Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O
quadro acima, que fiz questão de emoldurar, traduz bem o momento que
estamos vivendo no Brasil, embora os lacaios da extrema imprensa
insistam em olhar pro lado ou passar pano, como fizeram vergonhosamente
nos últimos dias. É seguramente um período de exceção, o chamado “estado
democrático de direito” foi pro brejo faz tempo.
Aos
lulopetistas de cuecas vermelhas, isentões etc., pergunto:
- Como vocês
acham que começam os regimes totalitários?
- Com o caminhão do ovo
gritando na rua?
- Com o pé na porta da igreja?
É não, diria eu mesmo ao
meu amigo bobinho. É assim, é solapando as instituições, dominando a
imprensa por todos os meios, silenciando e cassando opositores,
amaciando lentamente o cidadão como se fosse um bife sob o martelo, até
que ele não se importe em ver as sombras se abaterem sobre seu futuro e o
dos seus filhos ou, em muitos casos, decida fazer parte do esquema
macabro.
Num dia, um
ministro do STF, o mais progressista do grupo, aquele que quer mover a
história e acha normal a Corte se transfigurar em órgão político, se dá
ao desfrute de discursar em uma Assembleia Estudantil dominada há
décadas por partidos de extrema esquerda e se declarar antibolsonarista, em flagrante atrito com a Constituição Federal, pelo menos, é o que
pensam alguns PARLAMENTARES
que assinaram contra ele um pedido de impeachment(entre eles, por
enquanto, quatro corajosos acreanos – Alan Rick, Marcio Bittar, Coronel
Ulysses e Eduardo Veloso).
A CF veda a participação de ministros em
eventos políticos e partidários. Convenhamos, no caso em tela, apenas a
presença do Barroso, calado, sem soltar um sequer de seus barrosismos,
ensejaria quebra do decoro.
No outro dia,
um importante jornalista, Ricardo Kotscho, ex-Ministro do Lula da
Silva, esquerdista de carteirinha e bolsista da viúva na Comissão de
Anistia,foi mais além.
Segundo ele, a pacificação do país não é
possível porque tem muito bolsonarista solto, ou seja, se quiser paz
Lula da Silva deverá construir presídios para uns 58 milhões de adultos
que votaram em Bolsonaro, o que, para quem aplaude Stálin, Mao Tse Tung,
Pol Pot, Fidel Castro, Kim Il-Sung etc., não parece impossível.
Aguardemos.
Concomitantemente,
o próprio Lula da Silva, em momento inspirado, não se conteve.
Não é
possível saber se leu em algum lugar, o que seria duvidoso, ou se alguém
(quem sabe a janja?)lhe falou ao ouvido ou, ainda, se ele mesmo
pensou,[pensou??? ele consegue realizar tal ação? tem o órgão essencial para tanto?] o certo é que praticamente REPETIU as palavras NAZISTAS de um
homem que ele mesmo já disse admirar. Sabe quem? Adolf Hitler. (VEJA AQUI). Segundo Lula da Silva, os bolsonaristas são ANIMAIS SELVAGENSque precisam ser EXTIRPADOS.
Antes ele achava que deveriam ser
“purificados”, seja lá o que isso signifique. Quem sabe, uma nova
Inquisição política.
Se o leitor tem alguma dúvida do que se trata
EXTIRPAR, nem se dê ao trabalho.
No quadro abaixo tem uma listinha de
sinônimos, que peguei do Google:
[um comentário: na verdade, o cidadão pretendia expor o propósito de eStripar (vivos) os bolsonaristas e, após, extirpá-los.]
Pronto. Se o leitor, por acaso, é um dos
62,5% dos eleitores acreanos que votaram no Bolsonaro, pode escolher aí
no quadrinho o que pretende pedir ao carrasco vermelho. Tem pra todo
gosto. Hitler, o admirado pelo Lula, não deu muita escolha aos inimigos
que chamava de animais, com ele era tiro na nuca ou câmara de gás,
Stálin tinha um leque de opções que variava entre um tiro na nuca e o
frio da Sibéria (havia quem escolhesse o tiro), Mao Tse Tung preferia
matar de fome mesmo, Pol Pot era extremamente cruel, gostava de ver o
inimigo sofrer sob tortura, Fidel curtia um “paredón”, e por aí vão
eles.
Enfim, a
experiência de mais de 100 milhões de mortos por seu sistema poderá
inspirar os comunistas, entre os quais um que disso se orgulha,
ou seja, o próprio Lula. Sem nenhum remorso, eles executarão as ordens,
afinal, os seus inimigos, os eleitores de Bolsonaro, foram
desumanizados, não são gente, será um processo que visa o amor e a paz,
né, Kotscho? Além disso, como cochichou o ministro do TSE
ao ouvido do colega na diplomação do Lula, “missão dada é missão
cumprida”(lembrei Adolf Eichmann em seu próprio julgamento em
Nuremberg). Penso se não seria o caso de recorrer aos defensores dos
animais, talvez os ambientalistas de coração bom resolvam salvar esses
“animais selvagens” das garras dos extirpadores.
Feita a
explicação do quadro pavoroso que encima este texto, talvez seja hora de
chamar atenção para a necessidade que temos, todos os democratas, de
enfrentar a barbárie anunciada. Aqui? Sim, aqui no Acre e em todos os
lugares, em todos os municípios brasileiros.
Como disse o jovem Étienne
de La Bóetie no século XVI, em seu “Discurso da Servidão Voluntária”, a
melhor coisa que se pode fazer contra o tirano é não entregar o que ele
deseja.
O que Lula mais deseja é ganhar as eleições para, sob a capa da
incolumidade do processo eleitoral, levar adiante seu desiderato
perverso, então, que perca.
Já no próximo ano teremos uma oportunidade
de derrotar os extirpadores nas eleições para prefeito.
Milhares de
pequenas vitórias em milhares de pequenos e grandes municípios farão uma
grande vitória da verdadeira democracia, liberal, de respeito à vida,
ao indivíduo e suas opções, à família, às religiões, à propriedade, às
tradições e à nação.
Se não somos extirpadores de ninguém, nem queremos
ser extirpados, lutemos.
* O autor, Valterlucio Bessa Campelo, escreve às sextas-feiras no site as24horas e, eventualmente, no seu BLOG, no site Liberais e Conservadores do Percival Pugginae outros sites.
(Disclaimer: Este é um artigo sobre um aspecto específico
da União Soviética sob o regime de Stálin. Não há intenção, por parte do autor,
de sugerir qualquer tipo de associação ou paralelo com outro país e outra época.
Qualquer semelhança porventura percebida terá sido mera coincidência: interpretações
diferentes serão de responsabilidade exclusiva do leitor.)
Em
25 de fevereiro de 1927, entrou em vigor na União Soviética o Artigo 58
do Código Penal, no capítulo “Crimes contra o Estado”. Basicamente, ele
autorizava o governo a jogar na prisão qualquer suspeito de atividades
contra-revolucionárias.
Ao longo dos anos seguintes, à medida que Stálin
se consolidava no poder e instituía o terror e a fome como políticas
públicas, o Artigo 58 foi sendo aprimorado, ganhando diversos
sub-artigos que expandiram ainda mais o seu alcance.
Em 1934, por exemplo, o dispositivo legal incorporou formalmente o
conceito de“inimigo dos trabalhadores”, ou “inimigo do povo”,
tipificação acrescentada a outras, como “traidor” e “sabotador”. Por
serem carregadas de peso moral mas, ao mesmo tempo, subjetivas e
sujeitas a interpretações flexíveis, estas expressões serviram (e deram
contornos legais) à perseguição, à prisão e à execução de uma multidão
de cidadãos inocentes que só queriam exercer seu direito de criticar o
governo.
Ora, eles não tinham entendido que esse direito não existia.
Aprenderam da forma mais dura que, em um Estado arbitrário, não há crime pior
que denunciar a arbitrariedade do Estado. A lei se torna, meramente, uma
ferramenta de ação política.
Talvez a vítima mais
famosa do Artigo 58 tenha sido o dissidente Alexander Soljenitsin.
Nascido em 1918, um ano após a revolução, quando jovem e universitário
ele foi um entusiasta do experimento comunista e da teoria
marxista-leninista. Condecorado por bravura na Segunda Guerra, quando
ajudou o Exército Vermelho a derrotar os nazistas, era um comunista
exemplar, típico da sua geração.
O Artigo 58 mostrou que, em um Estado arbitrário, não há crime pior que denunciar a arbitrariedade do Estado
Até que, em 1945, Soljenitsin cometeu o crime de criticar aspectos
da política de Stalin em cartas particulares a um primo. A correspondência foi
interceptada. Enquadrado no Artigo 58, ele foi condenado a passar oito anos em
um campo de concentração na Sibéria e a mais três anos de isolamento no
Cazaquistão.
Mais tarde, Soljenitsin relataria essas
experiências no romance “Um dia na vida de Ivan Denisovich” (1962) e,
principalmente, no livro “Arquipélago Gulag” (1973), o principal
registro já escrito sobre os horrores a que eram submetidos os presos
políticos na União Soviética – da fome a variadas formas de tortura
física e psicológica, em condições climáticas extremas.
As penas impostas pelo Artigo 58 eram longas(até 25 anos de
prisão) e, na prática, indefinidamente prorrogáveis. Nos casos mais graves,
pena de morte com um tiro na cabeça ou
no peito.
Aqueles
que sobreviviam à alta taxa de mortalidade nos campos (resultante da
combinação de tortura, trabalho pesado, isolamento, frio intenso,
alimentação mínima e condições sanitárias inexistentes) e conseguiam
recuperar a liberdade continuavam privados de direitos políticos, ou
mesmo impedidos de morar em grandes centros. Tinham, além disso, todas
as suas propriedades confiscadas pelo Estado.
Crimes
mais brandos também eram punidos com severidade. Não relatar uma suposta
traição de um terceiro (um vizinho ou um colega de trabalho, por
exemplo) era passível de seis meses de prisão. Todo cidadão era obrigado
a ficar vigilante e denunciar qualquer pessoa suspeita que conhecesse.
Isso
levou, como era previsível, à formação de um exército de informantes
voluntários: todos viviam com medo, e ninguém confiava em ninguém. O
historiador Orlando Figes escreveu um livro de mais de 600 páginas
retratando esse ambiente de pavor e silêncio compulsório, "Sussurros".
O
próprio Soljenitsin conta, entre outros episódios, que um encanador que
desligava o rádio do seu quarto quando transmitiam discursos de Stalin
foi condenado a 20 anos de prisão, após ser denunciado por um vizinho.
“Não havia nenhum pensamento, ação ou falta de ação sob os
céus que não pudesse ser punido pela mão pesada do Artigo 58”, resumiu
Soljenitsin. E era este, justamente, o gênio do sistema: qualquer pessoa podia
ser enquadrada em alguma das ramificações dialéticas do dispositivo. Era
praticamente impossível viver sem violá-lo.
Conversas
entre amigos ou uma carta privada bastavam para fundamentar a acusação
de agitação e propaganda anti-soviética. Possuir literatura proibida
também dava cadeia. Faltar ou chegar atrasado ao
trabalho, por sua vez, se enquadrava no sub-artigo referente à
“sabotagem das estruturas produtivas do regime”. Até crianças podiam ser
– e foram – punidas. Aliás, a educação religiosa infantil também era
classificada como atividade contra-revolucionária.
Outras vítimas do Artigo 58 foram os prisioneiros de guerra
russos que voltavam da Alemanha, condenados por traição, por contato com burgueses
estrangeiros ou, simplesmente, por não terem lutado até a morte(não lutar até
a morte era uma atividade anti-soviética).Em caso de fuga do acusado, as
sanções recairiam sobre a sua família.
Não parava aí. Como a subjetividade na análise do crime era deliberada,
o comissário do partido responsável pela instrução do processo julgava com base
não em definições objetivas da lei, não em provas documentais e testemunhos
confiáveis, mas no seu “sentido revolucionário do Direito” e na sua “intuição
como membro do partido”.
Na ausência de provas,
pessoas podiam ser enquadradas não apenas por atos, mas também pela
interpretação e presunção das suas intenções: “Nós não fazemos
diferenciação entre a intenção e o próprio delito, e nisto reside a
superioridade da legislação soviética sobre a legislação burguesa”,
escreveu um jurista russo da época, em uma exegese do Artigo 58.
É
nesse contexto que deve ser entendida a declaração feita mais tarde
pelo infame Lavrenti Beria, chefe da polícia secreta stalinista:
“Mostre-me o homem, e eu direi qual foi o crime”.
Sabe o que é mais chato ao mundo
político contemporâneo?A divisão ideológica e o avanço político sobre a
vida comum; hoje não conseguimos mais nem comprar uma lata de leite
condensado sem nos lembrarmos de Brasília ou das redações soviéticas que
imperam em nosso mainstream. Semana passada, após escrever um texto para a Gazeta do Povo, um crítico perguntou-me qual era a minha qualificação para criticar Atila “Tamarindo”, o biólogo que clamou por um “Autoritarismo necessário”.
Vendo que eu não era doutor de nada a não ser em Call of Duty, cuspiu
em todo o meu texto e me disse: “nem intelectual esse rapaz é,
ignoremos”. Fica o aprendizado; realmente não sabia que era preciso
solicitar a permissão do MEC para criticar tiranetes.
Há dois anos eu escolhi ser pai e, após
isso, ser intelectual é uma das últimas prioridades em minha vida,
depois, por exemplo, de comprar um sofá novo para minha esposa, criar
meu filho e enteado, além, é claro, de comprar uma garrafa térmica
Stanley Hydration para levar à academia.
As pessoas extrapolam em suas paixões,
as turbas exageraram na ânsia de serem progressistas ou conformistas,
facilmente se lambuzaram na retórica oportunista de posição ou oposição e
acabam, por fim, deitadas de conchinha com suas cartilhas ideológicas.
Enquanto isso, os sãos tentam entender a realidade através de seus olhos
e não a partir dos diversos “ministérios da verdade” que pululam por
aí. É exatamente aqui que começa a “treta”: quando a realidade não se
adequa à narrativa oficial da mídia e do mainstream em geral, como num
passe de mágica ?
ou como numa cirurgia de resignação sexual ?, você se
torna um fascista oficial sem direito de defesa, um bolsonarista
“passador de pano” abjeto, um “trumpista” da Ku Klux Klan e/ou um
adorador de Hitler… tudo por tabela, sem demais análises ou debates.
Mas, vem cá, o progressismo consegue
sempre ir além, né? Não demora muito e eles dão pinta de suas intenções,
suas veias autoritárias saltam mesmo estando atrás de um sorriso sereno
de “inclusão” amorosa. Logo eles dobram e guardam suas faces de
“Teletubbies social” para assumir aquela feição de Stálin. Em um ano,
relembremos, a turba que pede lockdown eterno conseguiu defender,
justificar e aplaudir tudo aquilo que é danoso a uma sociedade sadia.
Atualmente o progressismo sobrevive sob dois adjetivos determinantes:
mediocridade moral e disposição tirânica. Da censura a conservadores,
inquéritos de exceção contra jornalistas que não integram
o mainstream tradicional, prisões de transeuntes em praças, restaurantes
e praias, ao clamor por uma “ditadura necessária”, o pessoal que ama a
humanidade conseguiu criar um sistema despótico de submissão àqueles que
não concordavam com eles… tudo isso em meio a uma pandemia global.
Olha, de certa maneira, é de admirar…
Se você guarda aquela mínima visão
independente perante a realidade, não há como não perceber quem são
aqueles que mais se afastam de uma visão liberal de existência social;
já não está mais disfarçado quem são os que mais ameaçam a democracia
ocidental. Pensem o seguinte, visualizando todo o panorama político
atual: se homens como Adam Smith, Alexis de Tocqueville, Ludwig von
Mises, Friedrich von Hayek, etc., se todos ainda vivessem, estariam mais
assustados com Trump no poder ou com Biden? Se todos se encontrassem
numa taverna qualquer nesse instante, eles estariam fortemente
preocupados com a inclusão de transexuaisnos esportes olímpicos, com a
cor de pele de qualquer assistente do governo a fim de agradar o Black
Lives Matter, ou com a censura descarada do Twitter aos que pensam
diferente do establishment?
O pêndulo da liberdade e da dignidade
individual que outrora Voltaire e Burke, apesar das premissas e ideias
diferentes, defenderam e se ombrearam no intento de resguardar a todo
custo, parece agora girar em seu eixo e parar na posição extremista de
libertinagem no despotismo. Tem até “novos liberais” endossando essa
velha cartilha despótica. Acreditam? Nossa era parece aceitar com extrema
parcimônia a ideia de que haja Big Tech’s que tenham, a um click de seus
teclados, o poder de emudecer milhões de pessoas que não se adequam ou
concordam com suas posições partidárias ou diretrizes ideológicas.
Como cético que sou, sempre estou pronto para que o feijão azede um pouco mais.A jornalista Maria Laura Assis denunciou que
no estado de Formosa, na Argentina, há verdadeiros “campos de
concentração” para infectados e suspeitos-de-estarem-infectados pelo
coronavírus. Uma bizarrice que beira a sátira de South Park. Porém, é
real. Pesquisando mais a fundo, não foi nada difícil encontrar vídeos,
imagens e até coberturas jornalísticas de mídias mais independentes
daquele país que mostram uma realidade bizarra, macabra, que não só
lembra o nazismo, como o copia com certa lealdade.
No melhor estilo soviético denunciado
por Alexander Soljenítsin em Arquipélago Gulag, as dezenas de
denunciantes desse absurdo afirmam que os policiais argentinos invadiram
as suas casas dizendo que os indivíduos e suas famílias teriam que
acompanhá-los para os campos de isolamento forçado pois, ou estavam
infectados, ou tiveram contato com infectados. Aqueles que se negam a ir
por bem são levados à força.
Calma, tem como azedar mais. O canal argentino identificado com as letras “TN” entrevistou uma
mãe, Monica, que foi presa nesse campo com sua filha de 4 anos. Isso
mesmo, 4 anos. Ela relata o terror do confinamento, estando os campos em
espaços ermos, os supostos médicos apenas mediam suas temperaturas e
nada mais, sem se deixarem identificar de modo algum. As denúncias
chegam ao patamar do absurdo quando se nota a precariedade dos locais;
banheiros sujos, pessoas deitadas em colchões podres, ratos, cobras,
janelas gradeadas.
Se um desavisado começar a leitura do
parágrafo acima, poderia facilmente deduzir que estamos falando da
Alemanha nazista e não da Argentina socialista de Alberto Fernández.
Você pode estar de nariz torcido nesse
instante, pensando: “por que estou lendo um texto desse?” Tá bom, já vou
finalizar; mas antes entremos num campo da completa sinceridade.
Fechamos este pacto aqui, sem ninguém ver.
Depois de um bom banho, no final de um
dia estressante de trabalho, sentado na poltrona mais gostosa de sua
casa, com um jazz de fundo e uma taça de vinho na mão, ali é, enfim,
permitido sermos sinceros de verdade ante à realidade. Ninguém nos vê,
ninguém nos escuta. Não precisamos mais fazer média para os grupos a que
pertencemos; não precisamos nos portar galantes na frente da moça ou
rapaz com que flertamos, e nem fingir que nos importamos com qualquer
inclusão social ou com as girafas da Amazônia.
Ali, na poltrona da franqueza, está
liberado falar e pensar asneiras ridículas, xingar a mãe, a ex e o Papa,
podemos até assistir ao BBB para depois dizer que quem assiste é idiota
útil. Ninguém julgará. Naquela poltrona, vertidos na sinceridade de um
estado de natureza, afastados dos compromissos sociais, ideológicos e
das amarras psicológicas, podemos então admitir o que todos nós sabemos:
não são os ditos “conservadores” as reais ameaças às liberdades no
Brasil e no Mundo. Não são os tios do zap os fascistas, nem o agora
aleijado Oswaldo Eustáquio. O Tião e a Neide, o Joaquim e Chica, que
compartilham vídeos do Bolsonaro levantando a lata de Leite Moça, não
estão mancomunados numa rede subalterna de neonazistas de Jacareí ou de
Osasco, definitivamente não estão programando um atentado a bomba aos
sacrossantos juízes do STF.
Isso é narrativa midiática vadia, nós
sabemos, todos sabemos; esse fascismo apregoado nos conservadores
brasileiros é mentiroso. Hoje a ameaça ao modelo liberal de vida,
duramente construído e maturado no Ocidente, é só uma: o progressismo. É
ele que clama por um “autoritarismo necessário”, um fascismo de
arco-íris e pôneis transexuais, uma ditadura psicopata pintada
de marshmallows rosa. Podem me xingar nos comentários; me escrachem nos
grupelhos de lacração; mas nós sabemos.
O
pandemônio do Kung Flu só será contido pelo ritmo da natureza, até que se tenha
uma vacina eficaz. Enquanto isso, a economia terá de ser retomada pelo livre
esforço dos empreendedores. A gente torce, inutilmente, para que os Mecanismos
estatais não atrapalhem, nem sabotem.Mas não adianta: a maioria dos políticos não ajuda.
Pior, atrapalha, sabota. Felizmente, alguns somem, já que não somam...
Uma hora o
ex-Presidente reaparece nas redes sociais, sobretudo no Twitter. Talvez esteja
muito ocupado, se divertindo, namorando ou curtindo a vida boa em Paris. Uma
hora ele vem com um encantador artigo, defendendo o indefensável: a
"onestidade" do tucanalhas. José Serra e Geraldo Alckmin, denunciados
por corrupção, aguardam sua palavra de solidariedade. Abandonar os amigos em
tempos de dificuldades é traição.
Enquanto
isso, o Ministro Luís Roberto Barroso disse que tem mais medo da mediocridade
do que do autoritarismo.Pois a coisa é bem mais grave: o Brasil vive tempos
de mediocridade, autoritarismo, injustiça, impunidade, corrupção, covardia e
extremismos burros.O fato grave é que membros da Corte Suprema do
Brasil, colegas do Barroso, têm contribuído para o caos institucional. O STF “editorda sociedade” e “interpretador” da Constituição vilã de 1988 transformou-se em
um problema.
Além do STF
interventor, todos os radicalóides atrapalham. É burrice tática perseguir e
difamar o Filipe Neto. O garotão é um ídolo progressista. Sem vivência para
falar de política. Merece ser criticado por isso. Mas agredi-lo o transforma em
vítima e, pelo prestígio que já tem, em super herói. Nada disso agrega à causa
conservadora. O senador
Lasier Martins detona: “O STF abriu inquérito para investigar ataques ao
próprio tribunal. É vítima, acusação e juiz do processo. Também fomos avisados
de que o Supremo é o editor do Brasil, para evitar que circulem opiniões ‘erradas’.
Estão exorbitando de suas funções. Isso é a suprema desmoralização”.
Uma
magistrada crítica dos atos de abuso de poder no Judiciário, a juíza Ludmila
Lins Grilo, traz uma boa novidade: “O livro O inquérito do fim do mundo trará
artigos técnicos de vários juristas brasileiros, que analisarão o inquérito do
STF à luz do Direito pátrio. O prefácio será de um grande escritor, com uma
brilhante exposição sobre semelhantes processos da União Soviética de Stálin”.
O jogo
bruto é de poder. O STF mostra quem segue mandando. Por Ordem suprema, o
Twitter tirou do ar as contas abertas no exterior pelos censurados no inquérito
secreto. Se isso não é ditatoga, nada é. A extrema mídia acha bonitinho. Até o
dia em que ela for censurada pelo establishment.
Esquisito.
Comentário meu “apagou” numa rede social? Sem problema. Eu repeti: O General
Antônio Hamilton Mourão está certo ao criticar modus operandi do Mecanismo
contra o governo Jair Bolsonaro. A jogada é manjada: Um parlamentar ou partido
de oposição aciona o STF. E a Corte Suprema intervém em ato do Poder Executivo.
Isso é Ditatoga!
Nem o Ato
Institucional 5, de 1968, seria tão eficaz para praticar censura institucional
como ocorre atualmente. A Constituição de 1988 e a jurisprudência do STF estão
rasgadas pelo ato de censura cometido pelo ministro Alexandre de Moraes. Isto
precisa ser denunciado internacionalmente. Tenho nojo
da censura. Canso de ser vítima dela, inclusive da econômica, que tenta impedir
meu livre exercício do jornalismo desde 1983. Não me calarei. A internet nasceu
para ser livre. Eu pratico a liberdade responsável. Censores, a Justiça de Deus
será implacável com vocês.Nec plus ultra!
''O presidente
não tem os poderes para governar, mas tem a responsabilidade de governo.
O Congresso manda no orçamento e não tem o ônus de arrecadar os
recursos, nem a responsabilidade de governar.
Ou seja, tem o bônus de
gastar''
Nós, brasileiros, não perdemos a mania de discutir o evidente. Isso
acontece porque não nos damos conta do óbvio. A Constituição começa
dizendo que“todo poder emana do povo”.Se democracia é a vontade da
maioria, então o poder emana da maioria do povo. Mas uma grande maioria
da dita intelectualidade contesta essa obviedade. Afirma que democracia
não é a vontade da maioria. Que a vontade da maioria vira ditadura
contra a minoria. E que, portanto, é preciso impor, sim, a vontade da
minoria, para que haja democracia. Os gregos chamavam isso de sofisma. O
sofisma vem, a propósito, da minoria derrotada na última eleição
presidencial, numa insistência miliciana, demostrando não aceitar que
por quatro anos o país seja governado de acordo com os princípios de uma
maioria de mais de 57 milhões de eleitores.
Isso não é de agora. Sou eleitor desde 1960 e já participei de três
consultas populares cujos resultados foram desprezados pelos
legisladores, sem cobrança por parte dos meios de informação. Em 6 de
janeiro de 1963, os brasileiros se pronunciaram em plebiscito a favor da
forma presidencial de governo em 82%;o sistema parlamentar ficou em
18%.Trinta anos depois, em 21 de abril de 1993, em referendo, quase 70%
dos eleitores afirmaram preferir uma república presidencial; e 30%
ficaram com a forma parlamentar de governo republicano.
Ainda assim,
nossa Constituição mantém uma forma Frankenstein de governo, em que o
presidente não tem os poderes para governar, mas tem a responsabilidade
de governo.
O Congresso manda no orçamento e não tem o ônus de arrecadar
os recursos, nem a responsabilidade de governar.
Ou seja, tem o bônus
de gastar. [apesar de ser público e notório que as conclusões deste parágrafo estão fundamentadas na Constituição de 1988, é sempre conveniente a leitura seja pelo Parlamento - que só tem competência constitucional para legislar- seja pelo Judiciário - que pelo texto constitucional não legisla, nem governa.]
O mesmo aconteceu com o referendo sobre armas, em 23 de
outubro de 2005, sobre a lei que queria proibir o comércio de armas.
Apenas 34% concordaram.E 64% foram contra, a favor das armas. Ainda
assim, as restrições ao sagrado direito da legítima defesa continuaram
no Estatuto do Desarmamento.
O que há com os
que foram eleitos para representar seus mandantes?
Não teriam que
refletir a vontade da maioria?
O parlamento existe para fazer e mudar
leis, fiscalizar, criticar, apoiar –– mas não para governar.
Controlando
e usando os recursos de governo, está invadindo o outro poder e o
enfraquecendo –– alterando o equilíbrio necessário entre os poderes.
Quanto à vontade da maioria, ela se impõe nos objetivos governo, mas não
em detrimento da minoria, já que os direitos têm que ser iguais para
todos, maioria ou minoria. A inversão totalitária dessa igualdade é, a
pretexto de justiça, dar mais direitos às minorias, como a prática tem
mostrado. E aí temos o paradoxo da “democracia” com mais poder às
minorias.
Nos últimos anos, as redes sociais
deram voz a todos, rompendo o monopólio dos meios tradicionais de
informação. Democratizou-se a informação, mesmo com a resistência dos
que dominavam a opinião e a informação. Antes da era digital, a forma
de conduzir multidões foi manter uma minoria no comando dos instrumentos
que poderiam controlar corações e mentes. Foi esse tipo de máquina de
engodo e convencimento que ajudou a manter no poder ditadores como
Mussolini, Hitler, Stálin, Mao, Castro. Uma minoria do partido, ou da
ideologia, com o monopólio da informação e da voz, fazia prevalecer a
vontade, o domínio do pensamento. Quem acompanhou a Constituinte de 1988
sabe muito bem como a voz da minoria produziu consequências. Agora a
voz do povo já dispensa intérpretes para atravessar o concreto das duas
cúpulas de Niemeyer.
O
bombardeio incendiário da cidade foi feito pelo “lado do bem” durante a
II Guerra, mas as questões morais continuam as mesmas: vale tudo na
guerra?
Bombardeio de Dresden, em 1945 Ullstein Bild/Getty Images [bombardeio com bombas incendiárias e explosivos efetuado pelas forças aliadas - Estados Unidos, França, Inglaterra, Rússia e outros- contra a população civil.]
No dia 14 de fevereiro de 1945, já havia uns 30 mil alemães incinerados vivos em Dresden. Ou 50 mil? Até hoje não se sabe o número certo. Outros tantos ainda iam morrer no dia seguinte. De 13 a 15 daquele mês, a cidade
histórica seria literalmente derrubada pelas bombas e os incêndios
subsequentes. Foram 2.400 toneladas de explosivos e 1.200 de bombas
incendiárias.A perversidade monstruosa,inclusive a libertação dos
campos de extermínio, da barbárie nazista, com a intransponível
contradição de ter sido cometida por uma país altissimamente civilizado e
culto, as feridas são inevitavelmente reabertas. Mais difícil e moralmente complicado é tratar do que talvez tenha sido a mais brutal ação das forças aliadas cometida na Europa.Dresden é uma chaga na consciência dos que não aceitam respostas fáceis. E como é fácil encontrar argumentos,
se não fáceis, dignos de consideração: o inimigo era o nazismo, a
Alemanha tinha iniciado a hedionda “guerra total”, sem diferenciar entre
combatentes e civis.
Stálin exigia os bombardeios, já que o
desembarque aliado pela França ainda estava apenas nos planos, para
“amaciar” os alemães diante do inexorável avanço do Exército Vermelho,
que culminaria com a queda de Berlim, em 2 de maio daquele ano. Isso tinha sido decidido apenas
semanas antes, na conferência de Ialta, entre Franklin Roosevelt,
Winston Churchill e o próprio Stálin. Apenas cinco anos antes, era a
Alemanha a agressora de civis inocentes. Faltava só a Inglaterra para
ter o domínio total da Europa. Chegou perto disso. Entre setembro de 1940 e maio de 1941,
fábricas, indústrias, instalações militares e alvos que deveriam ser
preservados, incluindo o Parlamento e patrimônios culturais como a
catedral de Coventry, foram bombardeados.
Cerca de 40 mil pessoas morreram na Blitz. Por causa disso, prevaleceu a versão
de que Churchill autorizou o bombardeio de Dresden – primeiro foram os
ingleses, depois os americanos – como uma espécie de vingança. É uma explicação simplista para os
horrores da guerra. Resumidamente, segundo o historiador Chris Harmon,
Chuchill não era muito inclinado ao bombardeio em massa de áreas civis,
“mas começou a entender sua tétrica necessidade depois de ver como os
ataques aéreos alemães devastaram Varsóvia e Roterdã”. Harmon escreveu um livro sobre o tema, intituladoNós Somos Feras?.
As feras estavam soltas, dentro do
complicado quadro acima resumido, na Operação Trovoada. Os heróicos
pilotos da Royal Air Force, os mocinhos, os ases do lado bom da força,
fizeram o que se esperava deles. Uma das descrições mais torturantes foi feita por um inglês, um prisioneiro de guerra chamado Victor Gregg. Em 13 de fevereiro, em sua cela num
campo de trabalhos forçados ao lado de Dresden, ele viu “o dia virar
noite”. Os traçadores e depois as bombas de fósforo começaram a cair.
Uma parede da prisão desmoronou, Gregg tentou fugir.
Os sobreviventes estavam fazendo a
mesma coisa. A cidade estava coalhada de corpos humanos,muitos
“encolhidos” para menos de 1 metro pelo calor. Abaixo de 3 anos, as
crianças haviam simplesmente evaporado. Era como uma Hiroshima sem a
parte nuclear.
Ao todo, 6,5 quilômetros quadrados da
área central da linda cidade alemã foram destruídos, prédios com
estruturas de madeira simplesmente desmoronando. As pessoas eram
incineradas vivas. Em muitos abrigos antiaéreos
transformados em câmaras de morte, o calor infernal deixou apenas ossos,
trapos de roupas e camadas líquidas de gordura derretida de corpos
humanos. Convocado, sob ameaça de arma, a entrar para uma equipe de resgate alemã, Victor Gregg continuou a ver cenas dantescas. “O horror gravado a fogo na minha
memória, impossível de ser apagado. Até hoje me desperta à noite”,relatou Gregg – 100 anos completados em outubro.
Os alemães não votaram em Hitler,
apoiaram em grande maioria a guerra, ignoraram o genocídio dos judeus,
celebraram o domínio torturante sobre tantos países europeus? Não
mereciam isso tudo? Não foram eles que provocaram isso para si mesmos?É dever moral de todos nós, mesmo 75 anos, responder. Curiosamente, em especial na
Inglaterra, políticos da direita tradicional argumentam até hoje em
favor do bombardeio de Dresden. Vencer o nazismo era tão mais
importante do que tudo, mais até que as considerações morais básicas,
que nenhum recurso podia ser evitado (Dresden, evidentemente, não foi a
única cidade alemã reduzida a ruínas).
Na Alemanha, a direita mais à direita chama Dresden de Holocausto alemão. É uma expressão pesada, até ofensiva
aos judeus que defendem o caráter único, sem parâmetros, do genocídio
industrial conduzido pelos nazistas. Em hebraico, Shoá. As pilhas e mais pilhas de corpos
deformados levados para a incineração depois do grande fogo que caiu do
céu em fevereiro de 1945 evocam, quase insanamente, as vítimas dos
campos de extermínio. Talvez o que aconteceu em Dresden possa ser chamado apenas de holocausto, com minúscula. Mas aconteceu e não pode ser ignorado, mesmo que isso provoque constrangimento e questionamentos morais. Nem 75 anos depois.
“Todas as crises no governo foram criadas pela própria corte
de Bolsonaro, pois, desde as eleições, a oposição perdeu a capacidade de
iniciativa política”
As tragédias na política costumam acontecer quando os governantes não
conseguem formar um estado-maior e deixam se aprisionar numa “jaula de
cristal”, na qual pululam os áulicos da corte, que são aqueles que
realmente têm acesso à sua personalidade. O presidente Jair Bolsonaro
tem um Estado-Maior predominantemente formado por generais acostumados
ao planejamento estratégico, a partir de construção de cenários,
definição de objetivos e construção de alternativas, mas sua corte é
formada pelos filhos e áulicos, com um guru sem papas na língua, o
escritor Olavo de Carvalho, que zela pela “pureza” ideológica do
governo.
Via de regra, um governante é um homem sem vida privada, na vitrine
da opinião pública, que não pode aparecer perante os cidadãos como é
realmente nem deixar transparecer seu estado de ânimo. Aparentemente,
durante a semana, Bolsonaro não tem muito como fugir dos protocolos, da
agenda oficial, da rotina imposta pelos generais que controlam o Palácio
do Planalto; no fim de semana, porém, a família e os áulicos se
encarregam de “libertá-lo” desse esquema de quartel. E é aí que o circo
pega fogo. Na maioria das vezes, o fogaréu é provocado pelo escritor
Olavo de Carvalho. Não foi diferente no último fim de semana, quando o
amigo e ideólogo do governo novamente direcionou sua metralhadora verbal
de baixo calão para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general
Santos Cruz, aprofundando a disputa entre os militares e o grupo
político do clã Bolsonaro.
A diferença, desta vez, foi a reação do ex-comandante do Exército
Eduardo Villas Boas, que hoje ocupa uma discreta assessoria no Gabinete
de Segurança Institucional da Presidência, mas é uma eminência parda no
governo. Apesar de gravemente enfermo de uma doença degenerativa, com
seu estoicismo e capacidade intelectual,Villas Boas ainda é o grande
líder das Forças Armadas. Foi duríssimo com Olavo de Carvalho:
“Verdadeiro Trotski de direita, não compreende que substituindo uma
ideologia pela outra não contribui para a elaboração de uma base de
pensamento que promova soluções concretas para os problemas brasileiros.
Por outro lado, age no sentido de acentuar as divergências nacionais no
momento em que a sociedade brasileira necessita recuperar a coesão e
estruturar um projeto para o país”.
A comparação com Trotski é até injusta, pois o líder comunista foi o
responsável pela formação do Exército Vermelho e teve um papel na
história muito mais relevante, pois rivalizou com Stálin na disputa pelo
comando da antiga União Soviética, enquanto Olavo de Carvalho é
escritor radicado nos Estados Unidos que ganhou fama e influência com a
eleição de Bolsonaro, mas não ocupa nenhum cargo no governo. Com essa
declaração nas redes sociais, porém, acentuou a principal contradição do
atual governo: como Carvalho, Bolsonaro aposta na divisão ideológica do
país, num momento em que a nação precisa de coesão política para
enfrentar seus desafios.
Crises internas
Por pura ironia, como aconteceu com Trotski, porém, Bolsonaro faz
história, mas não tem consciência de que não controla as circunstâncias
em que isso ocorre. Por isso, a divisão entre seus generais e os
políticos que o cercam está se tornando um fosso cada vez mais profundo,
ainda que o presidente da República tente minimizar o problema. No fim
da tarde de ontem, mais uma vez, pôs panos quentes na crise: “Não existe
grupo de militares nem grupo de olavos aqui. Tudo é um time só”, disse.
A declaração serviu para acabar com os boatos de que Santos Cruz
estava demissionário. O general havia se reunido com Bolsonaro no
domingo e saiu do encontro sem dar entrevistas. “O que eu tenho falado é
que, de acordo com a origem do problema, a melhor resposta é ficar
quieto. Essa orientação que eu tenho falado”, disse o presidente da
República, resumindo a conversa com o ministro. Segundo afirmou, Santos
Cruz segue prestigiado no cargo e saberá lidar com a situação: “Estamos
em uma guerra. Eles, melhores do que vocês, estão preparados para uma
guerra”, disse Bolsonaro, a propósito dos ataques de Olavo de Carvalho
nas redes sociais tanto a Santos Cruz quanto ao vice-presidente Hamilton
Mourão, alvo constante de ataques de Olavo e do vereador Carlos
Bolsonaro, filho do presidente da República.
Mas que guerra é essa? Bolsonaro é um governante com metas ambiciosas
de diferenciação política. O que está sendo posto à prova é sua
capacidade e a de sua equipe para alcançar essas metas. Uma das maneiras
de dissimular as próprias dificuldades e justificá-las é a linguagem
bélica, atribuindo os fracassos aos inimigos. Todas as crises no governo
foram criadas pela própria corte de Bolsonaro, pois, desde as eleições,
a oposição perdeu a capacidade de iniciativa política. Um governo não
pode ser melhor do que o gabinete do presidente da República.
Há algo de novo no front quando surge uma direita nostálgica do regime militar
O sonho explícito de Ciro Gomes é encarar Bolsonaro no segundo turno.
Na avaliação dele, sua marcha ao Planalto seria assegurada pela repulsa
majoritária a uma candidatura da direita selvagem. Mas Ciro não enxerga a hipotética disputa com Bolsonaro sob o prisma
exclusivista da oposição esquerda/direita. Seus coreografados movimentos
de aproximação com o DEM podem até não dar em nada, mas evidenciam que
ele aposta numa abertura rumo ao centro.
Singer é um dos mais destacados “intelectuais orgânicos” do PT.
Segundo ele, tudo que aconteceu na política brasileira recente
—depressão econômica, impeachment, Lava Jato, desmoralização
generalizada dos partidos e dos políticos— tem relevância apenas
marginal. São “epifenômenos”, como diria um marxista antiquado. No fim, a morfologia de nossa paisagem política derivaria de uma
implacável “estrutura profunda”, imune às crises conjunturais. Abaixo da
poeira, permaneceria decisiva a “lógica polar” esquerda/direita. A
disputa PT versus PSDB, marca inconfundível das eleições presidenciais
desde 1994, conheceria um novo capítulo, ainda que com nomes trocados.
“Lula (ou quem ele indicar), Ciro, Manuela e Boulos precisarão, de
algum modo, se entender”, escreve Singer, exprimindo o desejo de trancar
Ciro na jaula da esquerda. Mas o principal está em outro lugar: “Tal
como melancias no caminhão, o sacolejo irá arrumando as relações entre
Bolsonaro, Alckmin, Meirelles (Temer), Maia e Marina”. Na lógica sectária de Singer, inexistem divergências fundamentais
entre Bolsonaro, de um lado, e os partidos situados na ampla faixa que
se estende da centro-direita à centro-esquerda, de outro. A direita
antidemocrática representaria apenas uma encarnação circunstancial do
PSDB, do PMDB ou da Rede.
Nove décadas atrás, no declínio da Alemanha de Weimar, os comunistas
alemães aplicaram a estratégia do “terceiro período”, ditada a partir de
Moscou. De acordo com o dogma inventado por Stálin, a revolução
proletária aguardava na esquina —e, diante do espectro da insurreição,
os social-democratas convertiam-se em aliados objetivos dos nazistas.
Consequentemente, os comunistas rejeitaram a ideia de uma aliança com os
“social-fascistas”, facilitando a ascensão de Hitler. No discurso e em certas práticas políticas, o PT parece-se, cada vez
mais, com os antigos partidos comunistas. Colocando no saco bolsonarista
“melancias” como Alckmin, Marina, Maia ou Meirelles, Singer pouco
esclarece sobre a corrida presidencial, mas revela-nos que o PT percorre
o túnel escuro do “terceiro período”.
A “lógica polar” de Singer existe realmente, sob a forma da
concorrência entre os partidários da economia de mercado e os do
capitalismo de Estado. Durante um quarto de século, o dilema
expressou-se como disputa binária PSDB/PT. Mas há algo de novo no front quando, em meio a uma crise
multifacética, ergue-se uma direita nostálgica do regime militar. Nessa
hora, a questão da democracia torna-se o mais elevado divisor de águas.
Se Bolsonaro chegar ao segundo turno, algo que está longe de ser uma
certeza, as “melancias” de centro-direita e centro-esquerda desmentirão a
profecia de Singer, barrando o caminho ao nostálgico aventureiro.
O equívoco analítico do “intelectual orgânico” não é importante. Ele,
como eu, erra e acerta. O relevante, no caso, é sua olímpica
indiferença diante da questão da democracia. Uma possível explicação para ela reside na persistência do apoio do
PT ao regime venezuelano. Se o ditador Maduro serve para nós, por que
Bolsonaro, um mero candidato, não serviria para nossos rivais de
centro-direita e centro-esquerda? A indagação implícita do texto de
Singer sugere que há algo de podre na alma do PT.
O presidente Michel Temer recorreu a prescrições legais, expressas nos
códigos de processo Penal e Civil, para arguir a suspeição de Rodrigo
Janot, procurador-geral da República. Segundo a petição encaminhada ao
STF, Janot perdeu a isenção para continuar à frente da investigação. E
aponta motivos fartos e explícitos.
Esta Folhaprestou, observo, um serviço ao Estado de Direito ao publicar, na segunda passada,a entrevista em que o procurador-geral,
como um Cesare Beccaria da presunção de culpa ou um Arrelia do direito
achado no picadeiro, anuncia ter flechas contra Temer guardadas na
aljava. Trata-se de uma ameaça, tomada por alguns como zelo de justiça. O jornal "O Globo", por exemplo, classificou de "ataque" a iniciativa do
presidente de pedir a suspeição do Guilherme Tell do Planalto Central.
Desde quando a apresentação de uma petição ao poder público, um dos
pilares do regime democrático, é um "ataque"? A "Primeira Emenda" da
Constituição dos EUA não passaria pelo crivo severo de "O Globo". Na
Carta americana, o direito a petições está em pé de igualdade com a
liberdade religiosa, a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa.
Procuradores, claro!, saíram em defesa do"Lírico de Joesley", aquele
mesmo que ousou denunciar, com pedido de prisão, o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) por obstrução da investigação. O que o mineiro fez para
merecer imputação tão grave? Debateu com seus pares o conteúdo de um
projeto que mudava a lei que pune abuso de autoridade. É um espanto! Oh, leitores, ouso, sim, invadir com a minha mundanidade o território do
sagrado! Na sentença, a meu ver capenga, em que condenou Lula, o juiz
Sérgio Moro sustenta haver motivos para decretar a prisão preventiva do
ex-presidente. Este seria um deles: o petista teria tentado intimidar o
juiz (Moro falava de si mesmo...),procuradores e jornalistas. De que
modo? "Com a propositura de ações de indenização por crimes contra a
honra."
Moro, como "O Globo", não gosta da "Primeira Emenda". Começa a exibir fissuras o monólito da conspiração dos puros que uniu,
por algum tempo, setores do MPF, da Justiça e da Polícia Federal. Esta
passou a ser criticada sem mesura por procuradores, incluindo Janot.
Inquéritos que apuram o conteúdo de delações já homologadas não têm
conseguido chegar às provas. E não porque sejam "diabólicas". Ocorre
que, com frequência, policiais federais estão constatando que o suposto
crime cometido não passa de uma peça ruim de ficção, produzida por
prosadores e roteiristas amadores.
Tenho as minhas preferências políticas e as minhas convicções, como toda
gente. Se, no entanto, numa democracia, um liberal não cobrar a
neutralidade obsessiva de homens de Estado –vale dizer: o estrito
cumprimento das leis –, então quem o fará? Certamente não serão os
fascistas de esquerda ou de direita, gostem de Lula ou de Bolsonaro.
Então cobro eu. E não indago quem se beneficia da minha contradita.
Assim como a entrevista de Janot à Folha é, no mínimo,
incompatível com o decoro que se exige de um procurador-geral, a
concedida a "O Estado de S. Paulo", no domingo passado, por Carlos
Eduardo Thompson Flores Lenz é um despropósito. O homem teceu loas à
sentença de Moro: "É tecnicamente irrepreensível, fez exame minucioso e
irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil".
Flores Lenz, é fato, não integra a turma do Tribunal Regional Federal da
4ª Região (TRF-4) que vai julgar o recurso de Lula. Mas ele o preside!
Sim, é preciso quebrar ovos para fazer uma omelete, como Stálin NUNCA
disse. Mas não é preciso rasgar as leis e o decoro para fazer justiça.
PS: Em audiência no Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um
Jean Willys que não ousa dizer seu nome, uma vez que cospe por outros
meios, sugeriu que atuo em consonância com a Abin. Ele se esquece de que
fui o espionado, não o que espionou. É curioso esse rapaz se fingir de
um animal da "nova política". Ele continua o dinossauro de sempre do
PSOL. Afirmou que sou "mais governista do que Temer". Não, senador! Mais
do que governista, eu sou é inimigo de barítonos do golpe que se fingem
de sopranos da democracia.
O julgamento da
chapa Dilma-Temer no TSE foi mais um momento em que fatos exasperam e
provocam enjoo de estômago nos espectadores
[os juízes não podem e nem devem, julgar de acordo com a vontade da população e sim de acordo com as leis, com o que consta legalmente legalmente no processo. O resto é agir conforme o maldito 'politicamente correto, recurso que quando usado pelos juízes em vez de produzir JUSTIÇA produz absurdos.]
O que será de nós? É uma pergunta que ouço com frequência
nas ruas, feiras e bares. Respondo com um discreto otimismo. Ninguém
exige precisão na resposta, pois todos sabem quão nebuloso é o momento…
Mas o que vejo na face e nos olhos das pessoas é ansiedade. Não tenho
condições de estudar o assunto mais amplamente. Creio que outros o
farão: qual o impacto psicológico de anos de notícias negativas na vida
de um país?
A decomposição do sistema político eleitoral é uma novela
longa e arrastada. Um roteirista de cinema já teria acabado com ela para
não aborrecer os espectadores. Ainda que fosse uma série, do tipo
“House of cards”, ele certamente estaria pensando em férias para
escrever a nova temporada. O ritmo dos acontecimentos no Brasil depende dos trâmites da
Justiça. Além disso, as evidentes mentiras se arrastam. Quem acompanha
fica irritado, sabe que não é bem aquilo, mas o processo legal não pode
ser concluído como uma novela.
Minha experiência pessoal é a de que o trabalho em campo me
diverte e que os momentos de lazer, diante do noticiário, trazem mais
ansiedade. Se é assim com todos, imagino como estão os que não perdem,
por interesse ou dever de ofício, um simples lance do psicodrama
político-policial. A experiência histórica talvez possa nos confortar. Isaac
Deutscher, na célebre biografia de Trótski, oferece uma boa pista. Ele
afirma que certas forças políticas tomam decisões estúpidas, não porque
sejam necessariamente pouco inteligentes, mas sim porque sua margem de
manobra torna-se muito estreita na crise. Isso aconteceu com Dilma e acontece agora com Temer. Basta
analisar a sucessão de erros que seus movimentos defensivos provocam
para dizer que, nessas circunstâncias, o maior adversário de Temer é sua
própria cabeça.
Temer substituiu o ministro da Justiça e esqueceu de
comunicar ao que saía, tal a pressa em conter o avanço da PF. Demitido
sem honras, o ministro voltou à sua cadeira no Parlamento e desalojou
Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala de Temer. Resultado: Temer não
conseguirá controlar a PF, e um dos seus cúmplices está preso, sob o
risco de delação premiada. E como se não bastassem tantas saídas estúpidas, Temer
desmentiu a notícia de que viajou num avião de Joesley Batista para,
logo em seguida, admitir que o fez sem, contudo, saber quem era o dono
do avião ou quem pagava pela viagem. Sabemos que é mentira, inclusive
Temer. Nesse momento, já não se preocupa mais com credibilidade, apenas a
se agarrar ao cargo.
O julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE foi mais um momento
em que fatos exasperam e provocam enjoo de estômago nos espectadores. O
ministro Herman Benjamin fez um excelente trabalho, mas desde o início o
resultado final do julgamento já estava definido. A Odebrecht constava da petição inicial, Herman Benjamin
realizou audiências na presença de todos, mas os juízes pró-Temer
consideram que os dados da Odebrecht deveriam ser retirados do processo.
Ambos argumentos, de defesa e acusação, podem ser desenvolvidos ad
nauseam, inclusive com citações de juristas, professores acadêmicos e o
diabo a quatro. Herman Benjamin apenas cumpriu seu trabalho, foi atrás da
verdade, respeitando a petição inicial que se referia à Odebrecht várias
vezes. O que aconteceu depois, com as delações, foram novas evidências
perfeitamente articuladas com as denúncias. Ao excluir as evidências da Odebrecht, os ministros não
negam sua realidade,apenas acham que chegaram tarde demais. Fora dos
prazos. [O Direito não socorre aos que dormem.] O julgamento nos ajuda a compreender que não estamos diante
de um fenômeno linear no Brasil, do tipo todos contra a corrupção. Na
verdade, existe muita gente do lado de lá. Em, primeiro lugar os
próprios corruptos, que sonham com a impunidade. Todas as maiores forças políticas são contra a Lava-Jato.
Lula tentou bombardeá-la,e ouvimos suas lamúrias, nos grampos da PF,
sobre a passividade do STF. O PMDB tentou, e as gravações colhidas na
delação premiada de Sérgio Machado indicam que a cúpula do partido
queria deter a Lava-Jato. Aécio Neves, na época presidente do PSDB,
também foi descoberto, em grampos, articulando anistia ao caixa dois e
leis que inibem juízes e promotores. [não há provas que Aécio tenha conspirado contra a Lava Jato, limitando-se a propor leis - ação que é atividade principal de um parlamentar.]
Em torno do PT existe um grande número de militantes que
acreditam que a Lava-Jato é apenas um processo de perseguição a Lula e
seus líderes. Admitir a verdade obrigaria a um exame muito profundo da
própria situação, assim como foram as denúncias dos crimes de Stálin.
Para não ameaçar o edifício ideológico é melhor ignorar suas mazelas.
Tirar Dilma, prender Lula e banir o PT é apenas
o inicio - Professor Olavo de Carvalho
Fernando
Holiday, cria do MBL e um de seus coordenadores, numa tentativa patética de reforçar suas falas, sempre inicia seus
discursos dizendo que é"negro, gay e da periferia"(sic).
Puxa vida, é mesmo? Se você não
falasse, ninguém perceberia!Não sei se Fernando
age 24 horas por dia como parece ser em seus vídeos -- histérico, exageradamente dramático, fora do tom, cheio de
gesticulações, de afetação, de trejeitos e histriônico, diga-se de passagem --,
mas a impressão fica é a de que aquilo ali é tudo pose, que ele age como um
ator. A partir do momento que seus atributos pessoais e gestos precisam ter
mais destaque e evidência que o conteúdo do que você tem a dizer, seu discurso fica em segundo plano e sua
performance evidencia uma farsa.
Ou
tem alguém explorando a situação do Fernando e maliciosamente orientando-o a
agir como um militante de sinal trocado (mero
boneco de ventríloquo),ou ele
realmente ainda está contaminado de luta de classes e gramscismo ao ponto de
acreditar que, ao agir assim, irá blindar seus argumentos, realmente
convencido de que está arrebentando a boca do balão. Não sei qual o caso do
garoto, mas ele parece sinceramente acreditar que essa estratégia irá elegê-lo
futuramente a algum cargo dentro do estamento burocrático, que ele, como
libertário, diz tanto odiar. Vamos ver
até que ponto os eleitores de Direita irão tolerar tal comportamento sem
questionar. O sujeito pensa que essa ferramenta retórica lhe concede,
automaticamente, superpoderes para falar
qualquer merda sem que seja contestado e criticado.Quem discordar é racista,
"homofóbico" e preconceituoso.
Uma atitude não muito diferente
da de um ex-BBB -- que Fernando diz combater, mas que transformou-se em seu
arquétipo oposto. Os Holidays da vida é que são a outra
face do ex-BBB,e não Jair
Bolsonaro, como têm afirmado gente como Reinaldo Azevedo, Leandro Narloch e
Antagonistas (Diogo Mainardi, Mário Sabino e Cláudio Dantas).
Autodescrever-se
antes de sua fala como negro, gay, da periferia -- ou
qualquer outra característica que o valha -- não lhe dá salvo-conduto para
opinar com ares de autoridade sapiencial em assuntos dos quais você não sabe
nada a respeito. Eu tenho inúmeros amigos negros, gays e da periferia que não
precisam ficar se gabando e usando esse fato como argumento, pois se garantem. Eu mesmo recebi Bolsa Família e, quando cito isto, é para
falar que usei a grana para ir para a lan house estudar, já que, por também ser pobre, eu não tinha
computador e internet na minha casa da periferia. Diferente do Fernando eu
só tenho a melanina na pele e a orientação sexual. Estudei com Olavo de
Carvalho usando a grana do Bolsa Família, e através dele conheci o outro lado da história sobre o regime
militar, o lado do contra-golpe aos comunistas em 1964. Foi com a grana do Bolsa Família que eu li, entre diversos
livros, aquele de autoria do Coronel
Brilhante Ustra.
Agora vem esse moleque do Holiday e
divide quatro deputados federais,colocando
Glauber e Gian Uilis na extrema-esquerda e Eduardo e Jair Bolsonaro na extrema-direita, e em seguida diz que, entre comunistas assassinos e coronéis
torturadores, ele escolhe lutar até a morte pela liberdade(lutar de que forma, contra o quê e contra
quem, meu filho?), como se comunistas assassinos representassem
definitivamente a extrema-esquerda e coronéis torturadores representassem a
extrema-direita.
É como se numa luta de boxe o sujeito
falasse que está torcendo para o Palmeiras. Não é questão de escolher lado e
tomar posição, mas de esclarecer os fatos e encontrar a verdade. Primeiro:não há provas razoáveis de que Ustra tenha
cometido tais torturas (apenas alegações verbais dos próprios
guerrilheiros comunistas e assassinos da época, sem exame de corpo de delito,
cicatrizes, fotos, nem mesmo daqueles que foram presos e posteriormente
exilados em outros países). Segundo:
tão somente combater comunistas não torna ninguém de extrema-direita. Essa associação de tortura com os Bolsonaros e à Direita não
cola. Se assim o fosse, Stalin
seria de Direita ao mandar matar Trotsky.
A história do comunismo se resume
em comunistas matando comunistas com a justificativa de que o comunista
assassinado havia se tornado um inimigo da Revolução, um burguês, ou seja,
alguém da Direita. Tirando o anticomunismo, o regime militar brasileiro se
encontra à esquerda do espectro político, com suas monstruosas estatais
construídas com dinheiro da alta carga tributária, sua supressão das liberdades
civis, sua censura, sua perseguição às lideranças conservadoras, sua proteção à
Esquerda não-armada e a sua conivência com o marxismo cultural, na estratégia
da panela de pressão do general Golbery do Couto e Silva. Leia o livro 'Ideais Traídos' e veja o que diz o general Sylvio Frota, ex-ministro do Exército do
governo Geisel.
Situação
diferente do Chile de 1973 a 1990, mas sei que muitos liberais não vão aceitar
que se chame de extrema-direita o regime de Pinochet, no Chile, só porque o
general seguiu as orientações econômicas do liberal Milton Friedman e da Escola
de Chicago. Poderíamos chamar de
Direita, com as devidas proporções, os governos de Churchill, Thatcher e Reagan.
Mas não seriam de extrema-direita só porque passassem a cometer torturas.
Eduardo e Jair defendem a verdade
histórica do que foi o regime militar, tanto que a carreira política do
segundo se resume basicamente e deve seu sucesso e fama no esclarecimento dos
fatos, contra a farsa da Comissão da
Verdade. Ser de Direita não é defender torturadores, mas defender a verdade
sufocada, a história que a Esquerda não quer que o Brasil conheça.
Atacar
a família Bolsonaro dessa forma, como tem feito o MBL e seus advogados da mídia
como
Reinaldo Azevedo, Leandro Narloch e Luciano Ayan, é um golpe muito baixo. Ainda mais depois de todos os favores e
ajuda que os Bolsonaros prestaram ao MBL, emprestando-lhes
hotel, defendendo-os na CPI de crimes virtuais, chamando o povo para eventos do
MBL, etc.
É típico de liberal e libertário posar
de isentão, como
um lorde da liberdade que paira acima de qualquer polêmica, um intocável que
está no alto e além dos extremismos, que não se mistura com a ralé. Assim é fácil manter a pose de superior, em
cima do muro. O problema é que o muro pertence à
Esquerda.