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sábado, 15 de abril de 2023

A história do escorpião petista - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

Muita gente preferiu fingir que o PT não era o PT, que Lula não era Lula, só para se livrar de Bolsonaro. A narrativa de ameaça golpista e fascista seduziu alienados desatentos 

Fábula do escorpião e o sapo | Ilustração: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Fábula do escorpião e o sapo | Ilustração: Montagem Revista Oeste/Shutterstock 
 
 O que é pior: Lula e seu PT ou o sistema podre e carcomido que comanda o país desde sempre? 
Os radicais de esquerda ou os fisiológicos que só querem explorar nossos recursos? 
Os revolucionários corruptos ou os carrapatos que enxergam o Brasil como um imenso hospedeiro? Responder esta questão não é trivial.  

Afinal, estamos acostumados com o tal sistema podre, e, por puro pragmatismo e interesse próprio, os “donos do poder” querem manter a galinha dos ovos de ouro viva. Já os radicais petistas podem, com seu projeto ideológico, afundar de vez a nação, como acontece com a vizinha Argentina, elogiada pelo presidente. 

O PT aparece com sua carranca feia, sem muito esforço para ocultar sua essência radical, sua simpatia por ditaduras comunistas, seu intuito controlador que clama por censura.  
Já o sistema “tucano” surge como democrata, moderado, legalista, tudo isso só na aparência. O que é pior? O trombadinha sujo ou o traficante limpinho que entra em nossa casa como alguém civilizado? 
Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, em Brasília 
(17/3/2023) | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

“Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres será facilmente sua presa”, alertara Schopenhauer. A serpente disfarçada pode oferecer mais perigo do que o monstro visível. Este nos desperta imediata reação, enquanto aquele vai nos enganando até o bote fatal. É a velha história do sapo escaldado cuja água foi aquecendo aos poucos. 

“Uma cobra mal morrida tem de aparecer de novo para que a matemos definitivamente”, diz o ditado. O deputado Marcel van Hattem usou essa ideia para argumentar que é preciso enterrar de vez o petismo. “Ao não aproveitar a chance que lhe foi dada de uma nova Presidência da República para unificar o país e lavar a própria biografia diante de toda a nação, Lula está passando sua vez no tabuleiro político ao outro lado do corredor novamente”, escreveu o parlamentar.

O escorpião pica o sapo mesmo sabendo de sua estupidez suicida, pois não consegue negar sua natureza. “A julgar pelos cem dias passados, nem milhões de brasileiros insatisfeitos parecem abalar a convicção de Lula em trilhar o caminho do retrocesso, do ódio e do rancor”, aponta Marcel. Quem esperava um Mandela está assustado ao se deparar com Lula mesmo, cada vez mais raivoso. 

Os “tucanos de mercado” que fizeram o L estão com medo. Tudo piora bem rápido no país. Muita gente preferiu fingir que o PT não era o PT, que Lula não era Lula, só para se livrar de Bolsonaro. 
A narrativa de ameaça golpista e fascista seduziu alienados desatentos. Plantaram vento e agora colhem tempestade. Alimentaram o corvo que pretende arrancar seus olhos. 
 
Mas o sistema reage, e tem muita força. Os “pragmáticos” não vão simplesmente observar passivos a morte da galinha dos ovos de ouro. Não vão ficar de braços cruzados olhando o hospedeiro agonizar até a morte. 
Os parasitas dependem de sua sobrevivência, e esta está ameaçada pelo radicalismo petista uma vez mais. 
No passado, Dilma foi jogada para escanteio. A história não se repete, mas rima. 

Pensem numa Tabata Amaral da vida. Fala mansa, pose de moderada, capaz de enganar muito mais gente do que uma comunista como a Manuela D’Ávila. Mas isso faz dela alguém menos perigosa, por acaso?

Marcel van Hattem conclui com alguma esperança seu artigo, lembrando com os Provérbios que “a soberba precede a ruína”. Amém, diz o deputado liberal. E faço coro, com uma ressalva: a derrota pode ser do escorpião, mas a vitória pode não necessariamente ser do Brasil. Afinal, o sistema sabe o que faz e tem interesses distintos e distantes daqueles do povo brasileiro. 

Quando Eduardo Cunha liderou o impeachment de Dilma, virou o “malvado favorito” de muita gente boa. Mas Renan Calheiros, Sarney e companhia não representam o brasileiro trabalhador e honesto. A Globo, a Fiesp, os banqueiros “petistas”, os empreiteiros corruptos, essa turma toda que concentra enorme poder político não tem sua pauta alinhada àquela da nação, em que pese poderem divergir do petismo. Tiveram de fazer o L por falta de opção, e podem se livrar do escorpião petista se necessário, mas isso não garante nossa liberdade. 

Não vamos esquecer que foi em governos estaduais tucanos que vimos o maior grau de autoritarismo durante a pandemia, com até gôndolas de supermercado fechadas aleatoriamente. Não vamos ignorar que são os ministros supremos ligados aos tucanos que comandam os inquéritos ilegais e arbitrários para perseguir a direita. Os comunistas assustam, com razão, mas os globalistas também deveriam assustar, e muito. Talvez até mais, por serem mais moderados na aparência. 

Pensem numa Tabata Amaral da vida. Fala mansa, pose de moderada, capaz de enganar muito mais gente do que uma comunista como a Manuela D’Ávila. Mas isso faz dela alguém menos perigosa, por acaso?  
Suas concessões ao mercado e suas críticas pontuais às tiranias comunistas podem iludir os desatentos, mas Tabata fez o L, admira a história do PT e vai para China com Lula toda contente. 
Já deu sinais de autoritarismo várias vezes, conseguiu a demissão de um humorista, e, se tivesse mais poder, certamente partiria para a censura ampla aos direitistas. Tudo em nome da democracia, claro.  

O “fascismo do bem” tende a ser mais temerário do que o comunismo escancarado, pois os ungidos não demonstram qualquer crise de consciência durante o processo de eliminar adversários, já que se enxergam como libertadores iluminados. Partindo da premissa de que todos de direita são “extremistas” e “golpistas”, essa turma com perfil tucano avança rumo ao totalitarismo. 

O teatro das tesouras consiste na falsa disputa entre petistas e tucanos, entre esquerda radical e esquerda “fofa”. 
Compreender que o tucanato que fez o L pode até considerar Lula descartável, mas que representa ameaça tão nefasta quanto o petismo é crucial para o futuro do Brasil. 
 Não foi a turma petista, afinal, que numa canetada censurou minhas redes sociais, congelou minhas contas bancárias e cancelou meu passaporte, tudo isso sem qualquer indício de crime cometido.  
Tabata Amaral Cassação Nikolas
Tabata Amaral | Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Leia também “A esquerda latinizou a América”

Rodrigo Constantino,  colunista - Revista Oeste

 

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

O “tudo ou nada” é para quem não tem nada a perder - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino - VOZES

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Difícil dormir. Tenho orado pelo futuro do Brasil. Tempos estranhos e sombrios esses em que vivemos. A vitória de um corrupto não desce pela garganta de muitos brasileiros, ainda mais da forma suspeita que foi. Tudo muito preocupante.

Esticaram demais a corda. Quem planta vento colhe tempestade. Não foi por falta de aviso. Tomara que o Brasil consiga evitar o pior! 
Mas boa parte do povo não quer brincar do teatro da democracia criado pelo sistema podre, e teme o risco concreto de virarmos uma Argentina.

O problema é o que fazer diante disso. Muita gente fala em “tudo ou nada”. Isso é all-in no poker. Quem faz isso tem que ter uma mão muito forte, ou o A na manga. Se for por puro desespero ou pouca ficha, o risco de sair de vez do jogo é grande. E esse tipo de postura costuma vir de quem tem pouco a perder.

Nós temos muito a perder! Afinal, uma bancada mais conservadora foi eleita, temos os governos de São Paulo e Minas Gerais nas mãos de gente séria e competente, o povo despertou e está atento, e uma ala do centrão não quer perder a galinha dos ovos de ouro.

Entendo o pânico de quem acha que já perdemos a democracia, mas discordo. Minha premissa é que o sistema, por mais podre que seja, é maior do que Lula, e isso, com a forte oposição eleita, pode segurar o ímpeto totalitário petista. Aposta arriscada? Sim! Mas partir para uma revolução não é?! Lembrem que Dilma sofreu impeachment...

O "argumento" de que é fácil eu bancar o prudente pois não moro no Brasil e não vou sofrer as consequências de uma venezuelização não se sustenta, pois serve para o outro lado ainda mais: seria fácil ser incendiário de longe, sem risco de prisão ou guerra civil. Penso no Brasil. Sempre.

Não são golpistas os que foram para as ruas. Não são vagabundos. São brasileiros patriotas e trabalhadores, desesperados com os riscos à frente, revoltados com a eleição mais manipulada da história, com mídia e TSE agindo como partidos petistas.  
Os meios importam, mas não demonizar essa turma é crucial.

É preciso compreender o que foi feito com nosso país por essa elite que sonha com uma "democracia de gabinete". "Estamos lidando com um moleque", teria dito um ministro supremo sobre Bolsonaro, segundo a Folha. Esse tipo de comentário "vazado" em nada ajuda, pois o povo sabe que esses ministros são os principais inimigos da liberdade e da democracia no Brasil hoje, agindo como militantes partidários e abusando do poder. É lenha na fogueira!

O povo não quer virar a próxima Argentina. Mas é preciso pensar na melhor forma de agir. Tudo que o sistema carcomido quer é que Bolsonaro lhes forneça o pretexto para realmente impor uma ditadura completa, alegando que combate o "fascismo golpista". Não podemos dar a eles o 6 de janeiro dos Estados Unidos, aquela invasão do Capitólio que serviu apenas para destruir Trump de vez e alimentar narrativas esquerdistas que justificaram quatro anos de ataques institucionais para lutar contra o fantasma imaginário que criaram.

[Um ADENDO do que o General MOURÃO pousou há pouco:

General Hamilton Mourão
@GeneralMourao
Brasileiros, há hoje um Sentimento de frustração, mas o problema surgiu quando aceitamos passivamente a escandalosa manobra jurídica que, sob um argumento pífio e decorridos 5 anos, anulou os processos e consequentes condenações do @LulaOficial.

NOSSA RESPOSTA: 
Certíssimo General MOURÃO. Mas, com todo o respeito o que nós, POVO, iríamos fazer; lembro ao senhor que se esse seu twitter tivesse sido postado qdo houve a manobra jurídica a situação seria outra. No mínimo, o eleito estaria preso.]
 

Há alguma estratégia para os manifestantes? Pensaram no “day after”? Acompanho a indignação e o desespero de muitos, mas o fígado é mau conselheiro. 
Não forneçam o pretexto para implantarem de fato uma ditadura completa e irreversível.
 Ainda não estamos lá. E, creio, temos armas para impedi-la, se Bolsonaro se tornar uma trincheira na resistência democrática contra o petismo.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 7 de junho de 2022

Maverick é a esperança ocidental - [ Top Gun: Maverick, o cinema que desafia a lacração.] Revista Oeste

O cinema que desafia a ‘lacração’

Rodrigo Constantino escreve sobre o que incomoda tanto a crítica em Top Gun: Maverick, novo sucesso do astro Tom Cruise

Rodrigo Constantino

Eis o que o telespectador vai encontrar ali: heroísmo, bravura, sacrifício, espírito de equipe, meritocracia, busca por excelência, redenção, senso de dever, patriotismo, amor, família, amizade

O cinema respira. Enquanto a audiência do Oscar despenca a cada ano, por excesso de “lacração”, de vez em quando surge um filme que corre “por fora”, bate recorde de bilheteria e alimenta nossa fé não só nessa arte, como na civilização. É o caso de Top Gun: Maverick, que já é o filme de maior sucesso do Tom Cruise na largada. E não é para menos.

O filme é um retorno aos anos 1980, quando foi rodado o primeiro Top Gun, uma década de esperança que terminou com a queda do Muro de Berlim. Não há qualquer intuito de “lacrar” ali. Apenas uma história emocionante, efeitos especiais de tirar o fôlego e ótimo entretenimento por algumas horas. Não por acaso a crítica desprezou. Teve um que chegou a falar em “machismo tóxico” e anatomia fálica dos jatos.

Mas eis o que o telespectador vai encontrar ali: heroísmo, coragem, bravura, sacrifício, espírito de equipe, meritocracia, busca por excelência, redenção, senso de dever, patriotismo, amor, família, amizade. A missão é quase impossível, mas ela precisa ser feita, pela nação, por eles, pela liberdade. O capitão altamente condecorado, mas que permaneceu capitão para sempre, é uma espécie em extinção, talvez. Mas ele mesmo rebate: “Não hoje”. E enquanto homens de verdade puderem existir, é isso que importa, pois haverá uma luz no fim do túnel.

Em The War on the West, Douglas Murray fala da guerra cultural em curso contra todos os valores que definiram a sociedade ocidental. Ele explica: “Nos últimos anos, ficou claro que há uma guerra em andamento: uma guerra contra o Ocidente. Isso não é como as guerras anteriores, onde os exércitos se chocam e os vencedores são declarados. É uma guerra cultural, e está sendo travada impiedosamente contra todas as raízes da tradição ocidental e contra tudo de bom que a tradição ocidental produziu”.

Todos nós podemos perceber isso no dia a dia, mesmo sem se aprofundar no tema. As pessoas começaram a falar de “igualdade”, mas não pareciam se importar com direitos iguais. Elas falavam de “antirracismo”, mas soavam profundamente racistas e segregacionistas. Elas falavam de “justiça”, mas pareciam significar “vingança”.

Pôster do filme Top Gun: Maverick | Foto: Reprodução

E esses radicais disfarçados de moderados possuem um só objetivo: detonar o legado ocidental. Um dos instrumentos preferidos para isso, além de cuspir em tudo que vem do Ocidente enquanto ignora os defeitos de outras civilizações, é mudar a demografia dos países, escancarando suas fronteiras e alegando que é preciso absorver o mundo todo em nome dos “crimes” passados. Essa turma age na base do sentimento de culpa incutido nas pessoas.

Apenas os países ocidentais, espalhados por três continentes, foram constantemente informados de que, para ter alguma legitimidade para serem considerados decentes —, deveriam alterar rápida e fundamentalmente sua composição demográfica. Os argumentos estavam sendo feitos não por amor aos países em questão, mas por um ódio mal disfarçado por eles. O Ocidente é o problema, e sua destruição seria a solução.

Por isso esses radicais nada falam dos abusos contra as liberdades básicas na China ou no Oriente Médio, sobre a total ausência de direitos das minorias nesses países, à exceção de Israel, uma democracia parlamentar nos moldes ocidentais, e ironicamente o país mais atacado pelos “progressistas” na região. Eles partem da premissa de que há um apreço global por tais valores, ignorando que foi apenas no Ocidente que eles surgiram de verdade. Eles cospem nas bases morais e religiosas que tornaram possível o surgimento desses valores. E, mesmo quando não é possível negar a ausência deles em outras civilizações, os radicais dão um jeito de culpar… o Ocidente por isso!

As novas gerações aprendem essa visão ignorante da história. Elas recebem uma história das falhas do Ocidente sem gastar um tempo correspondente em suas glórias

O racismo terrível existe atualmente em toda a África, expresso por africanos negros contra outros africanos negros. O Oriente Médio e o subcontinente indiano estão repletos de racismo. Viaje para qualquer lugar do Oriente Médio — até mesmo para os Estados “progressistas” do Golfo e você verá um moderno sistema de castas em ação. Na Índia até hoje existem os “intocáveis”.  
Mas misteriosamente é o Ocidente a civilização condenada por ser “estruturalmente racista”. 
Enquanto o Ocidente é agredido por tudo o que fez de errado, agora não recebe nenhum crédito por ter feito algo certo.

Para Murray, passamos de apreciar e avaliar o que há de bom na cultura ocidental para dizer que cada parte dela deve ser desmantelada, que está tudo errado. Somos hoje incapazes de reconhecer o diferencial positivo do Ocidente. Em poucas décadas, a tradição ocidental passou de celebrada a constrangedora e anacrônica e, finalmente, a algo vergonhoso. Passou de uma história destinada a inspirar as pessoas e alimentá-las em suas vidas para uma história destinada a envergonhar as pessoas.

A crítica histórica e o repensar nunca são uma má ideia. No entanto, a busca por problemas visíveis e tangíveis não deve se tornar uma busca por problemas invisíveis e intangíveis, argumenta Murray. Especialmente se for realizada por pessoas desonestas com as respostas mais extremas. Se permitirmos que críticos maliciosos deturpem e sequestrem nosso passado, então o futuro que eles planejam com base nisso não será harmonioso. Será um inferno.

A cultura que deu ao mundo avanços incríveis na ciência, na medicina e um mercado livre que tirou bilhões de pessoas ao redor do mundo da pobreza e ofereceu o maior florescimento de pensamento em qualquer lugar do mundo é interrogada através de lentes da mais profunda hostilidade e simplicidade. E o duplo padrão salta aos olhos: as demais culturas não podem ser julgadas pela mesma régua, pois isso seria “etnocentrismo”.

As novas gerações aprendem essa visão ignorante da história. Eles recebem uma história das falhas do Ocidente sem gastar nada como um tempo correspondente em suas glórias. E elas existem! E são muitas! Parece que estamos matando a galinha dos ovos de ouro, constata Murray. E é nesse contexto que devemos celebrar o sucesso de Top Gun: Maverick, além de ser bom entretenimento. O filme resgata esses valores que os “lacradores” querem enterrar. Todos saem com orgulho dos heróis, emocionados pelo sacrifício, pela camaradagem, pela bravura e pelo senso de dever daqueles patriotas. Por isso o filme incomodou tanto a elite “progressista”. E por isso também foi esse estrondoso sucesso de bilheteria. O Ocidente respira.

Leia também “A aristocracia arrogante de Davos”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


sábado, 21 de agosto de 2021

O EXTRAORDINÁRIO PODER DOS OMISSOS - Percival Puggina

A frase de Shannon Adler vale por uma sirene de alerta. Diz ele: “Frequentemente, aquilo que as pessoas não dizem, ou deixam de lado, conta a verdadeira história”.

E eu acrescento: Quantos de nossos males seriam evitados se não comprássemos por dois vinténs de sossego os dissabores de amanhã!

A omissão dos conservadores e liberais favoreceu, nas últimas décadas, a condução do Brasil por maus caminhos, em más companhias. Se é verdade que fizemos nossa autodescoberta em 2018, não é menos verdade que quando acordamos da euforia inerente àquela vitória, a soberania popular jazia entre quatro velas no artigo primeiro da nossa Constituição. Voltamos a ser a galinha dos ovos de ouro no poleiro daqueles que decidem nosso destino e regem nossas liberdades. O mudo consentimento dos omissos permite a migração do poder real da República para mãos impróprias.

Atente, pois. Se alguém lhe jogar por cima etiquetas ofensivas e frases feitas; se disser que “um outro mundo é possível”, que o problema de Cuba é o “terrível bloqueio ianque”, que a ideologia de gênero é uma imposição da vida moderna e uma necessidade das crianças, que as drogas devem ser liberadas, que “interrupção da gravidez” é direito da mulher, que os cristãos devem ficar de boca fechada para que só eles falem porque o Estado é laico, que a pobreza é causada pela riqueza, que a polarização faz mal à política, saiba: aí está alguém animado por mentalidade revolucionária. 

Alguém que fará qualquer coisa pelo poder e que, no poder, agirá por dentro e por fora da ordem para destruí-la, pondo em curso o projeto revolucionário. Saiba mais: essa pessoa não quer melhorar o mundo, como eu e você queremos. Ela quer destruir a civilização e os valores que buscamos preservar. O Brasil, para elas, é apenas um dos espaços geográficos dessa disputa. Por isso, rejeitam o patriotismo, a bandeira e o Sete de Setembro.

Nossos valores, nossos apreço à liberdade, nossa rejeição à tirania e aos totalitarismos os contraria.  
Nós, de fato, preferimos a ordem à desordem e à anarquia. Respeitamos a justiça e o devido processo, o Estado de Direito e a Democracia. Rejeitamos revoluções e abusos de autoridade. Sabemos que a prisão dos criminosos liberta os cidadãos
Não investimos contra os bens alheios e exigimos que a propriedade privada seja respeitada. 
Consideramos que o Estado existe para a pessoa humana e não a pessoa humana para o Estado. Sabemos que a instituição familiar é importante, deve ser preservada e constituir objeto de atenção. Queremos um Estado eficiente nas tarefas que lhe correspondem, não intrometido na vida privada. 
Entre nós, mesmo os ateus reconhecem o valor da moral judaico-cristã, apreciam os fundamentos da civilização Ocidental e estão longe de considerar o Cristianismo como um mal que deva ser extirpado dos corações e das mentes.
As forças que exercem de modo efetivo o poder nacional, em proporção a cada dia mais evidente, rejeitam esse inteiro pacote, sem acordo possível. Querem a posse integral dos meios para dirigi-los a fins opostos. Abandonam os cidadãos à sanha dos bandidos porque lhes convêm o aumento da criminalidade e a insegurança. 
Põem em curso as agendas identitárias, não porque se interessem pelas pessoas concretas, mas porque toda trincheira e toda fratura aberta na sociedade serve ao projeto.  
Defendem a liberação das drogas, não porque considerem isso melhor do que a proibição, mas porque a drogadição abala os valores das comunidades. 
Hasteiam a bandeira dos Direitos Humanos de cabeça para baixo porque as únicas agressões a direitos humanos que os mobilizam são as que, de algum modo, atingem militantes do seu projeto.

Não tenho a menor condição de compor um cenário nacional para os próximos sessenta dias. Só sei que ele, muito provavelmente, será como os omissos permitirem que seja, antes de porem a culpa em alguém.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Motoristas da empresa Marechal fazem paralisação na manhã desta terça-feira

Sindicato dos Rodoviários optou pela paralisação das operações da Marechal por atraso no salário de colaboradores da empresa

Quem depende de ônibus da viação Marechal ficou na mão na manhã desta terça-feira (6/10). O sindicato dos rodoviários paralisou as atividades da empresa por conta do atraso do salário de colaboradores. Entre as cidades atendidas pela Marechal estão Samambaia, Taguatinga Sul, Guará II, P Sul e Gama.

[Designar empregados como colaboradores se tornou praxe, até mesmo adequado, só que uma exceção se impõe no tocante aos empregados de empresas de ônibus urbano - os empregados da Marechal e outras empresas de ônibus do DF, também conhecidos por rodoviários, podem ser tudo, menos colaboradores.
Os empregados da Marechal e das outras empresas são colaboradores apenas na luta contínua para ferrar a empresa que é vítima da colaboração.
Aliás, os empregados nas empresas de transporte coletivo urbano no DF, também não colaboram com os passageiros = os que dependem do transporte coletivo são as maiores vítimas da 'colaboração' dos rodoviários.

O pior é que a intransigência dos empregados de tais empresas pode levar à falência do empregador = morte da galinha dos ovos de ouro.
A paralisação anterior ocorreu devido o dia do pagamento de um adiantamento, ter ocorrido em um sábado e a empresa postergou tal pagamento a segunda-feira e com isso paralisaram, ferrando os que dependem do transporte coletivo. A paralisação de agora decorre de um atraso de um dia e de uma pequena parte do salário. A INTRANSIGÊNCIA por parte dos empregados é absurda, incabível.]

Em nota enviada à imprensa, a Marechal não negou os atrasos de 18% do quadro de colaboradores e disse que "a crise causada pelo novo coronavírus reduziu em cerca de 60% o número de passageiros transportados, mas a empresa continuou operando com 100% da frota desde o início da pandemia, não reduziu salários ou suspendeu contratos, mantendo todos os postos de trabalho sem nenhuma demissão."

A empresa ainda explica que "isso fez com que os custos permanecessem os mesmos, porém a receita da empresa passou a ser apenas 40% do que era antes da pandemia, levando à insustentabilidade da operação. A queda na arrecadação e o desequilíbrio financeiro do sistema, causaram o atraso no pagamento de parte dos salários."  Ainda na nota, a Marechal argumenta que apresentou ao GDF pedidos de revisão tarifária, uma das medidas que, segundo a empresa, poderiam ter evitado os atrasos. [revisão de tarifas agora é inaceitável, já que os usuários do transporte coletivo também sofreram e continuam sofrendo os efeitos da pandemia.

Os empregados das empresas de transporte coletivo estão entre os poucos assalariados que não sofreram demissão, redução salarial, etc.

MENOS INSTRANSIGÊNCIA e ESPIRITO DE COLABORAÇÃO são essenciais no momento]

Confira a nota da empresa na íntegra:

"O Sindicato dos Rodoviários paralisou as operações da Auto Viação Marechal, nesta terça-feira (06), após a empresa não quitar o salário dos colaboradores, sendo pago até o momento 82% da remuneração.

A crise causada pelo novo coronavirus reduziu em cerca de 60% o número de passageiros transportados, mas a empresa continuou operando com 100% da frota desde o início da pandemia, não reduziu salários ou suspendeu contratos, mantendo todos os postos de trabalho sem nenhuma demissão. Isso fez com que os custos permanecessem os mesmos, porém a receita da empresa passou a ser apenas 40% do que era antes da pandemia, levando à insustentabilidade da operação. A queda na arrecadação e o desequilíbrio financeiro do sistema, causaram o atraso no pagamento de parte dos salários.

A Marechal apresentou ao GDF vários pleitos de revisão tarifária para o reequilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão, que encontra-se em desequilíbrio financeiro, pois o projeto básico do Edital de Licitação ST 001/2011 – Reabertura, não foi implantado. As restrições de circulação impostas pela pandemia vieram a agravar ainda mais um quadro que já era crítico.

A Marechal continuará fazendo todos os esforços para cumprir os compromissos com seus colaboradores, fornecedores e prestadores de serviço, além do pagamento de todos os impostos, porém ainda não foi encontrada solução definitiva para a sustentabilidade do Sistema de Transporte Público Coletivo do DF - STPC/DF."

Correio Braziliense


sábado, 18 de abril de 2020

Bolsonaro diz que, com estados parados, pode faltar dinheiro para pagar servidor - O Globo

Marcello Corrêa e Luísa Martins

Bolsonaro volta a criticar medidas de isolamento: "Brasil está mergulhando no caos"

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (18) que a paralisação da atividade econômica causada pelas restrições em estados e municípios para conter o coronavírus podem afetar o pagamento de salários de servidores públicos.

A declaração foi dada a um grupo de apoiadores no Palácio do Planalto. O presidente criticou as medidas de isolamento social adotadas por gestores locais.

[Presidente!Muita calma nessa hora. O deputado Maia não tem o poder que ele e os inimigos do Senhor pensam.
Além do que, ele sabe que tudo que fizer contra o Brasil, contra o povo, será fácil identificar a autoria.
A União é a 'galinha dos ovos de ouro', se as medidas acabarem com a União,sobra para os estados e nenhum deles, incluindo o deputado, tem vocação para escorpião.
Aproveite o que o Congresso está aprovando e mantenha a firmeza, sem dar munição aos inimigos e tento presente que o Brasil é o que importa.]

Desde o começo, sozinho, venho falando dos dois problemas, o vírus e o desemprego. O desemprego já se faz presente no seio da sociedade. Os informais cresceram muito, são quase 40 milhões no Brasil. O pessoal celetista também milhões já perderam seus empregos. A economia não roda dessa forma. Vai faltar dinheiro para pagar servidor público, e o Brasil está mergulhando num caos — afirmou o presidente.

A queda na arrecadação de impostos é um dos efeitos da paralisia na atividade econômica. Para mitigar esse problema, estados e prefeitos querem que a União compense os governos locais pelas perdas, conforme projeto aprovado por deputados semana passada e criticado pelo governo.

A ideia tem o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao fazer referência indireta a Maia, Bolsonaro afirmou que não vão tirá-lo do cargo. — Eu quero crer que não seja apenas má vontade desses políticos que não vou nominar aqui querer abalar a Presidência da República. Não vão me tirar daqui — disse o presidente, enquanto manifestantes gritavam 'Fora, Maia'.

Na última quinta-feira, Bolsonaro acusou Maia, em entrevista à CNN, de "conduzir o Brasil para o caos", ao criticar o texto de ajuda aos estados. Na ocasião, o presidente afirmou ainda que a proposta equivale a "matar a galinha dos ovos de ouro", em referência ao impacto da medida sobre as contas do governo federal.

O Globo

quarta-feira, 8 de março de 2017

O paraíso da meia galinha morta

José Nêumanne: O paraíso da meia galinha morta

A supersafra da agroindústria, o futebol interditado e o samba avariado são as delícias do Brasil

Bastou chover um pouco mais que o esperado e parte da supersafra brasileira de soja “mica”, pois não consegue chegar ao porto de Belém, do qual 11 navios, sem poder mais esperar, se mandaram para embarcadouros mais ao sul, em Santos (SP) e Paranaguá (PR). A erva está encalhada em 100 quilômetros não asfaltados da BR-163, rodovia que é hoje a principal ligação entre uma grande zona produtora de grãos, em Mato Grosso, e os navios atracados no norte.

Segundo reportagem de Lu Aiko Otta, do Estado em Brasília, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, lamentou: “Dinheiro que estava na mesa, de uma grande colheita, está indo para o ralo, nos buracos das estradas. Dá pena de ver.”

Os produtores tiveram prejuízo de US$ 6 milhões só com a “demourage”, taxa paga pela permanência das embarcações ancoradas. Caso consiga ser embarcada no Sudeste ou no Sul, a carga desviada poderá sobrecarregar as entradas desses portos, com mais despesas de espera. No total, o setor estima que nesta safra os sojicultores perderão R$ 350 milhões, segundo informou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli. “Estamos queimando notas de cem dólares, uma atrás da outra”, afirmou o executivo. Segundo Maggi, o produtor que vende a leguminosa precisa entregar no prazo, no local definido pelo comprador. Diante do atraso no escoamento da produção local, a alternativa é, muitas vezes, adquiri-la de outros países produtores, como Estados Unidos e Argentina, para honrar o contrato.

A supersafra resulta da galinha dos ovos de ouro da economia brasileira, que é a agroindústria. Mas, como o casal da fábula que ganha a galinha miraculosa de um duende e a mata para não ter de esperar o dia seguinte para a postura de mais um ovo e retirar do ventre da ave todos os ovos de uma vez, em vez de um por um, dia a dia no que lhe restar de vida. O conto infantil termina com a seguinte moral: “Espreitando pela janela, o duende ria-se e abanava a cabeça, pensando que a verdadeira felicidade não está em ter ou não ouro, mas, sim, no coração de cada um.”

A pressa, que, como diziam nossos avós, é inimiga da perfeição, transforma o Brasil num imenso cadáver de galináceo. Aqui já houve ferrovias, e não há mais. A solução para o transporte da supersafra, que se tem repetido ano a ano, assim como o atoleiro na BR-163, seria ferroviária. Mas todo o transporte passou a ser feito por rodovias desde a instalação das montadoras de automóveis no Brasil, nos anos 50, no governo de Juscelino Kubitschek. Sessenta anos depois, a malha rodoviária está imprestável, porque o Estado não investe uma pataca nas vias de escoamento da safra, e o resultado é o que se vê em Mato Grosso. Assim como nos portos.

E a safra recorde que está micando é só uma das muitas outras evidências de que vai ser difícil dar um jeito no Brasil. Na semana passada, os habitantes de Campina Grande, no alto do Planalto da Borborema, e do sertão da Paraíba comemoraram a chegada da água da transposição do Rio São Francisco à represa de Barreiro, em Sertânia, no interior de Pernambuco. O reservatório fica a 100 quilômetros de Monteiro, às margens do rio Paraíba, que forma Boqueirão, açude que abastece a segunda maior cidade do Estado e que título a um romance regionalista do pioneiro José Américo de Almeida. Como lhe restam 3% do volume morto, a notícia provocou a euforia dos paraibanos sedentos. Infelizmente, contudo, a barragem, inaugurada no fim de fevereiro, vazou no começo de março. E agora todos estão à mercê de boas notícias sobre o estancamento desse vazamento.

Não podia haver retrato mais acabado da ironia do destino de galinha morta do Brasil. Em vez de ser levada para dar de beber ao interior do Nordeste, a água do Velho Chico invadiu propriedades e repetiu, em escala muito menor, a tragédia da lama que matou o Rio Doce, em Minas.  Bem mais distante de Sertânia, a população de Fortaleza, capital do Ceará, não tem água para beber e cozinhar, dependendo para isso do açude do Castanhão, também pela hora da morte, amém. Lá, a esta altura, mesmo com chuvas inesperadas e recentes, a dependência completa dos caminhões-pipa só será combatida se a promessa da transposição do rio da unidade nacional feita por Lula e Dilma for cumprida. Os dois compraram  canecas para viajarem para o sertão e beberem a água do rio longínquo, mas agoram vem essa notícia desapontadora.

Construída no contorno da belíssima Baía de Guanabara, o Rio de Janeiro, cujos reflexos luminosos noturnos foram decantados num musical de Cole Porter, mas que também já foi definida numa marchinha de carnaval como “cidade que me seduz, de dia falta água, de noite falta luz”, não tem mais problemas para consumo humano de água potável. O melhor governante que já teve, Carlos Lacerda, resolveu o problema secular com o uso das águas do Guandu. No entanto, dá outros exemplos de como a galinha morta Brasil impera de norte a sul.

O jogo final da tradicional e charmosa Taça Guanabara, um Fla-Flu, tido e havido como o maior clássico do futebol mundial, foi jogado para um público reduzido para suas tradições, num estádio menor, porque o “gigante do Maracanã” está fechado por causa de um conflito judicial entre o Estado imprevidente e a iniciativa privada picareta. A Justiça e a polícia, incapazes de garantir a segurança do público pagante, exigiram que a final fosse jogada para torcida única. Fluminense e Flamengo puderam jogar para os torcedores dos dois times, que se arriscaram a ir ao subúrbio sem muita garantia, mas só puderam comprar ingressos depois da tardinha de sexta-feira, quando os clubes obtiveram a liminar para cancelar a estúpida decisão anterior.

Isso ocorreu uma semana depois do desfile das escolas de samba no sambódromo erguido na gestão de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro no Estado do Rio. No desfile de domingo, um carro alegórico da Paraíso do Tuiuti, guiado por um caminhoneiro que nunca havia dirigido um veículo na pista do samba, esmagou parte da multidão que se acotovelava para ver o desfile no setor 1, ferindo 20 pessoas. Na madrugada seguinte, a parte de cima da alegoria móvel da Unidos da Tijuca desabou por excesso de peso, levando foliões ao hospital.

Na Quarta-Feira de Cinzas, a Liga das Escolas de Samba – Liesa – concluiu que o primeiro desastre foi um “acidente” e o segundo teria resultado de uma falha no sistema hidráulico. Sem reconhecer que havia gente demais sambando em cima de um carro que não tinha condições técnicas para desfilar. No paraíso da galinha morta, esse senhor manteve as duas escolas trapalhonas no desfile do ano que vem, perdoando seus erros e exigiu da prefeitura do Rio que refaça o percurso da pista do samba.

Esse não será assunto para a sra. Luislinda Valois, ministra dos Direitos Humanos do governo Temer, levar no ano que vem ao debate na comissão temática das Nações Unidos, à qual em sabatina neste ano omitiu o desastre da lama matadora do Rio Doce na Minas histórica e os massacres de início de “ano novo, morte nova”, nos presídios de Manaus, Boa Vista e Nísia Floresta, na Grande Natal. Evoé, Momo Rei!

Capistrano de Abreu dizia que o primeiro artigo da Constituição ideal para o Brasil seria: “Todo brasileiro deve ter vergonha na cara”. E somente mais um: “Revogam-se as disposições em contrário”. Em seu livro Mau Humor – uma antologia definitiva de frases venenosas, Ruy Castro atribuiu ao jornalista Ivan Lessa, filho de Orígenes Lessa, autor de O Feijão e o Sonho, outra frase que servirá como uma luva (ou uma meia) para pôr fim a este artigo: “O brasileiro é um povo com os pés no chão. E as mãos também”. Ou seja: uma meia galinha morta.
 
Publicado no Blog do Nêumanne