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domingo, 13 de maio de 2018

A CIA achou que Geisel dominaria a ‘tigrada’



O documento revelado ensina que na ditadura praticaram-se crimes e aquilo que pretendia ser ordem era uma enorme bagunça. [o importante é que do aqui chamado 'bagunça' saiu um Brasil melhor do que antes do Governo militar.

Cabe o velho ditado: "não se faz omelete sem quebrar os ovos".]

A História do Brasil continua a ser escrita pelos americanos. O documento da CIA que revelou o encontro do presidente Ernesto Geisel com três generais para discutir critérios para os assassinatos de dissidentes políticos avacalha os 40 anos de política de silêncio que os comandantes militares cultivam em relação às práticas da “tigrada” dirigida pelo Centro de Informações do Exército, o CIE.

O documento, mandado pelo diretor da CIA ao secretário de Estado Henry Kissinger, revelou que, duas semanas depois de sua posse, Geisel fez uma reunião com o chefe da Serviço Nacional de Informações, João Batista Figueiredo, e com os generais Milton Tavares de Souza, comandante do CIE e seu sucessor, Confúcio Avelino. Tavares de Souza, o “Miltinho”, era um asceta, radical, porém disciplinado. Confúcio, um medíocre.

Na reunião, “Miltinho” revelou que já haviam sido executadas 104 pessoas. Segundo a narrativa da CIA, a matança ficaria restrita aos “subversivos perigosos”, e cada proposta de execução deveria ser levada ao general Figueiredo, para que ele a referendasse. Esse projeto de controle do Planalto sobre o CIE ficou na teoria, ou na imaginação da CIA.
No dia 11 de abril, quando o telegrama foi transmitido a Washington, circulava no Planalto um documento desconhecido, do qual sabe-se apenas a reação do general Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil de Geisel: “Estamos sofrendo uma ditadura dos órgãos de segurança. (...) toda vez que a cousa começa a acalmar, o pessoal decide e cria troço, prende gente. Porque, você compreende, é para permanecer, para mostrar serviço. (...) A verdade é que eles fazem o que querem.”

Depois de abril, pelo menos 15 guerrilheiros do Araguaia foram mortos, e tanto Geisel como Figueiredo, “Miltinho”, Confúcio e Golbery sabiam que essa matança estava em curso desde outubro de 1973. (Executavam-se inclusive os jovens que atendiam ao convite de rendição e colaboravam com a tropa.) Em janeiro de 1974, Geisel ouviu de um oficial do CIE uma narrativa das operações no Araguaia, onde haviam sido capturados 30 guerrilheiros. Geisel perguntou: “E esses 30, o que eles fizeram, liquidaram?”. Resposta do tenente-coronel: “Alguns na própria ação. E outros presos depois. Não tem jeito não.”
Semanas depois, ao convidar o general Dale Coutinho para o ministério do Exército, ouviu dele que “o negócio melhorou muito, agora, melhorou, aqui entre nós, foi quando nós começamos a matar. Começamos a matar.” Geisel respondeu: “Esse negócio de matar é uma barbaridade, mas eu acho que tem que ser.” [´traidores da Pátria não podem ser combatidos com flores; os traidores da Pátria são piores que bandidos  e para eles vale mais ainda o velho e verdadeiro adágio: "bandido bom é bandido morto".]

A metodologia narrada pelo serviço americano foi seguida no extermínio da direção do Partido Comunista Brasileiro. Antes de 1974, os comunistas eram perseguidos ou presos, mas não eram assassinados. Em abril, três dirigentes comunistas haviam sido capturados e mortos pelo CIE. No ano seguinte, outros sete.  Com a destruição das siglas metidas em terrorismo, o CIE neutralizou a única organização esquerdista que agia na esfera política. Para isso, dispunha de pelo menos uma preciosa infiltração, e conhecem-se casos de tentativas de recrutamento, pela CIA, de capas-pretas que viviam na clandestinidade. À falta de dirigentes, em 1975 a “tigrada” continuou matando militantes em sessões de tortura. A ideia de controlar o CIE colocando-o sob a supervisão do Planalto simplesmente não funcionou.

Em 1976, depois da morte do operário Manuel Fiel Filho no DOI de São Paulo, Geisel demitiu o comandante do II Exército, general Ednardo D'Avila Mello, e defenestrou Confúcio. Mesmo assim, só restabeleceu o primado da Presidência sobre as Forças Armadas em 1977, quando mandou embora o ministro do Exército, Sylvio Frota. (No dia da demissão de Frota, doidivanas do CIE pensaram em atacar o Palácio do Planalto.)
Para as vivandeiras e napoleões de hospício de hoje, o documento da CIA ensina que na ditadura praticaram-se crimes e aquilo que pretendia ser ordem era uma enorme bagunça.

FREDERIC CHAPIN, UM GRANDE AMERICANO
Poucas coisas seriam tão nocivas ao país do que uma noção segundo a qual entre 1969 e 1977, quando tomou posse o presidente democrata Jimmy Carter, o governo americano moveu-se para conter a ditadura brasileira.  Em 1971, recebendo o presidente Médici na Casa Branca, Richard Nixon disse que “para onde for o Brasil, também irá o resto do continente latino-americano”. Bingo. Dois anos depois ditaduras militares assumiram o poder no Uruguai e no Chile. Em 1976, caiu a Argentina. Entre 1970 e 1973, a embaixada americana era comandada por William Rountree, mais tarde mostrado pelo ex-secretário de Defesa Frank Carlucci como um "adocicador da ditadura". O consulado americano em São Paulo teve mesa no DOI até 1970.

O jogo virou em São Paulo com a chegada, em 1972, do cônsul Frederic Chapin. Era um presbiteriano e ligou-se com o cardeal Paulo Evaristo Arns. Ficou cinco anos no posto e mandou pelo menos 61 mensagens a Washington narrando e denunciando torturas, assassinatos e prisões, bem como ações da censura. Morreu em 1989, aos 60 anos.

LIÇÕES DA CIA
Gina Haspel, futura diretora da Central Intelligence Agency, aguentou duas horas e meia de sabatina na Comissão de Inteligência do Senado americano. Defendeu a tortura passada e condenou o seu retorno. O depoimento da senhora está no YouTube e é uma amostra de competência, inclusive na arte de administrar silêncios.

A senhora deu duas informações triviais: com 33 anos de serviço, parte dos quais como agente em operações clandestinas, Haspel não tem contas em redes sociais.  Durante o depoimento ela tomava discretos goles de um refrigerante, bebendo na lata. Nada a ver com o copo d'água teatral de Gilmar Mendes.

(...)

Elio Gaspari, jornalista - O Globo


quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O 12 de outubro de Ernesto Geisel



Em 1977 um general restabeleceu o poder republicano da Presidência. Em 2017, Temer, um civil, piscou 

No próximo dia 12, completam-se 40 anos da manhã em que o presidente Ernesto Geisel convocou ao Palácio do Planalto o então ministro do Exército, general Sylvio Frota, e demitiu-o. Encerrava-se assim um período de 23 anos pontilhado por lances de anarquia militar. Geisel restabeleceu o poder do presidente da República sobre os generais. [só que o Geisel que demitiu o  ministro do Exército, general-de-exército Sylvio Couto Coelho da Frota , não foi um Geisel qualquer e sim o também general-de exército Ernesto Geisel e que usou de um estratagema para conseguir o apoio de todo o alto Comando do Exército e assim nomear o general-de-exército Fernando Belfort Bethlem, ministro do Exército.
Fosse Geisel um civil teria caído naquele 12 de outubro e Sylvio Frota se tornado presidente.] 
Durante 40 anos, com uns poucos solavancos, essa ordem foi respeitada. Coube a Michel Temer o papel trágico (e algo ridículo) de presidir o ressurgimento de surtos de anarquia militar. O pronunciamento do general Antonio Mourão e a forma como ele foi absorvido pelo governo expuseram um renascimento da desordem. Há dois anos, durante o governo de Dilma Rousseff, o mesmo general falou de política e perdeu o Comando Sul, a mais poderosa guarnição do país. Dilma agiu, Temer piscou. Mourão passou incólume e recebeu até um elogio pessoal de seu comandante.
Na bagunça da finada ditadura atropelaram-se as Constituições de 1946 e a de 1967, patrocinada pelo próprio regime. Levantes (ou boatos de levantes) serviram para emparedar dois presidentes (Castello Branco e Costa e Silva). Impediu-se a posse do vice-presidente Pedro Aleixo, substituindo-o por um general, Emílio Médici — escolhido num processo caótico. Um ex-ministro da Marinha foi publicamente condenado ao silêncio. O ministro Lyra Tavares, do Exército, foi desafiado e ultrapassado por generais indisciplinados.
Depois da demissão de Frota, para desencanto de Geisel, a anarquia reapareceu, impondo-se ao general João Figueiredo com o atentado do Riocentro e a impunidade que avacalhou seu governo. [o próprio autor da matéria ora comentada, Elio Gaspari, reconhece  que a anarquia militar reapareceu após a demissão de Frota e ao longo do governo Figueiredo - o pior presidente do Governo Militar.]
(A tortura e o extermínio de guerrilheiros que se entregaram à tropa do Exército nas matas do Araguaia, bem como a censura, não podem ser considerados manifestações da anarquia, pois eram uma política de Estado, coisa muito pior.)[sempre conveniente lembrar que não houve tortura durante o Governo Militar e sim ações enérgicas por parte dos militares, em defesa da SEGURANÇA NACIONAL, condição essencial à manutenção da
SOBERANIA do BRASIL e nestas ações estavam incluídos interrogatórios enérgicos, que são confundidos com tortura.] 
As viúvas da velha ditadura e as ilustres vivandeiras que hoje rondam os bivaques dos granadeiros, fingem que o regime de 1964 foi um período de ordem e progresso. Foi uma bagunça. Seus anos de crescimento econômico desembocaram na falência do país e numa inflação de 223%.
A palestra do general durou uma hora e está na rede. É uma salada de intenções, preconceitos demofóbicos, cenários apocalípticos e pelo menos uma insinuação de mau gosto. Respondendo a uma pergunta, Mourão resumiu-se:
“Ou as instituições solucionam o problema político pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso.” (...) “Essa imposição não será fácil. Ela trará problemas, podem ter certeza disso.”
O general disse que não se conhece a receita dessa imposição. Nas suas palavras, “a forma do bolo”.
Conhece-se o gosto do doce: fecha-se o Congresso, rasga-se a Constituição e entrega-se o governo a um fantoche togado ou a um general. Não será fácil, diria também o general Augusto Pinochet.
Ao contrário do que aconteceu com a quartelada de 1955, o caminho do vapt vupt não está disponível. A “imposição” vindoura traria uma ditadura, como as de 1937 e 1964. Com ela, viria a anarquia militar de 1965, 1968, 1969 e a que se armava em outubro de 1977, quando o general Geisel sacou primeiro. Temer e sua equipe civil e militar preferiram piscar.

Fonte: Elio Gaspari, jornalista

 
Elio Gaspari é jornalista

terça-feira, 26 de abril de 2016

Bolsonaro e a verdade sufocada pelo MBL e seus comparsas



Tirar Dilma, prender Lula e banir o PT é apenas o inicio - Professor Olavo de Carvalho

Fernando Holiday, cria do MBL e um de seus coordenadores, numa tentativa patética de reforçar suas falas, sempre inicia seus discursos dizendo que é "negro, gay e da periferia" (sic).

Puxa vida, é mesmo? Se você não falasse, ninguém perceberia!  Não sei se Fernando age 24 horas por dia como parece ser em seus vídeos -- histérico, exageradamente dramático, fora do tom, cheio de gesticulações, de afetação, de trejeitos e histriônico, diga-se de passagem --, mas a impressão fica é a de que aquilo ali é tudo pose, que ele age como um ator. A partir do momento que seus atributos pessoais e gestos precisam ter mais destaque e evidência que o conteúdo do que você tem a dizer, seu discurso fica em segundo plano e sua performance evidencia uma farsa.

Ou tem alguém explorando a situação do Fernando e maliciosamente orientando-o a agir como um militante de sinal trocado (mero boneco de ventríloquo), ou ele realmente ainda está contaminado de luta de classes e gramscismo ao ponto de acreditar que, ao agir assim, irá blindar seus argumentos, realmente convencido de que está arrebentando a boca do balão. Não sei qual o caso do garoto, mas ele parece sinceramente acreditar que essa estratégia irá elegê-lo futuramente a algum cargo dentro do estamento burocrático, que ele, como libertário, diz tanto odiar. Vamos ver até que ponto os eleitores de Direita irão tolerar tal comportamento sem questionar. O sujeito pensa que essa ferramenta retórica lhe concede, automaticamente, superpoderes para falar qualquer merda sem que seja contestado e criticado. Quem discordar é racista, "homofóbico" e preconceituoso. 

 Uma atitude não muito diferente da de um ex-BBB -- que Fernando diz combater, mas que transformou-se em seu arquétipo oposto. Os Holidays da vida é que são a outra face do ex-BBB, e não Jair Bolsonaro, como têm afirmado gente como Reinaldo Azevedo, Leandro Narloch e Antagonistas (Diogo Mainardi, Mário Sabino e Cláudio Dantas).

Autodescrever-se antes de sua fala como negro, gay, da periferia -- ou qualquer outra característica que o valha -- não lhe dá salvo-conduto para opinar com ares de autoridade sapiencial em assuntos dos quais você não sabe nada a respeito. Eu tenho inúmeros amigos negros, gays e da periferia que não precisam ficar se gabando e usando esse fato como argumento, pois se garantem. Eu mesmo recebi Bolsa Família e, quando cito isto, é para falar que usei a grana para ir para a lan house estudar, já que, por também ser pobre, eu não tinha computador e internet na minha casa da periferia. Diferente do Fernando eu só tenho a melanina na pele e a orientação sexual. Estudei com Olavo de Carvalho usando a grana do Bolsa Família, e através dele conheci o outro lado da história sobre o regime militar, o lado do contra-golpe aos comunistas em 1964. Foi com a grana do Bolsa Família que eu li, entre diversos livros, aquele de autoria do Coronel Brilhante Ustra.

Agora vem esse moleque do Holiday e divide quatro deputados federais, colocando Glauber e Gian Uilis na extrema-esquerda e Eduardo e Jair Bolsonaro na extrema-direita, e em seguida diz que, entre comunistas assassinos e coronéis torturadores, ele escolhe lutar até a morte pela liberdade (lutar de que forma, contra o quê e contra quem, meu filho?), como se comunistas assassinos representassem definitivamente a extrema-esquerda e coronéis torturadores representassem a extrema-direita.

É como se numa luta de boxe o sujeito falasse que está torcendo para o Palmeiras. Não é questão de escolher lado e tomar posição, mas de esclarecer os fatos e encontrar a verdade. Primeiro: não há provas razoáveis de que Ustra tenha cometido tais torturas (apenas alegações verbais dos próprios guerrilheiros comunistas e assassinos da época, sem exame de corpo de delito, cicatrizes, fotos, nem mesmo daqueles que foram presos e posteriormente exilados em outros países). Segundo: tão somente combater comunistas não torna ninguém de extrema-direita. Essa associação de tortura com os Bolsonaros e à Direita não cola. Se assim o fosse, Stalin seria de Direita ao mandar matar Trotsky. 

A história do comunismo se resume em comunistas matando comunistas com a justificativa de que o comunista assassinado havia se tornado um inimigo da Revolução, um burguês, ou seja, alguém da Direita. Tirando o anticomunismo, o regime militar brasileiro se encontra à esquerda do espectro político, com suas monstruosas estatais construídas com dinheiro da alta carga tributária, sua supressão das liberdades civis, sua censura, sua perseguição às lideranças conservadoras, sua proteção à Esquerda não-armada e a sua conivência com o marxismo cultural, na estratégia da panela de pressão do general Golbery do Couto e Silva. Leia o livro 'Ideais Traídos' e veja o que diz o general Sylvio Frota, ex-ministro do Exército do governo Geisel.

Situação diferente do Chile de 1973 a 1990, mas sei que muitos liberais não vão aceitar que se chame de extrema-direita o regime de Pinochet, no Chile, só porque o general seguiu as orientações econômicas do liberal Milton Friedman e da Escola de Chicago. Poderíamos chamar de Direita, com as devidas proporções, os governos de Churchill, Thatcher e Reagan. Mas não seriam de extrema-direita só porque passassem a cometer torturas.

Eduardo e Jair defendem a verdade histórica do que foi o regime militar, tanto que a carreira política do segundo se resume basicamente e deve seu sucesso e fama no esclarecimento dos fatos, contra a farsa da Comissão da Verdade. Ser de Direita não é defender torturadores, mas defender a verdade sufocada, a história que a Esquerda não quer que o Brasil conheça.

Atacar a família Bolsonaro dessa forma, como tem feito o MBL e seus advogados da mídia como Reinaldo Azevedo, Leandro Narloch e Luciano Ayan, é um golpe muito baixo. Ainda mais depois de todos os favores e ajuda que os Bolsonaros prestaram ao MBL, emprestando-lhes hotel, defendendo-os na CPI de crimes virtuais, chamando o povo para eventos do MBL, etc.

É típico de liberal e libertário posar de isentão, como um lorde da liberdade que paira acima de qualquer polêmica, um intocável que está no alto e além dos extremismos, que não se mistura com a ralé. Assim é fácil manter a pose de superior, em cima do muro.
O problema é que o muro pertence à Esquerda.

Por: Pedro Henrique Medeiros