Psiu!
Vem cá... Aproveita que ninguém está olhando.
Quer botar para fora toda
essa raiva de judeu que você tem aí dentro e precisa segurar, porque é
feio mostrar para os outros quem você realmente é por dentro?
Quer ser
um antissemita cinco estrelas, tipo “platinum plus”, daqueles que
desenham suástica em parede de sinagoga?
Melhor ainda: quer fazer tudo
isso em perfeita segurança, sem que ninguém, em nenhum momento, diga que você é antissemita?
Ao contrário: vai ganhar no ato um atestado de militante do “campo progressista”. Que tal?
É a coisa mais fácil do mundo. Basta esperar a próxima vez em que os terroristas que se
apresentam como representantes do “povo palestino” dispararem uma
bateria de mísseis contra homens, mulheres ou crianças em Israel – e
assine imediatamente um manifesto, ou vá protestar no meio da rua,
denunciando os “crimes cometidos pelos israelenses” quando reagem às
agressões que acabam de sofrer, atirando de volta contra quem atirou
neles.
[um único comentário: temos o maior apreço, consideração, respeito pela capacidade intelectual e jornalística do ilustre JOSÉ ROBERTO GUZZO. Também ousamos supor que temos o que chamamos de afinidade de idéias. De forma que, transcrevemos no Blog Prontidão Total, várias matérias do ilustre jornalista, praticamente sem comentários - se os apresentássemos seriam apenas de total concordância.
Mas desta vez nos sentimos (por consideração ao jornalista J.R. Guzzo, quando aos nossos dois leitores) no DEVER de apresentar alguns esclarecimentos sobre nossa postura de defender os civis palestinos, incluindo mulheres e crianças, das ações vingativas que Israel pratica contra eles, quando é atacado por organização pró terrorismo.
O que condenamos é que integrantes de grupos terroristas contrários ao Estado de Israel desfecham ataques de foguetes contra o território israelense, causam algumas baixas (em sua maior parte apenas de instalações, com pouca ou nenhuma perda de vida de israelenses - já que a capacidade defensiva do estado hebreu, o IRON DOME, impede que os foguetes atirados contra o território de Israel, alcancem seus alvos = são destruídos sem maiores danos.
Que faz Israel como retaliação contra os palestinos da Faixa de Gaza? - bombardeiam de forma implacável, com caças e misseis de última geração, matando centenas de civis palestinos desarmados, não só homens, mas também mulheres e crianças, destruindo edificações, deixando milhares ao desabrigo.
Procedimento inútil, já que os atacantes do território de Israel, que usam foguetes que são neutralizados na quase totalidade pela escudo protetor - Iron dome - não estão nem aí para os mortos palestinos. A eles interessa os mortos - visto que a situação na qual foram abatidos (Israel possui um dos mais poderosos exércitos do mundo) em uma batalha de estilingue x caças os beneficia politicamente.
A impressão que se tem é de um cidadão que possui uma casa muito bem protegida, praticamente inexpugnável e tem uma rixa com o vizinho.
Todas as vezes que tem oportunidade, ou lhe convém, o vizinho causa danos a propriedade do desafeto (danos de pouca monta, já que a casa do inimigo é super protegida).
O vizinho, proprietário da casa atacada retorna e ao constatar o ataque e alguns danos (mais para arranhões) acha mais confortável e seguro que em vez de desafiar o vizinho para um confronto mano a mano = igualdade de condições = escolha atacar uma pequena propriedade do inimigo, localizada em área com condições de vida sub-humana, e parte para lá, devidamente protegido por um aparato de segurança, joga bombas, destrói casebres e barracos ocupados por trabalhadores do desafeto, desarmados; não poupa mulheres, nem crianças. Derruba armazéns, pouco importando se estão ocupados ou não.
O cidadão que age assim está correto?
está sendo justo?
está promovendo uma retaliação corajosa?
Com todo o respeito ao Guzzo e aos nossos dois leitores nossa opinião é que as respostas, as classificações atribuídas às perguntas apresentadas nesse parágrafo, são as corretas se aplicadas em relação ao comportamento de Israel.
Para não prolongar o assunto - e, por nos faltar capacidade para tanto - deixamos de abordar sobre ao origens do conflito palestino x israelenses, da licitude de transformar áreas habitadas por palestinos em colônias agrícolas exploradas por judeus.
Além de nos faltar a capacidade que sobra ao ilustre jornalista, fizemos este comentário de uma forma apressada, buscando apenas expressar nosso entendimento e que nos leva a recomendar outros artigos:
- Como funciona o Iron Dome, poderoso escudo antimíssil israelense - DefesaNet
Judeus não têm direito a defender sua integridade física
ou suas vidas; a única atitude decente que poderiam tomar quando são
agredidos é começar, imediatamente, “negociações” com os “palestinos”,
nas quais a primeira condição é aceitarem que seu país seja extinto. Não existe truque melhor, hoje em dia, para odiar os judeus sem ter de responder legalmente, ou moralmente, por isso.
Antissemitismo,
em outros tempos, era coisa da direita mais intratável – uma tara do
nazismo, especialmente, e, antes disso, de tiranias como a do czar e
coisa pior ainda. Não mais. Antissemitismo, hoje, é esquerda – no Brasil
e no mundo. O caçador de judeu em 2021, em sua representação mais fiel,
é quem fica “solidário” com o Hamas e outros aglomerados que dizem
lutar pela “libertação da Palestina”. É um disfarce perfeito. Rende uma
ladainha sem fim em favor da “justiça”, dos direitos dos “oprimidos”, e
até, para os mais antigos, da “autodeterminação dos povos”, tudo
embrulhado em papelório da ONU. Tire-se a fantasia e aparece na hora o
que realmente existe por trás do amor pela Palestina.
Nas
manifestações de rua – sempre na Europa, Estados Unidos e outros países
livres; não acontecem nunca na China – que se seguiram aos últimos
conflitos na área de Gaza, militantes do “campo progressista” colocaram,
lado a lado, uma bandeira nazista e uma bandeira de Israel, com a
pergunta: “Qual é a diferença?”
Eis aí, melhor talvez que em
qualquer grito de guerra pró-Palestina, a exibição real daquilo que é,
de fato, a alma do antissemitismo de esquerda dos nossos dias. O que
eles queriam, mesmo, não era fazer a comparação safada; era mostrar,
impunemente, a bandeira nazista. Era, ao mesmo tempo, revelar seu
ressentimento e frustração diante do fato de que os nazistas, no fim das
contas, não conseguiram extinguir o povo judeu.
É isso, mais do
que tudo, o que incomoda a esquerda que sai à rua em favor do Hamas,
Jihad Islâmica e coisas assim – por que os judeus continuam existindo?
Por que não permitem que o Hamas, Jihad etc. resolvam o problema que os
nazistas não resolveram? Eis aí, no fundo, o incômodo central de Israel
para os espíritos progressistas desse mundo: os israelenses de hoje não
se deixam matar. Por que reagem – com técnica, precisão e competência
militar muito superiores às do inimigo – quando o “povo palestino” joga
bombas em cima deles? Deveriam aceitar a própria morte e a destruição do
seu país, e submeter-se à “justiça da história”. Do jeito que se
comportam, estão sendo um claro inconveniente para a esquerda e os seus
associados.
É o sonho nazista enfim realizado: matar judeu passou a ser progressista.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo