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domingo, 27 de outubro de 2019

KC-390: Os Céus do Mundo te Aguardam - DefesaNet

O comboio da comitiva aproxima-se do portal da Base Aerea de Anapolis, hoje Ala 2. Área imensa, à distância hangares, prédios, galpões. Pouco a pouco adentramos o enorme complexo. Não há muito movimento nem ruído, apenas tranqüilidade, nesta que é a guardiã do espaço aéreo da Capital e do Brasil. Mas não se enganem  pretensos invasores, sob o teto dos hangares e hangaretes, repousam as máquinas de guerra que repelirão qualquer afronta de invasor estrangeiro.
                                      KC-390: Os Céus do Mundo te Aguardam 

Somos conduzidos ao local das boas-vindas e  apresentação, um grande auditorio onde já nos espera o comandante Cel Av Mioni, saudando os visitantes. A palestra transcorre em tom agradável para os olhos e para o coração. Em seguida visitamos a Unidade de Artilharia Anti-Aérea, o F5-EM e o RC-99. Mas a atração maior nos aguarda. Imenso, sua silhueta portentosa mas elegante aparece repentinamente diante de nossas vistas. Admirando a aeronave mesmo sem autorização para adentrá-la, podemos entreolhar pelas portas e avaliar a qualidade, a perfeição, o conforto, o posicionamento dos bancos, a modernidade dos instrumentos de cabine, as turbinas, as rodas, pistões, tudo rutilante de novo, a ultima  tecnologia disponível. A suavidade dos materiais, da pintura, dos metais, deixa transparecer o carinho com que foi idealizado, projetado e construído. Diferente do Hércules rústico, o KC-390 alia a elegância do design ao elevado padrão aeronáutico de desempenho.

Conhecer o KC-390 da EMBRAER foi conhecer as potencialidades do Brasil. Certamente é uma das nossas ilhas de excelência, neste pais que o ex-presidente do BNDES e professor da PUC, o Economista Edmar Bacha definiu como Belindia.  A visão do belo pássaro verde-escuro nos faz refletir sobre as magníficas máquinas voadoras produzidas no Brasil, como o Tucano, que a EMBRAER exportou para os cadetes ingleses aprenderem a voar. Afinal, um brasileiro é que fez subir aos ares em Bagatelle o mais-pesado-que-o-ar.

Deixamos a Base certos de que o pais caminha para um futuro radiante.
Saberemos vencer as não poucas adversidades do caminho, óbices notáveis que serão transpostos.
 
... aterissamos em Londres ... Olhando pela janela, silhueta familiar se destaca ao longe, de esbelta e elegante aeronave, entre gigantescos Boeing e Airbus. Logo identificamos o pássaro brasileiro. Sim, é o o nosso EMBRAER-195, bi-jato para 116 passageiros ostentando as cores da British Airways e uma pequena bandeira verde-e-amarela na fuselagem.. Dá vontade de bradar -  somos brasileiros, e que aquele avião foi fabricado pela EMBRAER em São Jose dos Campos... bem, não iria adiantar muito... ninguém ali entende português ... “
 
Quem conhece o KC-390 não pode deixar de sair convencido de que o Brasil é certamente uma grande nação em busca do seu destino, o Bem Comum a ser alcançado um dia.  Os onibus da comitiva ultrapassam o portão. Após a proveitosa visita, felizes por termos tido o privilégio de conhecer esta magnifica Base por dentro, e assim poder sonhar sobre os horizontes desta terra que um dia Stefan Zweig profeticamente identificou como sendo O Pais do Futuro. [com o presidente Bolsonaro, apesar de todo o esforço traiçoeiro dos adeptos do 'quanto pior, melhor, o futuro começa a se tornar presente.]

Israel Blajberg  - DefesaNet

 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Brasil, estupidamente, insiste num Mercosul agonizante e sindicatos de companheiros querem uma reserva de mercado que deixará seus filiados desempregados


Acordo EUA-China deveria preocupar o Brasil

Desencontros ideológicos não impedem americanos e chineses de se entenderem sobre comércio de bens de alta tecnologia, e reduzirem o espaço a países fechados
Estados Unidos e China têm em comum uma forte cultura nacionalista e uma longa lista de desencontros, em vários campos. De disputas comerciais a conflitos geopolíticos e ideológicos. Mas também coincidem em saber quais os próprios e reais interesses, e em buscarem, de maneira pragmática, acordos com todos. Economistas costumam chamar esses entendimentos de “ganha, ganha”, em que, no final das contas, nenhum dos lados perde. 

Algo que, há 12 anos, a política externa brasileira não entende, portanto não pratica.
Juntos, em Pequim, neste início de semana, para o encontro de cúpula da Apec, sigla em inglês da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, os presidentes Barack Obama e Xi Jinping demonstraram como devem agir líderes num mundo crescentemente globalizado: assinaram um tratado de redução de tarifas de bens de alta tecnologia. Parte de um acordo mais amplo envolvendo 54 economias, trata-se do maior entendimento de liberação comercial assinado no âmbito da Organização Mundial do Comércio nos últimos 17 anos. Como a China era quem mais resistia, os demais países devem formalizar a adesão, na sede da OMC, em Genebra, no mês que vem.
Outra lição para o Brasil: de acordo com o “Wall Street Journal”, a China resistia a aderir ao entendimento porque desejava proteger sua indústria de semicondutores — o conhecido cacoete da “reserva de mercado” e criação de “campeões nacionais”. Por certo, reanalisou a questão e concluiu o óbvio: que é melhor a liberalização comercial, onde ela, e todos, podem ganhar mais.
Calcula-se que serão eliminadas tarifas — outras, reduzidas — sobre vendas de US$ 1 trilhão e, nos EUA, criados 60 mil empregos. Os chineses, é óbvio, concluíram que abrindo mão do protecionismo também ampliarão o mercado de trabalho interno. O oposto ao senso comum.
A miopia da política comercial brasileira, embebida em ideologia, vai em sentido contrário. Enquanto chineses e americanos se entendem em torno do comércio, a Brasília companheira se mantém atolada num Mercosul em estado de apoplexia, com a economia argentina derretendo e a Venezuela em fase de implosão. Cada acerto como este entre 54 países reduz espaços para o Brasil.
Ao mesmo tempo, o comércio externo brasileiro retrocede, devido à grande dependência para as exportações de produtos primários — cujas cotações estão em queda — e à baixa competitividade da indústria.
A defesa de uma economia fechada não é exclusividade de gabinetes de Brasília. Em São José dos Campos, o sindicato que representa trabalhadores da Embraer quer que o novo jato da empresa, o cargueiro KC-390, seja produzido com o máximo de componentes nacionais. Os companheiros estão muito desinformados sobre o que há tempos acontece no mundo. Se a Embraer atender ao pedido, fechará a linha de montagem do jato e terá de demitir os filiados do sindicato.
Transcrito do O Globo