Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador humor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador humor. Mostrar todas as postagens

domingo, 2 de junho de 2019

O fantasma da facada

Bolsonaro e o filho Carlos podem estar sofrendo de Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Muitos estão convencidos de que a facada de Adélio Bispo foi a verdadeira razão da vitória de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. Além do impacto emocional no eleitorado, permitiu que ele não se expusesse nos debates. É uma maneira de menosprezar a liderança intuitiva de um político populista que estava no lugar certo, na hora certa, para galvanizar o sentimento majoritário dos brasileiros. Mas a facada pode, sim, ter tido um papel fundamental do ponto de vista psicológico, nas futuras atuações do presidente eleito.

Na entrevista à revista “Veja” desta semana, Bolsonaro chorou ao relembrar a facada, e está convencido de que por trás de Adélio havia uma grande conspiração.O presidente contou também que chora durante a noite, angustiado pela situação do país. Nesta mesma semana, havia comparecido ao programa de Danilo Gentili e abriu a camisa para mostrar a enorme cicatriz decorrente do atentado que sofreu.O fantasma do drama vivido naqueles dias não abandona o presidente nem seus filhos. Carlos, o filho 02, o mais ligado ao pai depois de terem ficado anos sem se falar, é também o mais emotivo. Seu depoimento a Leda Nagle sobre o atentado e os dias subsequentes são reveladores do sentimento que domina a família até hoje.

Lutando para não chorar, ele descreveu o pavor que viveu ao lado do pai. Primeiro, no momento da facada, levando-o para o hospital tentando que não desfalecesse. Depois, conta que viu o coração do pai parar e ser ressuscitado duas vezes. Viu suas vísceras serem retiradas do corpo. E desabafa: “Ainda tem fdp que diz que a facada foi fake”.

Bolsonaro e o filho Carlos podem estar sofrendo de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), que ocorre em pessoas que vivem situações com risco de morrer ou presenciam situações em que outros sofrem este risco ou mesmo morrem. O tema foi aventado pela primeira vez no blog do Saboya, nos primeiros meses do governo, quando começaram as crises internas. Há médicos que descrevem como decorrência do TEPT transtornos de ansiedade, de humor, anorexia nervosa, paranoia, narcisismo. Antonio Egidio Nardi, professor titular do Instituto de Psiquiatrias da UFRJ, diz que o TEPT é “um sofrimento psíquico muito comum em nossa sociedade violenta e, às vezes, menosprezado ou desconhecido, o que retarda o tratamento e prejudica muito a qualidade de vida das pessoas que sofrem”.

A meu pedido, o professor Nardi falou do transtorno de uma forma técnica, e não do caso específico de Bolsonaro “que nem conheço e, portanto, nunca examinei”. Diz ele que nos Estados Unidos, a taxa ao longo da vida para TEPT é de 8,7%. Ocorre mais em veteranos de guerra e outras profissões que aumentem o risco de exposição (policiais, bombeiros, socorristas). Nardi diz que muito dos estudos de TEPT são realizados em veteranos de guerra, “mas hoje, com a violência urbana, os quadros clínicos são rotina nos consultórios de psiquiatras e psicólogos”.

O TEPT pode ocorrer em qualquer idade após a exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual. “A pessoa começa a vivenciar diretamente o evento traumático em situações diversas através de lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático, que pode surgir em qualquer hora do dia e trazer grande sofrimento e desespero”. Ele exemplifica que ocorrem pesadelos nos quais o conteúdo e/ou o sentimento estão relacionados ao evento traumático. “O indivíduo começa a evitar situações que lembrem o evento, pessoas, lugares, conversas, atividades, objetos, situações que despertem recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados ao evento traumático. A ênfase é nas lembranças recorrentes do evento, as quais normalmente incluem componentes emocionais e físicos”.

O professor Antonio Nardi diz que os sintomas mais comuns de revivência são pesadelos que repetem o evento em si. “O tratamento envolve psicoterapia e uso de medicamento. O prognóstico é muito bom”. É bom ressaltar que o transtorno se reflete no campo psíquico, podendo ter efeitos físicos, mas não tem interferência no pensamento cognitivo e ideológico do paciente.
 
 
 
 
 
https://blogs.oglobo.globo.com/merval-pereira/post/o-fantasma-da-facada.html
 
 

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Bolsonaro: ‘Não está na hora de termos um ministro do STF evangélico?’

Presidente questionou a postura do Supremo Tribunal Federal ao discutir a equiparação de homofobia ao crime de racismo: "Estão legislando"



O presidente Jair Bolsonaro (PSL) questionou a ausência de um evangélico na composição do Supremo Tribunal Federal durante um evento da 46ª Assembleia Geral da Convenção Nacional das Assembleias de Deus – Ministério da Madureira, em Goiânia, na manhã desta sexta-feira, 31. Ele também afirmou que os ministros do STF “estão legislando” ao discutir a equiparação de homofobia ao crime de racismo. "Com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto-lhes: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico? Cristão assumido? Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos, um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?”, disse.

O presidente foi aplaudido em pé pelos espectadores, que gritavam “mito” após a declaração. Ainda, Bolsonaro disse também que “a fé tem que estar presente em cada instituição do nosso país”. A fala foi compartilhada ao vivo pelo Facebook do Ministério da Madureira — confira o vídeo no final da reportagem. Bolsonaro concluiu reafirmando o slogan de sua campanha presidencial: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.

Na última quinta-feira, o STF formou maioria para declarar omissão do Congresso Nacional no enfrentamento da discriminação contra a população LGBTI e enquadrar a homofobia e a transfobia como uma forma de racismo. Após os ministros Rosa Weber e Luiz Fux votarem neste sentido, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, encerrou a sessão e anunciou que a discussão do tema será retomada em 5 de junho.

Entrevista

Em entrevista exclusiva a VEJA, de duas horas, o presidente Jair Bolsonaro falou com o diretor de redação, Mauricio Lima, e o redator-chefe Policarpo Junior sobre as reformas propostas por seu governo, a possibilidade de reeleição, os filhos, o amigo enrolado Fabrício Queiroz, o guru Olavo de Carvalho, as trapalhadas de ministros, Lula, o PT, sabotagens, tuitadas e o atentado que sofreu durante a campanha, tema que, ao ser invocado, mudou completamente o ritmo da conversa, a fisionomia e o humor do presidente. [clique aqui para  ler: Adélio diz que vai matar Bolsonaro e Temer ao sair da cadeia, aponta laudo.]


Em uma das respostas, disse que cinco meses depois de ter assumido, ele sente que a maioria dos parlamentares entendeu o que está acontecendo, que muitos apoiam a pauta do governo, mas que não imaginava que ia ser “tão difícil assim”. Aqui, tenha acesso ao conteúdo completo, com toda as respostas do presidente. 

Revista Veja

quinta-feira, 31 de maio de 2018

PERCEBERAM QUANTA COISA BOA OS CAMINHONEIROS FIZERAM?

Humor para curtir na fila do gás ou do combustível

COISA BOA OS CAMINHONEIROS FIZERAM:

1- ACABOU O TIROTEIO NO RJ;

2- ACABOU MARIELI; 

3- PRESIDENTE TEMER MELHOROU DA AMNÉSIA;

LEMBROU DOS HOSPITAIS, ESCOLAS  E DO POVO; 

4 -DEPUTADOS MORRENDO DE MEDO DE UMA INTERVENÇÃO; 

5 - MUITAS PESSOAS DESCOBRIRAM QUE É POSSÍVEL CHEGAR AOS LUGARES CAMINHANDO.

6 - OITO DIAS SEM POLICIAL MORTO.

7 - OITO DIAS SEM ASSALTO.

8 - OITO DIAS SEM ROUBO DE CARGA.

9 - OITO DIAS SEM EXPLOSÃO DE CAIXAS ELETRÔNICOS. 

CAMINHONEIROS VOCÊS SÃO OS "CARAS".

👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

Por e-mail

 

sábado, 27 de junho de 2015

Sobre mandiocas, rolas e sertanejos

Façamos justiça. A presidente Dilma tem feito enorme esforço para se tornar mais exótica 

Os brasileiros reclamam quando estrangeiros chamam nosso país de “exótico”. Natural. Há uma tendência de defender o que é nosso do olhar gringo. Só nós podemos meter o pau. Mas, quando colocamos o pé fora do Brasil, percebemos que somos mesmo para lá de exóticos. Longe, conseguimos até rir de nossa República da Mandioca. Melhor mandioca que banana.

Façamos justiça. A presidente Dilma tem feito enorme esforço para se tornar mais exótica. Seus últimos discursos podem tirar emprego de muito humorista. O mais recente, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, é intraduzível em qualquer idioma. “Nós estamos comungando a mandioca com o milho. E, certamente, nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil.”

Depois da mandioca, foi a vez de saudar a bola e a mulher. “Essa bola vem de longe, da Nova Zelândia. E é uma bola que eu acho que é um exemplo, ela é extremamente leve. Eu já testei e ela quica. Eu testei, eu fiz assim uma embaixadinha, minto, uma meia embaixadinha. (…) Então, o esporte tem essa condição, essa bênção. Ele é um fim em si. (…) Então, para mim essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em Homo sapiens ou mulheres sapiens.”

Sei que o discurso “indignou” muitos e serviu para que a presidente fosse ridicularizada. Mas eu até simpatizei e morri de rir. Gente, é esse o Brasil, o Brasil da mandioca, das rolas e dos sertanejos, era um discurso para índios em Brasília. O Brasil que se diz laico e vê um bando de marmanjos deputados erguer os braços na Câmara em transes pentecostais.

É exótico ver a Dilma rodando de bicicleta em Brasília, enquanto a crise pega todo mundo, miserável, pobre, rico e a classe média gigantesca, traída e amorfa. Dilma tenta tudo de marketing pessoal, além da dieta milagrosa que a deixou elegante e lépida, para fazer o país esquecer sua aliança com os pastores evangélicos. A banda mais reacionária, conservadora ao extremo, que recebeu dela isenções para igrejas. É o dízimo gordo do Planalto, o cala-veto.

Se Dilma criou, num discurso jocoso, a espécie “mulheres” sapiens, Eduardo Cunha, Silas Malafaia e seguidores tentam criar o “hétero” sapiens como a única espécie saudável e legítima para formar uma família. Isso não é só exótico, é perigoso. A ex-guerrilheira feminista estende o tapete vermelho para o neo-PMDB pentecostal, que não respeita o direito da mulher a seu corpo e ao aborto em qualquer circunstância, e que defende mudanças no Estatuto do Desarmamento para armar a população. [que a mulher tenha direito ao seu próprio corpo é justo, justíssimo; é aceitável que a mulher possa cortar seu próprio dedo, ou mesmo seu pescoço; o inaceitável é que em nome do direito ao seu corpo a mulher possa assassinar um ser humano inocente e indefeso, no condenável aborto.]  No meio da crise, aprova a construção do bilionário ParlaShopping, para abrigar com pompa a Câmara e sua maioria de... como disse o ex-Lula... “picaretas”?

Dilma reza para todos os deuses, mas não cala seu diabinho criador, Lula, o opositor transgênero. Lula afirma que o PT de Dilma acabou com os sonhos e utopias, traiu trabalhadores e aposentados e “só pensa em cargos”. O que é isso, ex-companheiro, além de jogo de cena? Um dia após o outro, para padres ou laicos, Lula aperta a garganta de Dilma, a acusa de ter mentido na campanha e tenta se desvincular dela e do PT para salvar sua pele e o lulismo. Como se ele nada tivesse a ver com o que está aí. Como traduzir para um estrangeiro?

É o exótico patropi, uma casa brasileira com certeza. Onde um dos mais conceituados e mais populares jornalistas multimídia do Brasil, Ricardo Boechat, manda o pastor Malafaia “procurar uma rola”, em vídeo postado em rede social. Boechat chamou o pastor de “paspalhão e otário” e “tomador de grana de fiel”. O pastor tinha acusado Boechat de “idiota” e de “falar asneira” por comentar que igrejas neopentecostais incitam a intolerância religiosa e criam o ambiente para ataques como as pedradas em uma menina de 11 anos, praticante do candomblé. Dá para imaginar a situação, com personagens semelhantes, em outro país? [o Boechat, jornalista em fim de carreira, com uma ponta em um programa de TV e escritor eventual em colunas de jornais, deve estar arrependido de não ter xingado o pastor Malafaia há mais tempo. A repercussão do seu comentário ofensivo - não só ao Malafaia, mas, especialmente aos que assistiam a TV na hora que Boechat fez o xingamento - foi maior do que toda a repercussão de Boechat desde que iniciou no jornalismo.]
A rola provocou uma histeria nas redes sociais, com torcidas pró e contra. Uma histeria só comparável, em temperatura, à que se seguiu à morte trágica, em acidente de carro, do cantor Cristiano Araújo, o “sertanejo universitário” adorado por multidões, mas desconhecido por quem não gosta de música sertaneja. Um rolo compressor de mídia lacrimosa irritou quem nunca havia ouvido Cristiano cantar. Os fãs se irritaram com a “elite” que não curte música sertaneja, como se fosse uma traição à brasilidade. E, para culminar, Fátima Bernardes se confundiu e lamentou ao vivo a morte de “Cristiano Ronaldo”. O Brasil é muito exótico. Xô, ódio. Só o humor nos salva. Amém.


Fonte: Ruth de Aquino - Revista Época