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sábado, 26 de março de 2022

Sobre o assunto aquele - Percival Puggina

O fato é que estamos sob censuras e ameaças. Existem questões importantíssimas a respeito das quais é perigoso falar. Quem criou isso – pasmem! – foi o ... . Esses temas, quando mencionados, acionam controles no território patrulhado das redes sociais e nas agências de checagem; ouve-se o bater de pregos no cadafalso do ... e alguns dos seus ... entram em surto.

É o caso do assunto que quero abordar, tomando as precauções necessárias, como percebem, porque não sou louco, não rasgo dinheiro e entendi os recados. Vêm daí essas lacunas que, prudentemente, estou deixando no texto, confiando em que o leitor, com o discernimento que tem, fará a sua parte. Peço que não me levem a mal pelo trabalho que lhes estou atribuindo, mas fazer o quê?

Refiro-me àquele dispositivo adicional que permite a ... dos votos. Isso está fora de questão para as próximas ... , mas nesse mundo de incertezas que se instalou no país, parece que o tema veio para ficar.

Beira as raias do inacreditável saber que o topo do poder ... até hoje não tenha percebido o efeito de sua rasgada interferência num tema de natureza legislativa e de tanto interesse para a legitimação do poder político em todas as suas dimensões. Inclusive, por tabela, para o próprio ... .

Como esquecer a substituição de quase duas dezenas de representantes partidários na CCJ da Câmara dos Deputados?  
Como esquecer que o fato ocorreu logo após a visita do presidente do ... ?  
Como esquecer que essa visita reverteu um quórum que até então era favorável à adoção das ... com o tal dispositivo adicional que permite a ... dos votos?

A extrema imprensa considerou aquilo expressão visível da independência e harmonia dos ... . Eu não. Na minha perspectiva foi um ato de invasão do espaço aéreo e terrestre de outro ... .

O que ouço no meu círculo de relações, expressa, também, o sentimento de que uma ... sem possibilidade de contagem dos ... tem significado a realização do sonho de consumo de quem organiza esses eventos. Usadas desde o longínquo ano de 1996, ano em que a GM lançou o Corsa e ano de lançamento do celular Motorola Startac de tampa e anteninha, as ... brasileiras são a segurança de ... sem possibilidade de encrenca, atraso e retrabalho. A menos que um ... resolva se instalar no meio dos computadores do ... .

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 12 de outubro de 2021

A China está pronta para invadir Taiwan?

China estará pronta para invadir Taiwan em 2025, diz ministro da Defesa da ilha

Chiu Kuo-cheng classificou tensões militares como 'as mais sérias' em 40 anos; China enviou 150 aviões de guerra ao espaço aéreo de Taiwan

A China será capaz de montar uma invasão “em grande escala” de Taiwan até 2025, disse o ministro da defesa da ilha nesta quarta-feira (06). A declaração acontece dias após um número recorde de aviões de guerra chineses sobrevoarem a zona de defesa aérea de Taiwan. “No que diz respeito a encenar um ataque a Taiwan, eles atualmente têm a capacidade. Mas [a China] tem que pagar o preço”, disse Chiu Kuo-cheng, o ministro da Defesa, a jornalistas taiwaneses nesta quarta.

No entanto, ele disse que até 2025, este “preço” a ser pago será menor – e, com isso, a China será capaz de montar uma invasão “em grande escala”. Os comentários de Chiu foram feitos depois que a China enviou 150 aviões de guerra, incluindo caças e bombardeiros com capacidade nuclear, para a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ), de Taiwan, a partir de 1º de outubro.

Em uma reunião do parlamento, Chiu descreveu as tensões militares através do Estreito como “as mais sérias” em mais de 40 anos desde que ele entrou para o exército, informou a Agência Central de Notícias (CNA) de Taiwan. Na reunião, os militares de Taiwan apresentaram um relatório aos legisladores dizendo que as capacidades anti-intervenção e bloqueio da China em torno do Estreito de Taiwan se tornarão maduras em 2025, de acordo com a CNA. Os legisladores também revisaram um orçamento especial de defesa de US$ 8,6 bilhões para armas, incluindo mísseis e navios de guerra.

Falando a jornalistas após a reunião, Chiu observou que Taiwan não fez qualquer movimento para provocar um ataque em resposta às incursões aéreas chinesas. “Faremos os preparativos militarmente”, disse ele. “Acho que nosso exército é assim, se precisarmos lutar, estaremos na linha de frente.”

Taiwan e a China continental são governadas separadamente desde o fim de uma guerra civil, há mais de sete décadas, na qual os nacionalistas derrotados fugiram para Taipei, capital de Taiwan. No entanto, Pequim vê Taiwan como uma parte inseparável de seu território, embora o Partido Comunista Chinês nunca tenha governado a ilha de cerca de 24 milhões de habitantes. Pequim se recusou a descartar o uso de força militar para capturar Taiwan, se necessário, e culpa o que chama de “conluio” entre Taiwan e os Estados Unidos pelo aumento das tensões.

“Os EUA têm feito movimentos negativos com a venda de armas para Taiwan e fortalecimento dos laços oficiais e militares com Taiwan, incluindo o lançamento de um plano de venda de armas de US$ 750 milhões para Taiwan, o pouso de aeronaves militares dos EUA em Taiwan e a navegação frequente de navios de guerra dos EUA em todo o o Estreito de Taiwan”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, nesta segunda-feira (4).

O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou nesta quarta que o diplomata chinês Yang Jiechi e o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, se reunirão em Zurique para “trocar opiniões sobre as relações China-EUA e questões relevantes”.

O ministério não informou a data da reunião. A CCTV, TV estatal da China, disse que a delegação chinesa chegou a Zurique nesta terça-feira (5).

A redação da CNN, em Pequim, contribuiu para esta reportagem.

(Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)

Internacional  - CNN Brasil


domingo, 27 de outubro de 2019

KC-390: Os Céus do Mundo te Aguardam - DefesaNet

O comboio da comitiva aproxima-se do portal da Base Aerea de Anapolis, hoje Ala 2. Área imensa, à distância hangares, prédios, galpões. Pouco a pouco adentramos o enorme complexo. Não há muito movimento nem ruído, apenas tranqüilidade, nesta que é a guardiã do espaço aéreo da Capital e do Brasil. Mas não se enganem  pretensos invasores, sob o teto dos hangares e hangaretes, repousam as máquinas de guerra que repelirão qualquer afronta de invasor estrangeiro.
                                      KC-390: Os Céus do Mundo te Aguardam 

Somos conduzidos ao local das boas-vindas e  apresentação, um grande auditorio onde já nos espera o comandante Cel Av Mioni, saudando os visitantes. A palestra transcorre em tom agradável para os olhos e para o coração. Em seguida visitamos a Unidade de Artilharia Anti-Aérea, o F5-EM e o RC-99. Mas a atração maior nos aguarda. Imenso, sua silhueta portentosa mas elegante aparece repentinamente diante de nossas vistas. Admirando a aeronave mesmo sem autorização para adentrá-la, podemos entreolhar pelas portas e avaliar a qualidade, a perfeição, o conforto, o posicionamento dos bancos, a modernidade dos instrumentos de cabine, as turbinas, as rodas, pistões, tudo rutilante de novo, a ultima  tecnologia disponível. A suavidade dos materiais, da pintura, dos metais, deixa transparecer o carinho com que foi idealizado, projetado e construído. Diferente do Hércules rústico, o KC-390 alia a elegância do design ao elevado padrão aeronáutico de desempenho.

Conhecer o KC-390 da EMBRAER foi conhecer as potencialidades do Brasil. Certamente é uma das nossas ilhas de excelência, neste pais que o ex-presidente do BNDES e professor da PUC, o Economista Edmar Bacha definiu como Belindia.  A visão do belo pássaro verde-escuro nos faz refletir sobre as magníficas máquinas voadoras produzidas no Brasil, como o Tucano, que a EMBRAER exportou para os cadetes ingleses aprenderem a voar. Afinal, um brasileiro é que fez subir aos ares em Bagatelle o mais-pesado-que-o-ar.

Deixamos a Base certos de que o pais caminha para um futuro radiante.
Saberemos vencer as não poucas adversidades do caminho, óbices notáveis que serão transpostos.
 
... aterissamos em Londres ... Olhando pela janela, silhueta familiar se destaca ao longe, de esbelta e elegante aeronave, entre gigantescos Boeing e Airbus. Logo identificamos o pássaro brasileiro. Sim, é o o nosso EMBRAER-195, bi-jato para 116 passageiros ostentando as cores da British Airways e uma pequena bandeira verde-e-amarela na fuselagem.. Dá vontade de bradar -  somos brasileiros, e que aquele avião foi fabricado pela EMBRAER em São Jose dos Campos... bem, não iria adiantar muito... ninguém ali entende português ... “
 
Quem conhece o KC-390 não pode deixar de sair convencido de que o Brasil é certamente uma grande nação em busca do seu destino, o Bem Comum a ser alcançado um dia.  Os onibus da comitiva ultrapassam o portão. Após a proveitosa visita, felizes por termos tido o privilégio de conhecer esta magnifica Base por dentro, e assim poder sonhar sobre os horizontes desta terra que um dia Stefan Zweig profeticamente identificou como sendo O Pais do Futuro. [com o presidente Bolsonaro, apesar de todo o esforço traiçoeiro dos adeptos do 'quanto pior, melhor, o futuro começa a se tornar presente.]

Israel Blajberg  - DefesaNet

 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Tensão na fronteira

O gesto de Nicolás Maduro de impedir a entrada de ajuda humanitária na Venezuela é capaz de mudar a direção dos ventos que sopram na caserna


O povo venezuelano agoniza premido pela perversidade da ditadura de Nicolás Maduro. Os cidadãos afortunados o bastante para sobreviver à violência dificilmente escapam da fome. Os mais pobres, que compõem a maior parte da população, perderam entre 20% e 30% do peso corporal nos últimos dois anos. A maioria dos supermercados está desabastecida, mas ainda que houvesse produtos nas prateleiras não há renda que resista a uma inflação de 1.000.000% ao ano. Faltam medicamentos, água e outros insumos básicos para viver com dignidade na Venezuela.

Diante deste quadro, o mínimo esperado de Maduro seria a autorização para a entrada de ajuda humanitária internacional, permitida até em zonas conflagradas. Mas esperar uma nesga de moralidade de Maduro exigiria boas doses de otimismo e boa vontade. A entrada de ajuda foi negada. Na quinta-feira passada, o ditador ordenou o fechamento do espaço aéreo da Venezuela e das fronteiras terrestres do país com o Brasil e a Colômbia, além da fronteira marítima com a ilha de Curaçao, no mar do Caribe.

A decisão foi uma resposta à ação coordenada entre grupos de oposição ao regime liderados por Juan Guaidó, que há um mês se autoproclamou presidente constitucional da Venezuela, tendo sido reconhecido internacionalmente , os Estados Unidos e os países que fazem parte do Grupo de Lima, incluindo o Brasil, para envio de comida, água e outros itens ao país vizinho. O plano prevê que hoje sejam entregues carregamentos de ajuda a grupos de voluntários venezuelanos estacionados nas fronteiras do país com o Brasil e a Colômbia. Esses voluntários, arregimentados pela oposição liderada por Guaidó, são responsáveis por abastecer os caminhões e distribuir os insumos à população no território venezuelano.

A despeito do fechamento da fronteira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o plano para envio de ajuda à Venezuela está confirmado. Ontem, um avião da Força Aérea Brasileira chegou a Boa Vista (RR) com um carregamento de 19 lotes de arroz, 14 de açúcar, dezenas de sacos de leite em pó e caixas com diversos tipos de medicamentos para ser entregue na cidade de Pacaraima. Tropas e veículos blindados do Exército venezuelano estão na cidade de Santa Elena de Uairén, a 12 km da fronteira do país com o Brasil. Ao menos dois venezuelanos que tentaram cruzar a fronteira para o Brasil foram atingidos por tiros disparados por membros da Guarda Nacional Bolivariana no lado venezuelano. No mais grave incidente desde a escalada da tensão fronteiriça, as tropas leais a Nicolás Maduro atiraram contra um grupo de civis que tentavam manter aberta uma passagem em Gran Sabana, na fronteira com o Brasil. Um casal foi morto.

As autoridades brasileiras têm mantido a serenidade para lidar com a grave situação na fronteira com a Venezuela. O vice-presidente Hamilton Mourão disse que brasileiros não cruzarão a fronteira com a Venezuela e que um conflito armado com o país vizinho só ocorreria se o Brasil fosse atacado”. “Mas Maduro não é louco a esse ponto”, complementou Mourão, que na próxima segunda-feira participará da reunião de emergência do Grupo de Lima na Colômbia.  O momento pede temperança. Vale destacar ainda a disposição do governo brasileiro em manter o plano de envio de ajuda humanitária ao sofrido povo venezuelano.

Não se pode esquecer, no entanto, que o país vizinho detém o controle sobre o fornecimento de energia para Roraima. De uma hora para outra, Nicolás Maduro pode ordenar seu corte, afetando a vida de milhares de brasileiros. Resta saber como o Brasil reagiria a um ato hostil como esse.  Nicolás Maduro se sustenta no poder tão somente pelo apoio que ainda recebe da cúpula das Forças Armadas. Cada vez mais isolado e reconhecido como responsável direto pela miséria do povo, seu destino depende diretamente dos humores dos militares e de sua capacidade de compra de apoio. Impedir a entrada de ajuda humanitária é um gesto capaz de mudar a direção dos ventos que sopram na caserna.


Revista VEJA

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Perseguição, disparos, pouso forçado

Como são feitas interceptações de aviões suspeitos no céu do Brasil

A tensão aumenta rapidamente no céu brasileiro: um avião bimotor suspeito sobrevoa a região de fronteira entre o Brasil e a Bolívia. A Força Aérea Brasileira (FAB) intercepta o avião com três aeronaves e um radar. Os militares acreditam que o veículo transporta drogas. O piloto, advertido várias vezes, não obedece à ordem para que mude a rota.
Os militares, então, recorrem ao recurso extremo: o tiro de detenção. Logo que o disparo é feito, o piloto faz um pouso forçado em um lago na região do Pantanal, em Corumbá (MS). O avião submerge.
 O avião-radar E-99 é o modelo usado para as interceptações

As cenas da interceptação em Corumbá, na última quarta-feira (25), chamam a atenção por um fato raro: foi a segunda vez que a FAB usou o tiro de detenção desde que a medida foi autorizada pela legislação brasileira, em 2004. A única ocorrência anterior foi em 2015.
Apesar de o abate de aeronaves ser raro, interceptações sem tiros acontecem quase diariamente no Brasil. De acordo com a FAB, que monitora os céus do país 24 horas por dia, nos últimos dois anos foram 1.281 interceptações de aeronaves desconhecidas no espaço aéreo brasileiro. Apenas no ano passado, o procedimento foi feito 829 vezes. 

A fiscalização do espaço aéreo é feita por meio de radares que cobrem todo o território nacional, além de partes do Oceano Atlântico. A FAB também utiliza aviões-radar E-99, capazes de identificar, em uma distância de até 450 quilômetros, aeronaves em baixa altitude - característica comum de voo entre os aviões em situação irregular. São alvos não só aeronaves suspeitas de envolvimento com narcotráfico, mas qualquer avião com falhas de identificação.

Quando há um movimento suspeito detectado pelos militares, as informações são repassadas ao Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília, que aciona, caso necessário, aeronaves de caça, como os jatos supersônicos F-5M e os aviões A-29.

As etapas da interceptação
Os procedimentos para a interceptação têm início após a FAB identificar, por meio dos radares, a aeronave em possível situação irregular. Para que suspeite da legalidade do avião, a Força Aérea avalia informações como a documentação do veículo e o plano de voo, considerado essencial para que um avião possa trafegar pelo espaço aéreo. Diante da suspeita de irregularidade, o Comando de Operações Aeroespaciais aciona aeronaves de interceptações. Para cada avião da FAB, há um grupo de militares - denominado esquadrão de defesa aérea - que possui uma equipe composta por piloto, mecânico da aeronave de alerta, mecânico para a operação do armamento e auxiliar. O grupo permanece de prontidão para ser chamado quando o radar identificar um tráfego aéreo desconhecido ou ilícito.

Em caso de localização de um avião suspeito, uma sirene é acionada em solo e o piloto corre em direção à aeronave, que já está preparada para o procedimento. Em poucos minutos, o militar decola. Ele somente é informado sobre os detalhes da missão após deixar o solo. O condutor da aeronave passa a seguir orientações do Centro Integrado de Defesa Aérea.

MATÉRIA NA ÍNTEGRA, BBC - BRASIL
 

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Espaço aéreo na Rocinha está controlado com restrições por medida de segurança

O Estado Maior Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública no Rio informou  hoje (25) que o espaço aéreo na região da favela da Rocinha, na zona sul da cidade, “está controlado com restrições dinâmicas enquanto houver tropas na região, por razões de segurança”.

De acordo com o Estado Maior Conjunto as Forças Armadas estão atuando em conjunto na Operação da Rocinha e, no total, foram empregados 950 militares e 14 blindados da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. A Marinha do Brasil atua integrada às demais Forças no cerco à comunidade, incluindo áreas urbanas e de mata fechada.

FAB
A Força Aérea Brasileira (FAB) está atuando no cumprimento da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), desde a última sexta-feira (22) junto com as tropas do Exército e da Marinha, na favela da Rocinha, zona sul do Rio. A tropa foi acionada por volta das 11h30 da última sexta-feira (22) e às 11h 45 já estava fazendo o monitoramento das principais vias de acesso à comunidade.

Ao mesmo tempo em que a tropa atuava na Rocinha, uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) sobrevoou a região por 10h, enviando informações para o Comando Conjunto das Forças Armadas, que acompanha toda a operação.   Além do equipamento, um helicóptero também foi acionado para levar 32 soldados do Exército até o topo do morro, na região de mata fechada, em uma região de difícil acesso. Durante a madrugada de sábado (23) após troca de tiros, os militares apreenderam armas, carregadores e munições na mata. Quatro suspeitos foram presos durante a ação. No domingo (24), as tropas da Força Aérea Brasileira (FAB) continuaram monitorando as principais vias de acesso à comunidade. Ao todo, 130 homens de combate da FAB estão atuando na Rocinha e contam com aeronaves de prontidão.

Segurança no ar
Quando as tropas da Aeronáutica são acionadas e suas aeronaves entram em ação, como no caso da Rocinha, o efetivo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) também é acionado para garantir a segurança no céu. O espaço aéreo, numa área de 13 km, na região da Rocinha fica limitado, devido às ações de helicópteros da FAB, para um voo seguro na região, mas sem prejudicar o tráfego de aviões comerciais.

De acordo com a FAB, “esta operação fica mais fácil pela característica única do Brasil de possuir um controle de tráfego aéreo integrado, proporcionando um controle total e efetivo de todo o espaço aéreo, a qualquer momento e em qualquer lugar do país”.

Fonte: Agência Brasil
 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Aviões que invadirem espaço aéreo de arenas olímpicas podem ser abatidos



Aeronáutica está autorizada a dar tiro de destruição, diz ministro da Defesa
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira que qualquer aeronave não autorizada que invadir o espaço aéreo delimitado das arenas olímpicas poderá ser abatida. Ele apresentou o plano de segurança para a Olimpíada, no Comando Militar do Leste, no Rio, junto com o ministro da Justiça, Alexandre Moraes; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Almirante Ademir Sobrinho; e o Comandante Militar do Leste, General Fernando Azevedo.  — Se qualquer aeronave não reconhecida entrar no espaço aéreo restrito, a aeronáutica está autorizada a dar tiro de destruição. Nós não estamos aqui para brincadeira — disse o ministro da Defesa.

Jungmann também afirmou que pela primeira vez na história da Olimpíada, está em atuação um Comando internacional de inteligência, com 97 países conveniados para atuar na prevenção de ataques terroristas e monitoramento de ameaças. Durante a apresentação do plano de segurança, o ministro ressaltou, no entanto, que nenhum destes países registrou nenhuma ameaça potencial. — Temos todo o cadastro de terroristas mais moderno do mundo, que é o dos Estados Unidos. O secretário de segurança interno dos Estados Unidos entrou em contato conosco e finalizamos convênio com a Polícia Federal para passagem de informações, online, de todas as pessoas que embarcarem em aeroportos americanos para o Brasil. Estamos trabalhando com o que há de mais moderno no combate ao terrorismo. Todas as informações, toda a experiência de países como Estados Unidos, Israel, França e etc.

O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, reafirmou que não há nenhum indício de probabilidade de ataque terrorista no país. Segundo ele, também não há nenhuma indicação de que o terrorista sírio Jihad Ahmad Deyab, ex-presidiário de Guantánamo, em Cuba, tenha entrado no país. Ontem, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou que o governo brasileiro procura por Deyab. — As autoridades uruguaias nos informaram que ele saiu do Uruguai. Elas perderam o rastreamento dele e pediram para analisarmos se ele estaria em território nacional, pois ele já tentou por duas vezes entrar no Brasil e foi interceptado. Mas não há nenhum indício de que ele esteja em território nacional — disse Moraes.

O general Fernando Azevedo reafirmou que as Forças Armadas vão atuar com policiamento ostensivo nas orlas da Zona Sul e Oeste. Além dessas áreas, o trabalho também será feito em vias especiais, como Linha Amarela, parte da Linha Vermelha e Avenida Brasil, além de Ferrovias e da Transolímpica. O policiamento não estava previsto entre as atribuições das Forças Armadas para os Jogos, mas, segundo o general, o governador do Rio em exercício, Francisco Dornelles, pediu no último dia 15, por esse reforço na segurança da cidade. O planejamento de segurança prevê o uso, durante a Olimpíada, de 12 navios, 1169 viaturas, 70 blindados, 28 helicópteros, 48 embarcações e 174 motos das Forças Armadas.  — Vamos fazer o policiamento ostensivo das vias. Vamos atuar integrados à segurança pública, não substituindo, mas aliviando a Polícia Militar para as ocorrências do dia a dia. Vamos estar nas vias, nas ruas, em patrulhamento, como militar fica, com suas viaturas, armados o tempo todo. — disse o general.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que 6 mil homens das Forças Armadas já estão à disposição dos Jogos. Eles são do efetivo das forças armadas que já está baseado no Rio. — Já se tem no Rio um efetivo de 6 mil homens, testados, treinados e prontos para entrar em ação. No fim de semana teremos as primeiras manobras envolvendo as Forças Armadas. No dia 15, este efetivo chegará a 18 mil homens. No dia 17, chegaremos a quase 22 mil homens. Estes se somarão ao efetivo da Força de Segurança Nacional e à Policia Militar do Rio — disse o ministro.

Fonte: O Globo