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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Agora vai: Indonésia decide executar condenados



Indonésia ordena preparativos para execução de brasileiro e outros 9
Data final ainda não foi marcada; presos serão avisados 72 horas antes
A Indonésia ordenou, na última quinta-feira, que sejam feitos os preparativos na prisão da Ilha de Nusakambangan para execuções de dez presos condenados por tráficos de drogas, segundo a BBC. Diplomatas confirmaram ao site que foram chamados para comparecerem à ilha neste sábado. Entre os condenados, está o brasileiro Rodrigo Gularte, preso na Indonésia em agosto de 2004 com seis quilos de cocaína em pranchas de surfe.

A ordem emitida ainda não define a data final da execução, que deve ser entregue aos presos 72 horas antes. Um porta-voz da procuradoria-geral da Indonésia Tony Spontana afirmou à agência de notícias AFP que espera uma pendência judicial de um condenado indonésio para decidir a data, que chamou de “Dia-D”.

A filipina Mary Jane Fiesta Veloso pode ser transferida para a prisão de Nusakambangan nesta sexta-feira. Entre os prisioneiros que esperam a execução há pessoas da Nigéria, França e dois australianos.  As execuções dos dez condenados já foram adiadas diversas vezes, inclusive devido a recursos judiciais dos réus. Um laudo que atesta que Rodrigo tem esquizofrenia foi a última tentativa da família para suspender sua execução.

Em 2006, Rodrigo tentou suicídio na cadeia. Na época, funcionários disseram que o surfista apresentava fortes sinais de depressão. Um detento paquistanês, uma das pessoas mais próximas a Gularte na prisão, relatou que ele sofria alucinações e o procurava durante a noite, tremendo de medo e pedindo para se esconder embaixo de sua cama.

Em janeiro, o instrutor de voo Marco Archer, condenado ao fuzilamento na Indonésia por tráfico de drogas, foi executado. Archer estava preso desde 2004 por ter tentado entrar no país com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. Ele foi o primeiro brasileiro a ser sentenciado a morte no exterior.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

PENA DE MORTE – Mais uma vez Justiça será feita na Indonésia. Precisamos implantar a pena de morte, a de prisão perpétua e a de prisão com trabalhos forçados no Brasil



Brasileiro condenado na Indonésia deve ser executado em fevereiro
O nome de Rodrigo Gularte aparece numa lista com outras dez pessoas que estão no corredor da morte. A data exata ainda não foi divulgada
Após ter seus pedidos de clemência negado, o nome do brasileiro Rodrigo Gularte apareceu numa lista de prisioneiros que serão executados divulgada pelo governo indonésio, na última quarta-feira. De acordo com o jornal The Jakarta Post, as autoridades já começaram a preparar a prisão na ilha de Nusakambangan, em Cilacap, onde deve ocorrer a execução, em fevereiro. A data exata, no entanto, ainda não foi divulgada.  - Nós estamos muito prontos. Agora é apenas uma questão de pressionar o botão - disse o Ulung Sampurna Jaya, chefe da polícia de Cilacap ao Jakarta Post.

Gularte é conduzido por policiais no dia de sua prisão - Dita Alangkara / AP Photo/Dita Alangkara/5-8-2004

A informação de que o governo indonésio pretende executar mais 11 prisioneiros foi passada pela Procuradoria Geral do país ao parlamento durante uma reunião que aconteceu na quarta-feira. No encontro não foram passados outros detalhes, apenas que ainda está sendo decidida a data e o local exato onde ocorrerá a execução. Além do brasileiro, a lista inclui cidadãos (?) da Austrália, França, Filipinas, Gana e Espanha.

A família de Rodrigo Gularte, preso em 2004 tentando entrar no país com 6 quilos de cocaína dentro de pranchas de surfe, tenta impedir a execução do brasileiro. Em entrevista ao "Fantástico" da TV Globo, Angelita Gularte, prima dele, disse por e-mail que o brasileiro está enlouquecendo na prisão, onde recebe a visita constante de médicos e religiosos  [certamente com a execução ele ficará curado da loucura; afinal, entre os efeitos colaterais da morte está a cura de todas as doenças.] Ela tenta um laudo de autoridades da Indonésia constatando que o primo sofre de esquizofrenia, que o livraria do fuzilamento. 

O governo brasileiro tem pouca esperança de ver revertida a condenação de Rodrigo Gularte. Oficialmente, o governo Dilma Rousseff continuará tentando evitar a morte de Gularte. Nos bastidores, no entanto, as autoridades já perderam a fé nessa possibilidade, já que o último pedido de clemência de Rodrigo foi negado.

No início do mês o governo indonésio executou o brasileiro Marco Archer, condenado em 2004 por tentar entrar na Indonésia com 13,4 kg de cocaína escondidos em tubos de uma asa-delta. Na ocasião, ele confessou ter recebido US$ 10 mil dólares para levar a droga do Peru, com conexão em São Paulo. Ele foi o primeiro brasileiro executado no exterior. Logo após a execução o Ministério das Relações Exteriores entregou ao embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto, uma nota de repúdio pela execução e por terem sido ignorados os pedidos de clemência e os apelos feitos pelo governo brasileiro. [o papel utilizado na ‘nota de repúdio’ certamente será útil em Cuba ou Venezuela, países que sofrem uma falta crônica de papel higiênico.]

Prasetyo apenas informou que as execuções devem ocorrer na ilha isolada de Nusakambangan, considerada um “local ideal”, devido a medidas de segurança.  Além do pedido de indulto de Gularte, o presidente Joko Widodo rejeitou os pedidos de dois australianos - que estão no corredor da morte há quase 10 anos -, um francês, um nigeriano, um ganense, um filipino e quatro indonésios, informou a promotoria de Jacarta.  "A promotoria recebeu as cópias oficiais do decreto presidencial que rejeita os pedidos de indulto de 11 condenados à morte", afirmou à AFP Tony Spontana, porta-voz da justiça. "O gabinete do procurador-geral tem agora 11 condenados no corredor da morte prontos para a execução", completou.

Dezenas de indonésios e estrangeiros condenados à pena capital por tráfico de drogas estão no corredor da morte na Indonésia, um país com uma das legislações de combate às drogas mais severas do mundo. As execuções de janeiro foram as primeiras desde a chegada ao poder, em outubro do ano passado, do presidente Widodo, que desta maneira colocou em prática o discurso intransigente da campanha eleitoral. "Não haverá clemência para os narcotraficantes", afirmou Widodo pouco depois de assumir o cargo. "Todos os dias, 50 pessoas morrem por causa das drogas", completou.

Fonte: AFP 

sábado, 24 de janeiro de 2015

Pena de Morte, forma um TRIO PUNITIVO IDEAL, quando complementada por Prisão Perpétua e Prisão com Trabalhos forçados

A polêmica execução sumária


A chocante morte do brasileiro Marco Archer e o iminente fuzilamento do paranaense Rodrigo Gularte na Indonésia, onde os índices de criminalidade continuam altos apesar da severidade das penas, reacendem o debate sobre a eficácia desse método punitivo [foi, é e sempre será eficaz, pois não permite reincidência e tem um efeito didático bem maior do que ver o criminoso ficar livre após alguns anos de cadeia.]

Um campo aberto e uma cruz de madeira na ilha de Nusakambangan. Essa foi a última paisagem contemplada por Marco Archer Cardoso Moreira, que morreu aos 53 anos, fuzilado na Indonésia por tráfico de drogas no sábado 10. Assim como os outros quatro condenados à morte, Marco vestia uma camisa branca com uma marca preta na altura do coração, para facilitar a mira dos atiradores. O brasileiro decidiu morrer vendado e em pé – poderia ter ficado sentado ou de joelhos. E em pé ouviu o comandante do pelotão soprar o apito que anunciava a execução. A espada erguida sinalizava para os atiradores mirarem o peito dos condenados. Segundos depois, o disparo. Marco foi executado com um único tiro, a uma distância entre cinco e dez metros. Confirmada a morte, foi vestido em um terno preto, providenciado pelo governo local, e levado por uma ambulância. 
FIM
Terreno descampado em Nusakambangan, Indonésia, local onde cinco prisioneiros foram executados. Marco Archer  (no detalhe) morreu na segunda cruz da esquerda para a direita
 
A cremação ocorreu em uma cidade vizinha, sobre uma folha de bananeira. Antes mesmo de o corpo ser calcinado, um homem quebrou manualmente os ossos, que foram entregues à tia do brasileiro, Maria de Lourdes Archer Pinto, único parente presente no país, em uma urna. Ainda sob o torpor da medieval execução do carioca, o País agora assiste à via-crúcis de outro brasileiro, Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, também condenado por tráfico de entorpecentes e um dos 130 prisioneiros que podem ser executados nos próximos meses. Enquanto a polêmica da pena capital voltava ao debate, motivada pelas execuções na Indonésia, na terça-feira 20 mais um caso chocou a nação. O surfista Ricardo dos Santos morreu aos 24 anos após ser baleado por um policial à paisana na porta de sua casa, em Santa Catarina  e a agonia do jovem esportista, causada por um profissional que deveria zelar por sua segurança, inflamou ainda mais a parcela da população que defende a morte como método punitivo. [não tem sentido considerar a execução de dois criminosos condenados à morte - sabiam amplamente que a punição na Indonésia para o crime que cometiam era, é e continuará sendo, PENA DE MORTE - com o assassinato covarde, devido uma simples discussão, havido em Santa Catarina.
Sendo verdadeira a versão apresentada,  o assassino, no caso um policial militar, mereceria pena tão severa quando a aplicada no arquipélago asiático.]

Após fracassar nas sucessivas tentativas de salvar Marco Archer – a presidente Dilma chegou a emitir um apelo humanitário pessoal ao atual presidente, Joko Widodo, para que concedesse clemência ao condenado –, o governo brasileiro batalha pela vida do paranaense Gularte, preso no Aeroporto Internacional de Jacarta em 2004 ao tentar entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. O Itamaraty não entrou em detalhes sobre a estratégia a ser adotada junto ao governo da Indonésia, mas parentes de Gularte buscaram a ajuda do papa Francisco para interceder no caso. A postura de negociação tem sido, desde o início, optar por um trabalho discreto, sem constrangimento por parte do governo indonésio. Segundo especialistas em relações internacionais, esse tipo de ação é adotada para não provocar um efeito contrário ao desejado – o de esquentar ainda mais os ânimos e piorar o quadro dos condenados. Fontes próximas à família confirmam a existência de um laudo médico atestando que Rodrigo desenvolveu sintomas de esquizofrenia na prisão e apresenta sinais de perda da consciência.

A Justiça indonésia permite que, em casos de demência, o condenado seja transferido para um hospital. “Reconheço que o Rodrigo cometeu um erro, mas não se justifica a pena de morte. Não foi um crime tão grave. Ele está preso há mais de dez anos e acredito que já pagou o suficiente”, disse a mãe, Clarisse Gularte. Na terça-feira 20, o Ministério das Relações Exteriores informou que o pedido de clemência foi rejeitado. Na quarta-feira 21, o embaixador brasileiro na Indonésia, Paulo Alberto Soares, chamado ao País pela presidente após a execução de Archer, se reuniu em Brasília com Dilma e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. 

Resposta à insegurança
Enquanto governo e família se unem em defesa da vida de Gularte, a população do País se divide. Parte dos brasileiros se chocou com a execução de Archer, mas outra parcela não escondeu manifestações de apoio ao governo indonésio. E mesmo em países como o Brasil, em que o direito à vida é garantido pela Constituição, a pena capital tem simpatizantes. [só que a garantia da Constituição não vale para o cidadão de BEM que é covardemente assassinado por bandidos, que na maior parte das vezes ficam impunes ou recebem pena leve.]  Uma pesquisa realizada em setembro do ano passado pelo Datafolha mostrou que 43% dos brasileiros apoiam a pena de morte. O coordenador do Programa de Justiça da ONG Conectas, Rafael Custódio, diz que a pena capital carrega em si a ideia de castigo que encontra aceitação popular. “Há um conceito vulgarizado de que, quanto mais dura for a resposta da Justiça, mais segura será a sociedade e com isso a população passa a enxergar na execução uma medida necessária.” Assim, a pena de morte se torna uma resposta imediata ao medo em regiões assoladas pela violência, que não conseguiram desenvolver políticas de segurança bem estruturadas. Caso do Brasil.


Atualmente, a Anistia Internacional estima que 23 mil pessoas esperam no corredor da morte em todo o mundo. Os últimos números divulgados por esse órgão mostram que houve um aumento global no número de execuções. Em 2013, pelo menos 778 pessoas foram executadas em 22 países; em 2012, foram 682 mortes em 21 países. O aumento se deu principalmente por conta das execuções ocorridas na China, no Irã e no Iraque. “As condenações na China são consideradas segredos de Estado e no Irã houve uma forte tentativa de repressão de ativistas políticos”, diz Maurício, diretor-executivo da Anistia Internacional. Levantamentos de organismos internacionais dão conta de que países que adotam a pena de morte não têm necessariamente índices menores de criminalidade. “Uma maior população carcerária não implica mais segurança”, afirma Nivio Nascimento, coordenador da unidade de Estado de Direito do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime da Organização das Nações Unidas (ONU). Países europeus como Suécia, Dinamarca, França e Inglaterra possuem baixas taxas de homicídio e não adotam a pena capital.

Dramas familiares
Nos últimos dias, a ONU apelou ao governo da Indonésia para que restabeleça uma moratória suspendendo a execução dos condenados à pena de morte e faça uma revisão de todos os pedidos de clemência. É muito comum na sociedade a ideia de que familiares de pessoas que já foram vítimas de violência serem favoráveis à pena capital. “É natural e legítimo à condição das vítimas a vontade de querer extravasar o sentimento”, diz Janaína Paschoal, advogada e professora de direito penal da Universidade de São Paulo (USP). 


“Não podemos exigir dos parentes esse desprendimento: alguns têm um comportamento punitivo, outros não desejam a morte do agressor.” Entretanto, nos Estados Unidos, por exemplo, há organizações como o grupo “Famílias das Vítimas de Assassinatos para os Direitos Humanos” liderando movimentos para abolir a pena de morte. No Brasil, o mesmo ocorre com familiares de vítimas de crimes brutais. Como o de Liana Friedembach, mantida em cárcere privado, sequencialmente estuprada e depois assassinada com golpes de facão aos 16 anos, em 2003, pelo menor Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, e seus comparsas. “Sou completamente contrário à pena de morte. Primeiro por uma questão religiosa, segundo porque não confio 100% no nosso Judiciário”, afirma o vereador por São Paulo Ari Friedembach (PROS), pai de Liana. “Acredito que precisamos de penas mais duras, longas e efetivamente cumpridas”, diz. Para ele, crimes como estupro, latrocínio e assassinato deveriam compreender um tempo de detenção de modo que a pessoa não voltasse ao convívio social. Champinha está internado há sete anos em uma Unidade Experimental de Saúde (UES), da Secretaria Estadual de Saúde, destinada à recuperação de jovens infratores com distúrbios mentais graves, em São Paulo.
IMPUNIDADE QUE REVOLTA
Autor de um crime que horrorizou o País em 2003, Champinha incendiou à época a parcela da população favorável à pena capital 
Cada país possui soberania para adotar ou não a pena de morte. O Brasil não pratica o método de execução porque entende punição como privação de liberdade, que funcionaria como um mecanismo de ressocialização. As execuções interrompem esse processo. “É um modelo cômodo, porque a sociedade descarta o criminoso sem a contrapartida de recuperá-lo”, disse à ISTOÉ o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto. “A pena de morte é um resquício da barbárie que se mostrou conhecida com a lei do olho por olho, dente por dente.” O direito de não ser condenado à morte é considerado uma cláusula pétrea da Constituição, que não pode ser modificada nem mesmo por meio de uma emenda à Carta Magna. Apesar disso, o deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) acredita que a pena capital é a melhor saída para crimes que envolvam mortes ou abusos sexuais de crianças. “Se fosse com um filho meu, só teria um pouco de tranquilidade depois que esse homem fosse morto.” Bolsonaro declarou apoio à pena adotada na Indonésia. “O ser humano só respeita o que ele teme”, diz.

 No país do Sudeste Asiático, as condenações não conseguiram diminuir o tráfico de drogas. Em Bali, um dos arquipélagos mais famosos do mundo, há uma grande demanda pelas substâncias ilícitas. “O tráfico está ligado ao circuito internacional de drogas e as pessoas chegam à ilha acostumadas com uma política mais liberal”, diz Santoro, da Anistia Internacional. O perfil social dos traficantes de Bali é diferente do encontrado em outros países. Na ilha, quem vive do tráfico são, em geral, surfistas de classe média e com escolaridade. Ao longo dos anos, a Indonésia se tornou um centro de distribuição de drogas para os países asiáticos e para a Austrália. “A pena de morte não vai trazer qualquer impacto positivo”, disse à ISTOÉ Haris Azhar, diretor da ONG Kontras, que atua na Indonésia na defesa dos direitos humanos. “Até o momento o governo mostrou incapacidade de lidar com a guerra contra as drogas e com a rede de traficantes que circulam livremente dentro e fora do país.” Outro fato recente que expôs a incoerência da Justiça indonésia foi o pedido de clemência à Arábia Saudita para evitar a morte de Satinah Binti Jumadi Ahmad, uma cidadã daquele país condenada por assassinar e roubar sua empregadora. O governo indonésio fez um apelo formal pedindo a suspensão da execução. “Esse é o problema de adotar dois pesos e duas medidas”, diz Azhar. [são crimes diferentes e a Indonésia está apenas exercendo um direito de País SOBERANO.
Seria contraditório se a condenada tivesse praticado o crime de TRÁFICO DE DROGAS.]

A adoção da execução implica diversos riscos à sociedade. Em países com grande desigualdade, ela costuma recair sobre pessoas de classes sociais mais baixas. E como se trata de uma pena irreversível, há o temor de se condenar inocentes. Um estudo da Universidade de Michigan indica que um em cada 25 condenados nos Estados Unidos é inocente. É o caso do operário Manuel Vélez que, depois de passar nove anos detido, foi libertado em outubro do ano passado. Preso no Estado do Texas, em 2005, pela morte de um bebê, Vélez foi condenado à morte em 2008. Advogados contratados pelo Estado comprovaram que havia sinais de ferimento no bebê muito antes de ele ter tido contato com o operário. À época, o diretor do Death Penalty Information Center, Richard Dieter, afirmou que a libertação do operário demonstrava os diversos problemas da pena capital. “Muitos outros homens presos na câmara da execução nunca tiveram um bom advogado trabalhando em seus casos. A execução de Marcos Archer e o possível fuzilamento de Rodrigo Gularte, que colocaram o Brasil na rota das execuções, convidam à reflexão: o Estado tem direito de tirar a vida de um cidadão? Para a diretora da Human Rights Watch Brazil, Maria Laura Canineu, trata-se de um método cruel e degradante. “O individuo é torturado psicologicamente enquanto aguarda a decisão final”, diz ela. “Todos têm o direito de reinserção em um sistema que deveria ser restaurativo e não punitivo.”


O último condenado à morte no Brasil

A última sentença de morte oficial do Brasil foi dada ao fazendeiro Manoel da Motta Coqueiro, em 1855. Ele foi enforcado em Macaé, no Rio de Janeiro, acusado de assassinar uma família de oito colonos que trabalhava em sua propriedade, em Macabu (RJ) – por isso ficou conhecido como “a fera de Macabu”. Assim como na Indonésia atual, pelas leis do Brasil imperial só era possível escapar da execução pela clemência do governante. Entretanto, dom Pedro II não concedeu a graça e Manoel se tornou o primeiro homem rico e de alto escalão social a ser enforcado no País. Anos depois, com a comprovação da inocência do fazendeiro, o imperador parou de aplicar a penalidade máxima. Com a Constituição da República, em 1891, execuções foram legalizadas apenas em situações de guerra, mas voltaram à legislação com a instituição do AI-5, em 1969. As vidas ceifadas durante a ditadura, no entanto, não foram registradas como execuções oficiais. [a matéria omite que eventuais mortes ocorridas durante o Governo Militar que atingiram terroristas e guerrilheiros foram cometidas por integrantes das forças de segurança e que agiam no ESTRITO CUMPRIMENTO do DEVER LEGAL, já que reagiam a uma ação terrorista ou buscavam prender um terrorista legalmente condenado.
A matéria omite que MAUS BRASILEIROS - terroristas e guerrilheiros - cometeram vários crimes de morte contra vítimas inocentes e que a famigerada 'comissão da verdade' simplesmente ignorou.
Infelizmente, durante o Governo Militar o covarde assassino terrorista Theodomiro Romeiro foi condenado pela Justiça Militar à PENA DE MORTE, mas, por leniência da própria Justiça, aquele criminoso não foi executado e se tornou, ironicamente e de forma debochada, Juiz do Trabalho.] A Constituição de 1988 retorna a considerar a pena capital apenas em casos de guerra. 

Fonte: Revista IstoÉ 

Fotos: Shutterstock; Reuters; Divulgação; Mast Irham/efe; Renan Antunes de Oliveira