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segunda-feira, 20 de abril de 2015

As ruas pedem reforma política. Mas não a do PT

Protestos contra o governo dão impulso a grupos que lutam pela adoção do voto distrital no Brasil. 

Em meio aos cartazes de 'Fora Dilma', suas bandeiras já se fazem ver

Sempre que o PT se vê acuado pelas ruas - seja nos protestos de 2013 ou nas recentes manifestações que tomaram o Brasil contra o governo Dilma Rousseff e o partido -, figurões da legenda sacam da cartola a proposta de reforma política apoiada pela sigla como a panaceia para os males que assolam o país. "Não vi ninguém nas ruas pedir reforma política", chegou a ironizar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre a resposta do partido às manifestações de 15 de março. De fato, o "Fora Dilma" é pleito predominante entre os que saíram às ruas naquele domingo e em 12 de abril. Mas a onda de insatisfação com o governo já denota que o país abriu os olhos ao que se passa em Brasília. Grupos aproveitam os protestos anti-Dilma para lançar manifestos pela reforma política - mas uma reforma muito diferente daquela desejada pelo PT, que demoniza o financiamento privado de campanha e defende o voto em lista fechada. Pedem, entre outras coisas, a adoção do voto distrital, com a consequente redução no número de partidos. E, com seus cartazes, já se fazem ver nas ruas. [a lista fechada é entregar o governo aos indicados pelos caciques partidários - que recebem a incumbência de estabelecer a ordem na lista e os votos irão, prioritariamente, para os cabeças da lista.
E os caciques de cada partido usarão para definir a posição dos candidatos na lista critérios que só eles sabem como foram escolhidos.
Imagine os nomes que o estrupício do Lula iria escolher, a começar por ele mesmo.]

É o caso da aposentada Nazareth Fairbanks, de 75 anos, que protestava em frente ao vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) em 12 de abril. Escrito em verde e amarelo, o papel trazia os dizeres "Voto Distrital Já". "Isso é que é reforma política", bradava ela, apontando com o dedo para a cartolina colorida. Próximo à aposentada, um grupo formado por cerca de dez pessoas recolhia assinaturas de manifestantes a favor da medida que institui o sistema majoritário de votação para as cadeiras do Legislativo. O apoio era endossado por lideranças do Vem pra Rua - um dos principais movimentos por trás dos atos contra a presidente Dilma Rousseff neste ano -, que defendia a proposta aos gritos de cima dos carros de som.

"Se o impeachment resolvesse o problema do Brasil, depois do Collor nós teríamos resolvido a política brasileira. O problema é muito mais profundo. Precisamos mudar a forma como a sociedade e a classe política interagem. E é justamente isso que faz o voto distrital: conecta o eleitor aos seus representantes. Sem isso, qualquer mudança é mero paliativo", afirma o empresário Mario Lewandowski, um dos porta vozes do movimento Eu Voto Distrital, que esteve presente nos atos dos dias 15 de março e 12 de abril. Segundo ele, nesse período o número de adesões ao projeto explodiu: cerca de 15.000 assinaturas foram conseguidas em um mês. O registro se iguala à marca atingida durante as eleições do ano passado, e só é inferior ao alcançado em junho de 2013, quando foram recolhidas 30.000 assinaturas. Os momentos de pico são acompanhados pelo aumento da audiência na página do grupo no Facebook e podem ser visualizados no gráfico abaixo. "Nosso apoio cresce exponencialmente nos períodos de maior politização da população", avalia Lewandowski.

Não à toa. A adoção do voto distrital implicaria mudanças drásticas na estrutura política do país - e ajudaria a sanar questões como a crise de representatividade do Congresso, ineficiência do governo, os altos custos de campanha e a política baseada na fisiologia, ou no "toma lá da cá". 

A mudança só não tem ainda mais apoio justamente pela falta de conhecimento da população, apontam os defensores do voto distrital. "É um tema muito técnico. Mas assim que as pessoas conhecem o modelo e você explica como funciona é tão intuitivo e lógico que todos abraçam na hora", diz Lewandowski. Outra defensora ferrenha do voto distrital, a professora aposentada, Bartira Bravo, de 67 anos, afirma que o principal entrave é a falta de informação. No dia 12 de abril ela foi à Avenida Paulista justamente para pedir o "ensino de política e cidadania nas escolas". "Sem educação não tem solução", repetia, como lema de sua trajetória, marcada pela participação no movimento das Diretas Já (1983-1984) e pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor (1992). Bartira vê os atos contra a presidente Dilma como um "avanço" na conscientização política da população. Para disseminar a proposta, sobretudo na internet, o grupo Eu Voto Distrital publica frases de personalidades favoráveis à medida, como o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa: "Sou inteiramente favorável ao voto distrital. Com ele, você passa a eleger alguém cujo trabalho você conhece".

No manifesto entregue na última quarta-feira por 26 grupos responsáveis por encampar protestos contra a presidente, encabeçados pelo Vem pra Rua, às lideranças de partidos de oposição, lá estava novamente o pleito: "Maior justiça, legitimidade e representatividade nas eleições pela implantação do Voto Distrital", dizia o quinto artigo da carta lida na frente do Congresso.

O empenho de alguns manifestantes em levantar a bandeira do voto distrital surgiu principalmente depois do ato do dia 15 de março, quando o governo Dilma anunciou como resposta à mobilização que se empenharia a aprovar reforma política no Congresso. Mas uma reforma em total desacordo com as ruas. O partido sonha proibir doações privadas de campanha. Alega que vetar doações eleitorais de empresas significaria também dar fim aos esquemas de caixa dois e aos laços entre políticos e grandes companhias - como as empreiteiras, atualmente no centro da Operação Lava Jato. O argumento ignora o fato de que a derrama de dinheiro público nas campanhas não eliminaria o incentivo para que as legendas e os políticos continuassem a buscar dinheiro de maneira clandestina para alimentar suas atividades. Tampouco declara que o PT seria o maior beneficiário do financiamento público exclusivo. "Não é essa reforma que nós queremos. Saímos às ruas no dia 12 de abril justamente para dizer à presidente que ela não entendeu o nosso recado", afirmou Rogério Chequer, coordenador do Vem pra Rua.


Levar adiante a adoção do voto distrital no Congresso não é uma tarefa fácil. A mudança só pode ser concretizada por meio de emenda à Constituição, o que exige votação em dois turnos na Câmara e no Senado. Enquanto o PSDB defende o voto distrital misto, o PMDB encampa o chamado "distritão".  

Já o PT quer o voto em lista fechada. "Assim como em outros países, no Brasil é muito difícil debater a reforma política. Principalmente porque aqueles que se elegem e se reelegem, hoje, têm medo de mudar, de transitar para um novo sistema em que talvez não tenham chance de ganhar", afirma o cientista político Paulo Kramer, professor da Universidade de Brasília (UNB). Para o professor de Direito Constitucional da Universidade de São Paulo (USP) e procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos, a única forma de emplacar a medida é por meio das manifestações. "Essa discussão perdeu muito a importância à medida que temos um sistema no qual impera a fisiologia. Um dos elementos para mudar isso é a pressão popular", afirma.

Na última quarta-feira, entrou na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um projeto, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que institui o voto distrital para as eleições nas Câmaras Municipais de cidades com mais de 200.000 habitantes. A votação foi adiada para a próxima semana porque o senador Humberto Costa (PT-PE) pediu vista do processo, alegando inconstitucionalidade. Apesar da resistência petista, Serra afirmou "ter ganhado o dia" ao saber do apoio de peemedebistas, como a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) e o relator da medida, senador Eunício de Oliveira (PMDB) ao texto. Além de dar um parecer favorável ao pleito, Eunício fez um discurso inflamado em defesa do projeto durante a sessão: "O sistema eleitoral constitui o coração de um sistema político, e toda reforma que passe ao largo da mudança nesse sistema eleitoral será insuficiente e inepta para fornecer à sociedade brasileira uma resposta clara aos reclamos, inquietações e críticas que levaram milhões de pessoas às ruas em junho de 2013 e neste início de 2015. É preciso iniciar a reforma do sistema político brasileiro, e esta reforma, para ser efetiva e sincera, deve contemplar a reforma do sistema eleitoral proporcional de listas abertas, que o Brasil adota sem grandes modificações desde o pós-guerra, nas eleições de 1945".

Na expectativa de que a proposta seja aprovada tanto na Câmara como no Senado até setembro, prazo máximo para que comece a valer nas eleições municipais de 2016, o senador tucano vê um "clima propício" para que isso ocorra. "É um processo fadado a dar certo. Aqui no Senado a chance de aprovação é muito alta. Eu creio que hoje há um clima no país que favorece. Inclusive, eu apresentei essa ideia na campanha para o Senado. E a minha sensação é que não repercutia no horário eleitoral. Mas na verdade repercutiu, as pessoas entendiam com rapidez a vantagem desse sistema", afirmou Serra.

Os defensores do voto distrital encaram a tramitação da medida com entusiasmo. Ainda que por ora esteja restrita às eleições para vereador, acreditam que a proposta é um passo importante para reformar o sistema político brasileiro. Kramer lembra o caso dos analfabetos, inicialmente autorizados a votar só em eleições municipais, e que hoje são autorizados a votar para todos os cargos eletivos. "Vejo a medida como um teste piloto. A partir das eleições municipais, você pode ver os problemas que surgem e as vantagens de sua aplicação, pensando já em empregá-la nas eleições gerais", afirmou Kramer.

Fonte: Revista VEJA 

 




sábado, 6 de dezembro de 2014

Aécio e Oposição convocam população para manifestação em São Paulo, hoje, em protesto contra a corrupção no governo e a fraude da Dilma na Lei de Diretrizes Orçamentárias

Políticos da oposição gravam vídeo para convocar população para manifestação em SP

Aécio diz que nunca, como agora, foi tão preciso que a sociedade esteja mobilizada

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e vários parlamentares da Oposição, inclusive o senador Pedro Simon (PMDB-RS), o senador eleito José Serra (PSDB-SP), o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), Eduardo Jorge (PV), Ronaldo Caiado (DEM-GO), e o cantor Paulo Ricardo, gravaram vídeos convocando a população  participar neste sábado, as 16h, de uma manifestação no vão do Masp, em São Paulo, organizada pelo movimento “Vem para a Rua Brasil”. Em sua fala, Aécio diz que nunca, como agora, foi tão preciso que a sociedade esteja mobilizada e proteste contra a escalada da corrupção no Governo e a fraude fiscal na mudança da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Além de São Paulo, há manifestações marcadas para outros estados, como no Rio Grande do Sul.

 No vídeo, o senador Pedro Simon alerta para a importância da participação da juventude nos movimentos de rua para cobrar punição dos envolvidos no escândalo da Petrobras. Ele pede aos jovens que se manifestem pela indignação do povo brasileiro com relação ao que está acontecendo na Petrobras e com relação à LDO. - Jovens, na sua caminhada, que já prestaram grandes serviços, simbolizarão e iniciarão um momento da maior importância na história do nosso país - disse Simon.

No seu vídeo, Aécio diz que só a oposição tem e o governo e o PT não: a capacidade de mobilização e de continuar lutando para mudar o Brasil. Ele disse que essa é a arma que tem, e chama a todos para irem na manifestação de São Paulo e outros estados pacificamente, respeitando os limites democráticos. Esse é um recado contra a participação de grupos radicais que tem participado dessas manifestações, pedindo intervenção militar.
- Já dizíamos que escândalo da Petrobras será maior caso de corrupção no país. A coisa não para de crescer, e agora sabemos que não era apenas na Petrobras. Portanto, mais do que nunca, temos que estar mobilizados - chama Aécio, reafirmando que o ato no Masp é a favor da democracia, da ética e de um Brasil melhor.
[uma certeza existe: enquanto Dilma e o PT estiverem no poder, no governo, o Brasil não encontrará nem ORDEM nem PROGRESSO; será o país da roubalheira, da corrupção institucionalizada, da INsegurança pública. FORA DILMA, FORA PT.]

O deputado Caiado diz: - Sai da frente do computador e vem para a rua. Vamos protestar contra o escândalo da Petrobras e as denúncias de fraude no orçamento.

O líder Aloysio fez um vídeo direcionado aos gaúchos . Haverá uma mobilização da Juventude do PSDB em Porto Alegre, no Parque Marinha do Brasil, em frente ao shopping Praia de Belas, as 16 horas. Na capital gaúcha é organizado pelo movimento “Mais Brasil, menos PT”. - Vamos mostrar que o Brasil é muito maior do que o PT e a camisa de força da corrupção, da ineficiência e do gasto público descontrolado - conclama Aloysio Nunes.

Já o senador eleito José Serra diz que participou de duas grandes manifestações: no Largo do Batata e na avenida Paulista. E chama para a mobilização da Paulista nesse sábado. - Elas são essenciais para o Brasil mudar. Não são suficientes, mas é uma condição necessária se a gente quer mudar o Brasil. Tem que fazer outras coisas. Mas começa, continua e termina pelo povo nas ruas - diz Serra.


Fonte: O Globo