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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Estão em pânico Dilma, Lula, Lulinha e o PMDB do Rio

DELAÇÃO DA ANDRADE GUTIERREZ – Estão em pânico Dilma, Lula, Lulinha e o PMDB do Rio

Consta também que Marques de Azevedo vai contar que a antiga Telemar, hoje Oi, comprou 30% da Gamecorp, a empresa criada por Lulinha, a pedido de Lula. A operação custou R$ 5 milhões. 

Três anos depois, o então presidente mudou a lei de telecomunicações com o fito exclusivo de permitir que a Telemar comprasse a Brasil Telecom, de Daniel Dantas

O pânico atinge o pico nas hostes petistas, especialmente na ala dilmista, com a delação premiada fechada por Otavio Marques de Azevedo e Elton Negrão, diretores da Andrade Gutierrez. Ali pode estar o caminho mais curto entre Dilma e o fim antecipado do seu mandato. O PMDB do Rio, ou parte dele, parece que não terá, também, motivos para festejar.

A ser verdade o que vaza aqui e ali, a dupla teria informações a oferecer sobre o financiamento da campanha de Dilma em 2014 — e o intermediário da negociação pouco republicana teria sido Edinho Silva, atual ministro da Comunicação Social —, sobre o setor elétrico, sobre a construção dos estádios da Copa do Mundo e sobre obras da Olimpíada no Rio.

Sempre Edinho O que se ventila sobre Edinho é muito semelhante ao que denunciou Ricardo Pessoa, dono da UTC. Ele diz ter sido procurado pelo então tesoureiro da campanha de Dilma para lembrar os muitos negócios que a empreiteira mantinha com a Petrobras. Pessoa entendeu o recado e resolveu doar R$ 10 milhões. Foram entregues R$ 7,5 milhões. Os outros R$ 2,5 milhões se frustraram porque Pessoa foi preso.

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Com a Andrade Gutierrez, ter-se-ia dado o mesmo, mas de forma mais agressiva. O comando da empresa teria sido lembrado de que, embora tivesse grandes negócios com o estado, apoiava a candidatura do tucano Aécio Neves. Se foi assim, a pressão deu resultado: de agosto a outubro de 2014, a empresa doou R$ 20 milhões à campanha de Dilma. Quando Edinho foi falar com Marques de Azevedo, a empreiteira já teria doado R$ 5 milhões à campanha de Aécio e nada para a petista.

Consta também que Marques de Azevedo vai contar que a antiga Telemar, hoje Oi, comprou 30% da Gamecorp, a empresa criada por Lulinha, a pedido de Lula. A operação custou R$ 5 milhões. Três anos depois, o então presidente mudou a lei de telecomunicações com o fito exclusivo de permitir que a Telemar comprasse a Brasil Telecom, de Daniel Dantas.

Vamos ver. Parece que vem coisa pesada por aí. Por isso, convém que aqueles que acham que Dilma conclui o mandato só em 2018 coloquem as barbas de molho. Por causa do impeachment? Também, mas não só.  Uma das ações que tramitam no TSE pedindo a cassação da chapa Dilma-Temer acusa o PT justamente de uso de dinheiro irregular na campanha. Se foi como se diz por aí, tem-se uma prova testemunhal importante, que deve e vai ser levada em conta no TSE.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo 

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Corinthians pagou R$ 500 mil a filho de Lula. Ninguém sabe por quê!

A cada enxadada, uma minhoca! Corinthians pagou R$ 500 mil a filho de Lula. Ninguém sabe por quê!

Luís Cláudio, já investigado na Operação Zelotes, teria prestado serviços na área de marketing, mas diretor da área à época diz desconhecer. Pagamento coincide com construção do Itaquerão, que teve dinheiro público: do BNDES!

Que coisa! A cada enxadada, uma minhoca!

Acreditem: num dado momento, Luiz Inácio Lula da Silva e seu partido reuniram mesmo as condições objetivas para mudar muita coisa no país. A Fortuna lhes sorriu. Mas as personagens estavam erradas, e o enredo era falso. O que eles tinham em mente não era bom.  Ao contrário: era péssimo. Os velhos vícios da política foram postos a serviço dos novos, introduzidos pelo petismo, e os novos garantiram a sobrevivência do velho. E chegamos, então, a este ponto.

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Olhem aí… Mais uma. Entre 2011 e 2013, informa a Folha, Luís Cláudio Lula da Silva, o rebento mais novo do Babalorixá de Banânia, recebeu cerca de R$ 500 mil do Corinthians sem ter feito nenhum trabalho que se conheça. Nada! Até aí, perguntará alguém, o que é que tem? Para todos os efeitos, o Corinthians é um ente que pertence à esfera do direito privado. Se quer dar dinheiro para o filho de Lula, problema dos sócios… Pois é. Assim seria se assim fosse.
O período dos pagamentos coincide com a construção do estádio do clube, o Itaquerão (de 2011 a 2014), que saiu pela bagatela de mais de R$ 1,2 bilhão. E daí? Daí que o BNDES, de maneira inexplicável até hoje, financiou nada menos de R$ 400 milhões da obra.
Que coisa! Lembram-se do irmão mais velho de Luís Claúdio, o Fábio Luís, vulgo Lulinha? Era monitor de jardim zoológico e virou próspero empresário logo no segundo ano do governo do pai. A Telemar comprou 30% de sua Gamecorp por R$ 5 milhões. Também a empresa de telefonia tinha dinheiro do… BNDES.
Mas Luís Cláudio trabalhou? É claro que, dadas as circunstâncias, com dinheiro público atochado no Itaquerão, o filho do ex-presidente jamais deveria ter sido contratado. Mas vamos dar uma chance: ao menos ele trabalhou? Eis o busílis.
A exemplo do seu “job” para a empresa de lobby Marcondes & Mautoni, não se sabe que diabos fez o filho de Lula para o Corinthians. Não há registro. A Folha ouviu Luis Paulo Rosenberg, economista e responsável pelo marketing do clube de 2007 a 2012, e mais oito pessoas da área. Ninguém nunca ouviu falar do trabalho do rapaz: “Não me lembro de nenhuma tarefa que ele tenha sido convocado para desenvolver ou que ele tenha realizado algo”, afirma Rosenberg.
Informa a Folha: “Foi Andrés Sanchez, hoje deputado federal pelo PT e na época presidente do Corinthians, quem garantiu tanto a entrada de Luis Cláudio na equipe quanto sua volta ao time como empresário. Sanchez disse que o filho de Lula foi contratado a pedido do técnico. ‘O Mano [Menezes] pediu ele como auxiliar.’ A versão não é confirmada pela assessoria do treinador, que afirmou ter sido ‘uma indicação do clube à área física e que o treinador aceitou’.”
Entenderam?
Sanches nega que tenha havido alguma irregularidade e diz ter documentos para provar. Vamos ver quais. Ele próprio já admitiu a interferência de Lula para facilitar a construção do Itaquerão. Falou nestes termos: “É óbvio que um presidente, conselheiro do Corinthians, amigo meu, em muitas coisas que eu demoraria um mês para ser atendido, eu fui atendido no dia seguinte”.
Claro, é tudo muito óbvio, não é mesmo?
Bem, a Polícia Federal investiga agora as relações de Luís Cláudio com o Corinthians, dada a dinheirama recebida no período em que o estádio era construído, com uma boa parcela de dinheiro público.
A petezada e a esquerda, claro!, acham isso muito… normal.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Favores a Lula na mira dos investigadores



Bancado por três envolvidos no petrolão, o sítio Santa Bárbara abre definitivamente o portão da Lava Jato para o ex-presidente
No final de seu governo, no segundo semestre de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizia a amigos que queria levar uma vida tranquila após deixar o Palácio do Planalto. Confidenciava aos mais próximos, alguns deles ouvidos por ÉPOCA, que sentia falta das tardes de futebol e churrasco no Los Fubangos, sítio modesto que curtia com os companheiros antes de chegar ao poder. Um dos amigos a ouvir os desejos de Lula foi José Carlos Bumlai, empresário e lobista que viria a ser preso na Operação Lava Jato, acusado de embolsar propina do petrolão.

Ainda não se sabe de quem partiu a ordem para providenciar um novo refúgio ao então presidente, nem sequer se houve uma ordem verbal e explícita, mas, dali a poucos meses, Bumlai tomou para si a tarefa – e se jactou dela entre os familiares de Lula e dirigentes do PT. Nascia o Santa Bárbara, um sítio na área rural de Atibaia, a cerca de 60 quilômetros de São Paulo, generosamente reformado para combinar com as preferências de lazer de Lula. Seis anos depois, as negativas do ex-presidente sobre a propriedade do sítio e a revelação dos nomes dos responsáveis pela reforma do imóvel transformaram o bucólico Santa Bárbara na maior encrenca já enfrentada pelo petista.

No papel, o sítio Santa Bárbara pertence aos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, parceiros comerciais de Fábio Luís da Silva, filho de Lula que no primeiro mandato do pai se tornou um empreendedor de sucesso na área de tecnologia, graças à compra de sua empresa pelo grupo da empreiteira Andrade Gutierrez, também envolvida na Lava Jato. [vale lembrar que o inicio da riqueza do Lulinha foi o investimento de US$ 5.000.000  feito pela antiga TELEMAR, atual OI, em uma empresa de joguinhos para computador que o pupilo de Lula tinha – a GAMECORP; ;
Feito o investimento, a fundo perdido, já que a ‘gamecorps’  não valia sequer R$ 5.000, Lula retribuiu assinando um decreto que permitiu a fusão da TELEMAR com a BRASIL TELECOM resultando na gigantesca OI.]  

Desde que passou a ser questionado sobre o Santa Bárbara, Lula admitiu apenas, e mesmo assim somente por meio de sua assessoria, “frequentar” o local, que seria de propriedade de “amigos” dele, “em dias de descanso”. Em nota, a assessoria de Lula afirmou: “Embora pertença à esfera pessoal e privada, esse é um fato tornado público pela imprensa já há bastante tempo. A tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente”.  Os assessores de Lula tentavam demonstrar que se tratava de uma falsa questão.

Não é, conforme apontam as evidências publicadas pela imprensa e investigadas pela Força-Tarefa da Lava Jato e  por promotores paulistas. Na segunda-feira, dia 1º, a reportagem publicada por ÉPOCA revelou a fragilidade da versão de Lula. A partir de dados públicos dos gastos e dos deslocamentos dos seguranças de Lula, ÉPOCA descobriu que, desde 2012, o ex-presidente e sua família foram 111 vezes a Atibaia. Como todo ex-presidente da República, Lula tem direito a uma equipe de seguranças e assessores pelo resto da vida. 

Os salários e os custos do trabalho deles são pagos com dinheiro público, como manda a lei. As informações fornecidas pela Presidência da República mostram que sete seguranças dedicados a Lula passaram, no total, 283 dias na cidade. Em média, a cada cinco dias um segurança de Lula foi deslocado a Atibaia, em datas que incluem fins de semana, períodos de férias escolares, feriados e até o Réveillon. Quem visita amigos tantas vezes? Isso é frequência de dias de descanso na propriedade de amigos ou é uma casa de veraneio?

Até surgir o escândalo do petrolão, Lula e seus aliados referiam-se cotidianamente ao “sítio em Atibaia” como um local de descanso do ex-presidente. Testemunhas e notas fiscais comprovam que o Santa Bárbara foi projetado, reformado direta e indiretamente com dinheiro das empreiteiras Odebrecht e OAS e da Usina São Fernando, que pertence a Bumlai. Três dos principais beneficiários do petrolão, portanto, financiaram o sítio. Nenhuma das três partes desse consórcio deu qualquer explicação sobre os gastos. E por que Odebrecht, OAS e Bumlai empenhariam tamanha generosidade à dupla Jonas Suassuna e Fernando Bittar? Até agora, Suassuna e Bittar permanecem em silêncio – como todos os que devem explicações nesse caso. 

Entre outubro de 2010 e janeiro de 2011, a propriedade de 173.000 metros quadrados, com lago e uma casa antiga, ganhou uma segunda casa com quatro suítes e um espaço para churrasqueira. O jornal Folha de S.Paulo mostrou, a partir de entrevistas com fornecedores, que pelo menos R$ 500 mil foram gastos em materiais para a obra, tocada pelo engenheiro Frederico Barbosa, da Odebrecht. Além do engenheiro, a empreiteira comprou o material no comércio local. À OAS coube, entre outros consertos, reformar e instalar equipamentos na cozinha. Amigo de Lula desde 2002, o empresário José Carlos Bumlai forneceu o arquiteto Ingenes Irigaray Neto, que vive em Dourados, Mato Grosso do Sul, a mesma cidade de Bumlai, e já trabalhou para a Usina São Fernando.

Em qualquer circunstância seria desconfortável para um homem público como Lula admitir que empreiteiras com negócios bilionários com o governo, e um amigo beneficiado por empréstimos do BNDES, pagaram a reforma do sítio. Mas a Lava Jato deixa tudo muito, muito pior. O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, está preso em São José dos Pinhais há quase oito meses. Contra sua empresa pesam acusações – apoiadas em fortes evidências – de participar de um cartel que pagava propina a diretores, políticos e lobistas em troca de obras. Além de bancar a reforma, a Odebrecht figura entre as maiores contribuintes do Instituto Lula e uma das principais clientes da LILS, a empresa aberta por Lula para agenciar suas palestras no exterior. A Odebrecht foi a principal contratante das 47 palestras que Lula fez no exterior entre 2011 e junho do ano passado. Logo após o término das reformas, Lula deixou de ser cliente para ser prestador de serviços para a Odebrecht, ao fazer duas palestras, uma na Bahia e outra no Panamá.

Assim como Marcelo Odebrecht, José Carlos Bumlai está preso em Curitiba. Ele é suspeito de ter conseguido um contrato para a construtora Schahin com a Petrobras, em troca de um empréstimo para o PT. Bumlai prosperou no governo Lula, a ponto de montar uma usina de álcool, bancada em parte com recursos do BNDES. Era conhecido como um caminho mais curto para quem queria chegar a Lula. Em seu acordo de delação premiada, o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, disse que foi por essa trilha: pagou R$ 2 milhões de propina a Bumlai para tentar emplacar um negócio entre a OSX, do empresário Eike Batista, e a Sete Brasil, o filhote que forneceria sondas para a Petrobras explorar o pré-sal. Segundo Baiano, no começo de 2011, quando o concreto da reforma do sítio ainda estava fresco, Bumlai levou o presidente da Sete, João Carlos Ferraz, para uma conversa com Lula em seu instituto, com o intuito de facilitar as coisas entre Sete Brasil e OSX. Na ocasião, o Instituto Lula disse que o ex-presidente “não se envolveu como intermediário de empresas e não autorizou José Carlos Bumlai a usar o nome dele para qualquer tipo de lobby”.


O terceiro contribuinte do sítio foi a construtora OAS, cujo presidente, Leo Pinheiro, passou uma temporada em Curitiba, foi condenado a 16 anos de prisão e recorre em liberdade. A empresa de Pinheiro é caso de dupla parceria com Lula na área de imóveis. Além do sítio, bancou a reforma no tríplex reservado para a família do ex-presidente no Condomínio Solaris, em Guarujá. De acordo com documentos publicados pelo site O Antagonista e pelo jornal O Estado de S. Paulo, a OAS fez a reforma e comprou móveis e equipamentos para as cozinhas do sítio e do apartamento. Testemunhas viram Pinheiro em pessoa visitar o tríplex com a ex-primeira-dama Marisa Letícia. 

Não foi a única deferência da OAS com os Lulas da Silva. Na semana passada, ex-cooperados da Bancoop, a cooperativa de bancários que começou a construção do Solaris, quebrou e repassou à OAS, reclamaram da diferença de tratamento. Enquanto a maioria foi pressionada pela OAS a decidir em pouco tempo se colocaria mais dinheiro para terminar a obra micada, Lula teve cinco anos para isso. A OAS ainda bancou uma reforma de cerca de R$ 770 mil no imóvel. Com a Lava Jato na rua, em 2015, Lula desistiu do apartamento.

A Força-Tarefa em Curitiba e o Ministério Público do Estado de São Paulo investigam se Lula ocultou patrimônio. O sítio em Atibaia e o apartamento em Guarujá, que deveriam ser refúgios para o ex-presidente, não darão descanso a Lula. Abriram os portões da Lava Jato para o petista.

Fonte: Época

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Documentos revelam que Lula e família viajaram 111 vezes a sítio de Atibaia



Seguranças receberam quase mil diárias do Planalto para ficar 283 dias em imóvel que ex-presidente afirma ser de "amigos" - embora a Odebrecht, empreiteira do petrolão próxima do petista, tenha custeado R$ 700 mil em reformas no local 

 Relatórios de viagem produzidos pelo Palácio do Planalto revelam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contou com sua segurança pessoal por 111 vezes em Atibaia, entre 2012 e 11 de janeiro deste ano. É nas matas de Atibaia, no interior de São Paulo, que fica o sítio Santa Bárbara, no qual a Odebrecht gastou R$ 700 mil em reformas. No papel, o sítio está em nome de um amigo de Lula e do sócio de um dos filhos dele - Fábio Luís, aquele que enriqueceu graças à parceria empresarial com a telefônica Oi. [Lula assinou um decreto facilitando a fusão da OI, antiga TELEMAR, com a Brasil Telecom, resultando na maior telefônica do Brasil.

Para estimular Lula a assinar o decreto a Telemar fez um investimento de US$ 5 MI, em uma empresa de fundo de quintal (a GAMECORPS que fabricava joguinhos para computador) de propriedade de um dos filhos do Lula – Fábio Luiz, o Lulinha, biólogo, que antes de se tornar milionário, era monitor do Jardim Zoológico de São Paulo, com um salário de R$ 600.] Lula nega ser dono do sítio e disse, por meio de assessoria, frequentar o local somente em “dias de descanso”.  

As evidências obtidas por ÉPOCA, porém, confrontam fortemente a versão do ex-presidente. A cada cinco dias, um segurança de Lula era deslocado para Atibaia. Quem visita sítio de amigos com tamanha frequência?

ÉPOCA mapeou os dados a partir das diárias dos sete servidores que fizeram parte da equipe de segurança do ex-presidente. No total, eles receberam 968 diárias da presidência, custando R$ 189 mil. Os dados mostram que, em muitos casos, os seguranças tiveram de alternar turnos em Atibaia, como forma de garantir que assim sempre estivesse alguém na cidade num determinado período. Se, por exemplo, um segurança ficou de segunda-feira a quinta-feira, e outro chegou na quarta-feira e ficou até sábado, ÉPOCA contabilizou apenas uma viagem, de segunda a sábado. O itinerário é quase sempre o mesmo: São Bernardo do Campo (onde Lula mora), Atibaia e retorno para a mesma cidade.

A versão de Lula para o caso do sítio é clara. Segundo a assessoria de imprensa de Lula, "o ex-presidente Lula e também Dona Marisa, frequentam em dias de descanso um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia". ÉPOCA questionou o Instituto Lula sobre as viagens dos seguranças a Atibaia, mas a assessoria não fez comentários. Disse que "tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente".

Para fazer essas 111 viagens, os seguranças de Lula pernoitaram um total de 283 vezes em Atibaia. O período total dos documentos é de cerca de 1400 dias _ as datas na cidade representam cerca de 20%.  Em junho e julho de 2014, por exemplo, os seguranças de Lula passaram seis finais de semanas seguidos na cidade do sítio. há casos em que as idas a Atibaia representam quase a metade de todas as viagens feitas por um segurança de Lula.

Fora do país
Como todo ex-presidente, Lula tem por direito contar com segurança e assessores. A lei, contudo, não estende esse benefício a familiares. ÉPOCA cruzou as viagens dos segurança a Atibaia com dados produzidos pela Polícia Federal sobre entradas e saídas do país por Lula, material que integra a investigação do Ministério Público Federal sobre tráfico de influência internacional.

Em seis datas, os seguranças de Lula estão em Atibaia enquanto o ex-presidente ou estava retornado ou deixando o país. Às 7h57 do dia 13 de março de 2013, a PF registrou a saída de Lula do país. Ele começava ali um tour pela África. Naquele mesmo dia 13, o militar Elias dos Reis deixava São Bernardo, rumo a Atibaia. Recebeu de diária R$ 265, voltando a São Bernardo no dia seguinte

Enquanto Lula estava na África, o Planalto assim registrou a viagem a Atibaia: “Compor a equipe de segurança do Sr Ex-Presidente da República”. O que um segurança do ex-presidente fazia em Atibaia enquanto Lula estava na África?
As diárias estão disponíveis a partir de 2012. A primeira ida registrada é em 30 de março de 2012. Naquele ano, as viagens eram curtas. Em 14 ocasiões, foi apenas um bate volta, sem pernoite. 

A frequência começa a se intensificar ao longo dos meses, chegando ao auge em julho de 2014 _ era a Copa do Mundo. Lá, os seguranças de Lula estiveram presentes nas partidas contra Chile e Colômbia, na fase final do torneio. Depois, ficaram o maior período no sítio. A partir do dia 17 de julho, por onze dias seguidos algum segurança presidencial esteve presente em Atibaia.

As visitas mais recentes foram no começo do ano. Os seguranças de Lula passaram o réveillon de 2016 em Atibaia e, depois, ficaram por lá de quinta-feira, dia 7, a segunda-feira, dia 11. Nos documentos do Planalto, há casos em que os seguranças tiveram que registrar as viagens depois do ocorrido. Isso porque, segundo os assessores, a viagem foi feita em cima da hora. “O servidor viajou para atender a demanda da agenda do ex-presidente Lula. E devido a urgência no atendimento não foi possível enviar o SCDP [registro] antes da ocorrência da respectiva viagem”, diz um dos registro.

Os dados denotam que a frequência de Lula em Atibaia pode ser maior do que a visita a amigos donos do sítio, como ele já admitiu em nota à imprensa. Os donos do sítio são dois sócios do filho de Lula, Fábio Luís. Segundo a Folha de S. Paulo, fornecedores da obra disseram que o sítio foi reformado pela Odebrecht.

Fonte: Revista Época