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terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Eis uma pergunta que insiste por uma resposta, não quer calar

Nossas desculpas se a pergunta adiante decorrer de alguma limitação em nossa compreensão:
- em 2020, no inicio da pandemia covid-19, o Governo Federal, no intuito de evitar boatos, mentiras, fake news, decidiu centralizar no MS a divulgação dos dados sobre contágios, contaminações,  mortes.
A mídia militante, imediatamente, formou um consórcio cujo objetivo era impedir eventual, e não provada, manipulação dos dados e criou um consórcio de jornais e TVs para fornecer aqueles dados, de forma precisa e verdadeira.
 
Tudo bem,maravilha.  Ousamos supor que os consorciados obtinham diretamente das secretárias estaduais de Saúde e cartórios os dados sobre número de casos - contágio e mortes - e o total após compilado era apresentado.  
Tudo em um processo entre os veículos integrantes do consórcio e cada estado.
 
Só que hackers invadiram o sistema do Ministério da Saúde e, estranhamente, começaram a ser omitidos dados de alguns estados, sob alegação da invasão ocorrida no MS.
Surge a pergunta: se a invasão ocorreu no MS - receptor das informações dos estados - qual a razão de alguns estados não apresentarem dados = em decorrência da invasão ao sistema do MS = versão apresentada pelos órgãos do famoso consórcio?

Ao que se sabe não havia nenhum envolvimento entre o consórcio e o Ministério da Saúde. No popular: o consórcio 'bebia' direto da fonte de dados = secretarias e cartórios de cada estado.

Fechando com um comentário: como de praxe, veículos da mídia militante, se empenharam em maximizar uma suposta e não provada ineficiência do   MS - tanto em impedir o ataque ao seu sistema quanto em sanar danos. 
Esqueceram de duas coisas:
- recentemente, para ficar só em um exemplo, hackers  invadiram o controle de um oleoduto nos Estados Unidos e interromperam o fornecimento de combustível para um estado - prova que os hackers podem mais do que muitos pensam; e,
- o único sistema  informatizado a prova dos hacker é o do TSE. Que, nos parece, se ocorrerem não são confirmadas e insistir no tema pode configurar 'atentado' à democracia, 'desrespeito' à Constituição Federal  e outros crimes.]
 
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Tudo dando certo - William Waack

O Estado de S. Paulo

Cenário internacional ajuda o Brasil e tira senso de urgência para questão fiscal

A julgar pelo noticiário da imprensa especializada internacional (Financial Times, por exemplo), começou um novo ciclo de forte valorização de commodities. A subida de preços abrange 27 tipos que vão do café ao níquel, e incluem produtos agrícolas nos quais o Brasil é campeão mundial. Os investidores ainda indagam se é mais do que uma recuperação em “V” das profundezas da crise da pandemia, mas consolida-se a percepção de que estamos indo para um superciclo, comparável ao do início de 2000.

O Brasil é muito mais dependente das grandes conjunturas externas do que nos é confortável admitir. Por exemplo, é impossível entender o que foi o período do PT sem levar em conta o superciclo das commodities de 20 anos atrás. Ele criou uma bonança que alterou os cálculos políticos. E explicava o surgimento da tal “nova classe média”: não era o “projeto petista”, mas, sim, o crescimento da China, a expansão do comércio exterior (globalização) e a demanda por nossas exportações – sendo que o mesmo volume do nosso minério de ferro passara a comprar muito mais TVs de tela plana.

Junte-se a descoberta do pré-sal, na metade daquela década, quando o barril do petróleo foi para as alturas, e temos a mistura de fatores, sobre os quais não tínhamos qualquer controle, criando uma atmosfera política do “tudo é possível”. Lula nunca entendeu o que aconteceu no grande quadro internacional e talvez pense até hoje ter sido o criador do superciclo o fato é que a bonança acabou desperdiçada por falta de visão política (abandonaram-se as reformas), irresponsabilidade, corrupção (que não foi inventada pelo PT) e intervencionismo estatal desastroso.

A lição que essa (admita-se) ultrasimplificação da nossa recente história oferece é a de que o surgimento de uma “zona de conforto”, criada por fatores sobre os quais pouco influímos, tem um impacto direto na conduta dos agentes políticos e do setor privado. Em outras palavras, nada fica parecendo tão urgente que não possa ser deixado para amanhã. Aplicado às circunstâncias atuais, o vigoroso movimento de alta das commodities – sim, com jeito de superciclo – talvez ajude a entender a calma com que os mercados reagem especialmente ao que o governo brasileiro deixa de fazer.

A situação fiscal está no limite e a probabilidade de que reformas estruturantes sejam aprovadas este ano é muito reduzida. Porém, a combinação de dois fatores amplos proporciona essa agradável situação, tão ao gosto do Centrão, de que as coisas podem ir sendo empurradas com a barriga, especialmente cortes em despesas. Um fator é a extraordinária injeção de liquidez mundial com juros baixos e a recuperação da China e dos Estados Unidos sob um inédito pacote de incentivos. O outro é a noção de que a vacinação em massa (mesmo com os percalços brasileiros) induz a uma retomada da economia mais acelerada do que se calculava ainda há dois meses.

Com isso, diminui também não só a “pressa” de resolver nossos intratáveis problemas estruturais. Ressurge com ênfase entre agentes políticos a discussão se o reaquecimento da economia e a consequente recuperação da arrecadação não seriam, por si, suficientes para criar o tal “robusto marco fiscal” que permita prosseguir no pagamento do auxílio emergencial – algo vital para a pretensão de reeleição de Bolsonaro. Basta declarar a tal “excepcionalidade temporária” com que as forças políticas no Congresso que capturaram o Planalto pretendem promover a quadratura do círculo (gastar mais e cortar menos).

É possível que esse sopro favorável internacional ajude a consolidar na cabeça de Jair Bolsonaro, sempre inclinado a acreditar no absurdo e no fácil, a percepção de que tudo está dando certo.

William Waack, colunista - O Estado de S. Paulo