, jacobinismo e vitimologia, e as suas multidões iletradas e oprimidas poderiam ser facilmente insufladas até um ponto de ebulição. Tínhamos apenas de continuar repetindo, dia após dia, que os Estados Unidos eram um país sionísta bélico ávido por se apropriar do mundo inteiro.

A comunidade da KGB enfiou milhões de dólares e milhares de pessoas naquele projeto gigantesco. Até 1978, quando eu deixei a Romênia para sempre, apenas o meu serviço de espionagem romeno havia enviado cerca de 500 agentes infiltrados para diversos países islâmicos. Muitos deles eram religiosos, engenheiros, médicos, professores e instrutores de arte. De acordo com uma estimativa grosseira recebida de Moscow, até 1978 a comunidade de inteligência do Bloco Soviético como um todo havia enviado cerca de quatro mil agentes de influência para o mundo islâmico.

Até onde chegou a influência de todo esse esforço? Ninguém pode saber ao certo, mas mais de 20 anos de efeito cumulativo da disseminação de milhões de traduções árabes dos “Protocolos dos Sãbios de Sião” em todo o mundo islâmico retratando os Estados Unidos como um criminoso sionista deve ter deixado alguma marca. Veja a invasão à embaixada americana em Teerã em 1979, o atentado ao quartel dos marines americanos em Beirute em 1983, o atentado ao World Trade Center em Nova Iorque em 1993, a destruição das embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia em 1998 e os abomináveis ataques terroristas  ao próprio EUA em setembro de 2001 que mataram quase três mil americanos.

terça-feira, 2 de junho de 2015

O Brasil fabrica excelentes armas e tem o direito a ser o primeiro no mundo - para tanto bast5a revogar o famigerado Estatudo do Desarmamento

Brasil vira o quatro maior exportador de armas leves do mundo. 

Mas esconde informações da ONU 

 “Nem só de soja vivem as exportações do Brasil”, informa o El País, o mais importante jornal espanhol. Para em seguida acrescentar: “Existe um outro comércio, muito mais letal, no qual o país também vai muito bem: trata-se do mercado de revólveres, pistolas, metralhadores, fuzis, lança-granadas, artilharia anti-tanque, munições e morteiros”.



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O Brasil é o quarto maior exportador de armas leves do mundo, segundo o relatório “As Armas e o Mundo” divulgado ontem pela Small Arms Survey, entidade que monitora conflitos armados e o comércio de armas de fogo no mundo. Só perde para os Estados Unidos, Itália e Alemanha.

Entre 2001 e 2012, o país exportou 2,8 bilhões de dólares em armas, deixando para trás potências do setor como a Rússia, fabricante do famoso fuzil AK-47, “arma de escolha de nove entre dez grupos guerrilheiros, do Estado Islâmico às Farc”, destaca o El País, e China, que possui o maior exército regular do mundo.

O Brasil derrota os três maiores exportadores em um quesito: suas vendas de armamentos não são transparentes. O país esconde da  ONU seus recibos e contratos de venda. Não se sabe o que, para quem e quanto é comercializado. O Brasil pode estar vendendo para nações em conflito ou que violam os direitos humanos.

[a ONU que cuide das guerras em curso e cujas armas nelas utilizadas não são em sua maioria fabricadas no Brasil - o mercado de armas é privativo dos Estados Unidos.
O Brasil precisa criar vergonha, revogar o Estatuto do Desarmamento, e conceder aos sues cidadãos o direito inaliável do livro porte e posse de armas.
A ONU tem que parar de ignorar os grandes temas - o genocídio do Povo Palestino realizado por Israel, a crueldade do Estado Islâmico e outros do mesmo naipe - e deixar que o povo brasileiro cuide de sua própria vida. ]
 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Tráfico adota pistola de rajada nas favelas cariocas



Arma adaptada pelos criminosos pode dar 1.200 tiros por minutos
Numa nova estratégia para enfrentar a polícia, traficantes de drogas passaram a usar pistolas adaptadas para dar rajadas de tiros. A frequência dos disparos chega 1.200 tiros por minuto, ou 20 por segundo. O armamento tem sido empregado em favelas com UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), onde criminosos atacam com táticas de guerrilha e precisam de uma arma mais curta que o fuzil. “Os bandidos atiram de janelas e portas. Depois fogem pelos becos”, disse o porta-voz das UPPs, Marcelo Corbage.  Na noite desta terça-feira (28), o soldado da PM Clayton Fagner Alves Dias, que trabalhava na UPP de Manguinhos, na Zona Norte, foi morto com pelo menos dez tiros quando voltava para a casa na Ilha do Governador.  A Delegacia de Homicídios investiga o motivo do crime e se a arma usada foi a pistola de rajada.

De acordo com o comandante do Comando de Operações Especiais (COE), coronel René Alonso, o dispositivo da Glock, popularmente conhecido como “kit rajada”, virou uma “febre” entre os criminosos do Rio de Janeiro. É um acessório leve e prático, que se acopla à arma e permite que a pistola automática se transforme em uma espécie de metralhadora, capaz de poderosas rajadas. Assim, o poder de fogo da arma é potencializado, aumentando substancialmente a frequência de tiros disparados, dando uma vantagem operacional aos bandidos.

 PISTOLA – RAJADA com a seguinte legenda: Imagem capturada de vídeo de estande de tiro nos Estados Unidos que mostra o poder do 'kit rajada'. Traficantes do Rio de Janeiro vêm usando a adaptação nos últimos meses contra a polícia fluminense (Foto: Reprodução/Youtube)

O “kit rajada” se assemelha a uma coronha retrátil de fuzil, a ser apoiada no ombro do atirador, e conta com um punho que fica abaixo do cano da arma. Conectado ao cabo da pistola, a novidade tecnológica permite que o usuário dê tiros em série, da mesma maneira que uma metralhadora. O equipamento também possibilita a rápida troca de carregadores de munição, o que aumenta o poder dos traficantes no confronto com policiais. No vídeo abaixo, uma demonstração da pistola adaptada. As imagens foram feitas em um estande de tiros nos Estados Unidos e foram mostradas a ÉPOCA pela polícia do Rio para exemplificar como funciona o "kit rajada".  


                                 Full Auto Glock 19 at Bullseye Shooting Range

Segundo o coronel René, o Hospital Central da Polícia Militar tem identificado um considerável aumento do número de PMs atingidos por tiros de baixa velocidade, disparados por armas de calibres menores, como pistolas, em comparação aos fuzis. Segundo ele, parte desse crescimento se deve à rápida disseminação do “kit rajada” em favelas do Rio.

Para o oficial, o emprego do "kit rajada" é também consequência de uma mudança provocada pela dinâmica das UPPs, que forçou os criminosos a optar no dia a dia por armas curtas como pistolas e revólveresem vez dos ostensivos fuzis.  Com a pistola transformada em metralhadora, os traficantes mantêm os policiais à distância, em um tiroteio, forçando-os a se abrigar, e conseguem fugir ou ajudar na fuga de um comparsacom a vantagem de ter uma arma leve. É uma alternativa ao fuzil.

Entre 1º de janeiro e 22 de abril, a Polícia Militar apreendeu 125 fuzis no Rio de Janeiro, 35 deles AK-47. O automático Kalashnikov modelo 1947 é considerado a arma mais letal do mundo. Estima-se que 250 mil pessoas sejam mortas por ano, nos mais diversos conflitos ao redor do planeta, por um AK-47, sigla pela qual o fuzil de fabricação russa é internacionalmente conhecido. Pesa menos de 4 quilos, tem alcance de 400 metros e, nas mãos de um atirador hábil, pode disparar até 600 tiros por minuto.