Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho do banco, defende que futuro governo aprove a reforma possível caso a necessária não siga adiante
[se o Nubank é uma ameaça para o Bradesco, podemos considerar que é seguro e vantajoso para seus clientes.]
O presidente do Bradesco ressaltou a necessidade de se levar em conta os serviços prestados e também as tarifas dos novos bancos. Nesta semana, a fintech brasileira lançou um cartão de débito que pode ser usado para pagamentos e também para saque de recursos nos caixas eletrônicos da rede do Banco24horas, mas com cobrança de uma taxa para cada retirada.
De acordo com o presidente do Bradesco, o braço digital da instituição, batizado de Next, superou as expectativas e deve encerrar o ano com 500 mil clientes. “Nossa meta era abrir entre 2.000 e 2.500 contas por dia. Já estamos abrindo 5.000. O Next é uma aposta vencedora e acreditamos que vai se fortalecer como um canal de distribuição do banco”, avaliou ele.
Já o cartão de crédito do Bradesco para concorrer com o Nubank, o digio, conforme o vice-presidente do banco, Marcelo Noronha, deve bater a casa do 1 milhão de clientes.
Ano difícil
Lazari classificou 2018 como um ano difícil, reflexo do cenário político polarizado e da greve dos caminhoneiros. Mas, apesar disso, o Bradesco vai chegar ao fim do ano entregando o que propôs em termos de balanço.
Sobre a rentabilidade (ROE, na sigla em inglês) do banco, ele disse que espera que o ano de 2019 seja um ponto de partida para melhora do indicador e não de chegada. Acrescentou ainda que os modelos de crédito sinalizam a melhora da inadimplência no próximo exercício.
Reforma da Previdência
O presidente do Conselho do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou que se não for possível o governo de Jair Bolsonaro aprovar a reforma da Previdência necessária, que consiga aprovar a possível.
“Mais que otimistas, estamos esperançosos com 2019”, disse Trabuco, ressaltando que espera avanço também na reforma do Estado. O executivo destacou que o regime de Previdência por repartição está em crise em alguns países do mundo, por isso a necessidade de reforma.
O otimismo vem também de investimentos que podem chegar ao Brasil. O banco estima que o país pode receber 50 bilhões de dólares de fundos dedicados a emergentes em 2019, caso a agenda de reformas avance.
Além dos recursos para o mercado financeiro, o banco estima que 200 bilhões de dólares podem vir nos próximos cinco anos, auxiliados, por exemplo, pela agenda de privatizações, concessões e investimentos em infraestrutura.
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