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sábado, 21 de julho de 2018

[WhatsApp = INsegurança?] Como se proteger do golpe do WhatsApp que pegou até ministros do governo - TECMUNDO


Como se proteger do golpe do WhatsApp que pegou até ministros do governo - TECMUNDO


POR FELIPE PAYÃO | @felipepayao

A Polícia Federal (PF) deflagrou na última terça-feira (17) uma operação chamada Swindle. Nela, os investigadores da PF conseguiram desbaratinar um grupo criminoso que clonou os celulares de autoridades brasileiras; entre elas, o deputado estadual Adriano Sarney, os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra.

A polícia comentou que o grupo realizava clonagens de números telefônicos para aplicar golpes via aplicativo de trocas de mensagens. O modus operandi era o seguinte: os criminosos tomavam as contas de WhatsApp das vítimas e faziam-se passar pelos reais donos dos números, solicitando transferências bancárias a pessoas de suas listas de contatos. Para receber o dinheiro, eram usadas contas bancárias falsas e de terceiros. A responsabilidade aqui é do usuário, e ela é necessária

Acontece que, serviços de mensagens, especialmente o WhatsApp, oferecem ferramentas para defesa das suas contas — e poucos pessoas sabem abusar das camadas de segurança. Até golpes que clonam o chip para usar o aplicativo de maneira criminosa podem ser evitados. Veja: A Copastur conta tudo sobre as novas ferramentas de mensagens para passageiros corporativos da Delta Sponsored. O chefe de Tecnologia da Flipside, Anderson Ramos, falou um pouco mais sobre isso e relembrou que, desde 2017, o WhatsApp solicita aos usuários a criação de uma senha de acesso. “Configurações de segurança muitas vezes demandam iniciativa por parte dos usuários, e aqui temos um ótimo exemplo. O aplicativo sugere a criação de senhas, mas não é algo obrigatório. A responsabilidade aqui é do usuário, e ela é necessária”.
 
Se você ainda não configurou a senha de segurança do WhatsApp, faça isso agora seguindo os passos abaixo, tanto para iOS quanto para Android
Ajustes (três pontos na lateral superior direita) > Configurações > Conta > Verificação em duas etapas
Em Verificação: coloque uma senha numérica de 6 caracteres que precisa ser fornecida toda vez que você instala o Whatsapp em um novo celular. Uma vez configurada, de tempos em tempos, o WhatsApp vai pedir que você a digite antes de abrir o aplicativo, portanto você tem que lembrar dela periodicamente

Anderson Ramos nota o seguinte sobre a senha: “Evite datas conhecidas, nem use a mesma senha que você usa para destravar o celular (sim, você também precisa configurar uma) ou a mesma senha de cartões de bancos e outros serviços. O melhor nestes casos, para não ter que memorizar diversas senhas diferentes, é usar gerenciadores de senhas como o Keepass, Lastpass e 1Password. Há versões gratuitas e pagas, sendo que as últimas normalmente são mais fáceis de usar. Porém, uma senha ruim ou repetida é melhor que senha nenhuma nesse caso”.
 
Será que é melhor abandonar o WhatsApp?  O WhatsApp tem um ótimo recurso conhecido como criptografia de ponta-a-ponta (ou fim a fim). No caso, você não precisa fazer nada: a própria empresa criptografa suas conversas e ninguém consegue acessá-las. Contudo, “quando você aceita fazer backup das mensagens na nuvem, algo que é insistentemente oferecido pelo aplicativo, suas mensagens ficam todas salvas nos servidores da empresa, sem o mesmo nível de proteção”, nota Ramos.

É sempre bom lembrar que existem alternativas no mercado “Caso você tenha essa opção habilitada e seja vítima do golpe, todo seu histórico de mensagens será copiado para o aparelho do criminoso. O mais adequado é desativar esse backup (e sempre responder não toda vez que essa opção lhe for oferecida). Utilize as ferramentas fornecidas por Apple ou Google para fazer uma cópia de segurança de todos os dados no seu telefone, dessa forma suas mensagens (e o resto das informações que você tiver no aparelho) ficam guardadas de forma mais protegida”, explica o especialista.

Por isso, é sempre bom lembrar que existem alternativas no mercado: e elas são muitas (e muito boas). Por exemplo, temos o Telegram e o Signal. Se você tem vontade de trocar o WhatsApp, clique aqui para conhecer as alternativas.


Outros cuidados que você precisa tomar


Smartphones costumam permitir a pré-visualização das mensagens nas notificações com o celular travado: tire a pré-visualização com o celular bloqueado nas configurações do aparelho

Ative PIN de proteção no SIM: pessoas mal-intencionadas podem simplesmente remover o chip do smartphone e colocá-lo em outro aparelho para receber esse SMS com o código, mesmo em smartphones protegidos por senhas e com pré-visualização de mensagens desativada.


Se possível, use o número PUK:
recomenda-se que você esteja de posse do cartão fornecido pela sua operadora de telefonia no momento da compra do chip. Este cartão contém um número chamado PUK, ele é exclusivo para cada chip e pode ser usado caso você esqueça o PIN do seu. Caso você tenha jogado esse cartão fora, recomenda-se que você visite a loja da sua operadora e compre um chip novo (é barato, cerca de R$10 a R$20).


Ative as notificações extra de segurança: você é avisado todas as vezes que a chave de segurança de uma pessoa com a qual você se comunica foi modificada. Isso significa que a pessoa trocou de telefone ou que foi vítima de um golpe. Nestes casos, use um outro canal para confirmar o que aconteceu antes de continuar a conversa. Para ativar selecione Ajustes > Conta > Segurança > Exibir Notificações de Segurança


Atualize
: para um dia a dia mais seguro, lembre-se também de manter seu celular sempre atualizado. Tanto sistema operacional, como aplicativos, estão sempre lançando atualizações que você deve sempre instalar, não só para receber novas funcionalidades, mas também para a correção de falhas conhecidas

quarta-feira, 8 de março de 2017

Espionagem chinesa grampeou mais de 700 milhões de smartphones

Mais de 700 milhões de smartphones foram espionados pela China, sobretudo na América Latina, na Ásia e na própria China, alertou o jornal espanhol El Mundo.

 Foi descoberto um software pré-instalado em smartphones Android monitorando onde os usuários iam, com quem conversavam e para quem escreviam mensagens de texto. Todos esses dados eram enviados para uma central em Shangai.

Por sua vez, o The New York Times denunciou que uma empresa estatal chinesa de software estava combinada com fabricantes de smartphones para espionar e enviar SMS secretos para a China.  A responsável pelo software espião é a empresa Shanghai Adups Technology, pertencente ao governo chinês e que trabalha de acordo com empresas como ZTE, Huawei e Blu.

O gancho para atrair as vítimas foi oferecer modelos baratos e até bons demais para serem tão em conta: potência e durabilidade difíceis de acreditar.  A empresa norte-americana Kryptowire fez a descoberta em vários modelos da marca Blu, que enviavam dados dos contatos, histórico das chamadas e outras informações para um servidor em Xangai sem que os usuários soubessem.

O sistema operativo de fábrica já trazia a possibilidade de instalar aplicações de forma remota, enganando o proprietário. Obviamente a empresa Blu declarou que não sabia nada dessas irregularidades. E respondeu imediatamente ao The New York Times que tinha atualizado o sistema operacional para identificar e eliminar qualquer software de espionagem. A Blu acrescentou em seu site oficial que havia rompido todas as relações com a empresa do governo Adups e que melhorará a segurança de seus smartphones.

O grampo de centenas de milhões de telefones no Ocidente e até na própria China – fornece uma impressionante capacidade de ciberataques, ou formas de “guerra híbrida”, para o momento que Pequim considerar oportuno. 
E a China vem se mostrando muito agressiva em relação aos EUA nos últimos semestres, inclusive militarmente. O governo chinês, que foi tão inescrupuloso no caso dos smartphones, não deixará de tentar novas vias para recuperar o “poder de fogo” para sua guerra da informação.
E ninguém disse que os smartphones chineses baratos foram os únicos “escravizados”...


http://pesadelochines.blogspot.com


segunda-feira, 25 de julho de 2016

Dilma, a Afastada, sobre o impeachment: ‘Quero acabar logo com essa agonia’



A presidente afastada reconhece que não há mais nenhuma chance de retornar ao cargo e quer que o processo de impeachment termine logo
Na terça-feira passada, Michel Temer ofereceu um jantar no Palácio do Jaburu aos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia. Não havia uma pauta específica. O objetivo do presidente interino era mostrar à imprensa uma situação de harmonia entre os chefes do Executivo e do Legislativo, para contrastar com o clima beligerante no governo da presidente afastada Dilma Rousseff. Tudo correu conforme o planejado, com uma revelação inesperada. Renan Calheiros disse a Temer que a petista jogou a toalha e admitiu não ter mais chances de impedir a aprovação do impeachment no Senado. Segundo o relato do senador, Dilma desabafou nos seguintes termos: “Quero acabar logo com essa agonia”.

Calheiros é a expressão mais viva do que se pode chamar de “político de Brasília”. Isso significa que está sempre ao lado do poder. Há poucos meses, estava empenhado em desalojar Temer da poderosa presidência do PMDB e, se possível, deixá-lo distante da rampa do Palácio do Planalto. Foi um dos generais da batalha de Dilma para barrar o impeachment. Sendo um “político de Brasília”, Calheiros é um termômetro quase infalível para detectar a temperatura do poder. Se conversa em tom de confidência com Temer, por quem nunca nutriu grande simpatia, é sinal de que tem certeza de que Dilma não conseguirá recuperar o mandato.

A percepção do senador, no entanto, não é propriamente um privilégio. É difícil encontrar em Brasília, mesmo dentro do PT, alguém que acredite na volta de Dilma ao Palácio do Planalto, ainda que as pesquisas de opinião mostrem que mais de 60% do eleitorado prefere a convocação de novas eleições. A questão central é que Michel Temer, em apenas dois meses de interinidade, conseguiu plantar um clima de estabilidade na política e na economia, que favorece sua permanência no poder.  

Pelas contas do senador Romero Jucá (PMDB-RR), demitido do Planejamento por conspirar contra a La­va-Jato, 61 dos 81 senadores votarão a favor do impeachment. Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, aposta que o número pode chegar a 63 senadores, incluindo Calheiros.  É tamanha a confiança que Geddel Vieira Lima, o ministro encarregado de negociar com o Congresso, tirará nos próximos dias uma semana de férias.

 “A fatura está liquidada”, reza o mantra da hora no PMDB. Temer, por via das dúvidas, não descuida de usar a máquina pública para sacramentar sua vitória. De olho nas ruas, sancionou reajustes salariais para servidores públicos e anunciou a ampliação dos financiamentos da Caixa Econômica Federal para a compra de imóveis. Num aceno aos congressistas, vetou novos cortes no Orçamento da União e determinou que sejam no­mea­das imediatamente as pessoas indicadas por deputados e senadores de sua base de apoio para ocupar cargos públicos. Na quarta-feira, o ministro Geddel Vieira Lima recebeu Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão do impeachment na Câmara, para sacramentar a distribuição de cargos federais em Goiás entre os parlamentares do estado.

Colaborou Marcelo Sakate

Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no iba clube.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Brasil, 7x1 em tudo

Este colunista adoraria falar de flores. É triste falar só de urtigas. E triste ter de optar não pelo melhor, mas pelo menos pior - menos pior naquele momento.

1- A política externa independenta fez com que o Brasil, em vez de entrar no Acordo Transpacífico, que reúne 40% das riquezas mundiais, fique fechado no Mercosul, negociando com Venezuela e Bolívia e pagando para ficar isolado. Os próximos passos do comércio mundial são a negociação entre a Europa Unida e o Acordo Transpacífico, e em seguida a atração da China. México, Colômbia e Chile fazem parte do Acordo Transpacífico. Com quem os grandes do comércio mundial preferirão negociar: com Colômbia, Chile e México, seus parceiros de negócios, ou com Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela e Cuba? A propósito, a Argentina negocia faz tempo com a China, ignorando Brasil e Mercosul.

2 - O PSDB está indignado com os governistas acusados de enfiar a mão (e quer até pegar Dilma, com o impeachmenta). Mas espera mais informações sobre contas suíças do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Acha pouco as enviadas pela Suíça. Os dois lados são ruins, mas preferem o ruim que é útil para eles.

3 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destinou R$ 150 mil para a agência Vento Bravo Comunicação Ltda. contratar uma empresa que crie um game, tendo como heróis os procuradores, para smartphone e tablet. No game, o jogador assume o papel de procurador da República na investigação de casos de corrupção, e terá que descobrir quem comanda a quadrilha. Se vencer, o chefe da quadrilha será indiciado, julgado, condenado e preso. Absolvição? Que é isso?

4 - O game parece atrasado. Já deveria estar pronto para Android e iOS. Aliás, além do custo, a Procuradoria pagará a tradução para o espanhol e o português de Portugal. Onde já se viu um procurador-herói limitado por fronteiras?

5 - Irritado com as manobras do PT para livrar-se do problema das pedaladas fiscais? Pois o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, andou fazendo uma manobra esquisita: decretou o sigilo total, por 25 anos, de documentos a respeito do transporte metropolitano - ônibus intermunicipais, trens urbanos e Metrô. Cartel, atrasos em obras, erros diversos, tudo é ultrassecreto por um quarto de século. É o Chuchulão, versão paulista dos escândalos federais. Como disse um famoso ministro, o que é ruim a gente esconde. Se fosse bom, mostraria.

6 - Entre os partidos políticos, não é só o PSDB que está indignado com Mensalão, Eletrolão, Petrolão e pixulecos: o DEM, antigo PFL, também se manifesta com vigor e exige o impeachment. Nada contra; mas o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, senador pelo Rio Grande do Norte, está sofrendo denúncias iguaizinhas, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pior: as coisas apareceram na Operação Lava-Jato e envolvem uma das empreiteiras mais citadas no caso, a OAS. Agripino, como senador, é investigado pelo Supremo. A suspeita é de que tenha recebido propina na construção da Arena das Dunas, em Natal. E um delator premiado, o empresário George Olímpio, disse que pagou propina ao senador (R$ 1 milhão, que seriam destinados a despesas de campanha), para tornar-se prestador de serviços de inspeção veicular no Detran.

7 - Lembra do Minha Casa Melhor, crédito barato, a 5% ao ano, para quem quisesse equipar a casa? Aquele, que rendeu tanta propaganda ao PT na eleição? Foi extinto. O dinheiro acabou. E, já reeleita, acabou a boa-vontade de Dilma.
Política é assim mesmo

Da coluna de Jorge Moreno, excelente repórter de O Globo, que conhece os personagens e os bastidores e entende o que se passa no serpentário de Brasília:

1 - "A sorte da Dilma é que o Aécio só faz oposição no horário comercial e de acordo com a agenda do Congresso: de terças às quintas".

2 - "Mercadante, cantando de galo para dois petistas: ‘Quando descobri que era o Jobim que estava por trás do Lula, liberei a presidente, que não queria minha saída. Falei para ela também que agora, que estamos mal na Saúde, com a saída do Chioro, vou levantar a Educação. Além do que terei mais tempo para acompanhá-la em viagens e entrevistas’. O repórter procurou Nélson Jobim: "O senhor andou falando mal do Mercadante?" Jobim: "Publicamente, não. Eu disse para vários amigos que, botando pedras no caminho do Michel e do PMDB, sua permanência tornou-se insuportável". Moreno: "Posso publicar isso?" Jobim: "Pode, pode!" Moreno: "E dizer que o senhor falou mal dele, mas só pelas costas?" Jobim: "Pode, pode!"

Nem tucano seria tão cruel com os companheiros.

Com gente é diferente

Adversário é adversário, não é inimigo. Mesmo sendo inimigo, continua sendo gente. O antigo presidente da Petrobras, o petista José Eduardo Dutra, também um dos coordenadores da campanha presidencial de Dilma Rousseff, podia ter todos os defeitos, mas seu funeral não é uma hora adequada para retomar divergências que só valiam em vida. A atitude de uns poucos manifestantes fanatizados, que insultaram sua memória no velório, foi absolutamente inaceitável.

Nos momentos de transição da vida para a História, há que respeitar a família enlutada, os amigos, a situação. É um ser humano; e tudo o que é humano nos diz respeito, a menos que queiramos também nos tornar inumanos.


Aguarde! Prepare-se. Chumbo Gordo vem aí.