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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Senhores senadores da CPI-Covidão - sugestão de trabalho sério: cobrar do Ibaneis que informe as razões dele estocar vacinas, deixando milhares de pessoas em uma fila que não anda?

A  CPI COVID-19 está desperdiçando tempo procurando crimes não ocorridos. Seria bem mais útil para o contribuinte - especialmente os do DF - que cobrasse do governador Ibaneis a motivação dele estar estocando vacina.

É o que qualquer um pensa ao saber que o DF tem mais de 300.000 vacinas em estoque, com mais de um MILHÃO      de pessoas necessitando de  vacina - VACINAS SALVAM VIDAS - e simplesmente os postos de vacinação estão vazios - só os funcionários, com uma procura mínima. Hoje, teve um posto de vacinação que iniciou as atividades no inicio da manhã e até o meio dia tinha vacinado apenas 80 pessoas.

Alegam ser o pessoal com comorbidade que está travando a fila. Por sua vez, os acusados se defendem alegando  que a fila não anda  devido exigências absurdas para um doente provar que é portador de comorbidade. Os idosos, da faixa acima dos 61 não são vacinados devido o travamento da vacinação do pessoal da comorbidade.

[IMPORTANTE: No DF, já entrou fora da lista original de prioridades o pessoal do Ministério da Saúde e os aeroviários.
Lembramos que o tira e põe de exceções nas prioridades é uma porta aberta para eventuais favorecimentos - incluindo, eventualmente, desvio para outros estados.]

E NADA É FEITO. Esse comportamento, desidioso e imotivado  coloca em risco a vida de mais de um milhão de pessoas que só serão vacinados quando a fila andar. Temos elevado índice de certeza - compartilhada com muitos que esperam o andar da fila - dos reais objetivos do Ibaneis!!!

Relator Calheiros: sugerimos que em vez de perder tempo lendo trechos em alemão, faça um comício na CPI questionando a lerdeza do DF na vacinação. Sugestão que se estende ao senador Omar e àquele do Amapá.

Nosso muito  obrigado - em nome de mais de um milhão de pessoas que aguardam para tomar a primeira dose da vacina contra a COVID-19.

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segunda-feira, 24 de maio de 2021

A mídia passou da oposição a Bolsonaro ao ódio gramatical, sofre bloqueio psicológico e se alia a Renan Calheiros

Imprensa sofre bloqueio psicológico e se alia a Renan Calheiros

A mídia passou da oposição a Bolsonaro ao ódio gramatical, como descrito no dicionário, e do ódio a um estado de permanente excitação nervosa

 Tudo bem: a “CPI da Covid”, como se autonomeou a aglomeração de aproveitadores formada no bas fond do Senado Federal com a finalidade oficial de “apurar” o que houve de errado na administração da epidemia no Brasil, vai resultar, para qualquer efeito prático, no equivalente a três vezes zero. Como poderia ser diferente? Fez parte da mais legítima natureza dessa gangue política, composta por muito do que existe de pior na política nacional, agir, antes mesmo da sua primeira reunião, exatamente ao contrário do que pretendem ser tais “comissões” — pelo menos segundo o que está dito na lei. Para não tornar a conversa mais demorada do que que é preciso: pode haver uma comissão, formada por parlamentares, mas não há, nunca houve e nem vai haver inquérito nenhum.

Desde o primeiro minuto do que eles chamam de “trabalhos”, a “CPI da Covid” não fez inquérito sobre nada. Não foram investigadas quaisquer suspeitas sérias. Os inquisidores não foram capazes de demonstrar, ao longo dos interrogatórios feitos até agora, aquele mínimo de qualidade técnica que se exige da mais modesta delegacia de polícia do interior na condução de um inquérito. Não houve a procura, o processamento e o exame de fatos. Não houve, por parte dos senadores empenhados na acusação, o mais remoto sucesso, ou esforço, em comprovar alguma coisa, nem mal e mal, de tudo o que estão dizendo — até agora, a sua atividade vem se resumindo a exibir aos gritos uma suspeita e, depois, ficar repetindo os gritos que deram. Não houve, em suma, o menor talento em nada do que se fez. Sobrou apenas uma pasta de latidos sem coerência, sem direção e sem objeto determinado — uma operação amadora, incompetente e mal-intencionada.

Faz ruído entre os políticos e o mundinho que gira em seu redor, mas não leva a nada. 
Não vai se descobrir, não com o mínimo de provas que é necessário, absolutamente coisa nenhuma. Nenhum crime vai ser revelado — nem os crimes imaginários, pela simples razão de que não existem, nem os crimes reais, pela razão ainda melhor de que os senadores armaram essa farsa justamente para impedir que fosse apurada qualquer parcela da roubalheira maciça praticada em função da Covid-19 pelas “autoridades locais”. Nada vai mudar. Ninguém vai ser responsabilizado. Ninguém vai perder o emprego. Punição de verdade, então, nem pensar — como se vai punir o autor de um crime se não conseguem mostrar o crime? No mundo dos fatos reais, enfim, a CPI está morta — mortinha da silva. Nem dentro do Congresso Nacional, do Congresso como ele é, a coisa existe mais.
 
O que chama atenção, nisso tudo, é uma espécie de comorbidade que parece ter se desenvolvido entre os diversos vírus em circulação dentro da CPI e o comportamento da maior parte da mídia em relação a esse assunto. Falando francamente: parece que o cérebro da imprensa realmente cozinhou, como resultado direto da sua oposição cada vez mais incondicional contra o presidente da República e a tudo o que tenha relação com o seu governo.  
Na ânsia de combater o que os jornalistas parecem considerar a pior calamidade dos 500 anos de história do Brasil, a mídia começa a fazer qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo — inclusive aliar-se com alguém da categoria do senador Renan Calheiros, o “Atleta” da lista de políticos comprados que a empreiteira Odebrecht guardava nos computadores do seu “Departamento de Operações Estruturadas”, ou de corrupção, em português corrente. Renan, hoje, se reinventou como arquiduque da oposição nacional e faz a função de inquisidor-chefe da CPI. Na mesma balada, a imprensa se entrega a outro inimigo declarado do governo o presidente da comissão —, um senador investigado pela Polícia Federal por corrupção grossa na área da saúde do Amazonas, por sinal um dos Estados que tem mais denúncias por corrupção envolvendo Covid e “autoridades locais”.

Não é mais política, nem é raciocínio. É um tipo de ideia fixa
Os dois são hoje contra o governo — é tudo o que se precisa, no Brasil de 2021, para o sujeito virar herói da mídia. Não houve, desde o começo da história, a mínima menção — não se diga crítica, mas apenas uma menção de caráter informativo, só isso — sobre os processos de corrupção que se amontoam sobre o senador Renan há dez anos, tantos que nem os seus advogados saberiam dizer ao certo quantos são. Nem um pio, também, sobre o homem do Amazonas. Ele e Renan não são contra Bolsonaro? Então: os jornalistas ligam o piloto automático que determina hoje tudo o que escrevem ou falam, e eis aí os dois transformados em estadistas das primeiras páginas e do horário nobre, investigadores destemidos que fazem CPI, ameaçam um ex-ministro de prisão, como se fossem o guarda da esquina, e insultam abertamente um outro que é general do Exército brasileiro. A imprensa reproduz isso tudo como se Renan Calheiros e o outro fossem os políticos mais sérios do mundo.
Registra-se como episódio normal, também, que Renan quer contratar uma “agência de checagem” (ou de verificação de notícias tidas como “falsas”) para “checar” os depoimentos das pessoas que são interrogadas na “CPI” e para ajudar o Congresso Nacional na tarefa de descobrir fatos vitais sobre a passagem da Covid-19 pelo Brasil. Como assim? “Agência de checagem”? O Congresso Nacional vai gastar mais de R$ 10 bilhões em 2021; tem todo o tipo de serviços, recursos e pessoal para atender a qualquer exigência de trabalho. Por que raios precisaria de uma “agência de checagem”, coisa que não tem CNPJ próprio, nem endereço, nem composição, nem personalidade jurídica definidos? 
Imagina-se que a Polícia Federal, as 27 polícias estaduais e mais o resto da máquina oficial tenham condições de levantar qualquer informação dentro ou fora do Brasil — ou só as “agências de checagem”, grupos de militantes que denunciam como “falsas” meramente as notícias das quais não gostam, conseguem descobrir a verdade? (Não se sabe, obviamente, quanto poderia custar, em reais, esse tal contrato; as “agências de checagem” não vão checar.)

Na verdade, há um fato que está muito claro em tudo isso. A mídia passou da oposição a Jair Bolsonaro ao ódio gramatical, como descrito no dicionário, e do ódio a um estado de permanente excitação nervosa. Quando aparece uma “CPI” como essa, um número surpreendente de jornalistas coloca para fora, à vista de todos, o que parece ser uma coleção obscura de anseios — o de agente de polícia, em primeiro lugar.  Aparentemente, os circuitos mentais da maioria das pessoas que trabalham na imprensa, mesmo as que não tratam de política, não estão funcionando mais de maneira normal. 

Assim que os nomes “Jair” e “Bolsonaro” são transmitidos aos seus cérebros, o raciocínio lógico trava no ato — e, aí, pessoas que são perfeitamente capazes de pensar com coerência, trocar ideias de maneira construtiva e entender que há mais de um ponto de vista sobre as coisas, entram numa espécie de bloqueio psicológico e, subitamente, só são capazes de pensar “naquilo”. Não é mais política, nem é raciocínio. É um tipo de ideia fixa. Os analistas teriam um bocado de coisas a dizer sobre isso.

J.R. Guzzo, colunista - Jovem Pan 


quarta-feira, 5 de maio de 2021

Cientistas identificam proteínas ligadas aos casos graves de covid-19

Cientistas dos EUA identificam mais de 250 moléculas associadas à piora da infecção pelo Sars-CoV-2. Algumas têm concentrações distintas no corpo em caso de morte do paciente ou de cura da doença. Descoberta pode ajudar a melhorar as opções terapêuticas

Idade e comorbidades são fatores de risco conhecidos da covid grave. Porém, o que intriga médicos é por que pessoas com as mesmas condições de saúde têm desfechos tão diferentes. Ao buscar essa resposta, pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts (HGM), nos EUA, descobriram um grupo de 250 proteínas circulando no organismo de pacientes com a forma severa da doença. Em um estudo publicado na revista Cell Reports Medicine, a equipe, liderada pela especialista em doenças infecciosas Marcia Goldberg, defende que esses marcadores podem ser alvo de terapias que evitem os danos a órgãos vitais que levam à morte por Sars-CoV-2.

“Nosso interesse era saber se poderíamos identificar os mecanismos que podem estar contribuindo para a morte em covid-19”, diz Goldberg, autora sênior do estudo. Para tanto, a equipe do HGM usou a abordagem da proteômica, a análise de toda a composição da proteína de uma célula, um tecido ou um organismo. Os pesquisadores aplicaram a técnica em amostras de sangue de pacientes que deram entrada no pronto-socorro do hospital com sintomas respiratórios compatíveis com os da covid-19. No total, foram 306 coletas de pacientes com teste positivo para a doença e de 78 com sintomas semelhantes, mas resultado negativo para a infecção pelo novo coronavírus.

Em seguida, Arnav Mehta, pesquisador de pós-doutorado no Broad Institute da Universidade de Harvard, fez a interpretação dos dados produzidos pela análise proteômica. O estudo demonstrou que a maioria dos pacientes com covid-19 tem uma assinatura consistente de proteína, independentemente da gravidade da doença — como seria de se esperar, seus organismos deflagram uma resposta imunológica ao produzir proteínas que atacam o vírus. “Mas também encontramos um pequeno subconjunto de pacientes com a doença que não demonstraram a resposta proinflamatória típica de outras pessoas com covid-19”, diz Goldberg. Esses pacientes, porém, tinham a mesma probabilidade de sofrer a condição grave da doença. Ele observa que as pessoas nesse subconjunto tendiam a ser mais velhas e com doenças crônicas, indícios de que, provavelmente, tinham o sistema imunológico enfraquecido.

Trajetória
A próxima etapa foi comparar as assinaturas de proteínas de pacientes com doença grave (definida como aqueles que necessitaram de intubação ou que morreram dentro de 28 dias de admissão hospitalar) com casos menos graves. A comparação permitiu aos pesquisadores identificar mais de 250 proteínas associadas à severidade da doença, com amostras coletadas dos pacientes em três momentos (quando foram internados, três e sete dias depois). “Isso nos permitiu olhar a trajetória da doença”, afirma Mehta, em nota. Entre outras descobertas, a análise mostrou que a proteína associada à gravidade mais prevalente, uma proteína proinflamatória chamada interleucina-6, ou IL-6, aumentou de forma constante em pacientes que morreram, enquanto aumentou e, depois, diminuiu naqueles com doença grave que sobreviveram.

As primeiras tentativas de cientistas para tratar pacientes com covid-19 que desenvolveram dificuldade respiratória aguda com medicamentos que bloqueiam a IL-6 foram decepcionantes, lembra Goldberg. Porém, estudos mais recentes se mostraram promissores na combinação desses medicamentos com o esteroide dexametasona.

Os pesquisadores observam que muitas das outras proteínas associadas à gravidade que a análise identificou são, provavelmente, importantes para entender por que apenas uma parte de pacientes de covid-19 evolui para casos graves. Aprender como a doença afeta os pulmões, o coração e outros órgãos é essencial, afirmam, e a análise proteômica do sangue é um método relativamente fácil para obter essa informação. Goldberg acredita que as assinaturas proteômicas identificadas no estudo conseguirão explicar os diferentes prognósticos dos pacientes. “Elas serão úteis para descobrirmos alguns dos mecanismos subjacentes que levam à doença grave e morte na covid-19”, diz.

Melhor compreensão

Precisamos entender as diferenças entre as pessoas que morrem de covid-19 e as que têm apenas um caso leve da doença. Temos de saber como as proteínas do vírus estão interagindo com as células humanas e o que podemos fazer a respeito. Não faltam terapêuticas possíveis, o que precisamos é obter uma melhor compreensão de como os genes do vírus se comportam e como essa atuação afeta as células humanas.”

Jack Chen, pesquisador de bioinformática da Universidade do Alabama, que está desenvolvendo um banco de dados genéticos do Sars-CoV-2 e da interação do coronavírus com amostras de sangue de pacientes graves

Ciencia-e-saude - Correio Braziliense