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domingo, 5 de novembro de 2023

Bomba nuclear: ministro israelense é suspenso por Netanyahu após sugerir detonação de artefato em Gaza - O Globo

O Globo e agências internacionais

O ministro israelense Amichai Eliyahu foi suspenso, neste sábado, de reuniões do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após sugerir que detonar uma bomba nuclear na Faixa de Gaza era uma opção para o governo. O titular da pasta do Patrimônio de Jerusalém fez a afirmação em um programa de rádio local.

A declaração repercutiu imediatamente nos países árabes. A Arábia Saudita condenou a fala do ministro israelense, e afirmou que ela é um exemplo do "extremismo e da brutalidade" do gabinete ministerial de Netanyahu, que comandava o país, até o início da guerra contra o Hamas, à frente de uma coalizão de extrema direita. Após os ataques terroristas do grupo palestino, foi formado um governo de coalizão com representantes de partidos da oposição.

Eliyahu, que é de extrema direita, foi questionado na entrevista a uma rádio israelense se o uso de uma bomba nuclear para Israel "destruir o Hamas" que controla a Faixa de Gaza, era uma possibilidade. Ele respondeu que era "um caminho".

Antes, ele já havia afirmado, na mesma entrevista, que oferecer ajuda humanitária aos habitantes de Gaza era um "erro" e que não existiam "não-combatentes" no território palestino.  
Eliyahu apoia o projeto de retomada de assentamentos israelenses no enclave. 
E afirmou, quando questionado sobre onde viveriam os palestinos da Faixa de Gaza, que "podem ir para a Irlanda ou para algum deserto".

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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Extremismo - STF se comporta como uma ditadura de terceiro mundo

 J.R. Guzzo

Decisões recentes de ministros do STF se assemelham a arroubos autoritários de ditadores do terceiro mundo

O STF, o único governo de fato que existe no Brasil de hoje, assume cada vez mais a cara, corpo e alma de uma dessas ditaduras africanas (a América Latina já está numa outra fase) nas quais um ato extremista puxa outro e os ditadores, nos seus arranques de despotismo, vão perdendo o contato com a realidade. Acontece o tempo todo: 
os ministros, colocados diante de uma decisão radical, tomam outra ainda mais radical. Aconteceu de novo.

Sem razão nenhuma, apenas usando a petição de um partido-anão para satisfazer os seus desejos políticos (e os do resto do STF), o ministro Luís Roberto Barroso impôs ao Senado uma humilhação espetacular: mandou o presidente da Casa abrir uma CPI que ele, no pleno uso dos seus direitos constitucionais, não queria abrir. Logo depois de ter feito a Câmara engolir a prisão ilegal de um deputado, o STF dobra a aposta, enfiando goela abaixo do Senado uma CPI sem pé nem cabeça, integralmente facciosa, e sem nenhum outro objetivo que não seja agredir o Executivo.

A comissão, como se sabe, é para investigar a conduta do governo federal durante a pandemia de Covid-19. Só a dele, é claro, e não as ações dos estados e municípios que receberam do mesmo STF, há mais de um ano, autonomia completa para gerir a epidemia e só produziram até agora 360 mil mortos e uma devastação sem precedentes na economia do país.

Não saiu bem como queriam; na forma final, ficou aberta uma brecha para perguntas sobre a maciça roubalheira de verbas federais por parte das “autoridades locais”, um escândalo em moto contínuo que já provocou mais de 70 investigações da Polícia Federal. Mas o propósito de atacar o governo e, especialmente, a Presidência da República, permanece intacto: junto com a CPI, para completar o serviço, o STF deu curso a um prodigioso processo para julgar Jair Bolsonaro por “genocídio” — pelo que deu para entender, o presidente está sendo acusado de não fornecer água potável às “populações indígenas”. Acredite se quiser.

Como tinha acontecido na Câmara, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, cedeu miseravelmente a mais uma intromissão do STF em questões internas do Congresso Nacional. Durante os últimos 63 dias, Pacheco vinha argumentando que não abria a CPI pedida pelo partido nanico porque o momento, no meio de uma tragédia absoluta, não era apropriado. Não aconteceu nada de novo até agora — mas o “momento”, assim que Barroso falou, passou a ser ótimo. O ministro mandou, Pacheco obedeceu no ato; ao que parece, estão se acostumando a apanhar e gostar. É isso, hoje, o Parlamento brasileiro.

Como acaba de escrever a Gazeta do Povo, o Supremo cometeu um suicídio moral ao anular todas as ações penais contra Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, inclusive a sua condenação em terceira e última instância por nove juízes diferentes. Suicidou-se outra vez, logo em seguida, ao julgar o juiz Sergio Moro “suspeito” de agir com parcialidade — com base em informações obtidas através de crime e cuja autenticidade está em dúvida.

Com os seus repetidos surtos na área política, o STF está operando, a cada dia que passa, como uma das ditaduras mais extravagante e subdesenvolvidas que há por aí.

J. R. Guzzo, jornalista - VOZES - Gazeta do Povo 

 

sábado, 20 de abril de 2019

Autoritarismo e ignorância

O ódio se transformou em política de estado. A ignorância se metamorfoseou em mérito. A ameaça virou moeda. É a barbárie do extremismo direitista


O fantasma do autoritarismo ronda novamente o Brasil. Desta vez, por paradoxal que pareça, em plena vigência da mais democrática das constituições brasileiras, a de 1988. Os sinais são evidentes. Tudo começou com o processo de desmoralização das instituições do estado democrático de direito pelo PT. Foram estendidos ao limite os liames institucionais. A tomada do aparelho de estado pelo petismo não encontra paralelo na nossa história. Estabeleceu o saque organizado da coisa pública, socializando os ganhos com os partidos que davam sustentação ao projeto criminoso de poder. Esse foi o ponto máximo do socialismo petista: a divisão — desproporcional, claro — do butim oriundo do erário.

A permanência desse processo por mais de uma década e a revelação do modus operandi
por meio, principalmente, da operação Lava Jato, permitiu, de um lado, corromper toda a estrutura estatal. Pela primeira vez na nossa história, um projeto de poder se espalhou por todas as esferas do Executivo e alcançou até o Judiciário. Esta solidez foi abalada pela ganância da máquina petista. Foram com muita sede ao pote — além de prejudicar antigos esquemas de corrupção. A volúpia acabou levando os camaradas ao desastre.

Por outro lado, acabou revelando a pobreza ideológica das lideranças do campo antipetista. Tudo se resumiu, especialmente no biênio 2015-2016, em denunciar as mazelas da dupla Lula-Dilma. Nada mais que isso. Dos movimentos pelo impeachment nasceram líderes, com raras exceções, identificados com o extremismo político. E do campo empresarial — que já teve como líder Roberto Simonsen, autor de “História Econômica do Brasil” — surgiram gestores que mal conseguem articular uma tuitada. São liberais dignos de uma ópera bufa, proxenetas ideológicos, néscios modernos.

Assim como no futebol, o vazio é ocupado. No nosso caso foi pelo extremismo direitista. O ódio se transformou em política de estado. A ignorância se metamorfoseou em mérito. Quanto mais ignorante, melhor. Transplantaram para o Brasil ideologias exóticas produzidas pelos reacionários americanos. As instituições democráticas passaram a ser vilipendiadas. O direito à alteridade foi negado. A ameaça virou moeda rotineira dos embates políticos. Utilizam-se da injúria. Usam palavras de baixo calão como conceitos sociológicos. É a barbárie institucionalizada. Ameaçam tomar completamente o poder. Ainda é tempo de reagir.


Marco Antonio Villa -  IstoÉ

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Política não rima com radicalização

Vivemos um momento de transição. A Nova República foi sepultada pelas urnas no último mês de outubro. O velho regime não resistiu frente às grandes manifestações de rua de 2015 e 2016.  O processo de impeachment de Dilma Rousseff foi o seu estertor. Como todo processo de transição, há a combinação de antigas formas de fazer política com as novas. E essas últimas são múltiplas e muitas vezes antagônicas entre si. A novidade também padece de racionalidade.

Os primeiros dias da presidência Bolsonaro e do novo Congresso Nacional foram marcados por muita agitação política. As eleições para as mesas diretoras foram animadas — especialmente para o Senado. O velho ramerrão congressual parece coisa do passado. O desafio é construir uma nova prática parlamentar, dinâmica, antenada com as ruas mas que se paute pela conduta democrática e edificar maiorias pelo debate político, pelo convencimento, e não pela força, pela agressão barata.

Os primeiros sinais de extremismo já são notados. E deverão se acentuar quando forem debatidos temas polêmicos, como a reforma da Previdência e o pacote de leis encaminhado pelo ministro Sergio Moro. O palco dos embates mais acesos deverá ser ocupado pelos extremistas. Eles necessitam dar uma resposta aos seus eleitores que se alimentam do ódio, não da saudável convivência dos contrários. E, tudo indica, poderemos ter cenas de pugilato na Câmara dos Deputados.

Parte da renovação política — que foi muito saudável, registre-se — acabou produzindo parlamentares que são mais atores do que políticos. Representam seus papéis para as galerias. Não conhecem o trâmite parlamentar, possuem uma formação política rudimentar, têm enorme dificuldade de dialogar com aqueles que não rezam pelo seu credo. Vão criar problemas, inevitavelmente. Já é possível notar o desejo de a todo custo ocupar a mídia com ações espetaculosas, sem nenhum conteúdo político. Para esses, o importante é — a qualquer preço — chamar a atenção do público. A política é espetáculo para ser imediatamente reproduzido nas redes sociais.

Todo esse cenário faz parte de um período de transição. Estranho seria se após o final do velho regime (a Nova República) surgisse imediatamente uma nova elite política. Isso só vai ocorrer após um processo de depuração. O problema é que o Brasil necessita de soluções imediatas para enfrentar os graves problemas nacionais.

Estranho seria se após o final do velho regime (a Nova República) surgisse imediatamente uma nova elite política

 Marco Antonio Villa