A declaração foi dada a um grupo de apoiadores no Palácio do Planalto. O presidente criticou as medidas de isolamento social adotadas por gestores locais.

[Presidente!Muita calma nessa hora. O deputado Maia não tem o poder que ele e os inimigos do Senhor pensam.
Além do que, ele sabe que tudo que fizer contra o Brasil, contra o povo, será fácil identificar a autoria.
A União é a 'galinha dos ovos de ouro', se as medidas acabarem com a União,sobra para os estados e nenhum deles, incluindo o deputado, tem vocação para escorpião.
Aproveite o que o Congresso está aprovando e mantenha a firmeza, sem dar munição aos inimigos e tento presente que o Brasil é o que importa.]

Desde o começo, sozinho, venho falando dos dois problemas, o vírus e o desemprego. O desemprego já se faz presente no seio da sociedade. Os informais cresceram muito, são quase 40 milhões no Brasil. O pessoal celetista também milhões já perderam seus empregos. A economia não roda dessa forma. Vai faltar dinheiro para pagar servidor público, e o Brasil está mergulhando num caos — afirmou o presidente.

A queda na arrecadação de impostos é um dos efeitos da paralisia na atividade econômica. Para mitigar esse problema, estados e prefeitos querem que a União compense os governos locais pelas perdas, conforme projeto aprovado por deputados semana passada e criticado pelo governo.

A ideia tem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao fazer referência indireta a Maia, Bolsonaro afirmou que não vão tirá-lo do cargo. — Eu quero crer que não seja apenas má vontade desses políticos que não vou nominar aqui querer abalar a Presidência da República. Não vão me tirar daqui — disse o presidente, enquanto manifestantes gritavam 'Fora, Maia'.

Na última quinta-feira, Bolsonaro acusou Maia, em entrevista à CNN, de "conduzir o Brasil para o caos", ao criticar o texto de ajuda aos estados. Na ocasião, o presidente afirmou ainda que a proposta equivale a "matar a galinha dos ovos de ouro", em referência ao impacto da medida sobre as contas do governo federal.

O Globo