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sexta-feira, 10 de março de 2023

Governo que não governa, só faz propostas estúpidas, é esquecido até pela mídia militante

A FALTA DE REALIZAÇÕES DO ATUAL governo OBRIGA À IMPRENSA, seja a nova ou velha,  A NOTICIAR FATOS, OU NARRATIVAS,  DO GOVERNO DO EX-presidente Bolsonaro. 
 
Pretendíamos inserir esse comentário em cada postagem que transcrevêssemos da mídia militante falando mal do presidente Bolsonaro e, na avaliação da ideia descobrimos que o governo atual, ops.... (DES)governo quase não é citado.
 
MOTIVO: por mais que a mídia submissa ao atual  presidente tente criar narrativas sobre feitos  do que o 'pai dos pobres', e seus lacaios, chamam de governo, nada é encontrado de bom,que favoreça aos brasileiros.

Só encontramos o  que não presta e só vai, em questão de um ou dois meses, prejudicar  milhões de brasileiros, especialmente os mais pobres.
 
Para reanimar a mídia esquerdista apresentamos adiante alguns exemplos.  
São FATOS RUINS, mas é melhor noticiá-los do que noticiar FATOS PASSADOS, do GOVERNO PASSADO, do EX-presidente Bolsonaro. 
 

 
 


Alguns exemplos do que o atual presidente da República produziu e das promessas que não cumpriu - em 68 dias de atuação: 
- a PICANHA prometida não apareceu;
- os combustíveis aumentaram em torno de 20% em relação a DEZEMBRO 2022;
- a Bolsa de Valores caiu;
- o número de  empregos criados em JANEIRO/2023, pouco mais de 80.000, foi a metade dos criados em JANEIRO/2022, ocasião em que a pandemia ainda marcava presença; 
- Salário mínimo foi aumentado em R$ 18;
- três ministros que já deveriam ser demitidos por atos ilegais, e/ou folha corrida suja;
- a tentativa de ser estadista do maligno não colou;
- inventa impostos para gastar mais; 
- inflação volta a subir, 0,84% em FEVEREIRO/2023, interrompendo uma queda iniciada em julho/2022.
- ...


Os exemplos negativos do péssimo desempenho são inúmeros e até deprimentes,  só nos resta rogar a DEUS para que o demiurgo de Garanhuns sofra impeachment nos próximos 3 ou 4 meses - impeachment é decretado pelo Congresso, seguindo ritos estabelecidos pela Constituição Federal, portanto, NÃO É GOLPE.
 
Clique aqui, para acessar MATÉRIA COMPLETA, Revista  Oeste
 
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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Ala do Supremo defende afastamento de Nardes do TCU após áudio com teor golpista

Uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF) considera que o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes deveria pedir afastamento de seu cargo após gravar um áudio com declarações de teor golpista
 
A avaliação é que, mesmo com a tentativa de neutralizar o estrago com a divulgação de uma nota para amenizar suas falas, o teor é inegavelmente grave.[uma coisa aprendemos sobre o comportamento de alguns jornalistas, mídia militante, quando são pautados para produzir (nome bonito para mentir). Inserem no texto, ou narrativa, termos do tipo 'ministros que não querem se identificar', 'uma ala', 'fontes de confiança' e por aí vai. 
Os ministros do Supremo, com uma ou outra exceção, primam pela sensatez e é fácil concluir que o ministro Nardes jamais seria convidado para participar de um golpe, ou mesmo informado. É do interesse do 'establishment', conferir aos comentários do ministro o mesmo valor que o ministro Moraes deu aos comentários dos empresários = golpistas do WhatsApp.
Apreciamos o trabalho da blogueira antibolsonarista, mas ela não foi feliz, não convenceu.] 

(...)

Um ministro do Supremo relatou a pessoas próximas que chegou a ter uma conversa dura com Nardes, na qual disse que ele deveria se licenciar e não podia levar para dentro do TCU um discurso golpista. A saída vista por essa ala da corte como “ideal” é que o ministro peça afastamento do tribunal de contas por iniciativa própria.[os dois trechos destacados em vermelho são mais citações para dar alguma credibilidade à narrativa.
O mesmo objetivo está no 'entre os membros']

A leitura sobre a gravidade das declarações de Nardes é compartilhada entre os membros do próprio TCU. Ele já havia pressionado colegas da corte de contas a não se manifestarem com declarações sobre a lisura das urnas e de apoio ao Tribunal Superior Eleitoral.

Bela Megale, colunista - Blog em O Globo

 

terça-feira, 9 de agosto de 2022

AVULSAS

MAIS UMA DO PT-SE

O ACÚMULO DE FUNÇÕES JUSTIFICA O AUMENTO

ELES ACHAM HORRÍVEL DAR BOAS NOTÍCIAS

 [COMENTÁRIO: é fácil perceber o esforço - felizmente inútil - da mídia militante em sufocar, diminuir o impacto de noticias positivas do governo Bolsonaro. 
Hoje, por volta das 13h30m, conhecido telejornal de uma rede de TV que ruma a falência, gastou 59 segundos para noticiar a deflação de julho registrada no Brasil - na sequência gastou quase 15 minutos, expondo cenários negativos que poderiam aparecer como consequência da deflação. 
Esqueceram de noticiar com o destaque devido a previsão inflação nos EUA que caminha para 10% anuais, do aumento de juros na UE e outras coisas de gênero.
Várias pessoas comentam na redação do Blog o silêncio da mídia militante em noticiar fatos bons para o Brasil e os brasileiros.] 
 

 Economia - Pibinho do Mantega e rombo da Dilma

BEIJINHO, BEIJINHO, PAU, PAU

 Bolsonaro manda um beijo para o ministro Barroso durante entrevista no flow podcast


quinta-feira, 7 de julho de 2022

O novo tiro de Cármen Lúcia contra Bolsonaro - VEJA

Ministra manda investigação sobre suposta interferência para PGR. Rapidamente...

A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigação que apura uma suposta interferência de Jair Bolsonaro na operação da PF que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o pastor do presidente acusado de tráfico de influência.

A celeridade com que a ministra deu andamento ao processo mostra que Cármen não vai deixar passar batida a suspeita de que Bolsonaro pode ter tentado favorecer Milton Ribeiro com informações privilegiadas da PF. [a ministra tem o direito, o dever, de ser célere na condução dos processos que estão ao seu cargo, só que ela não tem o poder de criar fatos.
Aliás, o maior desespero dos inimigos do presidente, que também são inimigos do Brasil, é que nada cola em Bolsonaro pela mais simples das razões = ELE É INOCENTE,  não cometeu nenhum crime, nenhum ilícito. 
Lembram da CPI Covidão? os tagarelas dos seus integrantes, tentaram acusar o presidente de quase uma centena de crimes e nada conseguiram. 
Até acusado de PREVARICAÇÃO, em uma compra que não ocorreu, ele foi e nada conseguiram.
 O processo que a ministra cuida com rapidez será mais um tiro não contra Bolsonaro e sim n'água.]

Essa é a segunda vez que Bolsonaro é suspeito de interferir em uma investigação da PF e, em um ano eleitoral, as consequências podem ser diferentes – com ainda mais desgaste político. O presidente já deu muitas provas de que é um intervencionista em instituições do Estado, mas parece estar mais preocupado com os impactos da atual investigação do que quando Sérgio Moro o acusou de interferir na Polícia Federal.

A prova disso foi a rápida reação do governo a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes depois de um pedido de Randolfe Rodrigues para investigar o presidente no caso do MEC. [os pedidos do senador Rodrigues possuem um grave defeito: fazem apenas barulhos, tem muita pólvora e nenhum prova. Vão sempre para o arquivo.]

Quando Sérgio Moro acusou Bolsonaro de interferência na PF, o presidente era praticamente um “réu confesso”. Admitia publicamente que estava mudando chefes estratégicos na instituição. Naquela época, o processo não deu em nada. Por questões burocráticas, a investigação ainda não pôde ser arquivada, mas deve seguir esse caminho por falta de provas contra o presidente.

Agora, o próprio delegado que investiga o caso de corrupção no MEC denunciou que Milton Ribeiro estava “ciente” de que seria alvo de buscas. Também afirmou que sua investigação foi atrapalhada. Vai ser mais difícil para Bolsonaro escapar dessa vez? Abertamente a favor de mudar chefias estratégicas quando os ocupantes não agradam o governo, o presidente terá que explicar não só sobre o grampo em que Milton Ribeiro diz ter recebido uma ligação dele com informações sobre uma eventual operação. [o problema é que não há provas contra o presidente - é praticamente impossível provar o que não ocorreu - pelo simples fato de que a palavra do pastor precisa ser suportada por provas. Assim, o rapidamente ...]

O resultado dessa investigação pode atrapalhar o cenário eleitoral para Bolsonaro, que já está, até o momento, desfavorável a ele.Os brasileiros merecem saber tudo o que for relevante para tomar uma decisão no dia 2 de outubro. Isso vale para todos os candidatos e Cármen Lúcia certamente buscará colaborar com isso.[mais uma vez o ilustra articulista produz uma matéria que quando lida por alguém desatento, até demonstra ter suporte.
Mas, o tempo passa e logo se comprova que é apenas uma narrativa ... mais uma, da mídia militante.]

Matheus Leitão, jornalista - Blog em VEJA


sexta-feira, 24 de junho de 2022

Ativisme supreme - Revista Oeste

Edifício-sede do Supremo Tribunal Federal com iluminação nas cores da bandeira LGBT, no dia 20 de junho de 2022 | Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Edifício-sede do Supremo Tribunal Federal com iluminação nas cores da bandeira LGBT, no dia 20 de junho de 2022 | Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Nosso Supremo Tribunal Federal cada dia dá mais provas de, na atual composição, ter se transformado num partido político, num órgão inquisidor, num Estado policialesco, num grêmio estudantil, qualquer coisa, menos um tribunal de última instância responsável pela proteção da Constituição. São tantos exemplos que até mesmo os veículos de comunicação da velha imprensa, que têm passado pano para o abuso de poder supremo, começam a demonstrar preocupação.

Primeiro foi o jornal carioca O Globo, que publicou um editorial alertando para os riscos do arbítrio de alguns ministros. O editorial começa atacando Bolsonaro, seu passatempo preferido, mas depois acrescenta que “outro risco” para a democracia está na politização do STF, um risco que “tem passado despercebido”, segundo o jornal. Na verdade, esse risco não tem passado despercebido, e basta lembrar do 7 de Setembro, quando milhões foram às ruas pedir justamente respeito à Constituição. Os “bolsonaristas” apontam para esse perigo faz tempo, mas acabam sendo demonizados pelo próprio jornal como “golpistas”.

A mídia militante ajudou a alimentar esse monstro, e agora parece se mostrar preocupada, pois deve ter se dado conta de que pau que bate em Francisco também dá em Chico: ninguém está a salvo do arbítrio supremo! Por isso o editorial passa a elencar alguns casos de abuso de poder e atuação politizada do STF, como se não fossem justamente os pontos criticados desde sempre e com veemência pela direita no país.

O Globo menciona o ativismo legislativo também como um problema, apesar de não enxergar nada errado em si nas decisões. Ora bolas! Os meios importam, e, se a decisão foi tomada de forma indevida pelo Supremo, e não pelo Poder Legislativo, isso está errado em si e é temerário. No caso, o jornal “progressista” aplaude o resultado dessas decisões, e por isso alivia na crítica à forma como elas foram tomadas.

O editorial conclui com muito otimismo e ingenuidade, numa clara incoerência em relação ao que critica antes. Os casos de “acertos” são bem menos relevantes do que os absurdos que o próprio jornal elenca. Contar com a “sabedoria” desses ministros para “manter” uma atitude exigida de juízes com tanto poder é uma piada de mau gosto. 
O jornal faria mais se lembrasse do papel institucional do Senado para conter tantos abusos. 
Deveria ter pressionado o presidente Rodrigo Pacheco para agir, uma vez que há vários pedidos robustos de impeachment de ministros engavetados.

Além de O Globo, a Folha de S.Paulo também criticou algumas medidas abusivas do STF, mas cheia de “dedos”. Foi o caso da prisão de dois “bolsonaristas” por perturbação de sossego alheio após um ato em frente da casa do ministro Alexandre de Moraes. A dupla foi condenada a 19 dias de prisão. “Atropelo”: é assim que a Folha chama o fato de alguém ter sido condenado à prisão por perturbação de sossego, depois de ficar 49 dias em prisão preventiva por conta do “crime”. Isso num país que não deixa preso nem mesmo traficante pego em flagrante!

Nossa velha imprensa ainda parece tímida demais para realmente condenar as práticas bizarras desse STF politizado

O irônico é que a Folha já publicou sessões sobre o que o jornal pensa sobre certos assuntos, e eis o que consta sobre ativismo jurídico: “Nos últimos anos, em especial nos momentos de desgaste das instâncias políticas, o Judiciário tem assumido um protagonismo perigoso, tomando decisões que caberiam ao Legislativo ou ao Executivo. O voluntarismo de magistrados se manifesta desde a primeira instância e chega às sentenças monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal. Mesmo quando os julgamentos parecem acertados, tais práticas não devem ser encorajadas, em nome da preservação dos freios e contrapesos da democracia”.

Mas, pasmem!, nossa velha imprensa ainda parece tímida demais para realmente condenar as práticas bizarras desse STF politizado. 
Teria isso alguma relação com o fato de ser Bolsonaro o principal alvo desse ativismo? Pergunta retórica, claro.
 Já vimos até ministro se considerar o bem e a democracia encarnados para derrotar o populismo, o Mal, no caso o atual presidente
Eles nem sequer tentam esconder o ódio que sentem por Bolsonaro. Segundo Paulinho da Força, o ministro Gilmar Mendes estaria até mesmo colaborando com conselhos para a campanha de Lula. 
E, segundo o PCO, um partido radical de esquerda, o ministro Alexandre de Moraes teria o claro intuito de impedir a reeleição de Bolsonaro.
 
Qualquer brasileiro minimamente preocupado com nossas instituições republicanas deveria colocar o abuso de poder do STF como sua prioridade hoje. É a maior ameaça à democracia, de longe
Mas a demonização do bolsonarismo, como se fosse de fato uma grande ameaça fascista, serve para blindar esses ativistas disfarçados de ministros. Eis o intuito do estigma criado pela mídia, como explica Flávio Gordon: “Fulano é bolsonarista, logo, contra ele tudo é permitido — eis o silogismo consagrado nas redações, nos estúdios, nos palcos e nos tribunais do Brasil de nossos dias”. O monstro vem sendo alimentado por aqueles que se dizem “democratas” ou até “liberais”, mas que, por ódio patológico ao presidente ou por interesses obscuros e ambição desmedida, agem como cúmplices desse ativismo indecente do STF, que soltou Lula e o tornou elegível num malabarismo tosco, enquanto faz de tudo para perseguir Bolsonaro.
 
O atual STF virou uma extensão do PT, participa delivescom influencers bobocas antibolsonaristas, seus ministros fazem palestras o tempo todo, não largam os holofotes da mídia, participam até de bate-papo sobre legalização das drogas. 
Mas fiquemos tranquilos! No mês do “orgulho LGBT”, nosso Supremo demonstrou incrível “consciência social” e apreço pela “inclusão”. 
O prédio ficou todo iluminado com as cores do arco-íris, para provar como nosso STF está atento às causas “progressistas”, como é moderno”
Ele rasga a Constituição da qual deveria ser o guardião diariamente, é verdade, mas é um STF muito “fofo”. É um “ativisme supreme” que visa a agradar a “todes”. Ufa!

Leia também “A abjeta politização das mortes no Amazonas”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Até jornal antibolsonarista está preocupado com ativismo supremo - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O jornal carioca O GLOBO tem sido um dos veículos de comunicação mais críticos ao presidente Bolsonaro
Em seus editoriais, o governo só merece ataques. 
Além disso, as pautas "progressistas" encontram forte apoio no jornal. 
Não obstante, até O GLOBO já se deu conta dos riscos do ativismo judicial no Brasil.

Em seu editorial de hoje, o jornal ataca Bolsonaro uma vez mais, como se fosse um perigo para a democracia, mas em seguida passa a demonstrar receio com o crescente arbítrio supremo. Seguem alguns trechos, com meus comentários em seguida:

Outro risco para nossa democracia, porém, tem passado despercebido. É mais insidioso e permanecerá entre nós mesmo que ele perca a eleição e transfira o poder ao sucessor. Trata-se da politização do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte, que deveria manter-se equidistante e alheia às paixões, parece a cada dia mais contaminada pelo noticiário, como se devesse prestar contas à opinião pública, não à lei ou à Constituição.

Na verdade esse risco não tem passado despercebido, e basta lembrar do 7 de setembro, quando milhões foram às ruas pedir justamente respeito à Constituição. Os "bolsonaristas" apontam para esse perigo faz tempo, mas acabam sendo demonizados pelo próprio jornal como "golpistas".

O ministro Luís Roberto Barroso deu até prazo para o governo tomar providências nas buscas do indigenista e do jornalista desaparecidos na Amazônia, como se isso tivesse algum poder de acelerá-las — ou algum cabimento. O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se esforça para desvencilhar-se da desavença insólita que ele próprio alimentou com os militares em torno das urnas eletrônicas. E o ministro Gilmar Mendes teve nesta semana de reafirmar o óbvio, dizendo que o Supremo não é “partido de oposição ao governo”. Não é mesmo, nem jamais deveria ser.

Antes tarde do que nunca! Esses exemplos, entre muitos outros, são justamente aqueles apontados pelo próprio presidente Bolsonaro, tratado como um golpista pelo jornal carioca
O fato é que boa parte da velha imprensa vem passando pano para esse abuso de poder justamente porque o alvo é Bolsonaro. 
A mídia militante ajudou a alimentar esse monstro, e agora parece se mostrar preocupada, pois deve ter se dado conta de que pau que bate em Francisco também dá em Chico: ninguém está a salvo do arbítrio supremo!

Não é de hoje que o STF invade competências de outros Poderes. “Tenho a impressão de que, qualitativamente, o STF brasileiro, ao lado dos tribunais constitucionais colombiano e sul-africano, está entre os mais ativistas do mundo”, diz o jurista Gustavo Binenbojm. Mesmo que, na maioria dos casos, o Supremo mantenha seu papel de tribunal constitucional e última instância do Judiciário, nos poucos em que se arroga missão que o extrapola, dá argumento aos bolsonaristas e aos que promovem campanhas infames e despiciendas contra a Corte.

Não são poucos casos, e o problema não é alimentar campanhas "infames" de bolsonaristas, mas a própria postura infame de alguns ministros. Reparem que mesmo para tecer críticas o jornal alivia a barra dos ministros e volta a atacar Bolsonaro, em vez de focar no cerne da questão: é o próprio STF que tem se desviado demais de suas funções constitucionais, ao jogar fora das quatro linhas.

Nas palavras de um constitucionalista: “Conflito entre Poderes sempre vai existir, mas é difícil achar racionalidade em certas decisões”. Para citar exemplos, nem é preciso recorrer a casos rumorosos, em que o tribunal assumiu papel nitidamente político, como os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, a prisão do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) ou os esforços por disciplinar as redes sociais. As decisões contaminadas pelo ativismo podem ser as mais corretas e proteger direitos essenciais, mas isso não impede que abram precedentes perigosos.

Os meios importam! Não são decisões corretas, e mesmo que fossem, o caminho é absolutamente condenável. Claro que abrem precedentes perigosos, e isso é exatamente o que muitos de nós temos denunciado faz tempo. Onde estava o jornal na hora de condenar com veemência a prisão absurda do deputado Daniel Silveira? O fato de ele ser apoiador de Bolsonaro fez com que o jornal preferisse cochilar nesse momento...

Quando o Supremo tornou a homofobia e a transfobia crimes, formulou, sem aval do Legislativo, um tipo penal por analogia — um absurdo, pois o Direito Penal é literal. Quando equiparou os crimes de racismo e injúria racial, alterou definições de leis aprovadas no Congresso. Quando determinou condições para operações policiais nas favelas cariocas, invadiu competência do Executivo fluminense e determinou uma política pública. Nada disso estava errado em si. Mas criou-se um caminho para arbítrios futuros.

Tudo isso é errado em si, para quem não é um "progressista" de esquerda. Mas certamente a forma foi ainda pior do que o conteúdo, pois mesmo quem concorda com essas medidas precisa denunciar o ativismo judicial, uma vez que cabe ao Congresso formular leis, não ao STF.

Noutras situações, o STF soube agir com comedimento. Ficou anos sem tomar decisão sobre o Fundo Garantidor de Créditos para não invadir competência do Legislativo. No caso da reeleição para as presidências da Câmara e do Senado, apenas mandou cumprir o que estava na Constituição. Casos assim mostram que os ministros têm plena noção da atitude exigida de juízes que concentram tanto poder. Precisam ter a sabedoria de mantê-la.

O editorial conclui com muito otimismo e ingenuidade, numa clara incoerência em relação ao que critica antes. Os casos de "acertos" são bem menos relevantes do que os absurdos que o próprio jornal elenca. Contar com a "sabedoria" desses ministros para "manter" uma atitude exigida de juízes com tanto poder é uma piada de mau gosto. O jornal faria mais se lembrasse do papel institucional do Senado para conter tantos abusos. Deveria ter pressionado o presidente Rodrigo Pacheco para agir, uma vez que há vários pedidos robustos de impeachment engavetados.

O advogado liberal Leo Corrêa escreveu um texto em 2018 sobre o ativismo judicial, que vem bem a calhar, até porque está repleto de citações de grandes juristas americanos. Como esta, do Chief Justice John Roberts, que salientou:

Os membros desta Corte possuem a autoridade de interpretar a lei; não detemos a expertise nem a prerrogativa de proferir julgamentos sobre políticas. Essas decisões são atribuídas aos líderes eleitos de nossa nação, que podem ser expulsos de seus cargos se o povo discordar deles. Não é nossa função proteger o povo de suas escolhas políticas.

Clique para ler  na íntegra matéria do recuo do O Globo

Se esse ativismo supremo está incomodando até mesmo o jornal O GLOBO, que é simpático às causas "progressistas" desses ministros que tentam "empurrar a história", e que odeia o presidente Bolsonaro, principal alvo da militância togada, então é porque os ministros do STF foram longe demais mesmo e passaram e todos os limites aceitáveis!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

[Rodrigo, excelente matéria! Torcemos para que este tenha sido o primeiro furo na barreira da mídia militante que apoia os inimigos do presidente Bolsonaro = inimigos do Brasil]


sexta-feira, 11 de março de 2022

Inflação é a maior para fevereiro desde 2015 e vai a 10,5% em 12 meses [a dos EUA, em um mês, fevereiro, foi de 7,9%] O Globo

  Inflação é a maior para fevereiro desde 2015 e vai a 10,5% em 12 meses [a dos EUA, em um mês, fevereiro, foi de 7,9%

 

Reajuste nos preços da gasolina, diesel e GLP, que passa a valer hoje nas refinarias e distribuidoras, já deve se refletir no IPCA nos meses de março e abril

Inflação sobe 1,01% em fevereiro, maior alta para o mês desde 2015

[Estranhamente a velha imprensa, a mídia militante, a mídia inimiga do presidente = inimigos do Brasil e dos brasileiros = não fez aquele auê, em relação à inflação de fevereiro nos Estados Unidos, 7,09%, recorde em 40 anos  ... se a inflação brasileira, em um mês fosse um terço daquela, teríamos jornalistas, e especialistas, da mídia militante tendo orgasmos nas ruas.] 
 
 A inflação acelerou e subiu 1,01% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. É a maior taxa para o mês desde 2015, quando chegou a 1,22%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 10,54% em 12 meses.

O resultado veio acima do esperado. Analistas econômicos ouvidos pela Reuters projetavam alta de 0,95% para a inflação em janeiro e 10,50% para o IPCA em 12 meses.

Reajuste de mensalidades escolares
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em fevereiro. O principal impacto veio do grupo Educação, que subiu 5,61% no mês. O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, explica que são incorporados neste período os reajustes de cursos e escolas, praticados no início do ano letivo.

Em razão da inflação que encerrou 2021 em dois dígitos, a alta no grupo Educação foi a maior para o mês de fevereiro desde 2016, quando chegou a 5,90%.

— Como a inflação no ano passado foi acima de 10% e os reajustes das mensalidades tem relação com a inflação passada, esses reajustes acabaram impactando o resultado mensal — diz Kislanov.

A maior contribuição veio dos cursos regulares, que subiram 6,67% no mês. Ensino fundamental, pré-escola e ensino médio tiveram altas de 8,06%, 7,67% e 7,53%, respectivamente.

Também subiram os preços dos cursos de ensino superior (5,82%) e pós-graduação (2,79%). Os cursos diversos, por sua vez, tiveram alta de 3,91%, sendo que a maior variação dentro do item veio dos cursos de idioma (7,29%).[as despesas decorrentes dos reajustes escolares ocorrem uma vez por ano, não refletindo nos meses restantes. 

Assim, não adianta que os inimigos do presidente, a turma do establishment,  a turma do quando pior melhor = inimigos do Brasil, comemore, já que tais aumentos não serão computados nos meses seguintes = quando haverá uma queda da inflação.]

(...)

Na avaliação de economistas, a inflação deve superar 7% no ano e pode chegar a 8% caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se prolongue. [Vale lembrar que o máximo previsto pelos economistas, para o ano de 2022, é superior em apenas 0,1% à inflação de fevereiro/2022 nos EUA.]

Isso porque os preços das commodities - desde o petróleo até os grãos, como soja e trigo - dispararam no mercado internacional, o que pode ampliar a defasagem dos combustíveis frente o preço no mercado doméstico e ensejar novos reajustes, bem como afetar as produções agrícolas brasileiras e elevar os preços ao consumidor, em última instância.

Economia - O Globo - MATÉRIA COMPLETA

Aproveitando o espaço:

TINHA CADEIRA DEMAIS NA PALESTRA DE HADDAD



terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Eis uma pergunta que insiste por uma resposta, não quer calar

Nossas desculpas se a pergunta adiante decorrer de alguma limitação em nossa compreensão:
- em 2020, no inicio da pandemia covid-19, o Governo Federal, no intuito de evitar boatos, mentiras, fake news, decidiu centralizar no MS a divulgação dos dados sobre contágios, contaminações,  mortes.
A mídia militante, imediatamente, formou um consórcio cujo objetivo era impedir eventual, e não provada, manipulação dos dados e criou um consórcio de jornais e TVs para fornecer aqueles dados, de forma precisa e verdadeira.
 
Tudo bem,maravilha.  Ousamos supor que os consorciados obtinham diretamente das secretárias estaduais de Saúde e cartórios os dados sobre número de casos - contágio e mortes - e o total após compilado era apresentado.  
Tudo em um processo entre os veículos integrantes do consórcio e cada estado.
 
Só que hackers invadiram o sistema do Ministério da Saúde e, estranhamente, começaram a ser omitidos dados de alguns estados, sob alegação da invasão ocorrida no MS.
Surge a pergunta: se a invasão ocorreu no MS - receptor das informações dos estados - qual a razão de alguns estados não apresentarem dados = em decorrência da invasão ao sistema do MS = versão apresentada pelos órgãos do famoso consórcio?

Ao que se sabe não havia nenhum envolvimento entre o consórcio e o Ministério da Saúde. No popular: o consórcio 'bebia' direto da fonte de dados = secretarias e cartórios de cada estado.

Fechando com um comentário: como de praxe, veículos da mídia militante, se empenharam em maximizar uma suposta e não provada ineficiência do   MS - tanto em impedir o ataque ao seu sistema quanto em sanar danos. 
Esqueceram de duas coisas:
- recentemente, para ficar só em um exemplo, hackers  invadiram o controle de um oleoduto nos Estados Unidos e interromperam o fornecimento de combustível para um estado - prova que os hackers podem mais do que muitos pensam; e,
- o único sistema  informatizado a prova dos hacker é o do TSE. Que, nos parece, se ocorrerem não são confirmadas e insistir no tema pode configurar 'atentado' à democracia, 'desrespeito' à Constituição Federal  e outros crimes.]
 
Blog Prontidão Total

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Senado não quer deixar CPI cair no esquecimento - [e daí?] Blog da Denise

 [e daí? arrumem o crime, e as provas; só assim, a CPI não sairá desacreditada, desmoralizada e ridicularizada, levando junto seus apoiadores.]

Embora estejam dispostos a encerrar oficialmente os trabalhos da CPI da Pandemia em breve, os senadores já têm pronto todo um roteiro para não deixar o tema cair no esquecimento. Ao mesmo tempo em que prometem movimentar o final deste ano levando o relatório a várias instâncias — à Procuradoria-Geral da República (PGR); à Corte Internacional, na Suíça; passando, ainda, pelo Tribunal de Contas da União —, também já está definida a criação de uma Frente Parlamentar de Combate à covid-19 e outras epidemias.[sobre o amontoado de denúncias que pretendem apresentar - para otário acreditar - sugerimos CLICAR AQUI.]

A ideia é manter todos mobilizados para não deixar que, no ano eleitoral, com a população-alvo 100% vacinada, as pessoas deixem esse tema de lado e deem razão ao presidente Jair Bolsonaro, que sempre se referiu aos problemas econômicos gerados com o fechamento do comércio. [em suma, a CPI COVID-19 + a mídia militante + outras coisas mais = inimigos do Brasil = inimigos do Brasil, assumem oficialmente o que todos já sabem: tentar impedir a reeleição do presidente Bolsonaro. 
RESULTADO de um plano tão estúpido, ridículo = sairão derrotados, desmoralizados e ridicularizados.
Sugerimos aos que querem saber mais sobre a CPI Covid e sobre os senadores que alguns chamam de 'cúpula' da CPI Covidão, CLIQUEM AQUI   - além de uma excelente e fundamentada matéria, terão acesso a vários links.] O plano é preservar acesa a luz sobre o que muitos senadores chamam de “irresponsabilidade sanitária” do governo e do presidente da República, que, invariavelmente, criticava as medidas de distanciamento social. Com a Frente e o acompanhamento das ações judiciais e políticas que a CPI cobrará mundo afora, os senadores acreditam que o assunto ainda estará bem quente no ano eleitoral.

Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

LUCIANO HANG E OS MACACOS VELHOS DA CPI - Percival Puggina

Enquanto assistia à participação do dono da Havan na CPI, antevia que quando terminasse a sessão seria informado pela outrora grande mídia de que as coisas se passaram de outro modo. Há muito disso hoje. Você comparece, assiste, presta atenção e, mais tarde, fica sabendo em manchetes que foi enganado por seus olhos e ouvidos. Quem cometesse a imprudência de relatar conforme os sentidos lhe tornaram perceptível incorreria no crime hediondo de fake news.

Há um universo paralelo no qual tudo se desencaixa e a realidade se evade como sabonete foge das mãos em banho de cachoeira
É o universo onde vivem os mais destacados veículos de comunicação do país, partidos e organizações de esquerda, ministros do STF, o Congresso Nacional e, claro, a CPI da Covid-19 (cujo nome já é fake news porque seu objetivo é ferrar com a vida do presidente da República e ponto).

Assisti, então, boa parte da sessão em que a CPI inquiriu o dono da Havan. Quem perdeu ainda pode recuperar aqui. Valerá cada segundo. Os macacos velhos da política brasileira saltavam de um galho para outro tentando, inutilmente, capturar o empresário em pré-fabricadas narrativas. A todo instante, Luciano Hang os desconcertava com respostas corretas, surpreendentes, e uma descontraída insubmissão às pretensões autoritárias que caracterizam a conduta dos senadores oposicionistas.

De um lado, a fina ironia do inquirido, em sua expressiva fatiota verde e amarela; de outro, o deboche e a chacota, como única reação disponível no estoque de artimanhas da mesa dos trabalhos. Ora, a ironia é atributo dos espíritos livres, asas na porteira da liberdade (agauchando Vitor Hugo). O deboche é típico dos indivíduos rasteiros, aprisionados em si mesmos. Quanto mais tentavam aplicar ao inquirido seus próprios padrões, mais avultavam, mesmo não referidos, os apêndices caudais dos macacos velhos inquisidores.

Frequentemente, o senador Omar Azis, secundado pelo colega Renan Calheiros, sentindo que escorregavam de seus galhos, apelavam para restaurar as narrativas e as descarregavam sobre o empresário e todos os insubmissos como ele. Nesse momento, se erguia o vozerio do plenário para reforçar as imputações. Os ataques não correspondiam ao dito nem ao feito, mas era preciso contrapor algo para não ficar mais feio ainda.

Restou muito claro, durante todo o tempo, que a CPI tem um objetivo político e que sua preocupação passa longe da saúde pública e do contestável zelo de seus protagonistas pelo erário. 
Eles funcionam como metralhadora giratória, que dispara para qualquer lado onde possa servir ao objetivo dos viventes no universo paralelo. Essa metralhadora tem dois apoios retóricos: 
1º) no Brasil, quem mata não é o vírus, mas o presidente e o tratamento precoce; 
2º) conservadores, liberais, povo na rua, manifestações contra conduta de instituições de má conduta são antidemocráticos, exceto se forem para destituir o chefe do governo...

Absolutamente nada disso você vai encontrar em qualquer matéria da mídia militante sobre as seis horas de inquirição do dono da Havan.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 22 de setembro de 2021

O DISCURSO NA ONU E A MÍDIA MILITANTE - Percival Puggina

Escrevo tomado por uma dúvida matinal. Devo acreditar no que percebi e entendi pessoalmente enquanto o presidente lia seu discurso na ONU, ou no que me estão a repetir os grandes meios de comunicação do país a partir daquele momento?

O alinhamento geral com determinada causa política cria e cristaliza em nossas comunicações sociais situações que deveriam constranger consciências profissionais bem formadas.

Seria ridículo, não fosse tal conduta vista, internamente, como atividade missionária, quase religiosa, pastoral, dever de ofício por motivações supostamente nobres... Embora sejam o inverso disso. Chega-se ao absurdo de criticar a fala presidencial por não apontar mazelas do país, o que significaria reproduzir o discurso da mídia, da oposição, ou da maioria petista no STF, cotidianamente servido aos desavisados. Talvez desejassem que a tarefa de falar pelo Brasil fosse cedida a um editorialista do Estadão ou da Folha, ou a Bonner, ou ainda ao garoto Felipe Neto. Aí sim, na perspectiva da mídia, o Brasil teria cumprido seu papel perante a nação e o mundo.

Arre! Não estou exagerando. Descrevi exatamente o que essa mídia militante desempenha de modo cotidiano, em favor de sua causa e contra a imagem do país. O presidente fala, a bolsa sobe e o dólar cai, mas a mídia vai ouvir operadores do mercado para os quais esse movimento nada tem a ver com a fala presidencial. Igual ao que faz sempre que busca algum “perito” ou “cientista para opinar sobre assuntos a respeito dos quais os veículos já têm opinião formada e alinhada com sua própria militância.

Foi demais para esse tipo de jornalismo ouvir um discurso bem feito, tanto para o público interno e externo, apresentando o Brasil de modo positivo (coisa que tinha o dever institucional de fazer!).  
Havia consistentes razões para Bolsonaro assim se manifestar. E nenhum para fazer o contrário. 
Muitos outros chefes de Estado e de governo e diplomatas também são manipulados pela desinformação que cerca o Brasil desde que a esquerda, a contragosto de sua parceria mundial, perdeu a hegemonia aqui.

Durante oito anos, tive a privilegiada experiência de escrever inúmeros discursos para governadores aqui no Rio Grande do Sul. Sei, portanto, como se constroem esses pronunciamentos a partir de predeterminados objetivos externos e, por vezes, internos. A fala do presidente foi muito bem estruturada. Sintético, conteve o essencial. Mostrou o que mais mudou, de quem nos aproximamos e de quem nos afastamos, em que direção vamos e o que proporcionamos aos interessados, sejam migrantes ou investidores.

Deixou à imprensa a semeadura do desânimo, a roupa suja e a tarefa cotidiana de falar mal do Brasil.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 14 de setembro de 2021

INDISCUTIVELMENTE UM FIASCO - Percival Puggina

Com amplo apoio da mídia militante, hoje nitidamente golpista, o evento de ontem (12/09) promovido pelo MBL quis ser uma colcha de retalhos políticos costurada pelo MBL e pelo Novo. Tudo que os grandes grupos de comunicação fizeram, na tentativa inútil de esvaziar a manifestação do dia 7 de setembro, foi aplicado no sentido positivo para impulsionar as concentrações do dia 12.

Em torno da primeira data, total desqualificação do ato em si e do público que viesse a comparecer. Amplo espaço para boataria sobre atos de violência, pessoas armadas, situação de risco físico e material. Na palavra de veículos que supõe falar à nação, o evento pró governo era coisa de gente da pior espécie.

Em torno do segundo (12/09), espaço aberto aos organizadores, divulgação dos locais de concentração no país e pesadas críticas aos petistas que não apoiavam e aos partidos que não aceitavam parceria com o MBL e o VPR.  É inevitável constatar o esvaziamento do prestígio a que o jornalismo feito com azia, de política estudantil, de centro acadêmico, arrastou alguns dos grandes grupos de comunicação do país. Resultaram indisfarçáveis tanto o sucesso do que tentaram esvaziar quanto o fracasso do que impulsionaram.

O jornalista Diogo Mainardi esfregou os olhos nesta manhã de segunda-feira, teve seu momento de iluminação e viu o seguinte (parte final de seu texto em O Antagonista):

Uma nova rodada de protestos está sendo marcada para 15 de novembro. O PT vai fazer de tudo para transformá-los numa prévia dos comícios lulistas, mostrando que só o ex-presidiário pode derrotar Jair Bolsonaro. Ou a Terceira via ganha vida própria, ou vai ser engolida por Lula.

Alguém aí não sabia que uma Terceira Via, num país que sequer tem uma Segunda Via organizada é um projeto petista que só traz farinha para o angu de Lula? Toda essa mídia que foi longe demais no ódio a Bolsonaro vai ficar sem porta de saída.

Estes cinco dias de setembro gritam lições aos que no Senado, no STF e na outrora “grande mídia” se recusam a ouvir a voz das ruas. A overdose de interesse próprio no primeiro, de soberba no segundo e de manipulação na terceira geraram os grandes fiascos nestas preliminares já floridas da primavera que se aproxima.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

domingo, 12 de setembro de 2021

A NUDEZ DAS CORTES - Percival Puggina

Expostos a sucessivos choques de realidade, os opositores mais ferrenhos do presidente da República estão atarantados.  
Projetaram sobre ele seus fantasmas pessoais. Para todos os efeitos, o futuro do país resultaria das ações desse terrível personagem no ambiente a ser criado pelo projeto político oposicionista. Ora, quem conta estórias sobre o que vai acontecer na vida real acaba trombando contra o concreto duro dos fatos. É um processo autodestrutivo, que muitos estão descobrindo tarde demais. Os fatos são teimosos.

Mesmo antes da campanha eleitoral de 2018, a mídia militante brasileira cuidou de moldar em seu imaginário criativo um Bolsonaro homofóbico, xenófobo, racista, machista, misantropo.  Essas acusações, não encontrando fundamento em ações do presidente, ou em medidas do governo, foram deixadas de lado para que ele, no imaginário dos romancistas da mídia militante, virasse miliciano e genocida.

Como tampouco por aí os fatos corresponderam à conduta do personagem inventado, a criatividade dos novos autores da história passou a acusar o presidente de ser um rematado e histórico golpista. Veio o 7 de setembro. Milhões de brasileiros saíram às ruas em todo o país. Não houve um carro arranhado, um vidro quebrado. A ninguém antes, os cidadãos brasileiros concederam tão explícito e pacífico apoio. Que uso fez dele o presidente? O teimoso, turrão, brutamontes inventado pela mídia mostrou sua musculatura política e, no passo seguinte, desmascarando os verdadeiros golpistas, derrubou os historiadores do futuro. 

O descontentamento com que receberam a Carta à Nação mostrou o real interesse de seus adversários. É inevitável, agora, a exposição dos verdadeiros golpistas e a identificação dos construtores do conflito entre os poderes.

Está doendo e visível como fratura exposta a crise da democracia representativa no Brasil. Ela é permanentemente desacreditada pelas tramas, insensibilidade, incompetência e pelo desprezo da cúpula do Congresso Nacional à “incômoda” voz das ruas.  
Logo após as manifestações do dia 7 de setembro, o presidente do Senado suspendeu as sessões dos dias subsequentes e fechou as portas!

Quem é golpista? Quem estica a corda? Quem desarmoniza os poderes? Qual a instituição de Estado que não cumpre seu papel? Qual a que ultrapassa os limites impostos pela Constituição? Quem quer o insucesso do governo?

Não é o rei que está nu. São as inteiras cortes de Brasília, na hora da verdade.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 7 de setembro de 2021

Situação-limite - Não é normal ter data marcada para golpe de Estado - Merval Pereira

O Globo

Sete de Setembro

Não é normal chegarmos ao ponto de ter data marcada com antecedência para um golpe de Estado. E, quando o dia chega, como hoje, não se sabe o que pode acontecer. É perigoso que se considere normal que um presidente da República faça ameaças aos componentes do Supremo Tribunal Federal, ao Congresso e que isso não seja motivo imediato para um processo de impeachment. [eventual pedido de impeachment seria arquivado, fortalecendo a posição do presidente, já que o arquivamento poderia ser interpretado como um suposto aval à conduta presidencial.]
 
Ainda estamos na fase de ver no que vai dar o discurso antidemocrático de Bolsonaro, de achar que ele ainda não atravessou nosso Rubicão. Às vésperas dos 200 anos de Independência — hoje é o 199º aniversário —, já deveríamos ter superado essa instabilidade política.

[finalmente a mídia militante se convenceu de que não existe golpe militar ou de Estado com dia e hora marcados; tampouco articulações pública, com divulgação nominal dos articuladores.
Alguns membros daquela mídia chegaram a perder noites de sono preocupados. 
Outra coisa que muitos esquecem é que quando ocorre um golpe militar, ou de Estado, o que menos preocupa os golpistas é o que a Constituição, as leis em geral e o tão falado 'estado democrático de direito' dizem sobre o assunto.
Aliás, consideramos sem sentido que autoridades se manifestem na imprensa com frases tipo: "as instituições estão alertas e não vão tolerar  golpes", "as instituições estão fortes e vigilantes", "a democracia e o 'estado democrático de direito' prevalecerão" e outras do tipo.
Como bem diz J. R. Guzzo, em O Estado de S. Paulo: "Golpe exige força – e o único que tem força, o Exército, não vai se meter isso"
 
Nunca participamos de golpe militar ou de golpe de Estado, nem pretendemos  - o que nos coloca entre os sem experiência no assunto - mas basta ler, pesquisar sobre o assunto, para deduzir que em golpes valem duas situações:
- uma das situações foi expressa na famosa frase de Stalin quando perguntou: "quantas divisões tem o Papa?";  
- a outra, se apresenta no terceiro parágrafo do Preâmbulo do 
Ato Institucional nº 1, editado pelo Movimento Revolucionário de 31 de março de 1964.]
Pela movimentação que vem sendo feita há tanto tempo e pelo engajamento do próprio presidente, os atos de hoje serão grandiosos, não no sentido de admiráveis, mas no de tamanho. Embora esteja caindo em popularidade, Bolsonaro mantém ainda um núcleo de apoiadores muito importante, cerca de 20%, 25%, e, se mantiver esse tamanho, tem lugar garantido no segundo turno da eleição presidencial do ano que vem. 
 
Importante é saber se esses números se manterão. Durante a campanha, ele pode se desidratar mais, mas, no momento, tem muita gente ainda que segue seus pensamentos e acredita nele. Minha dúvida e meu temor são quanto à possibilidade de violência e arruaças, e esses sentimentos têm sobretudo uma responsável, a retórica agressiva do presidente Bolsonaro. Receio que, diante de uma multidão ensandecida, ele não se controle e incite o povo contra o Estado de Direito e as instituições democráticas, o que poderá ter consequências.
[outro aspecto que entendemos sem sentido, sem sustentação,  é citar que o presidente da República está perdendo popularidade, quando sabemos que com o FIM DA PANDEMIA, o reinicio do processo de crescimento da economia, a redução do desemprego, a popularidade do Presidente irá bem próxima aos 100% - não chegaremos a tanto mas com as bênçãos de DEUS em 2022, em setembro a popularidade do Presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO, também candidato a mais um mandato presidencial, estará mais próxima dos 100% do que dos 50%.
 
Aliás, qual a credibilidade de uma pesquisa nacional de popularidade que entrevista, por telefone, 1.000 pessoas?  
Sabemos que as pesquisas atuais são nos moldes da exposta na interrogação. 
As oscilações da popularidade do presidente da República não são consequência dos seus comentários, frases de efeito, etc, que são emitidas mais para fins políticos do que avisos. Não podemos olvidar que contra o capitão até São Pedro está segurando, temporariamente, as chuvas.]

Bolsonaro avança contra [sic]  marcos democráticos como liberdade de expressão e direitos humanos alegando estar defendendo essas mesmas liberdades, desconstruindo as palavras numa novilíngua que pretende transformar o indefensável em palatável, a anormalidade em novo normal.

O governo jogou tanta força da sua capacidade de mobilização nas manifestações que pode haver uma realidade contrária. Estão esperando muita gente — Bolsonaro chegou a falar em 2 milhões de pessoas nas ruas —, o que deve ser decepcionante para ele. Esse exagero numérico já o coloca como perdedor, pois, pelas modernas técnicas de medição do número de pessoas por metro quadrado, muitos eventos monumentais já foram desmoralizados. [detalhe: a mídia militante cuidará de minimizar o número de participantes  pró Bolsonaro e maximizar o dos inimigos do Brasil. Desenhando: se 1.000.000 comparecerem aos atos em apoio ao presidente Bolsonaro e 200.000 assumirem posição contrária ao Brasil, os números serão manipulados de forma a que a narrativa registre 300.000 pró Bolsonaro = a favor do Brasil = e 700.000 contra Bolsonaro.]

Então a situação de Bolsonaro começará a ficar insustentável. Mas nada disso é admissível numa verdadeira democracia. Não é aceitável que se tenha de medir forças nas ruas para saber que rumo o país terá, fora do resultado de eleições diretas. O que Bolsonaro está fazendo é querer levar o resultado das urnas em 2022 para um plebiscito antecipado.

A intenção declarada é ter uma foto da multidão para mostrar ao mundo sua força popular, como se essa suposta força fosse suficiente para autorizá-lo a transgredir a lei. A minoria barulhenta e arruaceira que apoia Bolsonaro é o oposto da maioria nem tão silenciosa que se opõe a seu desgoverno. E também oposta à maioria que irá às ruas hoje, querendo participar de manifestação pacífica que pode se transformar em tragédia insuflada por radicais. Essa minoria quer impor sua vontade como se majoritária fosse, transformar a democracia representativa em letra morta.

Nem que fosse maioria, poderia impor sua vontade, pois a democracia tem mecanismos para proteger as minorias. Mas não as minorias que querem tomar o poder à força. Esse é o paradoxo que temos de enfrentar, uma minoria antidemocrática que não aceita os poderes que impõem a ela os limites democráticos.

O engano vem de longe, de quando Bolsonaro foi eleito com quase 58 milhões de votos e incorporou a seus apoiadores todos os que votaram nele, mesmo sem gostar. [novidade: !!! agora ao se votar em determinado candidato, devemos informar se votamos naquele candidato, ainda que  a contragosto?]Ser antipetista não significa ser bolsonarista, e tanto um grupo quanto o outro têm de respeitar a regra democrática. Estamos numa situação-limite. Depois das manifestações, teremos uma visão clara do que pode acontecer no país.

Merval Pereira, colunista - O Globo