Há um mundo de pressão para Dilma Rousseff sair do
troninho Presidencial.
Ela não sabe como resistir e insiste que não deseja sair
pelo que chama, insistentemente, de "golpe". Exatamente por isso, ela
tenta a salvação impossível de duas formas. A primeira: golpeando o bolso do
brasileiro com o retorno da CPMF - o imposto que tem a capacidade de roubar de
todo mundo. A segunda: ajudando a vender, a preço de banana e na bacia das
almas, tudo aquilo que o Brasil ainda tem de bom e potencialmente rentável.
A pergunta que não quer calar: Onde está a tal
"oposição construtiva", principalmente aquele autodenominada do PSDB,
que não afronta, nem questiona, de forma incisiva, as burrices e sacanagens
cometidas pela petelândia e seus comparsas aliados? Por onde anda o Aécio Neves
- que não aparece em público para demolir as besteiras econômicas ou crimes de
lesa-pátria cometidos pelos esquemas do Palhasso do Planalto - um ente tão
fictício quanto o Estado Capimunista Rentista Corrupto? [não se iludam com o atual sonho dourado do Aécio Neves: encontrar uma saída que estabeleça que com o impeachment de Dilma e a assunção do Temer, seja criado o cargo de vice-presidente (atualmente, o vice-presidente se tornando presidente o cargo de vice fica vago até a próxima eleição) e o segundo colocado na eleição anterior (o Aecinho) passe a ser vice.
É a forma que ele encontrou de ser quase governo, sem se comprometer.]
A verdadeira oposição
será a do eleitor endividado e desempregado que se vingará na próxima eleição
municipal... [esse sim, o eleitor endividado, desempregado, fodido será a verdadeira oposição e certeza absoluta que quando se revoltar - o que não vai demorar (é se revoltar ou morrer de fome) - vai transformar o destino final de Lula e Dilma exatamente idêntico ao do ditador italiano Benito Mussolini, o Duce, e sua amante Clara Petacci.]
Na economia, seguimos no mais do mesmo, podendo ficar
ainda pior. A pressão do Palácio do Planalto surtiu efeito e, aparentemente, o
presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, e seu Comitê de
Política Monetária desistiram de cometer o suicídio previsto de subir ainda
mais a taxa básica de juros (para 14,5%), sempre sob aquela esfarrapada e falsa
desculpa de conter ou baixar a "inflação". O problema é que um
inédito comentário de Tombini, em dez linhas de cinco "twuittadas",
na véspera da reunião decisiva do COPOM, desmoralizou, de vez, a inconsistente
política econômica. Ficou evidente que Tombini jogou para não acabar tombado
pelas pressões do desgoverno do PT.
Até o aliado-parceiro Henrique Meirelles, ex-presidente do
BC do B de 2003 a 2011, foi obrigado a admitir que Alexandre Tombini tomou uma
"atitude sem precedentes", surfando no pessimismo do Fundo Monetário
Internacional, que reviu as projeções de PIB do Brasil, de contração de 1% para
um recuo previsto de 3,5%. Com sua atitude pragmática, Tombini sinalizou que o
Comitê de Política Monetária deveria deixar os juros básicos altíssimos como
estão (14,25%), conforme vontade da Dilma Rousseff (aquela que consegue a
tríplice mágica de não conseguir ser, ao mesmo tempo, Presidenta, Ministra da
Fazenda e até "otoridade monetária" - timoneira forçada do BC do B).
Agora ficou completamente escancarado que ninguém no
desgoverno sabe o que fazer com juros, inflação, câmbio e, sobretudo, gasto
público (o principal causador dos outros problemas, em parceria com a corrupção
sistêmica.) A coisa está tão feia que o presidente do Bradesco, Luiz Carlos
Trabuco Cappi, foi forçado a admitir ao Valor Econômico que: "a demanda
por crédito é muito baixa, quase inexistente. O maior volume de crédito é de renegociações
e reestruturações".
Traduzindo: os endividados brasileiros, pessoas físicas ou
empresas, desistiram de recorrer aos bancos (que lucram muito com o crédito a
juros altíssimos) para tentar uma ilusória salvação. O risco, nunca admitido
publicamente pelos banqueiros, é que o calote se transforme em uma bolha que
contamine, ainda mais, toda a economia brasileira. Não adianta o desgoverno
manipular o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Nada segura a sensação
psicológica e a constatação prática de uma brutal carestia - que acaba
escancarando a inflação.
O que falta é sinceridade no desgoverno e na sua pretensa
"oposição" para reconhecer, claramente, que a inflação é causada pelo
descontrole de gastos da máquina pública federal, estadual e municipal. A
gastança é fruto da incompetência gerencial, da corrupção sistêmica e da orgia
que mantém favores com dinheiro público para a mais canalha politicagem. Neste
cenário, qualquer subida de juros é a maneira que o desgoverno do crime
organizado encontra para confiscar o dinheiro das pessoas.
O juro altíssimo alimenta a armadilha do rentismo. Quem
sabe que terá sua grana confiscada, e tem muito dinheiro, deixa de investir
produtivamente. Psicologicamente, aceita o jogo mais cômodo de jogar a grana em
títulos públicos que os bancos remuneram a taxas bem altas de usura. O problema
é que, enquanto o sistema de vicia neste modelo de Cassino do Al Capone, quem
tem pouca grana fica com menos ainda: endividado, pagando cada vez mais caro
por tudo, sem emprego e jamais com renda. [e vai chegar o momento, que não vai demorar, em que a única solução será a explosão social acabando de vez com essa corja que vem destruindo o Brasil desde 2003 - Lula se sobreviver a vendetta da população, será conservado para deleite dos que o admiram, os militontos no pré-sal 'à brasileira': uma solução de 50% aguardente 51, 35% vinagre e 15% sal.]
Enquanto o Fórum Econômico de Davos, nos Alpes suíços,
discute a "quarta revolução industrial", o Brasil caminha para
consolidar sua eterna posição de suposto líder da periferia do
subdesenvolvimento. Estamos em liquidação - em todos os sentidos do termo. Quem
pode deve se salvar e até lucrar. Quem não pode, ou vai se sacudir ou vai se
revoltar. O pavio para uma explosão social fica cada vez mais curto no Brasil.
Em breve, o pau deve cantar, neste clima de insatisfação, intolerância,
desespero e violência.
Pode anotar: a vingança dos descontentes, desempregados e
endividados nunca esteve tão próxima...
Nota contra os advogados da Lava Jato
A Associação Paulista do Ministério
Público (APMP), entidade que representa promotores e procuradores de Justiça da
ativa e aposentados do Estado de São Paulo, vem repudiar o manifesto que
dezenas de advogados penalistas e constitucionalistas divulgaram nos principais
veículos de comunicação, na sexta-feira, 15 de janeiro de 2016, contra a
operação “lava jato”:
"Em total conformidade com nota
divulgada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR),
reforçamos que “não há qualquer evidência de que o Ministério Público Federal
(MPF) esteja vazando informações indevidas”. E que, “uma operação com as
dimensões da ‘lava jato’ (com 941 procedimentos instaurados, 75 condenados,
cerca de R$ 2 bilhões recuperados e R$ 4 bilhões em curso para repatriação aos
cofres públicos, 85 pedidos de assistência jurídica internacional), é de
interesse público e a divulgação de informações atende aos preceitos
constitucionais da publicidade e do direito à informação”.
"Também em sintonia com nota
divulgada pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a APMP entende
que “o manifesto desse pequeno grupo de advogados dá a entender a ideia absurda
de que o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal se uniram com o
propósito e manejar a opinião pública para pressionar o próprio Judiciário. Não
só a história não é factível, como parece o roteiro de uma ficcional teoria da
conspiração”.
"Nós, representantes de
promotores e procuradores de Justiça de São Paulo, repudiamos toda e qualquer
tentativa de condenar um trabalho sério, digno e eficiente no combate à
corrupção e à impunidade. Por isso, os Procuradores da República têm todo o
nosso apoio e solidariedade".
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão