Postura do GDF em prorrogar negociação com policiais civis gera reação
Representantes do alto escalão do governo adotaram uma posição de só negociar a recomposição salarial reivindicada por policiais civis em fevereiro. A postura gerou reações da categoria que alega falta de vontade política
[o que embaraça as negociações entre os policiais civis e o GDF é a insistência da categoria em exigir algo que AINDA não foi aprovado.
O projeto de reajuste da PF tem tudo para ser aprovado pelo Congresso Nacional, mas AINDA NÃO FOI SEQUER DISCUTIDO. Na atual conjuntura - em que mais uma vez o servidor público, de qualquer categoria, é considerado o responsável maior pela atual crise - o reajuste da PF pode ser aprovado ou não.
E os policiais civis de uma forma teimosa, até mesmo sem fundamento, insistem em ter o mesmo percentual que consta do PROJETO - projeto NÃO é lei e todos sabem disso - que contempla a PF.
Fica complicado uma negociação baseada em algo que não existe e que portanto não pode ser cobrada.]
A
posição de representantes do alto escalão do Governo do Distrito
Federal (GDF) em negociar o reajuste salarial reivindicado por policiais
civis apenas em fevereiro gerou reações da categoria. Secretários do
Executivo local consideram que, atualmente, é impossível conceder o
aumento de 37% exigido pelos servidores em razão da dificuldade em
caixa. O GDF alega que faltam R$ 900 milhões para fechar o ano e a
recomposição salarial dos policiais civis prejudicaria ainda mais o
cenário.
Agentes
e delegados estão em movimento reivindicatório desde 4 de julho para
manter a paridade do reajuste com a Polícia Federal que teve 37% de
recomposição autorizada pelo governo federal, mas o projeto ainda
precisa ser votado no Congresso Nacional. A cada semana servidores
adotam novas medidas para pressionar o Executivo local e conseguir o
aumento. Entram na soma paralisações, manifestações, protestos e
assembleias marcadas por ataques ao governador do DF Rodrigo Rollemberg
(PSB).
A
postura do Executivo local contrariou sindicalistas que a cada semana
adotam uma postura para pressionar o governo e conseguir uma proposta
que satisfaça a categoria. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis
do DF (Sinpol-DF), Rodrigo Franco, alegou que a justificativa do
governo em não ter dinheiro não condiz com a realidade. Para ele, falta
vontade política do governador em resolver a questão. “Os recursos do
Fundo Constitucional vão aumentar de R$ 12 bilhões este ano para mais de
R$ 13 bilhões em 2017. Portanto, há recursos suficientes para bancar a
primeira parcela do reajuste salarial com tranquilidade. Quem acaba
sofrendo, infelizmente, é a população em razão da insatisfação dos
policiais civis com a falta de solução para a crise na polícia civil”,
alegou.
Segundo
ele, o impacto financeiro da recomposição salarial dos servidores seria
a partir de 2017 e não afetaria as contas deste ano. “Quem paga os
recursos da segurança pública da capital da república é a União com
verbas federais do Fundo Constitucional. O que está havendo é um desvio
desses recursos do Fundo Constitucional priorizando outras áreas do
governo e não a segurança pública. Esse governo prioriza policiais
militares e bombeiros em detrimento da Polícia Civil”, atacou.
O Correio
procurou a Secretaria da Casa Civil, Relações Institucionais e Sociais
do DF na manhã desta quarta-feira (26/10) e aguarda resposta. Mas, até
hoje, o GDF ofereceu quatro propostas aos policiais civis. A última
delas, apresentada em 16 de setembro, de acordo com o Executivo local,
“tinha o mesmo percentual de aumento negociado pela União com a Polícia
Federal"