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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Acusado de pagar propina e na fila do setor de passaporte da PF estava... - O Globo

Ancelmo Gois

STJ revoga (sic) pedido de prisão contra neto do ex-presidente militar João Figueiredo


STJ reformou a decisão da Justiça Federal
A 6ª turma do STJ, a pedido do advogado Sérgio Riera, revogou [sic] o pedido de prisão de Paulo Renato Figueiredo Filho, para que responda ao processo em liberdade. O neto do general João Figueiredo, último presidente da ditadura, mora nos EUA, onde chegou a ser preso.  
[cabe comenta por alguns detalhes inusuais na matéria:
- Paulo Renato é acusado de corrupção ativa; 
- um banco estatal incorreu no crime de corrupção passiva - quem foi processado? 
- a matéria destaca a condição de neto de um ex-presidente da República - entendemos, em nossa ignorância jornalística - que tal destaque foi para 'adoçar' a manchete, tornando-a mais atrativa;
- só que, fez questão de destacar ser o ex-presidente um militar????
- um pedido de prisão pode ser aceito - quando se transforma em mandado de prisão, este sim, pode ser revogado - ou negado, não podendo, enqanto pedid, ser revogado.]
É acusado de pagar propina ao BRB, banco estatal do Distrito Federal, em troca de recursos para a construção do extinto Trump Hotel, no Rio — hoje batizado de LSH Lifestyle.

A vida como ela é: na fila do setor de passaporte da PF estava... Celso Amorim

por Ancelmo Gois

A espera de Celso Amorim


 

Quem estava tranquilamente aguardando sua vez na fila do setor de passaporte da Polícia Federal, no shopping RioSul, estes dias, era o diplomata Celso Amorim, 77 anos, que foi chanceler dos governos Itamar e Lula. [logo ele, que se especializou em fornecer passaporte para bandidos,incluindo dezenas de lulopetistas, com destaque para familiares do ex-presidente.

Uma crítica que não resistimos à tentação de fazer: quando o Presidente Bolsonaro vai cessar com a distribuição de isenção de vistos para ingressar no Brasil?
Presidente! a mulher que é muito fácil visitar, perde o valor.]


Ancelmo.com - O Globo 

 

sábado, 11 de maio de 2019

Bolsonaro cita ‘alguns problemas’ no governo e fala em possível ‘tsunami’




Em evento da Caixa, presidente não explicou a que se referiu; Congresso, que analisa MP da reforma administrativa, impôs derrotas ao governo nesta semana




O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 10, que seu governo enfrenta alguns problemas devido à forma como ele escolheu governar, preterindo indicações políticas na composição de sua equipe. Ele disse, ainda, que poderá enfrentar “um tsunami na semana que vem”, mas não explicou a que se referiu. O presidente participou do evento “Nação Caixa” nesta manhã, em Brasília, e falou brevemente a gestores da Caixa Econômica Federal.
“Se por ventura eu indicar alguém, falei para os ministros, eles têm poder de veto. O que eu quero deles, na ponta da linha, é produtividade. Tem que atender o fim, a quem se destina a instituição. E assim estamos governando. Alguns problemas? Sim, talvez tenha um tsunami na semana que vem. Mas a gente vence esse obstáculo com toda certeza. Somos humanos, alguns erram, uns erros são imperdoáveis, outros não”, comentou, sem maiores detalhes.

[presidente, se o 'aiatolá de Virginia'  calar a boca e sair de cena e seus filhos aceitarem que o Brasil não é uma monarquia - é uma República, da qual o senhor é o presidente, eleito com quase 60.000.000 de votos -  e cuidarem das funções institucionais deles (para as quais foram eleitos), seu Governo toma um bom rumo.

Não falo, nem posso, falar em nome do povo, mas, é isso o que se percebe.
Sua credibilidade ainda vai bem, com viés de queda,  devido as interferências astronômicas e familiares.

A popularidade que o senhor tinha quando foi eleito é recuperável, desde que o seu governo comece  - o que só vai ocorrer de verdade se as interferências cessarem.
 
Presidente, desautorize o filósofo, rompa publicamente com aquela figura e será EXCELENTE para o Brasil, para os brasileiros e para o seu governo.]

Nesta semana, o governo sofreu algumas derrotas no Congresso. Na quinta-feira, 9, a comissão especial responsável por analisar a medida provisória 870, que definiu a estrutura da gestão de Bolsonaro, decidiu transferir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública para o Ministério da Economia. O ministro da Justiça, Sergio Moro, defendeu e continua insistindo que o órgão deve ficar sob sua responsabilidade. Os plenários da Câmara e do Senado ainda votarão a MP 870.

Na quinta-feira, 9, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a ordem do dia sem colocar a medida em votação pelo plenário da Casa, o que torna sua aprovação mais arriscada, já que o texto da reforma administrativa perde a validade em 3 de junho. A MP, no entanto, deverá ser pautada para votação na próxima semana.

Em sua fala, Jair Bolsonaro citou a própria Caixa como exemplo de distribuição de cargos que, para ele, “não tinha como dar certo” em governos anteriores. “A imagem distorcida da Caixa era em função disso. Cada partido tinha uma presidência, uma vice-presidência. Não tinha como dar certo. Escolhi nossos ministros por critério técnico, todos têm liberdade para decidir”, afirmou.

No evento desta sexta, Jair Bolsonaro disse também que quando conheceu o presidente do banco estatal, Pedro Guimarães, “foi amor à primeira vista”, e em seguida brincou que os dois se deram hoje um “abraço hétero”. O presidente ainda comentou o episódio em que foi atacado em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral, se emocionou e foi aplaudido na sequência.

Veja


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Mulher de Fernando Pimentel recebeu cerca de R$ 4 milhões



Carolina Oliveira, mulher do governador de Minas, recebeu R$ 1,2 milhão de empresas com contratos com o BNDES. Pimentel era ministro do Desenvolvimento, a quem banco estava subordinado
A Polícia Federal mapeou pagamentos para a mulher do governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, no valor de R$ 3,7 milhões. Segundo a PF, os pagamentos foram feitos em favor da empresa Oli Comunicações, que pertence a Carolina Oliveira. Os valores abrangem o período de 2011 e 2014.


O grupo francês Casino, dono do Pão de Açúcar, pagou R$ 362,8 mil, entre abril de 2012 a julho de 2012; o Marfrig pagou R$ 595 mil entre novembro de 2011 a abril de 2012; a empresa de publicidade Pepper deu R$ 300 mil. O consultor Mario Rosa, ligado a Benedito Oliveira, o Bené, um dos financiadores da campanha do petista, repassou para a Oli, empresa fantasma, segundo o Ministério Público, o total de R$ 2,4 milhões de 2012 a 2014. A Polícia Federal pediu a busca e apreensão contra 34 alvos. O MP reduziu para 25 e o Superior Tribunal de Justiça autorizou 19.

A PF investiga, assim, indícios de operações irregulares realizadas pelas empresas na
Operação Acrônimo – que apura suposto esquema de desvio de recursos públicos para financiamento de campanhas eleitorais como a do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel. Em decisão do Superior Tribunal de Justiça, que autorizou nesta quinta-feira (25) a segunda fase de mandados de busca e apreensão, o ministro Herman Benjamin diz que “a análise de representação e do parecer do MP indicam que já foram apreendidos documentos (notas fiscais) relativos às operações supostamente irregulares” envolvendo as duas companhias de capital aberto, segundo documento obtido por ÉPOCA

Por essa razão, não foram autorizadas diligências da PF nos escritórios dessas empresas.
Em janeiro de 2014, quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – Mdic,  o BNDES, vinculado ao Mdic, adiou o vencimento de um título de dívida do Marfrig no valor de R$ 2,15 bilhões, passando de junho de 2015 para janeiro de 2017. Sem essa operação, o frigorífico poderia quebrar. Ao todo, o banco estatal investiu cerca de R$ 3,5 bilhões na companhia, tornando-se o seu segundo maior acionista. Em 2014, a dívida do Marfrig era de R$ 8,4 bilhões. 

Além do Casino e do Marfrig, o diretório do PT de Minas, o BNDES e a Petrobras também estão na mira dos investigadores. Segunda decisão do STJ, “foram encontradas suspeitas de discrepâncias entre as despesas de campanhas declaradas à Justiça Eleitoral e registros contábeis apreendidos em posse de Benedito Rodrigues de Oliveira e notas fiscais encontradas na busca realizada na sede da Gráfica e Editora Brasil Ltda”. A Gráfica e Editora Brasil, controlada pela família de Benedito, recebeu R$ 294,2 milhões dos cofres públicos entre 2004 e 2014.

Apesar dos indícios de irregularidades, o ministro considerou que “a realização de busca em sede de partido político por autoridades policiais é medida de extrema gravidade no regime democrático, devendo estar plenamente justificada em elementos concretos”. Em relação ao pedido de diligências na sede do BNDES e da Petrobras, o STJ não se convenceu da necessidade de tal medida, porque essas estatais estão “obrigadas a prestar todas as informações necessárias à apuração dos fatos”. Os valores constam de uma tabela apreendida na casa de Carolina Oliveira.

Em nota, a "Marfrig informa que não efetuou qualquer pagamento para a empresa Oli Comunicações. A Marfrig desconhece as investigações mencionadas, não podendo assim  comentar um assunto do qual não tem informação."


Fonte: Revista Época

domingo, 3 de maio de 2015

Lula anda para trás

Não há espaço para dúvidas. Para Lula o Estado é um instrumento para que o chefe possa distribuir favores. E, pelo que diz, ele teria sido recordista nessa prática

Pose de galo de briga, tom de desafio e farta distribuição de impropérios aos seus críticos. Nada de novo. No palanque montado pela CUT no 1º de Maio, o que se viu foi mais do mesmo. Lula sendo o Lula que ele crê insuperável. Lula que, diante da elevadíssima conta que tem de si, não percebe - ou faz de conta que não vê - a mudança dos humores em relação a ele e ao PT.

Candidatíssimo, mas incapaz de vender ilusões depois de mais de uma década de sucessivos escândalos de corrupção, incompetência gerencial e desgoverno, Lula não tem saída a não ser repetir a mesma cantilena. Faz-se de vítima, se diz durão, garante que não vai abaixar a “crista”, nem o “rabo”, seja lá o que isso quer dizer. [ele diz que não vai baixar a 'crista' nem o 'rabo' mas já está de 'quatro' a muito tempo.
Naquela posição que torna humilhante certas práticas = pronto para tomar de quatro.]
 
Defende a sua pupila Dilma Rousseff por conveniênciaa derrocada dela coloca em risco suas chances de sucesso em 2018. Mas fala como opositor ao governo, como se nada tivesse a ver com a ocupação do Estado pelo seu partido ou com a roubalheira deslavada. Como não fossem companheiros os condenados no mensalão e os agora envolvidos nos R$ 6 bilhões surrupiados da Petrobras. Fala como se o desacerto na economia fosse obra do acaso.

Os inimigos que Lula elege continuam os mesmos. Ao ódio à revista Veja, Lula acrescentou a semanal Época, que na última edição revela que o ex é alvo de investigação por tráfico de influência por ter beneficiado a Odebrecht em contratos  externos financiados pelo BNDES, mantidos em sigilo pelo banco estatal.  Mas, diferentemente do que costumava fazer ao demonizar a mídia, desta vez Lula agrediu diretamente os jornalistas: “Peguem todos os jornalistas da Veja e da Época e enfiem um dentro do outro que não dá 10% da minha honestidade”.  E insinuou que as empresas lhe devem favores - “Conheci muitos meios de comunicação falidos e ajudei porque acho que tem de ajudar”.

O tom da fala beira a chantagem, como se agora quisesse cobrar a conta. E estendeu isso ao que chama de elite brasileira, toda ela devedora de suas benesses. “Eles deveriam agradecer a Deus, todo dia acender uma vela, pela minha passagem e da Dilma pelo governo, mas são masoquistas, gostam de sofrer”, disse, depois de revelar seu espanto de essa mesma elite temer que ele volte à Presidência.

Não há espaço para dúvidas. Para Lula o Estado é um instrumento para que o chefe possa distribuir favores. E, pelo que diz, ele teria sido recordista nessa prática.  Como candidato, Lula precisará mais do que discursos requentados na jornada que se estende até 2018. Seu partido e sua afilhada estão acuados. Outros aliados – especialmente o fiel PMDB – cultivam terrenos e asas para voos mais ousados. Economia estagnada combinada com inflação alta e empregabilidade instável pode ser fatal às suas pretensões. E ele próprio já não consegue atrair multidões, muito menos elã inebriá-las.

Ao contrário do que disse - “Sei de onde vim, sei onde estou e sei para onde eu vou” –, Lula exibe certezas incertas. Sabe de onde veio. Mas, sem compreender as demandas do país que dispensa a sua liderança até para ir às ruas, tem no máximo uma vaga noção de onde está. Muito menos sabe para onde ir. Anda para trás.


Fonte:  Mary Zaidan,  jornalista. E-mail: zaidanmary@gmail.com Twitter: @maryzaidan