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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Forças Armadas voltam à Rocinha, na Zona Sul do Rio

Danúbia Rangel, mulher do traficante Nem, foi presa do Morro do Dendê nesta terça-feira. Seiscentos homens das Forças Armadas atuam na região.

As Forças Armadas retornaram à comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio, no início da manhã desta quarta-feira (11). Na terça (10), os agentes realizaram uma ação de varredura na comunidade e chegaram a deixar o local no fim do dia. O objetivo é que a ação desta quarta não seja de permanência, mas de apenas um dia. 


De acordo com o Comando Militar do Leste, a operação desta quarta é um desdobramento da operação realizada no dia anterior, quando a ação dos militares se concentrou do lado do bairro da Gávea. Nesta quarta, no entanto, a ação vai se concentrar do lado de São Conrado. Seiscentos homens das forças armadas estão na comunidade e o espaço aéreo tem restrições. As tropas dão apoio à Polícia Militar na busca de armas, drogas e criminosos nas áreas de mata da Rocinha. 


A mulher do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, foi presa nesta terça. Danúbia Rangel estava escondida na casa de uma amiga no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. Ela foi condenada a 28 anos de prisão por tráfico de drogas, associação criminosa e corrupção ativa. 

“Não é uma operação de cerco como as demais. Ela é um apoio técnico no sentido de realização de operações de varredura. É um trabalho que emprega detectores de metais e pólvora para detectar materiais que estejam escondidos”, explicou o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, no inicio da manhã desta terça. No total, 1.100 homens atuam na favela, sendo 550 homens das forças armadas (Fuzileiros Navais, Exército e Força Aérea Brasileira) e 550 da Polícia Militar.  

Prisão de Danúbia

"Eu não fiz nada", disse Danúbia, chorando muito, ao ser questionada por repórteres se estava arrependida e se foi expulsa da comunidade. Por volta das 20h20, Danúbia estava na Delegacia de Combate às Drogas, na Cidade da Polícia, prestando depoimento. Em seguida, será encaminhada para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio. 


A prisão de Danúbia foi feita por agentes da 39ª DP (Pavuna) e da 52ª DP (Nova Iguaçu). No fim da tarde, a "primeira-dama do tráfico da Rocinha" foi levada para a Cidade da Polícia. Ao ser presa, Danúbia saía na casa de uma amiga, dirigindo um carro na Rua Carlos Magno, um dos acessos ao Morro do Dendê. Segundo agentes que efetuaram a prisão, Danúbia não quis dar muitas declarações. Disse apenas que que tem poucas informações do marido, já que não podia visitá-lo por estar foragida, e que não sabe praticamente nada da guerra da Rocinha. 



  Danúbia, mulher de Nem, foi presa nesta terça-feira (Foto: Reprodução)


Segundo os policiais, a mulher de Nem estava sendo monitorada há um mês. Há duas semanas, Danúbia conseguiu escapar de uma operação na comunidade Vila Pinheiros.

A criminosa foi expulsa da Rocinha pelo bando de Rogério 157, rival do grupo de Nem na disputa pelo tráfico na comunidade. A batalha sangrenta, intensificada há semanas, levou à realização de operações de segurança quase diárias, inclusive com o reforço das forças militares – nesta terça, houve novos tiroteios. Segundo investigações, mesmo expulsa pela quadrilha rival, Danúbia ainda tem influência na Rocinha. 

domingo, 7 de agosto de 2016

Boulevard é a área mais crítica da segurança dos Jogos Rio 2016

Localizado na Zona Portuária do Rio, o Boulevard Olímpico abriga a Pira e diversas atrações artísticas. A grande concentração de pessoas preocupa as Forças Armadas 

Nas reuniões para tratar da segurança nos Jogos Rio 2016, comandantes das Forças Armadas, coronéis da PM e delegados de polícia falavam do Boulevard Olímpico com preocupação. Porta voz das operações militares, o coronel do Exército Mário Medina até embarga a voz quando o assunto é a área de lazer, localizada às margens da Baía de Guanabara, na região portuária do Rio. O Boulevard abriga desde sexta-feira (6) a Pira Olímpica, cujas chamas não podem se apagar até o fim das Olimpíadas. Isso já despertaria apreensão de sobra, mas o local ainda tem outros atrativos, como telões para assistir às competições dos Jogos, praça de alimentação, lojas, quiosques que vendem cerveja e palcos de shows. Cerca de 80 mil pessoas passarão diariamente por lá. Nesta sábado (6), ÉPOCA circulou pela área que, segundo a PM, tem 2,5 quilômetros de extensão. A caminhada confirma: ali está o ponto mais crítico da segurança nas Olimpíadas.


Existem pelo menos oito pontos de entrada no Boulevard, por diferentes ruas. As pessoas não passam por qualquer tipo de revista. Também não se viam barreiras para abordar suspeitos. Havia poucos policiais circulando. No final da tarde, o policiamento aumentou e três áreas de acesso foram fechadas. O Boulevard também é patrulhado pelos militares da Marinha, cujos quartéis estão localizados na região. No começo do dia, a Pira Olímpica tinha uma vigilância modesta formado por dois guardas municipais e mais adiante quatro fuzileiros navais. O reforço veio no começo da noite. Para tirar selfies, uma multidão ficou em volta da Pira, cercada por grades e um espelho de água. Um gramado recém plantado foi pisoteado, mas os seguranças preferiram não interferir.


O público chega principalmente de trem. Em cada viagem partindo do centro, com intervalo de 15 minutos, o VLT (veículo leve sobre trilhos), um bondinho moderno, despeja centenas de pessoas na estação dos Museus, o principal acesso ao Boulevard. Construído para as Olimpíadas, o VLT chega lotado. Os passageiros ainda estão confusos sobre o uso do cartão de embarque. Cada um deve passar o seu no leitor dentro do trem. Quem der calote, e for descoberto, paga multa de R$ 170. A viagem tem seus solavancos devido às paradas bruscas nos sinais de trânsito. Os motoristas cariocas ainda não se acostumaram ao VLT.

O Boulevard atrai principalmente jovens interessados nos shows os telões com transmissão das competições empolgam menos. Rapazes e meninas circulam quase sempre com copos plásticos cheios de cerveja. Os seguranças evitam garrafas e copos de vidro. Ali também é um ponto familiar. Há muitas crianças, carrinhos de bebês e pessoas idosas de mãos dadas para não se perderem. Isso pode bem acontecer. Em um ponto, na área mais central, o Boulevard afunila. A pista fica estreita. De um lado está o prédio da Marinha e de outro, a água meio turva da Baía de Guanabara. Sem alternativa, as pessoas caminham a passos lentos. Mais à frente, quando o passeio abre, o público é aguardado por ansiosos vendedores ambulantes com garrafas de água e latinhas de cerveja escondidos em mochilas. Eles escondem as mercadorias, pois só credenciados em barracas com bandeira da Coca-Cola podem vendê-las. Uma garrafa de água custa R$ 5.

A Marinha afirma que a área do Boulevard está sob responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública. A secretaria diz que há uma preocupação com a grande concentração de pessoas, mas afirma que está no controle da situação. A PM diz que mantém 100 homens no patrulhamento por turno na área, das 8h30 às 00h30. Em caso de emergência, diz a Marinha, 3 mil fuzileiros navais, considerados a tropa de elite da Força, estão pronto para agir. Espera-se que não se chegue a isso.

Operação das Forças Armadas conta os dias para a Rio 2016 acabar em paz

 


 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Forças Armadas terão 5 mil militares da “tropa de elite” nos Jogos Olímpicos


Os fuzileiros navais e a Brigada Paraquedista já atuaram na ocupação de favelas cariocas em 2011 e 2014. Eles recebem treinamento especial e usam armamento de ponta 
Cerca de 22 mil militares das Forças Armadas serão empregados no esquema de segurança durante os Jogos 2016 na cidade do Rio de Janeiro. Nesse exército olímpico, 3 mil fuzileiros navais e 2 mil integrantes da Brigada Paraquedista se destacam. Eles integram uma tropa de elite, que o Ministério da Defesa prefere chamar de “tropa de pronto-emprego”. São militares que receberam rigoroso treinamento, utilizam equipamentos de ponta e estão aptos a agir em qualquer situação, incluindo ataques terroristas.
A ação desses militares já é conhecida dos cariocas. A Brigada Paraquedista ocupou as favelas do Complexo do Alemão, no início de 2011, após as forças policiais tomarem o que era chamado de “quartel-general” do tráfico de drogas no Rio. Na área dominada pelos bandidos, a poder de fuzil, a polícia não entrava fazia pelo menos uma década. Com ajuda de blindados da Marinha, a ocupação ocorreu após traficantes promoverem uma série de ataques na cidade, em novembro de 2010. Incendiaram ônibus e atacaram cabines da PM.
Os fuzileiros navais atuaram, em 2014, no patrulhamento do Complexo da Maré, um conjunto de favelas localizado entre as duas vias expressas de acesso ao aeroporto internacional do Galeão. A Maré deveria receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) depois que os fuzileiros navais deixassem a área. Isso não ocorreu. O governo do Estado alegou que não tinha recursos para instalar a UPP.
 “A experiência dessas tropas em ações [nas favelas] contribui para aprimorar ainda mais a atuação delas”, informou o Ministério da Defesa. Nos Jogos Olímpicos, porém, os militares terão outro tipo de atuação. “As tropas garantirão a segurança das competições, elevando o grau de tranquilidade para a população, delegações, autoridades e turistas”, disse o ministério.