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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Lula e Dilma sempre são lembrados por quem ver estas fotos

É ver estas fotos e associar imediatamente a Lula e Dilma, a única diferença -  é que o ex-presidentrO, atualmente em exercício,  e a atual presidentA,  mantendo a cadeira presidencial aquecida - ao que consta,  não são nem foram amantes.

 Mas, se equivalem na na capacidade de iludir e oprimir o POVO

Mussolini e Clara Petacci são pendurados pelos pés, na praça principal de Milão, Itália, após terem sido fuzilados

Repórter: “Duce, é difícil governar a Itália?
Mussolini: Não é difícil. É inútil!


                                                                    Mussolini morto

O diálogo acima, fictício ou verdadeiro, mostra bem o notável gênio do povo italiano.

O poder político da Casa de Sabóia, pode unificar vários países independentes em um só. Porém não conseguiu extinguir o orgulho dos diversos povos submetidos, nem homogeneizar e “pasteurizar” seus costumes e tradições.

O seu único denominador comum é o culto à beleza. Herdeira da cultura ocidental grega , continuadora do esforço civilizatório do Império Romano, a Itália é o exemplo de democracia a ser imitado. Parlamentarista, não tem medo de troca de gabinetes.

Enfrentou vários flagelos: terremotos, vulcões, invasões estrangeiras, organizações criminosas,etc.

Manteve sempre a civilidade. Entrega condenados à Justiça estrangeira por extradição, mesmo quando um país lhe nega a reciprocidade.

Pátria de Dante, Petrarca, D'Annunzio, Rossini, Verdi e tantos outros, que acima de tudo, foram cidadãos do mundo da inteligência.

Ars longa, vita brevis.

Imagina se o repórter fizer a mesma pergunta para nossa "Ducha"?


Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.

Transcrito do Blog Alerta Total - Jorge Serrão

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Não há saída para Dilma, nem para Cunha. Tudo bem. E para o Renan? o que impede o Janot de denunciar o presidente do Senado?

Azedou de vez a sempre falta e péssima relação de Dilma Rousseff com seu vice Michel Temer. Ontem, depois de mais um bate boca entre ambos, a Presidente perdeu as estribeiras depois que Temer lhe indicou que a saída menos traumática para a crise atual seria a renúncia dela. A versão da briga entre ambos, que a imprensa amestrada não noticia por conveniência, circulou ontem nos gabinetes dos mais articulados senadores e deputados.

Todos os problemas de desgovernabilidade foram agravados pela fragilização de um dos principais inimigos de Dilma. A presidenta espera receber alguma retaliação, antes da quase certa denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Cunha, assim que forem traduzidos os documentos enviados pela Justiça da Suíça, revelando depósitos milionários em nome dele e familiares. A situação da Cunha na presidência da Câmara é tão insustentável quanto a de Dilma na Presidência da República.

Em comum, os dois têm a aversão ao ato de renúncia. Jogar a toalha não faz parte da natureza bélica de ambos. Dilma e Cunha vivem em confrontos e conflitos. Dilma, de forma mais escancarada. Cunha, brigando nos bastidores. O presidente da Câmara leva ligeira vantagem sobre Dilma no imediatismo da crise. Acredita-se que ele tenha mais bala na agulha para fechar a tampa do caixão da gestão Dilma. Cunha já estaria com a artilharia pronta, para cair atirando. As consequências seriam imprevisíveis.

A tensão deve se elevar nas próximas horas. Ontem, já se dava como favas contadas que a onda de ataque do Ministério Público Federal contra políticos sob suspeita de corrupção atingirá, em breve, o presidente do Senado. Na avaliação geral entre os congressistas, Renan Calheiros seria muito mais frágil e fácil de derrubar que Eduardo Cunha. 
 
 Independentemente de tal prognóstico ser verdadeiro, a crise institucional brasileira se agrava de maneira inimaginável. Concretamente, a cúpula do Congresso Nacional tem passado atestados públicos de que não tem a menor condição de resolver os impasses.
Outro que deu uma sumida de cena esta semana, e que pode ser alvo de um explosivo dossiê midiático (mais um na coleção), é o blindadíssimo chefão Luiz Inácio Lula da Silva. Notícias negativas contra ele não têm surtido efeito prático, além de desgastar ainda mais a imagem que foi completamente desconstruída entre os formadores de opinião, mas que ainda guarda alguma popularidade mínima entre os brasileiros completamente sem noção. A crise está longe de se resolver...      


Confusão com a caixinha
A dislexia da Presidenta não tem limites...
Vide a recente gafe cometida na entrevista coletiva concedida após a Reunião da Cúpula do G4, em Nova York.
Dilma Rousseff cita a Caixa de Pândora (em vez de Pandora) e é corrigida por jornalista.
 
Dilma e o dentifrício que entra no dentifrício
 
 
Dentrifício - um pouco antiga mas mostra que a presidente só piora

A arte de estocar vento
Mais uma fala internacional que virou motivo de piada sobre nossa Presidenta - que não consegue expor direito seu raciocínio lógico, nem quando lê discursos que preparam para ela.
Dilma e o vento estocado 

Dilma e o Assaltante 
Nem os assaltantes profissionais (perdão, não estamos falando dos políticos) respeitam mais a Presidenta.
Um bandido preso recentemente ganhou fama noticiário porque atribuiu a Dilma as culpas de todos os crimes que vem cometendo...
Assaltante diz que culpa dos crimes é da presidente  Dilma
Com tal argumento, o bandido seria um excelente candidato a uma vaga no Congresso Nacional...
[a maior parte dos vídeos são antigas e estão sendo postados para lembrar a algum otário babaca que tenha pena da Dilma - ela séria candidata a ter o fim da Clara Petacci e o estrupício do Lula o de Mussolini, o Duce - que ela e seu 'criador'  merecem tudo que os dois receberam e mais alguma coisa.] 

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão e Coluna do Augusto Nunes 
 

domingo, 4 de outubro de 2015

Reforma e crise

 [Dilma faça um favor ao Brasil e mais a você mesma: Renuncie - a renúncia e sua saída imediata do Brasil poderá evitar que você seja a Clara Petacci do século XXI.

Aliás é ver qualquer foto tua ao lado do teu 'criador' e lembrar imediatamente do Duce e da amante.]

Dilma passou por cima do presidente do partido e decidiu estabelecer negociação direta com Leonardo Picciani

Engana-se quem pensa que a reforma ministerial terá o misterioso condão de levar o Congresso Nacional à aprovação da CPMF ou a evitar o processo de impeachment. Seria nada mais do que a ilusão da aparência. O processo de impeachment pode ser eventualmente um pouco postergado, tudo dependendo de fatores que escapam completamente do controle da presidência. Em todo caso, a jogada da presidente foi de alto risco, pois terminou criando problemas no PMDB, sob a suposição de que estaria contentando suas diferentes alas. 

Em todos esses anos petistas, o PMDB, apesar de seus problemas, tem sido um poderoso fator de estabilidade institucional e de moderação política, impedindo excessos político-sociais e advogando pela unidade do país. E se adotou esse rumo, isto em muito se deve à atuação de seu presidente, Michel Temer, também vice-presidente da República. Note-se que, sob a sua liderança, o partido conseguiu conciliar suas desavenças internas, mantendo-as sob controle. Publicamente, o partido sempre tem aparecido unido, procurando resolver seus problemas internamente. Foi, neste sentido, particularmente bem-sucedido, ganhando credibilidade e legitimidade. 

Ora, o que fez a presidente da República? Resolveu implodir essa união, como se ela devesse dar agora as cartas. Passou literalmente por cima do presidente do partido e decidiu estabelecer uma negociação direta com o deputado Leonardo Picciani, representante do baixo clero, em particular carioca. O recado dado foi o de que o deputado não mais deveria passar pelo seu presidente partidário e vice-presidente da República, passando a falar diretamente com ela. A presidente decidiu por seu vice de lado, apesar de declarações públicas de apreço. Alienou um aliado decisivo!

Ficou, agora, refém desta ala particularmente fisiológica do PMDB, não tendo mais nenhum escudo. Será obrigada a fazer a política miúda, aquela que diz desprezar. [diz desprezar mas ela é tão miúda que a chamada política miúda e sua atitude foi mais baixa e traiçoeira do que a habitual no chamado baixo clero.] E o fará sem nenhum anteparo. De imediato, teve de engolir suas indicações para o Ministério, entre elas a da Saúde. Observe-se que o partido teria nomes qualificados para essa pasta, como os dos deputados Osmar Terra e Tarcísio Perondi, ambos médicos, entre outros. Evidentemente que a escolha não poderia, dadas as condições existentes, recair sobre eles.

De imediato, fruto desta desunião provocada pela presidente, 22 deputados de uma bancada de 66 do PMDB lançaram um manifesto contra essas “negociações” e se colocaram na oposição. Um terço da bancada já se afastou desta nova configuração partidária, sem falar dos que não se expressaram publicamente e, contudo, apenas aguardam o melhor momento para saltarem de um barco que está afundando. 

As denúncias de que o deputado Eduardo Cunha possui contas na Suíça só tendem a piorar a situação da presidente da República. E isto por que o deputado está convencido de que se trata de uma grande orquestração organizada pela presidente e pelo PT. Independentemente de sua culpa ou não, a seu favor joga a celeridade do processo contra ele, que não ganha a mesma velocidade quando se trata de outros políticos petistas importantes envolvidos na Lava-Jato. Ferido desta maneira, ele tende a centrar fogo na presidente e em seu partido, pondo ainda mais combustão a um processo de impeachment. Se cair, fará tudo para levar a presidente e o seu partido consigo. O ambiente, neste sentido, piora não apenas para ele, mas também para os seus adversários. 

No cronograma da crise, será votado muito provavelmente entre os dias 7 e 9 o parecer do ministro Nardes relativo às contas da presidente. Tudo indica que a decisão do TCU será pela sua rejeição. Os dados técnicos seriam maciços, inquestionáveis. As mais de mil páginas da AGU, em defesa do governo, não teriam produzido nenhum argumento convincente. Uma vez votado, será encaminhado ao Congresso, que pode acatá-lo ou não. Se acatar, estará aberto um processo de crime por responsabilidade administrativa. Contudo, do ponto de vista político, a não aprovação das contas pelo TCU já é da maior relevância. O cenário estaria armado para o início do processo de impeachment. 

Outro fator da maior importância, em conexão com a decisão do TCU, reside no pedido de impeachment apresentado por Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior, que estaria muito bem embasado. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, se não mudar de opinião até lá, indeferirá o pedido. Um recurso seria interposto por deputados. Uma vez aceito, bastaria, para o início do processo de impeachment, que ele fosse aprovado pela maioria simples dos deputados presentes no plenário, algo que não seria difícil de ser conseguido. Não é necessária uma maioria simples absoluta em cujo cômputo entraria o total dos deputados da Câmara. 

O fator decisivo aqui seria o comparecimento dos cidadãos deste país às ruas. Se grandes manifestações forem realizadas, a pressão popular seria enorme, podendo, mesmo, tornar-se insuportável para a presidente e o seu partido. Atos parlamentares seriam acompanhados por manifestações de rua, criando uma consonância e sintonia entre o Congresso e a sociedade. Um cenário completamente diferente então se desenharia, com novos protagonistas entrando na cena pública. Alianças de bastidores como a tecida pela presidente desmoronariam imediatamente. [esse Leonardo Picciani só é maior que a Dilma, por ser impossível alguém ser mais anão político que ela.] Cada deputado estaria preocupado somente com a sua própria sobrevivência. Entre os seus eleitores e uma frágil aliança, a decisão já estaria tomada de antemão. 

Talvez aqui possa ocorrer um cenário que obrigue a presidente a renunciar. Collor também disse que não renunciaria, porém se viu forçado a isto, uma vez que a lógica política ganhou corpo próprio, fugindo de seu controle. E isto apesar de uma reforma ministerial que era, em muito, superior a esta que está sendo feita pela presidente. Até o presidente Lula encontraria o seu limite, preocupando-se exclusivamente com sua própria sobrevivência e criando condições para candidatar-se em 2018. A presidente pode tornar-se um estorvo para os seus planos. 

Por: Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - O Globo

sábado, 3 de outubro de 2015

Acabou o escrúpulo. Orientada por Lula, Dilma esquece os miseráveis, esquece o social e tudo, até fazer o diabo, para se manter no cargo

Acabou o escrúpulo

Orientada por Lula, a presidente Dilma rende-se ao mais rasteiro fisiologismo e ao vale tudo político para se manter no cargo. Nada garante, porém, que ela conseguirá

Desde a primeira eleição de Dilma Rousseff, em 2010, ela e o ex-presidente Lula estiveram reunidos dezenas de vezes para debater a conjuntura política. Os dois últimos encontros entre o criador e sua criatura aconteceram na quarta-feira 23 e na quinta-feira 1 no Palácio da Alvorada e foram bem diferentes dos anteriores. Em ambos, Dilma praticamente só ouviu. O tom enfático e as palavras duras proferidas por Lula não autorizaram réplica. Instada pelo petista a promover uma reforma ministerial de modo a contemplar todas as alas do PMDB e a promover à coordenação-geral do governo um lulista de carteirinha, o ministro Jaques Wagner, a presidente aquiesceu, como se alienasse o governo com porteira fechada ao antecessor. Por isso, a reforma ministerial anunciada no final da última semana diz mais sobre Lula do que Dilma. 
ELES RIEM DO QUÊ?
Desde 2010, Lula e Dilma nunca estiveram tão próximos como agora.
Reforma ministerial evidenciou que o ex-presidente voltou a mandar no governo
Ninguém resiste a associação: Benito Mussolini e Clara Petacci 
 
Mas as mudanças na Esplanada também falam muito sobre a presidente. Fragilizada, a petista virou uma marionete, pois topou fazer o diabo para prosseguir com a única agenda que a consome há pelo menos seis meses: a de “não cair” ou seja, evitar o impeachment a todo e qualquer custo. Às favas qualquer escrúpulo. Não importa – a não ser para a manutenção do poder se para tentar se sustentar no cargo ela tenha de escalar um time de quarta divisão para comandar o seu primeiro escalão. Não importa se para empreender as mudanças no governo ela tenha de tratar com desdém os ministros descartados na reforma. Para abrir espaço no ministério da Saúde a Marcelo Castro (PMDB-PI), um apadrinhado do líder do PMDB na Câmara, o neogovernista Leonardo Picciani, Dilma não se constrangeu em demitir o petista Arthur Chioro por telefone. “É uma grande pancada que os militantes do SUS estão recebendo do governo. A decisão de lotear o cargo para tentar atrair a fidelidade do PMDB no Congresso é ingênua, posto que terá resultado efêmero, e a cada votação se restabelecerá uma nova chantagem”, lamentou o deputado do PT baiano, Jorge Solla. 

Sem a menor hesitação de consciência, a presidente também passou o trator sobre o respeitado filósofo Renato Janine Ribeiro, escolha comemorada havia menos de seis meses como um raro feito de seu segundo mandato. A decisão atendeu ao único propósito de acomodar na Educação Aloizio Mercadante, apeado do cargo de ministro da Casa Civil. Mercadante será o quarto ministro da Educação, área considerada prioritária por Dilma, ao menos no discurso, em apenas dez meses. Ascende à chefia da Casa Civil, Jaques Wagner, aliado de primeira hora de Lula.

Para o próprio PT e parcela dos partidos que ainda permanece aliada a ela, Dilma piorou a qualidade do seu governo apenas para se safar de um processo de impedimento no Congresso. Em setores da esquerda, a mulher que um dia foi admirada pelo passado de luta contra a ditadura e pelo pulso firme com que comandou a Casa Civil, no governo Lula, hoje desperta apenas comiseração. Ao se comportar como fantoche do mentor de sua candidatura, a presidente desconsidera um importante ensinamento do florentino Nicolau Maquiavel. “Nunca se deve deixar prosseguir uma crise para escapar de uma guerra, mesmo porque dela não se foge, apenas se adia para desvantagem própria”. 

Para não encarar a inevitável guerra do impeachment, a ser travada em breve no Congresso, Dilma adota medidas paliativas que podem até lhe conferir uma aparente sobrevida, mas não resolvem a crise. Nem a do País nem a política, ambas fruto de seus próprios erros. Nada garante a Dilma que ela não será abandonada na esquina pelo fisiológico PMDB. Mesmo assim, a chefe do Executivo entregou os anéis, os dedos e as jóias aos peemedebistas, num total de sete ministérios, daqueles com verba, caneta e tinta. Além de nomear Marcelo Castro para a Saúde, a presidente confirmou Celso Pansera na Ciência e Tecnologia, deslocou Helder Barbalho da extinta Pesca para os Portos e manteve Eduardo Braga, nas Minas e Energia, Kátia Abreu, na Agricultura, Eliseu Padilha, na Aviação Civil e Henrique Eduardo Alves, no Turismo.

Um reluzente sinal de que a cúpula do PMDB pode lavar as mãos mais adiante, na hipótese de aprofundamento da crise política, foi a segunda negativa de Michel Temer a Dilma, num período de 15 dias. Na quinta-feira 1, ao ser procurado pela governante para endossar a indicação de alguém com mais lastro político para assumir a Ciência e Tecnologia, no lugar de Aldo Rebelo, transferido para a Defesa, Temer voltou a se recusar a carimbar a nomeação, como já o havia feito na semana anterior. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também tornou a se desvincular da reforma ministerial, embora suas digitais apareçam na nomeação de menos uma pasta. Pansera, novo ministro de Ciência e Tecnologia, é considerado seu aliado de primeira hora.

Numa outra trincheira, um grupo de 22 deputados do PMDBum terço do total da bancada – assinou na quinta-feira 1º um manifesto contra o fato de o partido aceitar ocupar cargos na Esplanada. “Não é possível que ainda tenha espaço para esse esse ‘toma-lá-dá-cá’. Estamos vendo nessa reforma uma tentativa da presidente de diminuir as pressões ao seu mandato”, comentou o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que capitaneia a iniciativa.

Embora, como se vê, nada assegure a fidelidade do PMDB, o partido, aquinhoado com sete pastas, torna-se majoritário num governo que poderá ser comandado por ele adiante, em caso de impeachment. Já o ex-presidente Lula, não bastasse ter sido o grande mentor das atuais mudanças na Esplanada, passará a contar com três petistas de sua confiança ao lado de Dilma: além de Jaques Wagner, Ricardo Berzoini, que vai assumir a nova Secretaria de Governo, e Edinho Silva (Comunicação Social). Com tanta gente para agradar, a presidente não conseguiu honrar sua promessa, feita em agosto, de eliminar 10 dos 39 ministérios. Cortou apenas oito e, embora tenha reduzido em 10% os salários do ministros, o gesto é pouco significativo diante da colossal máquina administrativa que sustenta o governo.


Apesar de ter preservado pastas importantes, o PT ensaia um discurso alternativo que o permita desembarcar de Dilma mais à frente, se for o caso. O problema é que ao fazê-lo os petistas atiram na única bóia de salvação do governo até agora: o ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Documento formulado pela Fundação Perseu Abramo, criada e mantida pelo PT, diz que as iniciativas atuais do governo estão jogando o País em uma recessão e prejudicando os trabalhadores. Ou seja, o texto coloca na conta do necessário ajuste de Levy, ainda em seu início, todas as barbeiragens administrativas cometidas por Dilma no mandato anterior. E pede a volta justamente da política equivocada que levou o País à crise econômica atual da qual provavelmente levaremos anos para nos recuperar, cujo modelo – baseado na elevação do endividamento público, no aumento dos gastos públicos e no dinheiro do subsidiado para um seleto grupo de empresários –, se revelou um fracasso. Para o PT, no entanto, não importa as inconsistências e fragilidades do documento. Vale mais o significado político do gesto – a abertura de uma porta de saída se tudo der errado. Se tiver de abandonar Dilma à frente, o PT adotará o mesmo receituário utilizado agora pelo governo a fim de se salvar do impeachment: às favas os escrúpulos. 

Fonte: Revista IstoÉ