Os
fuzileiros navais e a Brigada Paraquedista já atuaram na ocupação de favelas
cariocas em 2011 e 2014. Eles recebem treinamento especial e usam armamento
de ponta
Cerca de
22 mil militares das Forças Armadas serão empregados no esquema de
segurança durante os Jogos 2016 na cidade do Rio de Janeiro. Nesse exército
olímpico, 3 mil fuzileiros navais e 2
mil integrantes da Brigada Paraquedista se destacam. Eles integram uma tropa de elite, que o Ministério da
Defesa prefere chamar de “tropa de pronto-emprego”. São militares que
receberam rigoroso treinamento, utilizam equipamentos
de ponta e estão aptos a agir em qualquer situação, incluindo ataques
terroristas.
A ação desses militares já é
conhecida dos cariocas. A Brigada Paraquedista ocupou as favelas do Complexo do Alemão,
no início de 2011, após as forças policiais tomarem o que era chamado de “quartel-general”
do tráfico de drogas no Rio. Na área dominada pelos
bandidos, a poder de fuzil, a polícia não entrava fazia pelo menos uma década. Com
ajuda de blindados da Marinha, a ocupação ocorreu após traficantes
promoverem uma série de ataques na cidade, em novembro de 2010. Incendiaram
ônibus e atacaram cabines da PM.
Os
fuzileiros navais atuaram, em 2014, no patrulhamento do Complexo da Maré, um conjunto de favelas
localizado entre as duas vias expressas de acesso ao aeroporto internacional
do Galeão. A Maré deveria receber uma Unidade de Polícia Pacificadora
(UPP) depois que os fuzileiros navais deixassem a área. Isso não ocorreu. O
governo do Estado alegou que não tinha recursos para instalar a UPP.
“A experiência dessas tropas em ações [nas
favelas] contribui para aprimorar ainda mais a atuação delas”, informou o Ministério da Defesa.
Nos Jogos Olímpicos, porém, os militares terão outro tipo de atuação. “As tropas garantirão a segurança das
competições, elevando o grau de tranquilidade para a população, delegações,
autoridades e turistas”, disse o ministério.
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