Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador arrastão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador arrastão. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 15 de março de 2023

Explicações desnecessárias - Percival Puggina

 

        Raymond Aron, filósofo francês do século passado, em entrevista que recentemente assisti, questionado pelo repórter sobre como explicar que parcela da intelectualidade francesa justificasse o stalinismo, disse: “Você conhece a expressão inglesa ‘wishfull thinking’ (pensar segundo o que se deseja)?” E mais adiante conta se haver interrogado durante muito tempo sobre os motivos pelos quais era tão difícil para certos intelectuais aceitar que 2 +2 seja igual a 4 e que o gulag não era uma democracia.

Esse breve trecho da conversa, que adoraria assistir na íntegra, me fez pensar nos presos do arrastão do dia 9 de janeiro e me perguntar sobre o motivo pelo qual, para certas pessoas, é tão difícil entender que aquilo não é coisa que se faça. E, por isso mesmo, tão inédita na história de nossa justiça.      

No dia 10 de janeiro, ao tomar conhecimento dos relatos e queixas dos presos arrebanhados na véspera e depositados em condições desumanas no ginásio da PF de Brasília, o ministro Alexandre de Moraes, numa espécie de wishfull thinking, chamou-os indistintamente de “terroristas” e ironizou: “Até domingo, faziam baderna e cometiam crimes. Agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias” (aqui).

Recentemente, transcorridos dois meses dos fatos, Alexandre de Moraes e Rosa Weber visitaram o presídio feminino Colmeia (não foram à Papuda). Três dias depois, o ministro declarou que a comida servida há dois meses “é caótica”. Matéria do UOL do dia 9 de março informa que “Um relato obtido pela reportagem, por exemplo, descreve um cenário de "refeições com larvas, cabelos". Já um dos relatórios da Defensoria diz que a "esmagadora maioria dos reclusos apontou que uma das proteínas fornecidas é absolutamente intragável".

A alimentação é apenas uma das penosas consequências de se arrebanhar mais de duas mil pessoas em locais não preparados para isso, sendo que a imensa maioria delas não deveria ter sido presa como foi nem permanecido presa além da audiência de custódia (de regra, efetuada logo após a prisão).  

Todo rigor se compreende em relação aos vândalos e à sua conduta, tão estúpida e delinquente na forma quanto enigmática quanto aos fins. Mas manter presos os demais, por tanto tempo, em péssimas condições, sob severas restrições pelo “crime” de rezarem e cantarem hinos diante do quartel pedindo algo que não tinham o menor poder de fazer acontecer? Francamente!

Então, o ministro fala com a governadora que se compromete a resolver o problema da alimentação dos presos num local que, de fato, não é uma colônia de férias. E lembra, o ministro, haver o STF, em 29 de junho de 2020, apontado como um Estado de Coisas Inconstitucional” a situação dos presídios brasileiros. Você entendeu? Eu não entendi.

A frase de Raymond Aron, mencionada acima, me remete a uma conclusão bem sintética: há coisas que não se explicam. O Brasil é um mostruário de enigmas.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sábado, 18 de fevereiro de 2023

Os direitos constitucionais da corrupção - Percival Puggina

Nota do autor: estas reflexões me ocorrem quando penso nos muitos formadores de opinião sumariamente privados de sua fonte de subsistência porque contrariaram os donos do poder. Há algo muito errado aí.

         A combinação da Operação Lava Jato com a jurisprudência que permitiu o cumprimento provisório da pena após a condenação em segunda instância foi a versão moderna da pesca milagrosa.  
Jamais se vira algo assim fora do Mar da Galileia! 
Era muito peixe graúdo na rede. A cada arrastão, a malha se fechava sobre poderosos empresários, executivos de inimagináveis salários, figuras destacadas da cena política nacional, tesoureiros e operadores de partidos políticos. 
Saqueada e abusada, durante década e meia, a nação passou a ser informada sobre o escândalo de cada dia. E cada dia tinha o seu enquanto viaturas da Polícia Federal agitavam as alvoradas em operações de estranhíssimos nomes. Um bálsamo para quem tem senso de justiça e se indigna ante o assalto ao patrimônio da sociedade.

Em longa tradição do Direito Penal brasileiro não havia interdição a que o réu, condenado em segunda instância, iniciasse o cumprimento da pena de prisão. Esse foi o entendimento até que, em 2010, o STF fez valer a letra fria e visionária do inciso LVII do art. 5º da Constituição Federal: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença criminal condenatória”. Um desastre. Os processos eram empurrados para frente e para longe com os talões de cheques.

Ficou tão difícil ficou prender bandido rico que, em 2016, o mesmo STF retornou à orientação anterior. Foi um ano fervilhante! A operação Lava Jato desvendava os fundilhos da República, a justiça profissional de primeiro e segundo grau acelerava o passo e o recolhimento à prisão era ameaça bem próxima no horizonte dos criminosos.

Formou-se fila para as colaborações premiadas. Fila de confessionário em domingo de Páscoa.  
Todos se apressavam em colaborar com a Justiça, devolver dinheiro roubado, entregar bens e anéis mal havidos para salvar os dedos, cobrar o prêmio da colaboração e poder usar o banheiro de casa. 
Subitamente, com a nova orientação, renascia a prática do exame de consciência e ninguém tinha dúvida sobre as próprias culpas. 
 
No contundente diagnóstico do senador Romero Jucá, tornou-se urgente “estancar a sangria”. Frear a Lava Jato. 
O modo cirúrgico de suturar a artéria e parar os vazamentos incluía a participação do STF. 
Fazia-se necessário acabar com a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Afinal, a Constituição diz que só depois de sentença criminal condenatória transitada em julgado, certo?

Certo, mas errado. O preceito se opõe à proteção da sociedade, impede a realização da justiça, desmoraliza os juízos de primeiro e segundo graus, distribui a esmo atestado de inocência a criminosos que são verdadeiros flagelos sociais engravatados, muitos dos quais já condenados, sobre cuja culpa não cabe dúvida alguma e em relação a quem a sociedade tem o direito de cobrar sanção penal.

Mude-se, então a Constituição, exigem os falsos ingênuos. Eles sabem, porém, que o Congresso Nacional dificilmente o fará porque é tudo que os criminosos com mandato parlamentar não querem, ora essa! Bastaram seis anos com a “nova convicção” do STF para a corrupção se reerguer politicamente e voltar ao governo, inclusive mandando ao raio que a parta a Lei das Estatais, que saneou essas instituições vedando em seus órgãos de direção a presença de políticos e pessoas não qualificadas.

A luta de vida ou morte contra a corrupção e a impunidade prossegue. Na Câmara dos Deputados, Deltan Dallagnol propôs criar uma Comissão Especial para estudar emenda à Constituição que viabilize a prisão após condenação em 2ª instância; 
- no Senado, Sérgio Moro consegue as 27 assinaturas necessárias para desarquivar projeto de lei dispondo sobre a matéria. E o STF?  Constrange, dói na alma dos cidadãos cumpridores de seus deveres, que reconhecem a importância das instituições, ter que se perguntar, diante de possíveis futuras decisões do Congresso Nacional, se o Supremo abandonará a nação no relento da impunidade.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

O atentado silencioso - Guilherme Fiuza

Gazeta do Povo - VOZES

No dia 11 de setembro de 2001 o mundo achou que estava acabando. Ou pelo menos que estava chegando ao fim um determinado tipo de civilização. Aqueles aviões atirados contra prédios imensos em Nova York talvez não existissem, até então, nos piores pesadelos. E as notícias em tempo real indicavam que havia outros aviões sequestrados e prontos para ser usados também como dardos gigantes – a exemplo de outro que já explodira contra o Pentágono.


Foto: Big Stock

Os Estados Unidos da América estavam vulneráveis como uma casa de bonecas no meio de um bombardeio. A nação mais poderosa do mundo capitulando ao vivo daquela forma patética e chocante parecia mesmo a senha do fim do mundo. Mas não era. O mundo só acabou 20 anos depois.

A imagem terrível de aviões cheios de passageiros usados como dardos diabólicos parecia que jamais teria paralelo – mas aí está ele. Num arrastão totalitário e obscurantista, crianças são empurradas para tomar vacinas sem estudos conclusivos quanto a eficácia e nem mesmo quanto a segurança – num experimento hediondo que despreza os baixíssimos riscos infantis da doença contra a qual supostamente se quer imunizar.

Ninguém com vergonha na cara em 2021 consegue explicar a lógica de se vacinar crianças contra covid. Mas uma menina de 12 anos com sequelas neurológicas após se vacinar, apresentada por sua mãe em prantos no Senado dos EUA, não comove a humanidade – não a ponto de uma revisão severa neste plano de vacinação irresponsável. Segundo levantamento recente do epidemiologista John Ioannidis (Universidade de Stanford) a chance de morte por covid de 0 a 19 anos de idade é, em média, de 0,0027%.  

Quem tem coragem de afirmar que a menina Maddie, de Ohio, precisava tomar essa vacina como uma cobaia para “salvar” crianças e adolescentes de um risco de 0,0027% de morrer? O mundo acabou. Você tem à sua volta novos dardos diabólicos mostrando a face hedionda da humanidade – agora apontados para bilhões de pessoas. Um dos maiores propagandistas desta insana vacinação infantil contra covid é o mesmo que está sob investigação do Senado norte-americano – suspeito de bancar a manipulação do coronavírus no Instituto de Virologia de Wuhan, cidade chinesa onde surgiu a pandemia, Dr. Anthony Fauci. Anote este nome no seu diário do fim do mundo.

Vacinas que sequer impedem a transmissão do vírus entre pessoas vão sendo empurradas dentro de uma suposta ética de saúde. É claro que se uma vacina gera imunização individual (ao menos contra agravamento da infecção, como dizem) e não impede o contágio, não há ética coletiva alguma sustentando a tese de que todos precisam se vacinar para proteger o outro. E onde se alega ciência sem que exista ciência, pode haver qualquer coisa: propaganda enganosa, lobby, violência ou crime. Só que a humanidade se submete docilmente a esses perigosos princípios farsescos. O que houve com o mundo? É simples: ele acabou.

A mãe de Bruno Graf, morto aos 28 anos de idade de AVC hemorrágico após se vacinar contra covid, está encomendando exames no Brasil e no exterior para investigar exatamente a causa da morte. Foi a mesma vacina e a mesma consequência que matou Thaís Possati de Souza – levando a Anvisa a vetar essa vacina para grávidas. A mãe de Bruno, Arlene Ferrari Graf, tem recebido diversos relatos de famílias de vítimas das vacinas contra covid – todas vítimas da desinformação e da propaganda enganosa que vende a vacinação como um processo seguro e eficaz, sem que os estudos requeridos estejam concluídos.

O mundo acabou porque a humanidade entregou sua saúde e sua liberdade aos tiranos do falso humanismo. Virou refém de lockdowns, passaportes sanitários e outras atrocidades. Isso é terrível e pode ter consequências ainda mais profundas que quatro aviões sequestrados por terroristas carniceiros. Em setembro de 2021, o mal está vestido com as roupas do bem. Rasguem-nas, se acharem que ainda pode haver vida saudável depois do fim.

[o Blog Prontidão  Total, corrobora sua posição favorável ao uso de vacinas. Apenas nos parece que o uso em pessoas dos 12 aos 17 anos deve ser precedido de amplos estudos e realizado sob rigoroso acompanhamento dos que receberem o imunizante.
Não podemos deixar de destacar o comportamento estranho, dizendo o mínimo, do governador do DF,  que passou a priorizar a segunda dose, em detrimento da primeira - por óbvio, aplicar a primeira é essencial para que possa ocorrer a aplicação da segunda dose. Temos observado que a cada dia o número de 'completamente' vacinados se aproxima do número dos que tomaram a primeira dose = quando os vacinados com a primeira dose ainda não representam sequer 70% do total de vacinados. 
Se alguma  coisa não for feita para incrementar a primeira dose, logo o número dos vacinados com a segunda dose alcança o dos que receberam apenas a primeira e vai sobrar, digamos, um 'buraco'  entre 30% a 40% da população do DF que não tomaram nenhuma dose.]

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 13 de maio de 2018

Mãe PM reage a arrastão na porta de escola e ladrão morre em São Paulo

Ele aproveitou o momento anterior à abertura dos portões do Colégio Ferreira Master para anunciar o assalto 

Imagens Fortes

Uma policial militar de folga baleou um ladrão no momento em que ele tentava fazer um arrastão em um grupo de pais, na entrada de uma escola particular no Jardim dos Ipês, em Suzano, região metropolitana de São Paulo. O caso aconteceu na manhã deste sábado, 12, e a mulher, que é mãe de um dos alunos, não teve o nome divulgado. O bandido levou tiros na perna e no peito e morreu.

Até o fim da tarde, o acusado também não havia tido a identidade confirmada pela Polícia Civil. Ele aproveitou o momento anterior à abertura dos portões do Colégio Ferreira Master para anunciar o assalto. Enquanto o homem começa a revistar um segurança do colégio, que estava sob a mira de sua arma, a policial militar sacou a pistola e atirou contra o agressor. Havia ao menos cinco mães na calçada, cada uma com seus filhos. Ao ouvir os disparos, elas pegaram as crianças pelas mãos e saíram correndo, em desespero. Câmeras de segurança filmaram toda ação e as cenas foram espalhadas pelas redes sociais.

O homem tombou no chão assim que recebeu os disparos e deixou cair seu revólver.
Na sequência, passou a mostrar a palma das duas mãos para a PM em sinal de rendição. A policial, após atirar, buscou proteção em um carro estacionado na porta da escola. Dentro do veículo, entretanto, havia outra mãe, que buscava manobrar para fugir. Ao ver a arma caída, sem tirar o homem de sua mira, a PM caminhou em direção ao revólver e o chutou, para afastá-lo do alcance do homem. Em seguida, recolheu a arma e mandou o homem, já sangrando, virar de bruços para que fosse detido.

Segundo a Polícia Civil, o homem foi levado para o pronto-socorro da Santa Casa de Suzano, mas não resistiu aos ferimentos. Até o começo da noite deste sábado, a Secretaria Estadual da Segurança Pública não havia passado informações sobre o caso, afirmando que a ocorrência ainda estava em apuração.  

Correio Braziliense