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sábado, 23 de janeiro de 2021

Governo federal pode ser responsabilizado por mortes da Covid-19, dizem médicos e cientistas

O Globo

Especialistas ouvidos pelo GLOBO dizem que já perderam esperança de Ministério da Saúde abrir diálogo com comunidade científica 

O histórico de medidas do governo federal que prejudicaram, em vez de ajudar, o combate à Covid-19 no Brasil atingiu limite que faz médicos e pesquisadores perderem a esperança na possibilidade de diálogo, afirmam pesquisadores consultados pelo GLOBO. 

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Especialistas que, mesmo num cenário de desacordo, buscam ser ouvidos para políticas públicas para resposta à pandemia afirmam não ver perspectiva de melhora no combate à Covid neste governo.

Em carta publicada na noite desta sexta-feira (22) na revista médica "The Lancet", o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, que coordena pesquisa nacional sobre prevalência da Covid-19, disse que se o Brasil tivesse tido um desempenho apenas "mediano" no combate ao vírus, mais de 150 mil vidas teriam sido salvas. [criticar com base no 'tivesse tido' ou 'tivesse feito' é fácil.]

"A população brasileira representa 2,7% da população mundial. Se o Brasil tivesse tido 2,7% das mortes globais de Covid-19, 56.311 pessoas teriam morrido", escreveu o pesquisador. "Contudo, em 21 de janeiro, 212.893 pessoas já tinham morrido de Covid-19 no Brasil. Em outras palavras, 156.582 vidas foram perdidas no país por subdesempenho." [os especialistas preferem manobrar números totais, assim disfarçam as falhas que vitimaram países que seguiram suas sugestões;  
Jamais citarão o percentual  de contagiados e mortos na Suécia - e o que representam no total da população daquele país.]

Segundo o epidemiologista, o governo federal tem um peso maior de culpa nessa avaliação. — Se essa responsabilidade é compartilhada entre governo federal, estados e municípios ou se é uma responsabilidade mais concentrada no governo federal, que é a minha opinião, isso é questão para debate, mas o número é indiscutível — disse Hallal ao GLOBO. [debater para que? infelizmente, os óbitos já ocorreram e novos serão impedidos por Deus e depois com a vacina. Quando o presidente responder uma frase tipo a acima com um DAÍ? o criticam.Chorar sobre o leite derramado é inútil.]

O pesquisador, que teve verba federal para seu projeto cortado em agosto do ano passado e teve nomeação para reitor declinada por Bolsonaro, afirma estar sofrendo perseguição. [a última palavra deste parágrafo, explica a "isenção" do "especialista"].

[Mais uma vez os cientistas de gabinete e especialistas em nada - os familiares da maioria deles, só agora sabem que são cientistas e especialistas em nada, sempre prontos a declararem o que quem os entrevista deseja ouvir - buscam um diálogo desnecessário. O que o Brasil e um grande número de países precisa no momento é da vacina - uma que seja segura, eficaz e sem efeitos colaterais adversos -  para imunizar o maior número possível dos seus habitantes e conter a expansão do coronavírus.
O momento é de ação e não de diálogo de uma nota só. Dialogar com os que acusam o governo de tudo que foi feito de forma errada e também de não fazer o que não há  certeza de que seria o correto,é desperdiçar tempo. Diálogo de uma nota só, visto que grande parte dos países que sofrem os efeitos da covid-19 estão entre os que adotaram as medidas preconizadas pelos especialistas, em nada: tranca tudo, isolamento social, distanciamento, etc. 
E outros países que não adotaram tais medidas - entre os do primeiro mundo a Suécia lidera - não estão enfrentando elevado número de contágios e mortes. 
Acusar, sem precisar provar pelo menos que sabe o que está falando, é fácil. Felizmente, a disponibilidade da vacina no Brasil começa a se consolidar, apesar dos uivos dos arautos do pessimismo que chegaram a estimar a chegada das doses produzidas na Índia para o fim de março = são apenas dois milhões de doses, mas que vacinam dois milhões de pessoas.
Contando com os seis milhões de doses da CoronaVac que já está, segundo dizem, em poder do Butantan, o número de vacinados ultrapassará os dez milhões. Infelizmente, a CoronaVac tem um rendimento equivalente a metade do número de doses. 
Não fosse essa limitação, só com as doses já disponíveis seriam vacinados oito milhões de brasileiros e brasileiras.
E a chegada do IFA para a vacina da Fiocruz ainda não está atrasada, visto que a data contratual é de 31 jan 2021. Do IFA ou da vacina pronta.]

Outra cientista que publicou crítica contumaz ao governo federal nesta semana foi a sanitarista Deisy Ventura, da USP, que liderou um projeto para mapear todas as medidas normativas do governo, além de atos de propaganda e atos de contestação a outros entes da república que buscavam combater a Covid-19.

Entrevista: 'Em 2020, achei que tínhamos chegado ao limite. Mas agora não sei mais qual o limite do pior', diz defensora pública do interior do Amazonas

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Sociedade - O Globo

 

sábado, 9 de janeiro de 2021

Projeto na Câmara pretende barrar medidas de isolamento social

O texto foi apresentado, em maio, pelos deputados Major Fabiana (PSL-RJ) e Guilherme Derrite (PP-SP) e está sob avaliação

Um projeto de lei apresentado na Câmara pretende proibir que prefeitos e governadores adotem medidas de isolamento social, ou editem decretos que limitem outros direitos sociais, como a liberdade de locomoção durante a pandemia do novo coronavírus. O texto foi apresentado, em maio, pelos deputados Major Fabiana (PSL-RJ) e Guilherme Derrite (PP-SP) e está sob avaliação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso a proposta seja aprovada, os gestores dos estados e dos municípios poderiam sofrer processo de impeachment, se violassem a regra. 
Em abril do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que tanto a União quanto estados e municípios têm autonomia para adotar medidas sanitárias, como o fechamento de estradas e do comércio. [só que a autonomia da União ficou simbólica, visto que a decisão na prática impediu que  medidas de combate à covid-19  adotadas por estados e municípios fossem revogadas pela União.]

De acordo com a justificativa do projeto, direitos coletivos estariam sendo violados em todo o país. Gestores locais estariam suprimindo prerrogativas protegidas por cláusula pétrea (que não pode ser alterada na Constituição). “Ocorre que essa flexibilização de direitos fundamentais, sem qualquer parâmetro técnico e razoável, está sendo incutida em decretos de executivos regionais, muitos, inclusive, sem respaldo das Assembleias Legislativas. Em nome de medidas sanitárias, as autoridades administrativas revestem-se de uma falsa legitimidade e reverberam atos discricionários, sem qualquer demonstração de estudos científicos que lhes deem supedâneo”, diz um trecho do texto.

Os deputados alegam que as medidas de isolamento só poderiam ser adotadas mediante Estado de Sítio, que seria decretado pelo presidente da República, com autorização do Congresso. “Destarte, o Constituinte Originário, ao traçar os desenhos da estrutura do Estado, vislumbrando situações extremas, possibilitou, em um regime de exceção, o Estado de Sítio, como medida última de preservação do Estado Constitucional, com flexibilização de direitos individuais e coletivos, por meio de um criterioso mecanismo formal, que visa blindar a adoção de medidas por um poder de maneira unilateral”, completa o texto.

A proposta é que seja alterada a Lei do Impeachment para incluir o afastamento por violação de direitos coletivos em estado de calamidade pública. O isolamento social é a principal recomendação da comunidade científica para impedir a circulação em larga escala do novo coronavírus e conter a pandemia, com o objetivo de evitar que o sistema de saúde entre em colapso. Procurados pela reportagem para comentar o projeto, os deputados Major Fabiana e Guilherme Derrite não retornaram as ligações.

Política - Correio Braziliense

 

sábado, 23 de janeiro de 2016

"O preço do aparelhamento"

É impossível qualquer brasileiro medianamente informado não se sentir envergonhado diante de dois anúncios que se tornaram públicos na última semana. 

O governo dos Estados Unidos e autoridades da União Europeia aconselharam seus cidadãos, particularmente as mulheres grávidas, a não virem para o Brasil e para a América Latina. Isso porque, pisar em solo latino americano, em particular em terras brasileiras, significa expor-se ao Aedes aegypti, o conhecidíssimo mosquito da dengue, da zika e da chicunkunya. No caso do Brasil a decisão de americanos e europeus revela com incrível nitidez o alto preço que pagamos por admitir uma forma de fazer política que favorece o aparelhamento do Estado

Quando o desenfreado empreguismo político se sobrepõe às competências técnicas e o patrimonialismo fala mais alto do que o investimento social, invariavelmente chegamos a uma situação como a que vivemos agora: falta uma política de saúde pública que priorize a prevenção, não há competência para mobilizar a sociedade com o comprometimento necessário para encarar a epidemia e o volume de recursos destinados às pesquisas é inversamente proporcional aos bilionários dutos da corrupção que se multiplicam por aqui.

Há décadas sabemos que no verão há a explosão populacional do Aedes. Há décadas sabemos quais as regiões serão as mais atingidas. Mas, nossas bem remuneradas autoridades, principalmente as que ocupam postos federais, parecem ignorar esse zunido. Uma omissão que acabou não só produzindo estatísticas cada vez mais alarmantes, como permitindo a geração de um supermosquito, vetor de vírus cuja ação no organismo ainda não é totalmente conhecida e a cada dia se mostra mais grave e até mortal. Tem razão a comunidade científica em espernear. Parece inacreditável, mas em 2016 estamos perdendo a guerra para um mosquito e sequer temos como definir com precisão qual a consequência disso, embora não seja exagero dizer que em poucos anos haverá um enorme número de brasileiros portadores de problemas mentais e necessidades especiais em razão da microcefalia.

Não se trata de falta de recursos. Pelo contrário, há dinheiro para derrotar o mosquito. O que falta são projetos sérios, elaborados por técnicos competentes e vontade política para encarar a questão de frente. Apenas projetos de poder não conseguem mudar essa realidade e os que temos a nossa disposição são tão tímidos e sórdidos, que acabam derrotados por um mosquito. Na quinta-feira, a presidente Dilma se reuniu com diversos ministros e anunciou medidas que talvez tenham chegado tarde demais. 

Fonte: Editorial - Isto É - Mário Simas Filho, Diretor de Redação