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quinta-feira, 22 de junho de 2023

PT escala Dirceu, Genoino e Mantega para formar líderes

A proposta é oferecer aulas aos candidatos a futuros dirigentes do partido

[fácil imaginar a lambança que vão produzir e que irá de guerrilheiros de araque a ciclistas em pedaladas ridículas.] 

A Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT), está promovendo um curso de formação de novas lideranças de esquerda.

Pela internet, são oferecidas aulas gratuitas aos interessados no curso para trilhar os caminhos da política no PT. Segundo a entidade, a proposta é oferecer aulas aos candidatos a futuros dirigentes da legenda. Depois de aprenderem a teoria defendida pelo PT, os alunos são orientados no curso sobre como atuar.

Para promover a formação de novas lideranças, o PT escalou pelo menos 40 professores que ministram aulas em vídeo sobre temas variados no curso.

Entre os escolhidos pelo partido de Luiz Inácio Lula da Silva estão velhos conhecidos. Um deles é o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu — condenado a prisão por corrupção. A aula tem pouco mais de 20 minutos, e o tema é “Fragmentação, luta armada e desarmada, resistência à ditadura”.

O ex-ministro analisa o processo de redemocratização do Brasil, a luta sindical, as greves, a oposição à ditadura e a ascensão do PT e seu principal líder: Lula. Ele também destaca o papel importante exercido pelos grupos guerrilheiros durante o regime militar [aliás, tanto o ladrão Dirceu quanto o Genoino entendem bem do que fazer para perder uma guerrilha e todos,  incluindo o ciclista Mantega, possuem experiência da condição de presidiários = aliás, experiência que o  petista que preside o Brasil também possui.]

Outra figura que aparece no curso de formação é o ex-deputado José Genoino. O tema da aula é: “Da luta contra a ditadura ao governo: a construção do PT”. [nos surpreende que o irmão do 'dólares na cueca' ainda esteja vivo; quando puxava cadeia,por corrupção e outros malfeitos,  se borrou tanto de medo da cadeia,  que tentaram,  por todos os meios possíveis transformá-lo em um cardíaco terminal, para ser solto.]

O ex-deputado militou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), participou de uma ação guerrilheira na década de 1970, foi preso e torturado. Genoino, um dos fundadores do PT, se envolveu em 2005 no escândalo do Mensalão. Ele foi condenado e preso.

Guido Mantega, outro ex-integrante dos governos do PT, também está na empreitada. “Os governos Lula e Dilma: legado de transformações e os obstáculos” é o tema da aula do ex-ministro, que foi preso temporariamente na Operação Lava Jato, acusado de receber propina. Posteriormente, o processo foi arquivado.

Redação  - Revista Oeste

 

 

 

sábado, 5 de novembro de 2022

Contra o golpismo, todo o peso da lei [eles querem vingança, querem sangue.]

Mobilizações foram estratégia golpista, que deve ser punida

Protesto contra a vitória de Lula fecha estrada no Rio
Protesto contra a vitória de Lula fecha estrada no Rio Fabiano Rocha
 

[os comentários apresentados na presente matéria representam a OPINIÃO, o ENTENDIMENTO do Blog Prontidão Total; por isso solicitamos a todos a leitura atenta e imparcial da matéria e, se entenderem necessário, dos nossos comentários.] 

Sem nenhuma surpresa, Bolsonaro reagiu à derrota com uma ardilosa trama golpista que, ao que tudo indica, está fracassando.

A estratégia tem até agora três etapas. A primeira foram os bloqueios de estradas com apoio dos caminhoneiros e conivência, quando não apoio, da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A segunda foram as manifestações em frente aos quartéis pedindo “intervenção federal”. A terceira, que se anuncia agora, é uma “greve” — na verdade, um locaute.

[LEIAM COM ATENÇÃO, CADA SÍLABA, ANALISEM, CONFIRAM E SÓ ENTÃO CONCLUAM!!!
Eles querem sangue, vingança, estão com a faca nos dentes; primeiro foi um artigo em jornal militante de São Paulo - contra a conciliação e pregando a vingança - agora este de um professor da USP.
Não estão aceitando nem jamais aceitarão que haja uma VERDADE diferente da mentira deles;  
só nos resta fazer tudo que  seja possível,  DENTRO DA LEI, para contê-los, começando, desde agora,  por oposição radical, sistemática a tudo que eles pensarem - pensarem, já que ainda não estão na Presidência da República, estão apenas se preparando e todos os defuntos do passado - tipo Genoíno, Mercadante, o Guimarães (dólares na cueca) e coi9sas do tipo - estão voltando e falando  m ... .  
A propósito, alguém precisa lembrar àquela deputada que chamam de presidente do perda total, que ela preside um partido que teve que se tornar 'federação' para sobreviver; 
ela, também o eleito e qualquer um deles não tem autoridade de nenhum tipo para falarem m ... apresentarem planos etc... visto que até agora, do cronograma do Carlos Lacerda, cumpriram duas etapas, faltam duas para então iniciarem a quinta e a pior ... governar.
Nós por enquanto temos que, dentro da lei, manter para tudo que expelirem a posição: não vi, não li, apenas percebi que fedeu e sou contra.] 

Como toda a jogada estava cantada, Bolsonaro optou por uma mobilização sorrateira. Adotou um silêncio estratégico após o anúncio oficial do resultado. Mas não foi apenas ele que se calou. Todas as lideranças bolsonaristas se calaram, deixando as autoridades desorientadas e no escuro, enquanto um esforço maciço de mobilização era feito nos aplicativos de mensagem, como WhatsApp e Telegram.

Como os aplicativos são difíceis de monitorar, ninguém sabia o verdadeiro alcance da mobilização. Nas primeiras 24 horas, enquanto o Telegram fervia com agitação a favor dos primeiros bloqueios, apenas 40 mil tuítes foram feitos. A agitação foi subterrânea.

A primeira fase reproduziu a experiência da greve dos caminhoneiros de 2018, quando grupos de cidadãos radicalizados se uniram a caminhoneiros apoiados por empresários para fechar estradas. Foram mais de 300 bloqueios. A PRF foi conivente, quando não colaborou diretamente com os golpistas.[conivente? só um idiotas e imbecis podem chamar de conivência a falta de meios; algum dos que pensam em conivência, teve a curiosidade de se informar sobre o efetivo da PRF? O total, para milhares de quilômetros de rodovias em todo o Brasil, gira em torno de 12.000 homens; e sem equipamento adequado. 
Pararam para analisar que encher 22 pneus de uma carreta ou 26 de um bi trem não é tarefa para realizar sem equipamento? 
E, em um caso desses não é aceitável que se queime, destrua - métodos usados pelas manifestações da esquerda (as dos bolsonaristas são pacíficas - tanto que até atropelamentos de manifestantes ocorreram e os que dirigiam os veículos atropeladores, certamente não eram bolsonaristas) visto que são veículos que transportam até 50 toneladas e que farão faltas se destruídos. Imbecis.]

Nos últimos anos, a instituição vem sendo cooptada pelo bolsonarismo e, à medida que sua direção e integrantes se radicalizavam, foi ganhando mais recursos e mais competências. A história é contada em detalhes numa reportagem da revista piauí. A situação só não foi pior porque, como a PRF tinha sido usada no dia da eleição para atrasar a votação no Nordeste, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tinha começado a enquadrá-la. A ordem de Alexandre de Moraes obrigando a PRF a agir para desobstruir as estradas, sob risco de prisão, surtiu efeito.[o 'jornalista' esqueceu a multa, aplicada de acordo com a Constituição do XANDAQUISTÃO:   só o diretor da PRF, considerando apenas  a multa pessoal a ele aplicada, só pelas primeiras 24 horas de desobediência - R$ 2.400.000,00, algo que exigirá que ele dedique uns 10 anos do seu salário, sem descontar um centavo, para pagar o principal.]

A PRF não foi muito ativa, mas teve de se mexer. Ao mesmo tempo, o TSE começou uma guerra no WhatsApp e no Telegram, derrubando centenas de grupos de conversa, privando a mobilização golpista de canais de comunicação e propaganda. [censura pura, simples e inconstitucional e exercida por funcionários desqualificados para a função.]   Os bloqueios de estradas começaram a ser criticados por todas as forças políticas, obrigando Bolsonaro a condená-los como uma espécie de excesso.

A manifestação tardia de Bolsonaro sobre o resultado das eleições foi um grande exercício de ambiguidade estratégica. Para o mundo político, ele pareceu dizer que reconhecia o resultado e que a transição de governo teria início ali, conforme manda a lei. Mas, para os apoiadores, ficou entendido que o presidente reconhecia a revolta com as “injustiças eleitorais” e sinalizava a continuação dos protestos. [percebam: o articulista não usou 'parece', e sim decretou: "ficou entendido" - que vale por uma sentença final, conclusiva e que norteará passiveis tribunais de Nuremberg.]Para quem ficou na dúvida, o Telegram foi inundado de postagens traduzindo aos apoiadores em termos claros as partes cifradas do discurso.

Na quarta-feira, dia 2 de novembro, o movimento rapidamente se reorientou para manifestações em frente aos quartéis. Os protestos foram grandes. Eles se multiplicaram por todos os cantos do país, mesmo nas pequenas cidades do interior. Em São Paulo, o protesto em frente ao Comando Militar do Sudeste reuniu mais de 30 mil pessoas, contadas por software com base em fotos aéreas. E, além dele, havia outro protesto grande em frente ao COMPOR no bairro de Santana, que reuniu outras milhares de pessoas. Para ter uma ideia da dimensão, o protesto de 7 de Setembro de 2022, convocado durante quase dois meses, reuniu 32 mil na Avenida Paulista — contados com o mesmo método. Protestos foram grandes também no Rio e em Brasília.

As manifestações nos quartéis exigiam “intervenção federal”, um termo jurídico confuso que parece significar não o que é descrito no artigo 34 da Constituição — uma intervenção do governo federal sobre os estados —, mas uma intervenção das Forças Armadas, dando sobrevida ao Executivo federal.

Não dá para saber exatamente para onde o movimento golpista caminha. [na dúvida não se investiga, analisa e conclui -  considera logo  ilegal e  parte para a censura e  entendendo necessário prisão ou coisas piores. É o estilo perda total de se preparar para governar. Imagine, governando.] Em algumas cidades, foram criados acampamentos que já estão desgastados, e há um chamado para uma “greve geral” — mas o apelo não é aos trabalhadores, mas aos donos dos negócios. Tudo sugere que, em alguns dias, os golpistas se renderão, e a eleição de Lula será fato consumado.

Caberá então à Justiça investigar e responsabilizar criminalmente todos aqueles que participaram desse levante contra a democracia. Está na hora de colocar em uso a nova lei de defesa do Estado Democrático e, quando couber, a lei das organizações criminosas. Contra o golpismo, todo o peso da lei.

Opinião - O Globo


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A relação entre Olavo de Carvalho e Jair Bolsonaro

Hoje tentarei explicar a relação pública entre Olavo de Carvalho e Jair Bolsonaro, com dados disponíveis que foram coletados na internet e outros que eu guardo na minha memória. A análise do ‘Fenômeno Bolsonaro’ como ‘efeito colateral’ do trabalho do professor Olavo fica para a próxima, porque é mais complexo.

Acredito que a maioria aqui sabe da relação pública entre o professor Olavo de Carvalho e a família Bolsonaro — com o Jair Messias Bolsonaro, principalmente. É coisa de anos:
– No dia 12 de julho de 2012, Flávio Bolsonaro foi à Virgínia-EUA entregar ao Olavo a medalha Tiradentes;
– No dia 13 de fevereiro de 2014, eu ajudei a organizar um hangout que foi um crossover daqueles: Flávio, Carlos e Jair Bolsonaro juntos com Olavo de Carvalho, conversando ao vivo no YouTube sobre a situação política e sobre manifestações no Brasil;
– No dia 2 de abril de 2015, Jair Bolsonaro e Olavo estavam em um hangout falando sobre comunismo;
– No dia 26 de julho de 2015, Eduardo, Flávio e Jair Bolsonaro estavam juntos com Olavo outra vez em um hangout sobre as manifestações;
– No dia 25 de maio de 2015, Eduardo Bolsonaro citou o Olavo em plenário da câmara como fonte de estudos sobre comunismo;
– No dia 14 de janeiro de 2017, Eduardo Bolsonaro estava nos EUA e aproveitou para visitar Olavo em sua casa;
– Em artigo do dia 10 de junho de 2017, na Folha de São Paulo, Jair Bolsonaro admitiu que Olavo é uma das influências que faz a sua cabeça.

Qualquer outro tipo de interação pública entre a família Bolsonaro e Olavo de Carvalho se deu de forma indireta, por meio de citações e reproduções de conteúdos uns dos outros em sites, blogs e redes sociais. Olavo também defendeu Bolsonaro em praticamente todas as polêmicas em que o deputado se envolveu, dedicando postagens no Facebook e artigos em colunas de jornais quando notou que Jair Bolsonaro estava sendo injustiçado. Olavo comprou briga com várias pessoas, algumas até consideradas amigas pelo professor — o que gerou comentários em vários portais de notícias.

Olavo demoliu os argumentos de Leandro Narloch, Reinaldo Azevedo, Marco Antonio Villa, Rodrigo Constantino, Leandro Karnal, entre outros, sobre questões como a imigração, o episódio Maria do Rosário, o caso Brilhante Ustra, e, recentemente, sem citar nomes, Olavo destruiu muitos dos ataques dos liberais que querem inviabilizar no berço a candidatura do Bolsonaro.

Olavo de Carvalho já declarou que, até o presente momento, seu voto em 2018 é do Jair Messias Bolsonaro, e que está disponível para conversar — se os Bolsonaros assim quiserem. Olavo nunca negou atenção a quem o procurasse com humildade para conversar, aprender, receber orientações e tirar dúvidas. Se tiver sorte, você pode até mesmo dar uns tiros com os rifles do professor na floresta atrás da casa dele. Quem viu o Filme ‘O Jardim das Aflições’ teve um breve vislumbre de como seria. E Bolsonaro sempre tratou Olavo com o devido respeito, reconhecendo a grandeza do professor.

Exclusivamente sobre a questão de sua pré-campanha às eleições de 2018, Bolsonaro ainda não foi procurar oficialmente e publicamente o professor Olavo para receber qualquer tipo de orientação. Quem é aluno do COF sabe que, se tivesse sendo orientado pessoalmente desde já pelo Olavo, Bolsonaro já teria triplicado seu número de eleitores declarados e não teria cometido alguns erros que vem cometendo recentemente. Olavo já teria feito com que Bolsonaro se desvencilhasse de maneira efetiva dos ataques que eu descrevi em meu artigo “Metem Medo”, que foi parar no Mídia sem Máscara. O episódio da ovada foi emblemático para atestar que Bolsonaro precisa mudar urgentemente sua postura diante de alguns fatos.

Segundo Jefrey Nyquist, nenhum americano tem o real conhecimento da situação geo-política como tem o professor Olavo de Carvalho. Habilidade sui generis que classificaria o professor até mesmo como apto a orientar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no combate aos globalistas. Olavo já vem dando conselhos de forma gratuita em seu perfil do Facebook, e a insistência de Trump em ignorar as orientações que chegam de todos os lados sobre limpar a casa antes de arrumar os móveis culminou nos recentes protestos entre grupos raciais nos EUA.

Olavo de Carvalho, escondido no interior da Virgínia, no meio da floresta, é como o mestre daquelas histórias presentes em filmes e romances da literatura, que narram a jornada de homens que precisam percorrer longas distâncias e escalar montanhas para se consultar com os sábios. A diferença é que hoje as coisas são mais fáceis, pois temos telefone, internet e aviões que encurtam qualquer distância, ainda mais para um deputado com um ótimo salário e verbas de gabinete disponíveis — como é o caso do Bolsonaro.
Entre Bolsonaro e Olavo conseguimos enxergar que existe estima e respeito mútuos. São dois grandes homens. Cada um deles é o melhor de sua respectiva área.

Olavo não precisa ficar implorando atenção de qualquer pessoa que seja para que escutem o que ele diz. Olavo é um filósofo e um intelectual. Ele simplesmente fala o que quer falar, o que tem para falar, e na hora que quiser falar. Não cobrem do Olavo que ele procure Bolsonaro. Vocês podem e devem cobrar é do Bolsonaro que ele se oriente com o Olavo, se querem que Jair melhore sua postura. É isso que eu venho tentando fazer aqui, como eleitor e cidadão brasileiro.

Não pensem que Olavo de Carvalho tem pretensão de ser para Jair Messias Bolsonaro uma espécie do que foi Saul Alinsky para Barack Obama, ou que Olavo vai ficar o dia inteiro no ouvido do Bolsonaro ditando como ele deve proceder. O professor já disse que não quer ser comparado àquilo que Harry Redner chamou de ‘mestre maligno’, que são pessoas que se acham os guias e profetas da humanidade. Olavo explica isso na aula 150 do COF.

Olavo já cansou de dizer que não quer cargos no governo, não quer ser ministro, que ele não tem plano de governo, que não tem um projeto de sociedade, que não tem script de um mundo melhor. Eu expliquei no post com a foto do Eric Voegelin que isso é ter fé metastática e querer Imanentizar o eschaton. A única coisa que Olavo disse que vai pedir ao Bolsonaro, caso ele seja eleito, é um item muito simples, que beneficiaria muito mais o povo brasileiro do que o próprio Olavo: que Bolsonaro libere os direitos de publicação das obras do Mário Ferreira dos Santos.

Se você acha que Olavo tem algum interesse escuso, como ganhar dinheiro ou algum cargo, você não o conhece, e pode ser que esteja projetando nele os seus próprios desejos. Não comparem também alguns eventuais CONSELHOS que Olavo pode vir a dar ao Bolsonaro com o caso do Lula recebendo ORDENS de Fidel Castro, do Dirceu, do Genoíno ou algum outro agente do serviço secreto cubano, porque seria uma ofensa ao Olavo e ao Bolsonaro — e das graves.

Alguém aí pode estar pensando no papel de “consigliere”, que ficou famoso no filme “O Poderoso Chefão”. Mas a comparação só tem em comum poucas características, como o fato do consiglieri ser um amigo confiável, desprovido de ambição e que distribui seus conselhos de forma desinteressada. Em todo o resto, Olavo em nada se compara com um membro da Máfia. Já que, na máfia, o consigliere é o terceiro na hierarquia, representa oficialmente o chefe e o subchefe em reuniões, além de ser um criminoso também, é óbvio.

Quem enxerga Olavo como uma pessoa em qualquer lugar que não seja o topo da pirâmide sofre de falta de Senso de Hierarquia, que é a capacidade de saber classificar, organizar e separar as pessoas (e a si mesmo) de acordo com seus respectivos papéis e posições nos arranjos da sociedades e organizações.

Quem faz confusões sobre os papéis de Olavo e Bolsonaro no quadro geral também precisar ler a ‘República’, de Platão, se inscrever no COF e conhecer a Teoria das Castas do professor Olavo de Carvalho, que em nada tem a ver com a visão marxista de classes sociais.  Olavo resume sua teoria da seguinte forma: “Em toda sociedade existem quatro castas, das quais a primeira se incumbe do guiamento espiritual, moral e intelectual, a segunda do poder político e militar, a terceira da organização da atividade econômica, (e) a quarta dos trabalhos auxiliares e braçais”.
Se querem entender melhor essa tese, se inscrevam no Seminário de Filosofia.
Cabe a nós, no papel de eleitores e cidadãos, fazermos a nossa parte.

Pedro Henrique Medeiros é aluno de Olavo de Carvalho no Seminário de Filosofia.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Acima da lei e fora da lei



O petismo ainda não caiu em si.
Enquanto um punhado de militantes petistas protestava contra a ação da Polícia 

Federal que conduzira Lula ao aeroporto de Guarulhos, veio-me à mente imagem com a qual me deparei ontem no Google. Retrata um evento da campanha eleitoral de 2002. Lula, Genoíno, Mercadante, Berzoini e Alencar formam um abre-alas e marcham portando faixa, devidamente estrelada, com os dizeres "Quero um Brasil decente". Fácil compreender a decepção de quantos creram que a faixa expressasse um sentimento real.

Os fundadores do PT viam-se como agentes de um processo revolucionário. Frei Betto, em artigo de 2007, assim descreve os anseios dos vitoriosos de 2002: "A lua seria o nosso troféu. Haveríamos de escalar suas montanhas e, lá em cima, desfraldar as bandeiras da socialização compulsória". O nome disso é revolução. E nenhuma causa revolucionária consegue ser compatível com o Estado de Direito. A revolução por dentro do regime democrático, sem sangue, como sonhou o PT, é uma lavoura que, entre outros requisitos, precisa ser irrigada com dinheiro. Dinheiro para as campanhas eleitorais, para a militância e para os movimentos sociais controlados pelo partido, para manter operante um exército de jornalistas e formadores de opinião. É preciso ter e manter multidão de agentes que começam no sanduíche de mortadela, mas miram o topo da cadeia alimentar revolucionária, onde estão a lagosta ao thermidor e o Romanée-Conti. O sanduíche  é meio e não fim de toda jornada socialista. Não conheço um só revolucionário que queira o comunismo para continuar batendo cartão e operando a mesma máquina.

Numa democracia, o poder é buscado dentro da regra do jogo, dentro da lei. No entanto, se o objetivo é revolucionário, pertence à própria natureza do processo que seus agentes se considerem acima da lei. A causa vem antes e lhe é superior. A lei que não convém à causa é iníqua e não merece respeito. Na primeira etapa, então, se instala esse sentimento de superioridade em relação à ordem jurídica. Face bem visível do que descrevo pode ser observada nos assim chamados "movimentos sociais". Quem se opõe às suas ações é acusado de criminalizá-los. Por quê? Porque quem está acima da lei não comete crimes.

É aí que se começa a explicar o incomparável desastre moral que acometeu o PT. A mentira vira argumento. Calúnia, difamação e injúria ganham utilidade política. Fatos são substituídos por versões. A verdade perde interesse e utilidade. E por aí vai a decência para o brejo.

As reações que surgem nestas horas às ações da PF, do MPF e do juiz Sérgio Moro são motivadas pelo mesmo fenômeno. Ou seja, o petismo ainda não caiu em si. Na fala do presidente Rui Falcão, na gritaria dos militantes no aeroporto de Guarulhos, no posterior discurso de Lula à claque petista, percebe-se a mesma convicção: todos supõem ser devida a seus líderes e ao partido uma reverência que os tornaria inatingíveis pela Justiça. E à sombra dessa reverência deveriam ficar resguardadas as condutas mais suspeitas e a vertiginosa prosperidade pessoal e familiar de tantos. A infinita sucessão de escândalos não é entendida como conduta fora da lei, mas situação normal para quem está acima dela.


Fonte: http://www.puggina.org