Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Dilma e Lula. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dilma e Lula. Mostrar todas as postagens

sábado, 24 de novembro de 2018

STJ nega recurso que pedia revisão da condenação de Lula no caso do tríplex

Petista está preso desde 7 de abril - Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

 [ontem, 23, o presidiário passou a ser réu em mais uma acusação - 'quadrilhão do PT' (que lhe renderá mais alguns anos de cadeia), só que desta vez não está sozinho, Dilma está com ele.

Palocci e Mantega - o que achava o rombo de Dilma grande,  que por sua vez achava seu PIB pequeno - são também réus.]

O ministro Felix Fischer, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que conduz os processos da Lava Jato na Corte, rejeitou nesta 6ª feira (23.nov.2018) mais um recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tentava reverter sua condenação no caso triplex do Guarujá.

O ex-presidente Lula foi condenado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Por determinação do então juiz Sérgio Moro, desde o dia 7 de abril, o ex-presidente cumpre pena provisoriamente na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. No recurso especial, encaminhado ao STJ no início de setembro, a defesa de Lula pediu que fossem suspensos os efeitos da condenação de Lula até que o processo seja julgado definitivamente na Corte Superior.  Se o recurso fosse deferido, o ex-presidente poderia ser liberto e voltar a ficar elegível. [só que as próximas eleições serão em 2020, de âmbito municipal, e mesmo nelas Lula pudesse concorrer, correria o risco de perder.
Além do que até 2020 Lula deverá receber mais condenações, haja vista que responde a mais seis processos criminais.]

Em nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, defendeu que o petistadeveria ser julgado pelo órgão colegiado, com a observância de todos os ritos e formas asseguradas pela garantia constitucional da ampla defesa.”
Eis a íntegra:
“Não conhecemos o teor da decisão proferida pelo Ministro Relator, mas é inegável que um recurso dessa importância, relativo a 1 processo marcado por tantas nulidades e ilegalidades e claramente usado como instrumento de perseguição política contra o ex-presidente Lula, deveria ser julgado pelo órgão colegiado, com a observância de todos os ritos e formas asseguradas pela garantia constitucional da ampla defesa.”

Agência Brasil

quarta-feira, 27 de julho de 2016

A vítima do golpe fugiu da festa de abertura da Olimpíada para safar-se da maior vaia de todos os tempos

Se acreditassem nas vigarices que recitam, Dilma e Lula não perderiam a chance de roubar a cena no Maracanã

Ao fugir da cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio, Dilma Rousseff perdeu a mais imperdível das chances de mostrar a dezenas de governantes estrangeiros que foi mesmo vítima de um golpe tramado por cruéis inimigos do povo, dispostos a tudo para derrubar a presidente que só pensava nos pobres ─ e, por isso, não tinha tempo nem cabeça para pensar na assombrosa roubalheira que aumentou em alguns bilhões a fortuna dos corruptos de estimação.

Se acreditasse nessa lengalenga vigarista, bastaria dar as caras no Maracanã e pedir ao locutor oficial que revelasse à multidão quem acabara de chegar. E então começaria o espetáculo da redenção. Depois de saborear a estrepitosa e unânime salva de palmas, Dilma entraria sem pedir licença na tribuna de honra para anunciar o início dos Jogos Olímpicos e o encerramento do governo do traidor Michel Temer.

Por que preferiu ficar em casa? Pelos mesmos motivos que levaram o padrinho Lula a refugar o convite do comitê organizador da Olimpíada e continuar homiziado no bunker disfarçado de “instituto”. Caso se atrevesse a enfrentar esse infalível teste de popularidade, a dupla seria recebida com a vaia mais demorada e desmoralizante da história do Maracanã. Ou do mundo.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA  


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Palácio do Planalto, puxadinho do PT

Agora, a Orcrim anuncia que vai à luta para não sair. Ao cidadão de bem não é tolerado, sequer, indignar-se com tudo isso. Se expressar sua revolta, lhe jogam por cima os clichês do ódio e da intolerância.

No dia 31 de março, convocado pela presidente, um grupo de supostos defensores da democracia e da legalidade se reuniu no Palácio do Planalto. O motivo do evento (um dos tantos em que Dilma e Lula têm aparecido para um público subalterno, escolhido a dedo) era assinar atos de regularização de terras para reforma agrária e comunidades quilombolas. Na prática, comício político em favor da presidente e exaltado chamamento à violência e à luta contra o “golpe”.

O assunto foi fartamente noticiado. A sede da chefia de Estado e governo brasileiros prestou-se para discursos e condutas indignas. Nesse pronunciamento, como mote para convocar ações violentas, atentatórias à ordem pública, surge o clichê “bancada da bala”. No idioma esquerdista, “bancada da bala” designa um grupo de parlamentares formado por adversários do desarmamento e ruralistas. Eles gostariam que fosse respeitada a decisão tomada pelo povo brasileiro no referendo de 2005. Naquele significativo momento cívico, dois terços da população rejeitaram a proibição, mas o petismo inconformado, ao regulamentar administrativamente a matéria, sepultou a decisão nacional. Quem não sabe perder é o pessoal de estrela no peito.

Evidencia-se, também nisso, uma das muitas diferenças fundamentais entre os verdadeiramente democratas e os militantes petistas. A dita “bancada da bala”, presumivelmente violenta a partir do rótulo, respeita até a desrespeitosa regulamentação determinada pelo governo, que transforma a posse legal de armas numa gincana de dificuldades e custos. 

Paradoxalmente, a verdadeira bancada da bala ocupava assentos no evento palaciano! Ali estavam os protetores de bandidos como parceiros da luta de classe. Ali rugiam os verdadeiramente violentos, chamando à luta. Um protesto inadequado diante da moradia de certo ministro do STF, virou mote para os companheiros responderem com anúncio de invasão do parlamento, ataques à “bancada da bala” e assaltos a propriedades rurais.

Ali sentavam, também, os defensores dos direitos dos criminosos, dos traficantes, donos de arsenais muito mais efetivos e ativos que os da lei e da ordem. Ali estava um governo que não combate o tráfico e mantém relações cordialíssimas com as FARC narcoterroristas. Ali, também, os que permitiram que a bala, hoje, corra solta em tiroteios no meio urbano. A esquerda militante a serviço da causa serve-se de clichês como quem come amendoim. Vai um atrás do outro. E a mídia amiga é inesgotável no fornecimento para que, por repetição, o clichê se converta em reflexo da realidade. Vai-se, num pulo, da expressão ao fato.

Não surpreende que o Palácio do Planalto esteja convertido em puxadinho do PT. Quem comparece a seus eventos, quem os organiza, quem os mobiliza e quem os dirige não tem a menor noção sobre limites da ação política. A presidente desrespeita cotidianamente a dignidade de seu cargo! Não é por outro motivo que o país chegou à atual situação e que uma organização criminosa (Orcrim) se instalou no coração do poder. Agora, a Orcrim anuncia que vai à luta para não sair. Ao cidadão de bem não é tolerado, sequer, indignar-se com tudo isso. Se expressar sua revolta, lhe jogam por cima os clichês do ódio e da intolerância. Não foi à toa que publiquei um livro cujo título é “A tomada do Brasil (pelos maus brasileiros)”.


terça-feira, 29 de março de 2016

‘Cerimônia do adeus’

Se confirmada, será uma despedida na cadência do processo de impeachment

Prevê-se para hoje, em Brasília, uma cena inédita no enredo político brasileiro dos últimos 30 anos: a cerimônia do adeus do PMDB a um governo. 

Se confirmada, será uma despedida na cadência do processo de impeachment de Dilma Rousseff e na perspectiva de uma dura disputa na eleição municipal de outubro. Assentado numa singular estrutura de núcleos de poder regionais, o PMDB depende mais que outros partidos do desempenho eleitoral do conjunto de seus 3,4 mil diretórios municipais. Em 2012, por exemplo, elegeu 996 prefeitos e indicou o vice em outras 840 chapas vitoriosas. Essa azeitada máquina eleitoral permitiu-lhe emergir das urnas em 2014 com uma bancada de 142 deputados estaduais, 67 federais (13% da Câmara) e 17 senadores (24% do plenário). 

Com veias abertas em dois terços das zonas eleitorais do país, e tendo optado por não ter candidato presidencial nas últimas três décadas, transformou-se no sócio desejado por todos os governantes do período pós-ditadura. Empenhou-se numa sociedade com o PT de Lula. Ampliou-a com Dilma que abraçou Michel Temer na vice-presidência, complementando com a partilha dos orçamentos de 22% dos ministérios entre diferentes grupos do partido. 

A ruptura ocorre em condições agravadas por uma sequência de ofensivas desastrosas do PT, combinadas entre Dilma e Lula, para neutralizar uma parceria que sempre foi percebida como indesejável pelos efeitos no controle do caixa federal. Foi Lula quem deu essa dimensão à fatura, ainda em 2002. 

Logo depois de sair das urnas com 61,5% dos votos, no início de novembro, viu seu “capitão” José Dirceu anunciar acordo com o PMDB para o ministério. Desmentiu-o em público, horas depois. Qualificou como “exageradas” as exigências dos aliados de José Sarney, Michel Temer e Renan Calheiros. Optou por 13 ministros do PT, entregou 7 ministérios a outros partidos e deixou o PMDB à margem, sem nenhum, limitando-se a acertar um rodízio no comando da Câmara e do Senado. 

Refez o entendimento na crise do mensalão e selou o pacto na sucessão. Desde a campanha de 2010, porém, é evidente que Dilma e Temer convivem, se toleram e, eventualmente, compartilham tapetes e ar refrigerado. Nunca foram amigos, mas no governo se tornaram inimigos íntimos.


A cacofonia no Palácio do Planalto virou discórdia com os sistemáticos vetos da presidente às propostas emuladas pelo vice que, ao seus olhos, redundariam em benefícios pecuniários a uma fração do PMDB, na contramão dos interesses do PT.  Foi o caso das negociações palacianas a respeito da conversão dos créditos “podres” contabilizados no caixa de instituições financeiras sob intervenção do Banco Central. As narrativas derivam no seguinte: a presidente vetou um negócio com potencial de impacto bilionário para os cofres públicos, supostamente defendido pelo vice, no qual os principais beneficiários seriam os banqueiros habituais patrocinadores do deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara.

Renegado, Temer viu-se no espelho como um “vice decorativo”. A desconstrução da sociedade PMDB-PT ocorre num ambiente marcado pelos efeitos da recessão econômica e pelo abrupto aumento na rejeição a Dilma e Lula: dois em cada três eleitores classificam o governo entre "ruim"e "péssimo", segundo Ibope e Datafolha. E 60% avisam que não votariam em Lula "de jeito nenhum" para presidente da República.

Isso tem peso específico às vésperas de uma disputa municipal que se antevê complicada. O Ibope, em outra pesquisa, revela que 40% dos eleitores, na média, consideram “ruim” ou “péssima” a administração do prefeito de sua cidade, declarando disposição para votar num candidato de oposição. E mais: a maioria (54%) sinaliza vontade de premiar com o voto candidatos sem biografia partidária. Nesse quadro, Dilma, Lula e o PT passaram a ser vistos como excesso de peso.

O desembarque do governo também atende às conveniências dos líderes desse um partido que há duas décadas não tem candidato presidencial e continua sem nome para 2018. Abraçados à oposição, eles vislumbram a chance de chegar ao centro do poder numa travessia sem o voto direto — o impeachment de Dilma levaria Temer ao Planalto. Significa mudar para continuar como está. 

Se vai dar certo, não sabem, pois sua sorte, assim como a de Dilma, depende do imponderável em outra arena, a do Judiciário. Uma sentença da Justiça Eleitoral pode redundar na cassação de Dilma e Temer, por abuso de poder econômico na eleição de 2014. Levaria a novas eleições. 


Há, também, a série de inquéritos sobre corrupção na Petrobras e outras estatais. Entre 12 parlamentares do PMDB denunciados no Supremo, seis integram a direção nacional que hoje vai presidir a cerimônia do adeus ao PT de Lula e Dilma.  Além desses, estão sob investigação os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, do Senado, Renan Calheiros, e ainda o senador Edison Lobão — a quem Lula e Dilma entregaram o comando do Ministério das Minas e Energia durante sete anos.

Lobão tomou conta de um polêmico portfólio de despesas da Eletrobrás, que inclui gastos suspeitos na usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Nos próximos dias, o STF começa a retirar o manto de sigilo sobre esse caso, que ameaça tragar boa parte da cúpula do PMDB. 

Fonte: José Casado - O Globo
 
 


quinta-feira, 24 de março de 2016

Dilma e Lula atrás de brechas legais

O Governo entrou em ritmo de “judicialização” da política.  
Com uma banca de advogados de primeiro escalão, digna de inveja, tenta a todo custo barrar o avanço dos desdobramentos de seu processo de impeachment enquanto socorre o líder petista Lula das investigações da Lava Jato. Poucas vezes se viu um aparato legal dessa envergadura em campo e a quantidade de ações que vêm sendo impetradas junto ao Supremo com o mesmo fim.

Nos últimos dias teve de tudo: de mandados de segurança contestando a decisão de Gilmar Mendes, do STF, até pedidos de habeas corpus e apelação para que se imponham limites aos grampos. A pressa na procura por firulas legais que dessem salvo conduto a Lula ficou evidente. O investigado temia a prisão e teve o respaldo do Estado para driblar a polícia em um caso nunca antes visto na história da República, que deve configurar flagrante notório de obstrução da justiça, tanto por Lula como por sua protegida, Dilma.

Com dezenas de advogados de inúmeros escritórios, entre os mais renomados do País, além da própria AGU, o ex-presidente conta com uma tropa de especialistas (repita-se, inalcançável a qualquer cidadão comum) que aposta no contraditório para postergar indefinidamente a aplicação de penas. E foi assim que ele conseguiu uma decisão favorável do ministro Teori Zavascki determinando que os seus processos voltassem ao Supremo. Na prática, lhe foi dado um foro privilegiado – seja por dias, semanas ou meses -enquanto o Tribunal julga a legitimidade de sua posse no ministério da Casa Civil.

Dado o festival de afrontas, em atitudes e palavras, que Lula disparou contra as instituições desacreditando cada uma delas e pressionando muitas a agirem a seu favor - será, no mínimo, canhestro assisti-lo assumindo a nau do País naquela que é a principal pasta do governo. Em mais um dos trechos de gravações divulgadas, Lula diz em conversa com o ministro Edinho Silva que só ele pode colocar “os meninos” (procuradores) em seu devido lugar, deixá-los com medo e barrar a Lava Jato. Decerto, Lula logrou êxito no intento de ser blindado.

Resta saber se vai continuar obtendo vitórias do tipo na base do grito. Suprema humilhação às leis! Na mesma chicana de ações, a presidente Dilma abriu uma ofensiva de cunho discutível que tem por base desqualificar autoridades policiais, congressistas e também o Judiciário. No fundo quer desmerecer o instrumento legal do impeachment, classificado por ela de “golpista” se aplicado no seu caso. Dilma faz proselitismo, engavetando fatos e agredindo a história em prol do interesse pessoal.

Distorceu retoricamente a atual situação, comparando-a ao golpe militar de 64 e ao movimento de legalidade que buscava barrar a ditadura – uma coisa e a outra sem qualquer elo, sequer distante! Como se o respeito aos trâmites constitucionais em curso estivesse atentando contra o estado de direito. Dilma deixa propositalmente de lado na sua oratória, agora quase diária, menções aos crimes de responsabilidades dos quais é acusada – das pedaladas fiscais à obstrução da justiça, improbidade administrativa e um rol interminável de tipificações no Código Penal, que vão de falsidade ideológica a abuso de poder

No Parlamento a presidente ainda trabalha para barrar o aditamento de acusações que seu ex-líder de governo, Delcídio do Amaral, lançou numa delação explosiva. Através de partidários ameaça recorrer (de novo!) ao Supremo para invalidar, mais uma vez por subterfúgios jurídicos, a votação do impeachment e retardar além do suportável o desfecho da crise, se os deputados não “fecharem os olhos” ao cipoal de denúncias que lhe são imputadas – como a de tentar barrar a Lava Jato, articular indicações de juízes para salvar condenados entre outras.

Para Dilma está valendo o tudo ou nada, mesmo que à custa de enorme prejuízo para o Brasil. Como se forçando a exclusão desses eventos dos autos processuais eles deixassem de existir. Na semana passada, no seu bunker palaciano de onde quase não sai, Dilma organizou mais uma claque de simpatizantes dessa vez com juristas e magistrados chapa-branca, que a apoiam – para gritar junto com eles que “não vai ter golpe!”. Virou seu mantra de reação. Sem qualquer fundamento. Mas na falta de alternativa fala o que pode. “Há uma ruptura institucional forjada nos porões da política”, disparou, no limite da irresponsabilidade, provocando o Congresso, recebendo da plateia palmas e gritos de guerra.

Tal qual uma ativista panfletária e carbonária, a presidente deixou de lado o decoro do posto para incensar desavenças. Foi a deixa para movimentos radicais patrocinados com dinheiro público, como MTST e MST, falarem em radicalizar nas ruas. Uma mandatária no cargo não deveria se prestar a esse papel. Mas Dilma, não satisfeita, também pensa em buscar apoio de governantes extremistas como Evo Morales, Rafael Correa e Nicolás Maduro – que em seus respectivos países cercearam as liberdades e financiaram milícias contra a democracia.

Se o desejo dela é adotar por aqui os mesmos preceitos será de um retrocesso inominável. No evento de aclamação, que classificou de “legalista”, transmitido ao vivo em longas três horas de palavras de ordem, muitos enxergaram o retrato do desespero que tomou conta do Planalto. Dias antes, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por maioria absoluta de 27 seções regionais, aprovou a moção pelo impeachment. Há pouco mais de duas décadas, foi um processo da mesma OAB que deu início a deposição do então presidente Collor.

Hoje, junto com a Ordem, que apoia o impeachment no Congresso, um grupo de quase 500 juízes se colocou contra Dilma divulgando carta de apoio ao responsável pela Lava Jato, Sergio Moro. Além deles, a Associação de Magistrados Brasileiros, o Ministério Público e a Associação de Juízes Federais do Brasil seguiram pelo mesmo caminho. É uma avalanche de constitucionalistas que joga por terra a ideia de um suposto golpe articulado “pela direita”. Há decerto muitos equívocos na oratória oficial que claramente se opõe ao senso geral, expresso seja através de pesquisas (quase 70% querem o impeachment), seja nas mobilizações eloquentes de protesto que desaprovam as práticas do Governo.

A presidente sabe que lhe restam poucas saídas, que a guerra está acabando e que uma onda ainda maior de delações, documentos, recibos e provas mostrando os ilícitos de sua gestão está a caminho, colocando uma pá de cal definitiva nas pretensões dela e de sua legenda de se manter no poder. Talvez por isso tenha partido para a apelação e recorrido a artimanhas legais que, no máximo, adiarão o inevitável. No time ministerial da presidente, os escolhidos não param de dar tiros pela culatra. O próprio ministro da justiça, recém escolhido, Eugênio Aragão, numa ignóbil atitude de autoritarismo explícito, chegou a dobrar a aposta de interferir e, se possível, frear a Lava Jato, com um despautério verborrágico.

Disse ele em entrevista a Folha de S. Paulo: “cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Cheirou. Eu não preciso ter prova”. O descalabro jurídico foi respondido à altura. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) notificou o ministro para se explicar em 72 horas sobre as declarações contra a PF. É o fim do mundo um ministro da justiça chegar ao limite de ter de ser interpelado pelo STJ por práticas que atentam contra instituições. Retrato do fim dos tempos de um governo consumido por irregularidades.

Fonte:  Carlos José Marques, diretor editorial - Isto É

sexta-feira, 18 de março de 2016

Vale-tudo empurra Dilma e Lula para a ilegalidade

Gravações revelam tentativas de dificultar a Lava-Jato e mostram como a mesma ideologia do aparelhamento do Estado move o lulopetismo na reação à crise

O senador Delcídio Amaral, na sua delação, cita como exemplo de tentativa da presidente Dilma de obstruir a Operação Lava-Jato o pedido que teria recebido dela, em conversa a dois, para sondar candidato ao STJ sobre a troca da indicação pelo compromisso de aceitar pedido de habeas-corpus de empreiteiro preso em Curitiba. Por óbvio, algo de difícil comprovação. 

Delcídio, porém, reforça a denúncia com a gravação, feita por um assessor, de conversa com Aloizio Mercadante, a pedido deste. Nela, o ministro da Educação se coloca à disposição para ajudar Delcídio, preso, mas dando a entender que agiria em troca do silêncio do senador. Mercadante concedeu entrevista para negar com veemência o sentido de barganha que o senador deu à conversa, mesmo que Delcídio chamasse a atenção para o fato de o mau relacionamento dele com o ministro não justificar uma promessa de ajuda desinteressada. 

Seja como for, gravações legais de conversas telefônicas de Lula liberadas na noite de quarta pelo juiz Sérgio Moro implicariam de forma evidente o ex e a atual presidente em gestões para barrar a Lava-Jato, consideradas atos de obstrução da Justiça. Ficou estabelecido então que, para Dilma e Lula, vale mesmo tudo para se manterem no poder.

Haverá desdobramentos judiciais, no Supremo, sobre se Moro poderia ter divulgado um diálogo de que participava alguém com foro privilegiado, a presidente Dilma. O juiz tem toda uma argumentação técnica, com base na Constituição, em favor da sua decisão de liberar os grampos. O Planalto discorda, e tudo será decidido no tribunal. Importa mais, porém, o conteúdo das gravações.

Desde a noite de anteontem, quando os diálogos começaram a circular, o Planalto se desdobra para justificar a pressa em enviar a Lula, por emissário de confiança, o termo de posse. Mas, como o aconselhou Dilma pelo telefone, para ele só usá-lo “em caso de necessidade”. Como na eventualidade de a PF ter novo mandado de prisão contra ele.  

Também fazia sentido, como ocorreu, antecipar a posse do ex-presidente na Casa Civil revigorada de Dilma, marcada para o início da semana que vem e realizada ontem, às pressas. Quanto mais cedo Lula ficasse sob a proteção do foro privilegiado, melhor. Configurou-se, assim, uma ação dos dois para obstruir a Lava-Jato, crime passível de punição nos tribunais. Delcídio foi preso por isso.

Na essência, a manobra carrega o DNA petista de usar o Estado em proveito próprio. Não importa que seja nomeado ministro alguém sob investigação por crimes de corrupção. Por ser um companheiro e líder supremo, Lula merece toda a proteção, e às expensas dos contribuintes. É esta mesma ideologia que justifica o aparelhamento da máquina pública, uma das formas mais deletérias de privatização do Estado.


O entendimento, por parte de Lula, de que petistas em cargos no governo Dilma devem obediência a ele fica evidente nas gravações divulgadas por Moro. Numa delas, em uma tentativa de interferir nas investigações, Lula manda o ministro Jaques Wagner pedir a “ela” que fale à ministra do Supremo Rosa Weber a favor de um pleito dele. Lula queria que as investigações sobre o triplex e o sítio saíssem da esfera da Lava-Jato, mas não conseguiu.

Temeroso de uma hipotética “República de Curitiba"delirante referência à crise que levou ao suicídio de Getúlio —, Lula aparece nas gravações por inteiro: virulento, centralizador, autoritário. Será testado em circunstâncias dramáticas, enquanto continuará a ser investigado, mesmo que no Supremo.

Fonte: O Globo - Editorial

 

sexta-feira, 4 de março de 2016

Ex-presidente é levado para Curitiba

Dilma e Lula falharam no esforço de intimidar a Polícia Federal; ex-presidente é levado para Curitiba


“Aletheia”, em grego, quer dizer “verdade”, mas no sentido de desvelamento, de revelação. 

Precisamente, a palavra quer dizer “não” (a) “esquecimento” (lethe). Ao todo, o juiz Sérgio Moro expediu 44 mandados, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva 

O PT, Lula e a presidente Dilma Rousseff resolveram pagar para ver e estão vendo. Neste momento, a Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão em todos os endereços de Lula e no apartamento de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, em Moema. O ex-presidente também era alvo de um mandado de condução coercitiva. Foi levado para depor em Curitiba. O habeas corpus preventivo obtido por seus advogados valia apenas para São Paulo.

É a 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Aletheia”, que investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à Petrobras. Ao todo, estão em diligência 200 policiais federais e 30 agentes da Receita.  Aletheia”, em grego, quer dizer “verdade”, mas no sentido de desvelamento, de revelação. Precisamente, a palavra quer dizer “não” (a) “esquecimento” (lethe). Ao todo, o juiz Sergio Moro expediu 44 mandados, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva.

Agentes da PF estão no dúplex de Lula, em São Bernardo; no Instituto Lula; no sítio Santa Bárbara, em Atibaia, e no tríplex do Guarujá.  O chefão petista e seus sequazes não contavam com isso nem nos seus piores pesadelos. O ex-presidente e os milicianos do PT achavam que poderiam intimidar a força-tarefa com um “não toquem em Lula”. Não deu certo.

A operação ocorre um dia depois da posse do novo ministro inconstitucional da Justiça, Wellington César, escolhido a dedo por Jaques Wagner, ao arrepio da legalidade. José Eduardo Cardozo, hoje na Advocacia-Geral da União e antigo titular da pasta, admitiu que recebia pressão dos petistas. É claro que a troca de guarda no Ministério da Justiça soou aos policiais federais como a evidência de que eles estavam na mira. O governo fez um esforço enorme para que todos achassem isso.

Pois é… A PF está deixando claro que o tiro pode ter saído pela culatra. Não estou dizendo que se trata de uma retaliação — até porque essa “visita” deveria ter sido feita muito antes. Mas é evidente que se trata de uma prova de independência e de altanaria.
Na sua delação, não custa lembrar o que Delcídio falou de Lula: Lula mandou pagar Cerveró
O senador petista relatou que o ex-presidente Lula comandou o esquema do pagamento de uma mesada ao ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, para tentar evitar sua delação premiada. Lula não queria que o ex-diretor da estatal mencionasse o nome do pecuarista José Carlos Bumlai, seu amigão, na compra de sondas superfaturadas feitas pela petroleira.

Lula comprou o silêncio de Marcos Valério Segundo Delcídio, o ex-presidente autorizou o pagamento de R$ 220 milhões de reais a Marcos Valério para que o publicitário ficasse calado em seu depoimento à CPI dos Correios. O senador petista conta que ele próprio e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, ficaram responsáveis por tratar com Valério. Sem sucesso, quem assumiu as negociações foi Antonio Palocci, então ministro da Fazenda.

Exclusão de Lula e Lulinha da CPI dos Correios evitou o impeachment De acordo com Delcídio, que presidiu a comissão, Lula escapou do impeachment por uma manobra governista. Por meio de uma votação “duvidosa”, a CPI deixou de fora os nomes de Lula e de seu filho Fábio Lula da Silva (o Lulinha), do relatório final.

Lula pressiona CPI do Carf para proteger a família Delcídio contou também que, mais recentemente, a grande preocupação de Lula é a CPI do Carf, que, além de atingi-lo, pode levar à cadeia seu filho caçula, Luís Cláudio da Silva. Segundo o senador petista, “por várias vezes, Lula solicitou a ele que agisse para evitar a convocação do casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni para depor. O escritório de lobby da dupla pagou R$ 2,4 milhões à empresa de Luís Cláudio por um suposto projeto de marketing esportivo.

Encerro As milícias petistas prometeram reagir se tocassem em Lula. Pois é Além de nada — e de vociferar nas redes sociais —, vão fazer o quê?

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Não há saída para Dilma, nem para Cunha. Tudo bem. E para o Renan? o que impede o Janot de denunciar o presidente do Senado?

Azedou de vez a sempre falta e péssima relação de Dilma Rousseff com seu vice Michel Temer. Ontem, depois de mais um bate boca entre ambos, a Presidente perdeu as estribeiras depois que Temer lhe indicou que a saída menos traumática para a crise atual seria a renúncia dela. A versão da briga entre ambos, que a imprensa amestrada não noticia por conveniência, circulou ontem nos gabinetes dos mais articulados senadores e deputados.

Todos os problemas de desgovernabilidade foram agravados pela fragilização de um dos principais inimigos de Dilma. A presidenta espera receber alguma retaliação, antes da quase certa denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Cunha, assim que forem traduzidos os documentos enviados pela Justiça da Suíça, revelando depósitos milionários em nome dele e familiares. A situação da Cunha na presidência da Câmara é tão insustentável quanto a de Dilma na Presidência da República.

Em comum, os dois têm a aversão ao ato de renúncia. Jogar a toalha não faz parte da natureza bélica de ambos. Dilma e Cunha vivem em confrontos e conflitos. Dilma, de forma mais escancarada. Cunha, brigando nos bastidores. O presidente da Câmara leva ligeira vantagem sobre Dilma no imediatismo da crise. Acredita-se que ele tenha mais bala na agulha para fechar a tampa do caixão da gestão Dilma. Cunha já estaria com a artilharia pronta, para cair atirando. As consequências seriam imprevisíveis.

A tensão deve se elevar nas próximas horas. Ontem, já se dava como favas contadas que a onda de ataque do Ministério Público Federal contra políticos sob suspeita de corrupção atingirá, em breve, o presidente do Senado. Na avaliação geral entre os congressistas, Renan Calheiros seria muito mais frágil e fácil de derrubar que Eduardo Cunha. 
 
 Independentemente de tal prognóstico ser verdadeiro, a crise institucional brasileira se agrava de maneira inimaginável. Concretamente, a cúpula do Congresso Nacional tem passado atestados públicos de que não tem a menor condição de resolver os impasses.
Outro que deu uma sumida de cena esta semana, e que pode ser alvo de um explosivo dossiê midiático (mais um na coleção), é o blindadíssimo chefão Luiz Inácio Lula da Silva. Notícias negativas contra ele não têm surtido efeito prático, além de desgastar ainda mais a imagem que foi completamente desconstruída entre os formadores de opinião, mas que ainda guarda alguma popularidade mínima entre os brasileiros completamente sem noção. A crise está longe de se resolver...      


Confusão com a caixinha
A dislexia da Presidenta não tem limites...
Vide a recente gafe cometida na entrevista coletiva concedida após a Reunião da Cúpula do G4, em Nova York.
Dilma Rousseff cita a Caixa de Pândora (em vez de Pandora) e é corrigida por jornalista.
 
Dilma e o dentifrício que entra no dentifrício
 
 
Dentrifício - um pouco antiga mas mostra que a presidente só piora

A arte de estocar vento
Mais uma fala internacional que virou motivo de piada sobre nossa Presidenta - que não consegue expor direito seu raciocínio lógico, nem quando lê discursos que preparam para ela.
Dilma e o vento estocado 

Dilma e o Assaltante 
Nem os assaltantes profissionais (perdão, não estamos falando dos políticos) respeitam mais a Presidenta.
Um bandido preso recentemente ganhou fama noticiário porque atribuiu a Dilma as culpas de todos os crimes que vem cometendo...
Assaltante diz que culpa dos crimes é da presidente  Dilma
Com tal argumento, o bandido seria um excelente candidato a uma vaga no Congresso Nacional...
[a maior parte dos vídeos são antigas e estão sendo postados para lembrar a algum otário babaca que tenha pena da Dilma - ela séria candidata a ter o fim da Clara Petacci e o estrupício do Lula o de Mussolini, o Duce - que ela e seu 'criador'  merecem tudo que os dois receberam e mais alguma coisa.] 

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão e Coluna do Augusto Nunes 
 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Esculacho exemplar em Dilma e Lula

Salto Agulha para Dilma, a presidente mais incompetente, mentirosa, e Lula o mais corrupto dos pulhas

 Ela aceitou, para ter alguma migalha de poder, ser apenas o pau mandado do Apedeuta, fingir que governa e dizer sempre SIM a tudo que ele ordenar para então continuar fingindo que governa

domingo, 16 de agosto de 2015

Protestos ocorrem no DF e em pelo menos 24 Estados - Um boneco inflável de 12 metros mostra 'Lula presidiário'

Acompanhe os protestos de 16 de agosto pelo Brasil

Reportagens, vídeos e monitoramento das redes sociais registram as manifestações deste domingo

Maior concentração acontece na Avenida Paulista, em São Paulo. Palácio do Planalto monitora atos espalhados pelo país

 16 de agosto: em Brasília, 'homenagem' aos presos no petrolão

Protesto contra o governo do PT e fora Dilma em Brasília, DF, neste domingo (16)(VEJA.com/VEJA.com)

Uma cadeia simbolizando os petistas e autoridades presas pela Operação Lava Jato foi levada pelos manifestantes em Brasília. Acompanhados dos dizeres 'Minha Casa Minha Vida', estão atrás das grades o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. 

Os três estão detidos originalmente em Curitiba por suspeitas de terem recebido propina desviada de contratos fraudados na petroleira. Na encenação nos protestos de hoje, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula aparecem ao lado dos três presos - mas de fora da cadeia.  

(Laryssa Borges, de Brasília)
 

 

sábado, 28 de março de 2015

A seita lulopetista ficou menor que a inflação real

Os 8% de teimosos agora são mais de 60% e se multiplicam nas ruas

Em 9 de junho de 2009, o título do post reproduzido na seção Vale Reprise ironizou o pânico epidêmico provocado pela instauração de uma CPI da Petrobras: alguém deve ter gritado “olha o rapa!” na porta da maior estatal brasileira, resumia. Estavam pálidos de espanto diretores, fregueses, fornecedores, pequenos acionistas e o homem do cafezinho. Estavam transidos de horror o presidente da República, ministros de Estado, senadores e deputados da base alugada, oposicionistas a favor, porteiros do Palácio do Planalto e o jornaleiro do Congresso. Por que tanta correria? Por que o medo coletivo? Aí tem, concluía o texto.

Tinha mesmo, sabiam os que nunca perderam o juízo e a vergonha. E como tinha, vem reiterando desde março de 2014 a devassa do Petrolão. Abstraídas as dimensões assombrosas da roubalheira e as propinas calculadas em milhões, a descoberta do maior, mais guloso e mais atrevido esquema corrupto da história não pareceu surpreendente aos olhos de quem não cai em conto do vigário e vê as coisas como as coisas são. Os leitores da coluna são testemunhas (e o timaço de comentaristas é protagonista) desse filme em que o PT morre no fim. E não foi por falta de aviso que tanta gente demorou tanto para entender que o país está sob o domínio de um bando de farsantes.

Se a abulia epidêmica fosse menos longeva, os comparsas envolvidos no grande embuste seriam alcançados mais cedo pelo desmoralizante castigo sonoro que fez Lula perder a voz, o rumo e o sono no Maracanã, na cerimônia de abertura dos Jogos Panamericanos de 2007. A vaia, lembrou um post de 17 de julho de 2009, “é o som que funde a fúria, o cansaço, o sarcasmo e a chacota. Sobressalta o presunçoso, silencia o falastrão, inibe o debochado, constrange o arrogante, desfaz o sorriso do canalha, assusta o ladrão. Nada como a propagação da vaia para combater surtos de bandidagem política semelhantes à que devasta o Brasil neste começo de século. Não há nada a perder além da sensação de impotência e da indignação há tanto tempo represada”.

Há seis anos, os supermercados de pesquisas repetiam que não passavam de 8% os que achavam ruim ou péssimo o governo lulopetista. Os nativos indignados, portanto, já foram uma espécie em extinção. Eram tão poucos que alguns blogueiros estatizados sugeriram que os críticos do governo fossem identificados um a um e examinados cuidadosamente, porque certamente sofriam de algum distúrbio psíquico ainda não catalogado pela ciência. A ideia ganhou força em 2012, quando o poste ameaçou superar o recorde do seu fabricante e chegar a 100% de popularidade (ou 103%, se a margem de erro oscilasse inteira para cima).

Passados dois anos, todas as pesquisas escancaram a dramática mudança na paisagem. Os 8% se multiplicaram com extraordinária rapidez. Agora são mais de 60% os que acham ruim ou péssimo o desempenho de Dilma e seus ministros A resistência democrática está nas ruas ─ e na ofensiva. Os poderosos vigaristas da virada da década estão acuados por manifestações de protesto. Muitos estão na cadeia, outros fogem do camburão. Lula sumiu, Dilma não sabe o que fazer e não diz coisa com coisa. Os satisfeitos com o desgoverno somam desprezíveis 7% do eleitorado.

A seita lulopetista ficou do tamanho da inflação oficial. E muito menor do que a inflação real.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes
 

 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Presidência acorrentada



No encontro com ministros, hoje, Dilma pode desmentir o cético Galbraith, para quem reuniões governamentais são indispensáveis, quando não se quer fazer nada
Dilma Rousseff reúne hoje o Ministério e adiciona nova fotografia ao álbum da Presidência. Para a maioria, será uma chance de encontrar a chefe. É chegar, ver, ouvir e partir. 

Em silêncio.  Isso porque são 39 ministros. Se a cada um for permitido sintetizar seus planos em apenas dois minutos, Dilma será obrigada a escutá-los durante hora e meia. Sem intervalo.  Há casos piores. Pré-candidato pelo PMDB à sucessão de Dilma, em 2018, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, precisa de auditório para juntar as 64 pessoas do seu primeiro escalão. Se deixá-las falar por dois minutos, Paes vai passar mais de duas horas apenas escutando. Sem intervalo. Tolerante, desde que as coisas sejam feitas do seu jeito, Dilma adotou a receita do antigo PSD mineiro, assim resumida por José Maria Alckmin, vice do general Castello Branco: primeiro se decide, depois faz-se a reunião. 

A presidente tem hoje um desafio à biografia. O risco de fracasso significa atravessar os próximos quatro anos arrastando correntes no Planalto. Alguns aspectos do cenário:  A escassez de água e os apagões sucessivos infernizam a rotina de 146 milhões de pessoas no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste;  Os rarefeitos programas sociais encolhem, por caixa insuficiente para clientela crescente; A educação rateia, demonstra o Enem com o meio milhão de notas zero em Redação.

Os serviços saúde pública entraram em falência. As filas nos hospitais refletem a restrição de gastos (R$ 2,5 ao dia por habitante) e as deficiências administrativas no SUS, somadas a duas décadas de congelamento da tabela médica e à precariedade da infraestrutura: apenas 10% das obras de unidades básicas e de pronto atendimento foram concluídas, 83% do programa de saneamento não saíram do papel, assim como 62% das obras de água potável;  

A percepção coletiva de segurança econômica está abalada pela inflação alta (7%), que será turbinada pelo tarifaço (até 40% na conta de luz) combinado a uma escalada tributária; Os juros sobem, desde a reeleição, assegurando a continuidade da recessão industrial. Nos últimos quatro anos, a indústria cortou 188 mil empregos, equivalente a duas Petrobras.

Com o PT atropelado na eleição (perdeu 43% da bancada de sindicalistas e ficou reduzido a 23% dos votos nos maiores centros industriais paulistas, que lhe deram vida 35 anos atrás), Dilma e Lula traçaram um plano. Desde então, o governo se canibaliza na luta com o principal aliado, o PMDB, que completa duas décadas de hegemonia no comando e no controle da pauta do Congresso.

Sobram incertezas sobre as contas corrompidas da Petrobras e seus efeitos no governo, no PT, no PMDB e no PP, entre outros.  A reunião ministerial é para anunciar “ajustes”. Faz sentido, pois o Orçamento da União tem sido drenado em gastos questionáveis, como aluguel de imóveis (R$ 1,2 bilhão), publicidade (R$ 219 milhões), celebrações (R$ 400 milhões) ou no trato e irrigação do jardim presidencial (R$ 1 milhão). 

Dilma, porém, tem a chance de desmentir o cético keynesiano John Kenneth Galbraith. Depois de uma temporada no governo Kennedy, ele repetia: reuniões governamentais são indispensáveis, quando não se quer fazer nada.

Fonte: José Casado