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quinta-feira, 20 de abril de 2023

A soja fecha o verão e entra em seu lar - Revista Oeste

Evaristo de Miranda
 
Para onde irão os 153 milhões de toneladas de soja da safra brasileira? Cerca de 60% serão exportados. Os outros 40% você encontrará em produtos como pastas de dentes ou chocolates
Grãos de soja | Foto: Alf Ribeiro/Shutterstock
Águas de março e colheita da soja fecharam o verão. Neste outono, o país colherá uma safra recorde: 153 milhões de toneladas, 20% acima da anterior. Houve recuperação na produtividade das lavouras, prejudicadas por condições climáticas adversas na safra 2021/22
Esta safra de soja alimentará o mundo e os brasileiros, moverá veículos (biodiesel) e será a base de produtos, consumidos e usados no cotidiano, fabricados por indústrias agroalimentares, farmacêuticas, químicas, cosméticas e da construção civil. Em todas essas indústrias, há soja.
 
O grão de soja tem muitas virtudes. Em média, possui 40% de proteínas, 20% de lipídios (óleo), 5% de minerais e 34% de carboidratos (açúcares, como glicose, frutose, sacarose, fibras e oligossacarídeos). 
soja não tem amido, nem glúten.  
O feijão, outra leguminosa, não possui as isoflavonas, substâncias benéficas à saúde presentes na soja, em particular no controle de doenças crônicas, como câncer, diabetes mellitus, osteoporose e cardiovasculares.
 
Para onde irão os 153 milhões de toneladas de soja da safra brasileira? 
Cerca de 60% serão exportados. 
Alimentarão a humanidade e suas criações. 
Os outros 40%, você encontrará direta ou indiretamente em seu cotidiano. A soja (Glycina max Merr.) está presente em pastas de dentes, barras de chocolate e achocolatados. 
Confira a embalagem dos mais sofisticados chocolates suíços, belgas, italianos e brasileiros: contém lecitina de soja
Consumiu chocolate, comeu soja. 
lecitina de soja é utilizada em centenas de produtos da indústria agroalimentar como emulsificante, estabilizante, antioxidante, agente contra o salpiqueio e até na composição das cápsulas de medicamentos.
Foto: Ivan Kislitsin/Shutterstock
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Os pneus de seu carro podem ter soja. Na produção de pneus, o óleo de soja funciona como elemento reativo de processamento de borracha. Compostos de borracha, feitos com óleo de soja, misturam-se mais facilmente com a sílica usada na banda de rodagem. O óleo de soja utilizado pela Goodyear no pneu Wrangler Workhorse AT proporciona melhor desempenho em diferentes temperaturas, maior aderência à pista e melhora o seu desempenho
Agora no Brasil, esse pneu já está disponível no mercado norte-americano em 40 tamanhos, para mais de 70% dos modelos de carros, minivans e SUVs.
Pneu Wrangler Workhorse AT, da Goodyear | Foto: Divulgação
 
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Foto: Alf Ribeiro/Shutterstock

Leia também “Sobre punks, PANCs e beldroegas”

Evaristo de Miranda, colunista - Revista Oeste


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Inflação dos alimentos continua o dobro do índice geral. Quando vai cair?[quando Lula cair fora.]

O maior impacto no índice do mês veio de Alimentação e bebidas (0,59%), que contribuiu com 0,13 p.p. No acumulado, ficou em 11,07%, um pouco abaixo dos 11,64% de dezembro. [Comentário esclarecedor: afirmamos que a inflação dos alimentos - a pior para os mais pobres - vai começar a cair quando o Lula CAIR FORA. 
Deixamos claro que não temos nenhuma intenção de praticar ato antidemocrático, de insuflar um 'golpe de estado' - caso tivéssemos tal intenção, nos falta o principal, o essencial em um golpe = quem colocar no lugar do deposto???
Apenas, afirmamos o óbvio = como é possível a um presidente que , no 41º dia de governo, ainda NÃO ADOTOU nenhuma medida na área econômica - prefere ficar encrencando com o passado, com o BC, com o teto de gastos - pode diminuir o ritmo inflacionário? 
O atual presidente, que se intitula o 'salvador da pátria' não conseguiu ainda, sequer despachar individualmente com todos os seus ministros.]

No INPC, que se refere às famílias com rendimento até cinco salários mínimos, os alimentos passaram de 0,74% em dezembro para 0,52% em janeiro.

André Braz, economista do Ibre/ FGV, considera que o grupo Alimentação vai se comportar melhor este ano. Segundo ele, este resultado de janeiro é por conta de efeitos sazonais. - Os destaques estão todos no campo, são alimentos in natura. A volatilidade do clima nessa época do ano - chuva forte, sol intenso, - não colabora para oferta regular desses alimentos. E como a oferta diminui, o preço dispara. Então, é uma situação muito concentrada no verão e que tem a ver com a sazonalidade.

Para Braz, a tendência de queda em comparação a 2022 está sendo antecipada pelo IPA (Ìndice de preços ao produtor, calculado pela FGV), com redução importante no preço de grandes commodities como soja, milho e trigo.- Como essas matérias- primas dão conta de muitos alimentos industrializados e estão com preços em queda, isso vai abrir espaço para que haja uma pressão menor em alimentos. Este movimento devemos observar gradualmente a partir desse primeiro semestre de 2023, mas vai ficar mais flagrante a partir de fevereiro.

Míriam Leitão, colunista - Coluna em O Globo - ÍNTEGRA MATÉRIA


quinta-feira, 14 de julho de 2022

A Alemanha “verde” se prepara para acender as fornalhas - Revista Oeste

J.D. TUCCILLE, da Reason

Desejos e pó mágico para criar uma utopia verde acabaram gerando pedaços de carvão 

 De alguma forma, a Alemanha, um país onde o governo está fortemente comprometido com a energia limpa, está se preparando para acender as usinas de energia a carvão
O movimento é ainda mais impressionante considerando que representantes do governo teimam em não reativar as mofadas usinas nucleares, ou mesmo reconsiderar o calendário para aposentar as que continuam ativas. 
É uma situação espantosa para uma nação que muito recentemente anunciou que logo atenderia a todas as suas necessidades de energia com luz do sol e brisas de verão.


terça-feira, 10 de março de 2020

Suzy, Drauzio Varella e o sensacionalismo - Gazeta do Povo

Madeleine Lacsko

Numa semana as pessoas se comovem e na outra se sentem traídas. 
Que tal se sentirem adultas e responsáveis?

Desde a semana passada venho tentando entender o furor nas redes com a história de Suzy e o abraço dado pelo médico Drauzio Varella, que há mais de 30 anos atua no sistema penitenciário. Num primeiro momento, havia uma multidão comovida e agora, após saber do crime, há uma multidão que se sente traída. O cachimbo do Estado-babá entortou a boca do brasileiro, que abdica de ser adulto e pensar por si, quer que alguém se encarregue sempre das decisões que deveria tomar. 

Tenho muitos irmãos evangélicos e católicos que atuam em ministérios e pastorais em presídios. Eu até faço trabalhos em instituições que abrigam adolescentes infratores, mas é uma falha da minha alma não conseguir me comover com história de adulto criminoso. Não é porque me acho esperta nem se trata de decisão racional: apenas, por algum motivo, não me toca o coração. [a criminosa apesar do crime horrível que cometeu - que a torna merecedora de pena mais severa do que a em cumprimento - merecendo todo o repúdio da sociedade, na entrevista se valeu da omissão do entrevistador e não informou seu horrível crime = o condenado estuprou e  matou por estrangulamento uma criança de 9 anos.

Oportuno lembrar que o entrevistador está correto quanto a não emitir julgamento sobre os crimes dos seus entrevistados. mas, tem o DEVER, em nome da clareza da informação de mencionar que o aquele entrevistado cometeu um crime hediondo.
Sua conduta nesse aspecto foi deplorável, lamentável, reprovável. E até motiva a pergunta: quantos criminosos repugnantes ele entrevistou e deixou, com sua omissão, que fosse passada a imagem de ser um pobre coitado.
No caso em questão a COITADA é a vítima da sanha assassina e doentia do entrevistado.]

Agradeço a Deus por ter colocado no mundo pessoas como meus irmãos que trabalham na recuperação de detentos e o dr. Drauzio Varella, capazes de olhar para aquelas pessoas sem se deixar influenciar pelo peso dos horrores que fizeram. Agradeço principalmente porque, sempre que se fala em prisão, ecoa na minha cabeça a frase que meu professor de Psiquiatria Forense, Alvino Augusto de Sá, amava repetir: "hoje ele está contiDo, amanhã ele estará contiGo."  Acompanhei nas redes a empolgação das pessoas que se uniam em mutirões para escrever cartas para Suzy depois da cena comovente do abraço entre ela e o médico. Preferi calar porque, confesso, tive vergonha do que pensei e senti. Se a pessoa está há 8 anos sem visita, quer dizer que está há pelo menos esse tempo no regime fechado. O que ela fez para ficar tanto tempo?

Vi pessoas se mobilizando para mandar cartas ao presídio e até, ápice da loucura, mobilizando crianças para mandar cartas a uma pessoa presa. Sinceramente, que adulto em sã consciência manda uma carta para alguém cumprindo uma pena longa e coloca o próprio endereço sem se informar sobre essa pessoa? 
Quem coloca uma criança em contato com alguém cuja história e caráter desconhece? 
Adultos não têm o direito de fugir de suas responsabilidades.

É característica da alma humana se compadecer diante do sofrimento alheio, ainda que seja merecido, ainda que se trate de um monstro. O agir, no entanto, depende de decisões adultas e maduras. Nenhum adulto que se leva pela emoção tem o direito de botar a culpa em outra pessoa.

Após ser "revelado" que era realmente gravíssimo o crime que levou a uma pena sabidamente dada apenas a crimes gravíssimos, vi diversas pessoas íntegras que se sentiram traídas - e com toda razão. Ocorre que não foram traídas por uma rede de TV nem pelo médico, foram traídas pelo próprio coração. É decisão emocional - e não racional - se comover sem pensar no que a pessoa fez no verão passado. Não é admissível que um adulto acredite na conversa de alguém que está no regime fechado há pelo menos 8 anos e depois queira dividir a culpa.

Há uma discussão justa sobre se o crime cometido pela pessoa deveria ter sido dito ao público. Como jornalista, questiono em primeiro lugar se teria - como produtora ou editora - selecionado esse personagem específico. Muito provavelmente não, mas isso é porque tenho esse defeito do coração duro mesmo. O segundo ponto é, uma vez tomada a decisão de dar voz a essa pessoa, se informaria ao público o crime. Eu sou da confusão, colocaria a informação em letreiro na tela para aparecer bem na hora em que todo mundo estivesse chorando de pena de alguém que está no mínimo há 8 anos na cadeia.

A reação forte diante da revelação do crime, que incluiu até ameaças contra o dr. Drauzio Varella, mostra a incapacidade total de lidar com frustrações, a característica fundamentalmente adolescente da nossa sociedade.  Que o episódio sirva para que repensemos nossa postura diante do sensacionalismo, uma técnica poderosa utilizada desde a Roma Antiga. Trata-se de descrever um evento olhando pelo seu ângulo mais "sensacional", ou seja, pelo que mais causa sensações nas pessoas, mais puxa pelo emocional, sem ter a mesma preocupação com fatos e contextualização. Seja diante do sensacionalismo na grande mídia ou dos gafanhotos de redes sociais, a nossa postura é a de rendição total.

O sensacionalismo na mídia de massas é muito mais fácil de perceber do que nas redes sociais, onde tudo é triado por algoritmos e você só recebe o que mexe com as suas sensações em particular. Emoções são naturais da alma humana e é ótimo que possamos ter essa experiência, mas será que não estamos colocando emoção demais e cérebro de menos em diversos tipos de decisões no cotidiano? Não tenho resposta.

Madeleine Lacsko, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


sexta-feira, 29 de março de 2019

Chuvas ácidas de verão

Bolsonaro desiste de Vélez no MEC e Maia desiste de Bolsonaro na reforma

Com tantas prioridades, Brasília anda em círculos, num chove e não molha que não leva a nada e atrapalha tudo: a troca de desaforos entre os presidentes da República e da Câmara e a queda do ministro da Educação, que já foi decidida pelo chefe Jair Bolsonaro e é questão de tempo – horas, ou dias.É inacreditável que Bolsonaro tenha riscado um novo fósforo no incêndio com o deputado Rodrigo Maia, quando a sensação no governo e no Congresso era de que o pior da crise havia passado. Alguém consegue entender por que o presidente foi falar novamente que Maia está nervoso “por problemas familiares”?

Já imaginaram se o deputado devolvesse na mesma moeda e desafiasse Bolsonaro a duelar com insinuações contra a família? Ele não faz isso porque seria um golpe abaixo da linha da cintura e também porque tem boas relações com o senador Flávio Bolsonaro, que também é do Rio. O que parece claro é que Bolsonaro vai sempre governar atacando num dia, recuando no outro, mais preocupado com três ou quatro milhões de bolsonaristas da internet do que com os 200 milhões de brasileiros. Como isso só atrapalha a reforma da Previdência, Rodrigo Maia decidiu deixar o presidente pra lá e articular com quem realmente interessa. Ontem, fez as pazes com Sérgio Moro, da Justiça, e acertou os próximos passos com Paulo Guedes, da Economia, seu principal parceiro no governo. De quebra, recebeu Onyx Lorenzoni (Casa Civil).

Funciona mais ou menos assim: todo mundo deixa Bolsonaro brincando com os filhos nas redes sociais e vai tocar a reforma da Previdência, o pacote anticrime o que mais for importante para o próprio governo e para o País sair do buraco e recuperar um lugar ao sol. Moro repõe seus projetos na lista de prioridades, tanto na Câmara quanto no Senado, mas com um cuidado: falar mais no combate ao crime organizado e deixar o endurecimento das regras contra corrupção (que atinge partidos e políticos) a reboque. Um pequeno ajuste, ou uma pequena inversão, para reduzir resistências.

Guedes, que já deu seu recado – “Não tenho apego a cargo” –, vai fazer o que Bolsonaro se recusa a fazer e o vice Hamilton Mourão já faz naturalmente: abrir as portas do seu gabinete para grupos de parlamentares, de prefeitos, de governadores. Ou seja: ele vai articular apoio político. Quanto ao ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez: esse é caso perdido. Bolsonaro ora diz que é fake news, ora confirma, ora é dúbio, mas a verdade é uma só e óbvia: ele já decidiu demitir Vélez, a pessoa errada, no lugar errado, na hora errada.

Aliás, o próprio Bolsonaro disse em entrevista à Rede Bandeirantes o que todo mundo sabe: “O MEC não está dando certo”. E explicou por quê: “Você tem que ter poder de comando, exercer autoridade, indicar pessoas corretas”. Vélez não comanda nada, nem sabia do adiamento da avaliação da alfabetização; não tem autoridade, já que os técnicos, os militares e os “olavetes” da pasta se engalfinham à luz do dia; e há controvérsias se ele realmente escolheu as pessoas corretas para cada órgão, depois de seis recuos e 15 exonerações. Em três meses, nada andou no MEC.

Vélez não tem apoio do setor, nem dos generais, e acabou de perder o do padrinho Olavo de Carvalho. Logo, só falta uma coisa: arranjar alguém disposto a descascar “esse abacaxi do tamanho de um bonde”, segundo o ministro. Um abacaxi com bilhões de reais de orçamento e bilhões de problemas a resolver.

Moro. A foto de Maia com Bolsonaro, dias atrás, teve 3.700 curtidas no Instagram. A dele com Moro, ontem, bateu em 6.500 até as 16 horas e continuava crescendo. Brigar com Moro é pior do que com Bolsonaro.
 
Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo
 
 
 

sábado, 23 de janeiro de 2016

"O preço do aparelhamento"

É impossível qualquer brasileiro medianamente informado não se sentir envergonhado diante de dois anúncios que se tornaram públicos na última semana. 

O governo dos Estados Unidos e autoridades da União Europeia aconselharam seus cidadãos, particularmente as mulheres grávidas, a não virem para o Brasil e para a América Latina. Isso porque, pisar em solo latino americano, em particular em terras brasileiras, significa expor-se ao Aedes aegypti, o conhecidíssimo mosquito da dengue, da zika e da chicunkunya. No caso do Brasil a decisão de americanos e europeus revela com incrível nitidez o alto preço que pagamos por admitir uma forma de fazer política que favorece o aparelhamento do Estado

Quando o desenfreado empreguismo político se sobrepõe às competências técnicas e o patrimonialismo fala mais alto do que o investimento social, invariavelmente chegamos a uma situação como a que vivemos agora: falta uma política de saúde pública que priorize a prevenção, não há competência para mobilizar a sociedade com o comprometimento necessário para encarar a epidemia e o volume de recursos destinados às pesquisas é inversamente proporcional aos bilionários dutos da corrupção que se multiplicam por aqui.

Há décadas sabemos que no verão há a explosão populacional do Aedes. Há décadas sabemos quais as regiões serão as mais atingidas. Mas, nossas bem remuneradas autoridades, principalmente as que ocupam postos federais, parecem ignorar esse zunido. Uma omissão que acabou não só produzindo estatísticas cada vez mais alarmantes, como permitindo a geração de um supermosquito, vetor de vírus cuja ação no organismo ainda não é totalmente conhecida e a cada dia se mostra mais grave e até mortal. Tem razão a comunidade científica em espernear. Parece inacreditável, mas em 2016 estamos perdendo a guerra para um mosquito e sequer temos como definir com precisão qual a consequência disso, embora não seja exagero dizer que em poucos anos haverá um enorme número de brasileiros portadores de problemas mentais e necessidades especiais em razão da microcefalia.

Não se trata de falta de recursos. Pelo contrário, há dinheiro para derrotar o mosquito. O que falta são projetos sérios, elaborados por técnicos competentes e vontade política para encarar a questão de frente. Apenas projetos de poder não conseguem mudar essa realidade e os que temos a nossa disposição são tão tímidos e sórdidos, que acabam derrotados por um mosquito. Na quinta-feira, a presidente Dilma se reuniu com diversos ministros e anunciou medidas que talvez tenham chegado tarde demais. 

Fonte: Editorial - Isto É - Mário Simas Filho, Diretor de Redação