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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Doria descobre que é muito impopular no PSDB - Josias de Souza

Doria descobre que é muito impopular no PSDB... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/02/11/doria-descobre-que-e-muito-impopular-no-psdb.htm?cmpid=copiaecola

Num lance de rara ousadia, João Doria abriu a semana oferecendo um jantar a tucanos de fina plumagem. Durante o repasto, Doria expôs aos comensais uma agenda personalíssima. Manifestou o desejo de assumir a presidência do PSDB em maio, expulsar Aécio Neves do partido e deflagrar as costuras para colocar em pé sua própria candidatura à Presidência da República. O governador chega ao final de semana descobrindo que, em política, às vezes é melhor não fazer nada do que fazer qualquer coisa.

Na disputa pelo comando partidário, Doria tornou-se um cabo eleitoral involuntário do ex-deputado Bruno Araújo, que pleiteia a recondução à presidência do PSDB. Na queda de braço com Aécio, Doria descobriu que lhe falta companhia. Em relação à candidatura presidencial, Doria percebeu que não está só. Verificou-se que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também está no páreo.

O PSDB sempre foi uma agremiação de amigos 100% feita de inimigos. Mas o ninho já não é o mesmo. Virou um serpentário. Antes do jantar de Doria, eram tucanos trocando bicadas. Agora, são víboras que se envenenam entre si. Nesta fase viperina, a viscosidade da secreção venenosa dos tucanos indica que a coisa pode acabar num sinistro afogamento coletivo. 

Na confusão que se estabeleceu no serpentário, os planos do PSDB para o futuro voam junto com as penas. Antes de desafiar Bolsonaro, Doria precisa lidar com seus adversários domésticos. Imaginou que a CoronaVac, vacina anti-Covid, o tornaria mais popular no país. 
Descobriu que precisa imunizar-se contra o veneno que o torna impopular dentro do seu próprio partido. No momento, o principal rival de João Doria não é Bolsonaro. Chama-se Eduardo Leite.

Josias de Souza, jornalista -UOL

 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Impopular, mas favorito - O Estado de S.Paulo

Vera Magalhães 


Ao mesmo tempo que aumenta a rejeição graças a uma série de posturas, o presidente fideliza um clube de convertidos graças justamente a essas mesmas razões

Jair Bolsonaro termina 2019 com recorde de impopularidade para um presidente em primeiro ano de mandato, mas também como favorito para as eleições de 2022. Trata-se do presidente com a menor base parlamentar desde a redemocratização. Por isso, recordista em vetos derrubados, medidas provisórias caducadas e decretos derrotados. Mas também, apesar disso, o único que conseguiu aprovar uma reforma da Previdência em dez meses.

Ao mesmo tempo que aumenta a rejeição graças a uma série de posturas, ações e declarações voltadas contra minorias, chefes de Estados de outros países, a esquerda e quem mais chegar, o presidente fideliza um clube de convertidos graças justamente a essas mesmas razões.  Para se entender o que foi o primeiro ano de Bolsonaro e tentar projetar o que serão os próximos, bem como o cenário de 2022, é preciso aceitar que, da mesma forma que sua vitória foi algo que contrariou os compêndios de como se vencia uma eleição até aqui, sua Presidência também não será analisada no futuro com base nas premissas anteriores, cada vez menos aplicáveis para entendê-lo e prever quais serão os resultados que vai entregar.


Por ora, a única variável constante, que valeu para os governos anteriores e vai se mostrando poderosa para ele também, é o desempenho da economia. Mesmo que devagar, quase parando, a recuperação dos indicadores, da confiança no Brasil e na capacidade do governo de propor reformas vai criando uma avenida em que a caravana do bolsonarismo avança, a despeito de suas alas claramente autoritárias, incompetentes, folclóricas ou todas as alternativas anteriores.

O ano acaba com o time do Planalto tendo experimentado todas as posições e sem que nenhuma funcionasse. Onde está Onyx Lorenzoni, que tomou chá de sumiço nos últimos meses? O general Luiz Ramos é um poço de simpatia, empenho e boa vontade, os parlamentares o consideram gente boa, mas não acreditam que ele resolva os problemas mais sérios. Na reta final do ano, é o ex-subchefe de Assuntos Jurídicos, promovido a secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira, quem está dando pitacos na articulação política.

Ainda assim, os projetos avançam, graças a uma circunstância em que Câmara e Senado elegeram agendas próprias e querem dar visibilidade a elas. Ontem os deputados concluíram, com atraso de alguns meses, a votação do novo marco do saneamento, abrindo o setor à iniciativa privada. Mais um caso em que os ventos da economia enfunam as velas do bolsonarismo, como também é o caso do boom das exportações, da boa vontade das agências de risco e de outras notícias benfazejas da economia.

Errarão os opositores e críticos do presidente, portanto, se forem analisar só seus números carrancudos nas pesquisas e imaginar que será fácil batê-lo no voto – eletrônico ou impresso, já que fora da economia vivemos uma regressão diária e embaraçosa.  Bolsonaro pode se beneficiar, além de todos os paradoxos aqui enunciados, da repetição do filme ruim de 2018, quando se viu frente a frente com o dragão da maldade do petismo e foi alçado à condição de santo guerreiro por uma narrativa bem construída.

O centro termina o ano com uma profusão de pré-candidatos inversamente proporcional à de projetos e estratégias. Na esquerda, Lula parecia que ia sair causando barulho, mas parece viver o choque de realidade de que não é mais sombra do que já foi. Ainda assim, se precisar arruinar as chances de qualquer candidato de seu campo só para que ele e o PT não percam a hegemonia, o fará, sob aplausos dos teleguiados de sempre.  Nesse cenário, Bolsonaro terá razão se der de ombros para as pesquisas e virar o ano pulando ondinha e fazendo gesto de arminha com a mão.

Vera Magalhães, colunista - O Estado de S.Paulo



quinta-feira, 6 de junho de 2019

Em nota cifrada, forças-tarefas rejeitam Dodge



As cinco principais forças-tarefas do Ministério Público Federal divulgaram uma nota conjunta. Nela, defendem que Jair Bolsonaro retire da lista tríplice a ser indicada pela corporação o nome do próximo procurador-geral da República. Sem mencionar-lhe o nome, deixam claro nas entrelinhas que se opõem à recondução de Raquel Dodge, que corre por fora da lista. Subscrevem a nota os procuradores da Lava Jato em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Endossam também o documento os membros das operações Greenfield e Zelotes, ambas de Brasília. Anotam que "a lista tríplice qualifica a escolha do presidente da República", pois os nomes são selecionados num processo em que os candidatos sujeitam-se "à crítica pública". [o presidente Jair Bolsonaro NÃO É OBRIGADO a seguir nenhum tipo de lista;
ele escolhe quem ele quiser, o único requisito é que o escolhido seja da carreira do Ministério Público.
Pronto. Aliás, entendemos conveniente que o presidente não siga a lista que membros do MP querem impor.]    

Impopular entre os seus pares, Dodge preferiu trocar a disputa interna pela articulação externa. Obteve o apoio de pelo menos três ministros do Supremo.

Impopular entre os seus pares, Dodge preferiu trocar a disputa interna pela articulação externa. Obteve o apoio de pelo menos três ministros do Supremo. Na nota, os procuradores empilharam os defeitos que enxergam em Dodge sem citá-la. Fizeram isso no trecho em que afirmam que o presidente da República deve evitar "nomeações que restrinjam ou asfixiem investigações e processos que envolvem interesses poderosos, uma vez que o PGR tem, por exemplo, ampla influência sobre o devido e necessário encaminhamento de colaborações premiadas e inquéritos que investigam autoridades com foro privilegiado."

Vai abaixo a íntegra da nota das forças-tarefas:
1 - Considerando que está em desenvolvimento relevante processo de debates públicos para a formação da lista tríplice para o cargo de procurador-geral da República, e que se trata de cargo chave para que a atuação contra a corrupção possa ser mantida e aprimorada, os procuradores que compõem as forças-tarefas das operações Greenfield e Zelotes, em Brasília, e Lava Jato, em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, vêm a público defender a importância de que a escolha pelo presidente da República seja feita a partir da lista que será formada neste mês de junho, pelas seguintes razões:

2 - A lista tríplice qualifica a escolha do presidente da República, apresentando-lhe como opções integrantes da instituição com sólida história institucional e qualidades técnicas pretéritas provadas e aprovadas por procuradores e procuradoras que conhecem e acompanham há muito tempo sua atuação pública, inclusive recente. O processo de formação da lista tríplice deve ser renovado a cada dois anos para que possa ocorrer uma análise ampla das posições, visões e histórico de gestão dos candidatos, em face das necessidades atuais do país, sujeitando-se à crítica pública, o que é uma importante forma democrática de controle social, em debates abertos e realizados em todas as regiões do país.

3 - A lista tríplice, necessária inclusive em eventuais reconduções, tende a promover a independência na atuação do procurador-geral em relação aos demais poderes da República, evitando nomeações que restrinjam ou asfixiem investigações e processos que envolvem interesses poderosos, uma vez que o PGR tem, por exemplo, ampla influência sobre o devido e necessário encaminhamento de colaborações premiadas e inquéritos que investigam autoridades com foro privilegiado.

Por todas essas razões, a lista tríplice se consagrou como um mandamento nos Ministérios Públicos dos Estados e como um costume constitucional no âmbito federal. [No Brasil não existe o direito consuetudinário. Não estamos na Inglaterra.] Só a lista tríplice garante a legitimidade interna essencial para que o procurador-geral possa liderar, com plena capacidade, os procuradores na direção do cumprimento dos fins da Instituição, inclusive em sua atividade anticorrupção.



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sábado, 28 de outubro de 2017

Reforma da Previdência não é impopular



Presidente do Senado, Eunício Oliveira evita pautar o tema preocupado com o povo, mas as mudanças, ao contrário, podem combater injustiças sociais

Por desinformação, conveniência político-eleitoral ou ambas, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), avisa que não pautará a reforma da Previdência na Casa, por não considerar o momento propício. No entender do senador, que reconhece a necessidade de “algum tipo de ajuste” no sistema previdenciário, o momento político “não é muito oportuno para se alterar posicionamentos que vão de encontro à sociedade brasileira.”

Tradução: Eunício considera esta uma pauta impopular, mais ainda num período eleitoral.  

[IMPORTANTE: ANTES DE SER ILUDIDO PELO AFIRMADO  ABAIXO, letras 'A' a 'E', CLIQUE AQUI e SAIBA A VERDADE.]

[A ]- Porém, engana-se o senador. A suposta “impopularidade” da reforma deriva de um discurso formulado por corporações e categorias do funcionalismo público, grandes beneficiárias das incongruências da Previdência, que, por isso, alardeiam uma suposta retirada de “direitos do trabalhador". É conhecido o truque de privilegiados de misturar-se à multidão. Na verdade, o sistema é um injusto e eficaz mecanismo de redistribuição de renda em favor dos ricos: retira dinheiro do Tesouro, sustentado também pelos pobres, para bancar aposentadorias de servidores da classe média, média-alta e alta.

[B] - Como o funcionalismo tem a vantagem de se aposentar com o último salário — benesse eliminada para os que passaram a entrar na carreira a partir de 2013 —, o Erário, em 2015, por exemplo, teve de fechar um rombo de R$ 90,7 bilhões provocado pelos benefícios de um milhão de aposentados da União, enquanto o déficit do regime geral (INSS), além de ter sido menor (R$ 85 bilhões), foi causado por 33 milhões de pessoas. Isto, sim, é impopular.

[C] - Cálculos dos economistas José Márcio Camargo, André Gamerman e Rodrigo Adão indicam que, entre 2001 e 2015, o Tesouro, em valores não atualizados, teve de transferir R$ 1,3 trilhão para a previdência dos servidores federais — R$ 1,3 milhão para cada um, R$ 86 mil por ano. Mais concentração de renda.

[D] - Esse dinheiro, destinado a menos de um milhão de servidores, equivale a três vezes os gastos com 4,5 milhões de idosos e deficientes sustentados pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ou a cinco orçamentos do Bolsa Família, em que estão inscritas quase 14 milhões de famílias, 50 milhões de pessoas no total. 

[E] - As disparidades estão presentes no próprio INSS, em que 65% dos aposentados (do setor privado) recebem benefício de apenas um salário mínimo, R$ 937, enquanto no funcionalismo, a depender da categoria, há benefícios na faixa dos R$ 10 mil. Eis porque servidores federais aposentados estão entre os 2% mais riscos do país. Um aspecto positivo da proposta original é reduzir estes desníveis. Este é um dos sentidos da reforma. 

Se ela for apresentada com estes números e estas explicações, será entendida como destinada a reduzir injustiças sociais, como de fato é. Tachá-la de impopular é trabalhar em favor desses privilégios.

Fonte: O Globo - Editorial