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domingo, 20 de novembro de 2022

Viagem dos ministros do STF bancada por Doria viola Constituição e leis federais

Revista Oeste

Legislação proíbe que magistrados recebam presentes ou tenham viagens custeadas por particulares

Ministros do STF foram a Nova Iorque com despesas pagas por grupo empresarial | Foto: Reprodução/YouTube
Ministros do STF foram a Nova Iorque com despesas pagas por grupo empresarial | Foto: Reprodução/YouTube

Na semana passada, cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) viajaram para Nova Iorque e tiveram as despesas de passagens e estadia pagas pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), do ex-governador de São Paulo João Doria.

De acordo com juristas entrevistados pelo jornal Gazeta do Povo, esse pagamento afronta leis federais, como o Estatuto do Servidor Público, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, os códigos de ética da Magistratura e dos Servidores do Supremo, e até mesmo a Constituição Federal, que estabelece os princípios da impessoalidade e da moralidade, a serem seguidos pelo servidores e magistrados. Todas essas normas proíbem ocupantes de cargos públicos de receber presentes ou vantagens em razão do cargo.

Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli foram a Nova Iorque para dar palestra na Brazil Conference, realizada entre os dias 14 e 15 de novembro. À exceção de Toffoli, os outros quatro também participaram de um jantar de luxo pago pelo Banco Master, investigado na Lava Jato sob o antigo nome de Banco Máxima. O proprietário da instituição financeira é Daniel Vorcaro, que também foi alvo de um mandado de prisão em 2019 por suspeita de desvio de recursos em fundos de pensão de servidores públicos municipais.

O inciso XII do artigo 117 do Estatuto do Servidor Público, estabelece que é proibido ao servidor público “receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições”.

O Código de Conduta da Alta Administração Federal (CCAAF) proíbe o recebimento de presentes por autoridade pública, conforme consta do artigo nono: “É vedada à autoridade pública a aceitação de presentes, salvo de autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade”.

O Código de Ética da Magistratura é explícito ao dispor, no artigo 17, que “é dever do magistrado recusar benefícios ou vantagens de ente público, de empresa privada ou de pessoa física que possam comprometer sua independência funcional”.

Já o Código de Ética dos Servidores do Supremo Tribunal Federal lista, entre as “vedações ao servidor do STF”, a de “receber benefícios de transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares que atentem contra os princípios elencados neste código”.

Para o advogado Afonso Oliveira, ouvido pela Gazeta, as empresas investigadas na Lava Jato “certamente têm interesse em obter decisões favoráveis em muitos dos processos que estão respondendo perante o STF”, o que se configura como afronta à lei. Além disso, receber presentes em razão do cargo viola os princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade.

O advogado Alessandro Chiarottino, e doutor em Direito pela Universidade de São Paulo, afirma que esses “mimos” poderão gerar conflito, futuramente, se algum dos ministros tiver de julgar processos relacionados a essas empresas ou empresários. Qual vai ser a isenção deles para julgar casos em que ela [a empresa] esteja envolvida?”, questionou, na entrevista à Gazeta.

O advogado Carlos Alexandre Klomfahs, protocolou uma petição no STF, pedindo mais informações sobre as despesas dos ministros na viagem aos EUA. Ele argumenta que o “órgão de cúpula do Poder Judiciário exige observância de ética e transparência”. Na petição, escreve que condutas como essa “sem as respectivas prestações de contas podem abrir um precedente perigoso para cumprimento dos deveres institucionais do Supremo Tribunal Federal, violando vários princípios republicanos”.

 [- em nossa opinião, as infrações decorrentes das violações aos dois estatutos - estado do servidor público e Código de Ética dos Servidores do Supremo Tribunal Federal - os supremos ministros tiram de letra = é recorrente, sempre que qualquer regramento para SERVIDORES traga alguma desvantagem para suas excelências, eles alegam que NÃO SÃO SERVIDORES e SIM MEMBROS DO PODER JUDICIÁRIO - sempre cola; 

- já as infrações  aos outros códigos: Código de Conduta da Alta Administração Federal Código de Ética da Magistratura, se livrar é mais dificil, não conhecemos as punições, mas certamente uma delas será devolver o que as empresas pagaram com despesas de estadia,passagens, mimos, hospedagens, etc - um amigo nosso, que foi servidor do STF por quase trinta anos, assegura que uma coisa que aborrece de adoecer qualquer ministro é ter que devolver, mediante desconto no contracheque, qualquer valor
São tão ciosos com as finanças pessoais, o popular pão duro, que a tarefa de conferir os contracheques executam pessoalmente, não delegando aos seus aspones;
- sem certeza, aventamos provável uma pena disciplinar tipo censura, etc.
Essencial é que todo o procedimento corra no TCU - Tribunal de Contas da União - tem servidor do TCU que quando recebe uma missão dessa natureza, vai com a faca nos dentes
A CONFERIR.
 
Redação - Revista Oeste 
 

terça-feira, 24 de maio de 2022

Doria levou um xeque-mate do próprio partido - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

PSDB

João Doria durante pronunciamento em que anunciou retirada de sua pré-candidatura

João Doria durante pronunciamento em que anunciou retirada de sua pré-candidatura -  Foto: Divulgação

Doria deixa a corrida
Pré-candidato a presidente da República, o ex-governador João Doria acabou se curvando às evidências. Ele não saía de 1% nas pesquisas de intenção de voto e não era bem visto pelo próprio partido, e, por isso, desistiu de concorrer.

ELE CHOROU… TADINHO…


Só que o PSDB ainda não se resolveu, ele continua indeciso. Um lado quer Eduardo Leite e aí ficará bem claro que foi um golpe para tirar Doria e outro lado quer adotar a candidata do MDB, a senadora Simone Tebet.[a 'descompensada', codinome que ganhou desde que descompensou na CPI Covidão.]

Só que, tal qual os tucanos, o MDB está dividido também: tem o do Nordeste, que quer Lula, e o do centro-sul, que quer Bolsonaro. Parece que terceira via firme mesmo é a de Ciro Gomes (PDT) e tem muita gente, até no PT, achando que se Lula não tiver futuro, Ciro pode ser o futuro, já que tem menos rejeição do que Lula.

Horizontes para o agro
O mundo necessita ter uma oferta maior de alimentos para que os preços não subam e para que haja segurança alimentar de todos. E, por esse motivo, o mundo faz um apelo para o Brasil.

Os produtores brasileiros, nesse momento, podem responder a isso. Mas eles estão mais preocupados com a alta nos custos de produção, do diesel, dos fertilizantes, dos defensivos e dos insumos em geral. Se os preços caírem, aí a produção fica inviável.

Se cair o valor das commodities na Bolsa de Chicago, por exemplo, se houver uma oferta excessiva dessas commodities, o preço cai e aí não compensa mais produzir. É preciso que haja muita atenção a essas questões, não basta apenas aumentar a oferta.

Crédito da Caixa
Interessante como a Caixa Econômica Federal consegue entregar resultados sem a ingerência política que havia em anos anteriores, quando cargos de direção eram todos ocupados por políticos. Teve representante de partido que enchia mala com dinheiro e guardava em um apartamento em Salvador para citar apenas um exemplo.

Hoje, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, não para. Ele é um atleta nadador, mas não sei se tem tempo de continuar nadando. No último fim de semana, primeiro ele esteve em Macaé e Rio das Ostras, visitando pequenos produtores que a Caixa está apoiando com microcrédito. Depois, apareceu na grande exposição Agro Brasília, que é a vitrine de um Distrito Federal que despertou para o agronegócio.

O Distrito Federal acompanha Mato Grosso, Goiás, Matopiba, Paraná, Rio Grande do Sul, entre outros, na produção agropecuária. E ele estava lá, oferecendo crédito. Estou falando isso porque não basta ter crédito se o preço dos insumos estiver muito alto.

Supremo agiu bem
Estará o Supremo Tribunal Federal mudando de rumo? Há algumas indicações. Na semana passada, o STF unanimemente não aceitou o pedido do ex-presidente do PT Rui Falcão e do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para mandar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se manifestar sobre os pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Agora, nesta segunda-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes voltou atrás e cancelou a liminar que proibia o presidente da Câmara de tirar o deputado Marcelo Ramos (AM), que trocou de partido, da vice-presidência da Câmara. Essa liminar era uma clara intromissão do Supremo na Câmara dos Deputados. Lira, quando viu que a liminar foi revogada, imediatamente convocou para a próxima quarta-feira (25) uma eleição interna para renovar a mesa diretora.

Vamos esperar agora as próximas decisões, porque talvez o Supremo tenha finalmente lido o segundo artigo da Constituição que diz que os poderes são harmônicos e independentes.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Jantar de inúteis, muitos ladrões [quase todos] = perfeitamente dispensável

O Globo - Lauro Jardim

Um jantar de Lula com Renan, Sarney, Jader, Eunício, Lobão...

Lula vai se reunir na noite de quarta-feira que vem com senadores e ex-senadores do MDB, uma turma que foi aliada aos governos dele próprio e de Dilma Rousseff.

O petista ligou dias atrás para Eunício Oliveira e pediu que o ex-presidente do Senado organizasse em sua casa em Brasília um jantar com alguns figurões do partido. Pedido feito, pedido aceito. Eunício tratou de convidar Renan Calheiros, Jader Barbalho, José Sarney, Edson Lobão e Venezianio Vital do Rego. Outros emedebistas, como o deputado Raul Henry e o governador Ibaneis Rocha, também estarão presentes. 

Alexandre Garcia e a Jovem Pan

Alexandre Garcia

Demitido na sexta-feira passada da CNN, Alexandre Garcia está negociando seu ingresso na Jovem Pan. [deixando bem claro que Alexandre Garcia não estará no jantar das nulidades.]

Lauro Jardim, colunista - O Globo

 

O jantar de 3 horas em SP entre Moro, Doria e Mandetta

[mais inúteis famintos por atenção e holofotes - pena que poluam o ambiente onde conspiram.] 

Sergio Moro se reuniu, na noite desta quarta-feira, com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM). O jantar durou cerca de três horas e aconteceu em São Paulo. Entre os temas debatidos pelo trio estava a defesa da democracia e a construção de uma alternativa a Bolsonaro e Lula na eleição de 2022.

Moro, que atualmente mora nos Estados Unidos, está no Brasil para uma série de conversas sobre seu futuro político. O ex-juiz se comprometeu com lideranças do Podemos, partido que pretende lançar sua candidatura à presidência, a responder até novembro se aceita a empreitada. Se optar por não concorrer, tem dito que ajudará na construção de uma terceira via no país.

Doria enfrenta também em novembro as prévias tucanas contra o governador gaúcho Eduardo Leite. O vencedor será o nome do PSDB que vai concorrer à presidência. Mandetta se articula para ser candidato ao Palácio do Planalto em 2022, mas tem mostrado disposição para compor com outras lideranças para fortalecer uma alternativa à polarização. 

Bela Megale, colunista - O Globo


terça-feira, 7 de setembro de 2021

À espera de Bolsonaro, Paulista tem reza e gritos contra Doria e o STF - Blog Maquiavel

O bolsonarista Nelson Piquet agora é motorista do presidente

Tricampeão mundial de Fórmula 1, piloto dirigiu o Rolls-Royce que conduziu o presidente para a cerimônia de hasteamento da bandeira no Dia da Independência 

O ex-piloto Nelson Piquet, tricampeão mundial de Fórmula 1, deu um passo à frente na sua conversão ao bolsonarismo: atuou hoje como motorista do Rolls-Royce que levou o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro para a cerimônia de hasteamento da bandeira no Dia da Independência.

A cerimônia, que é oficial e ocorreu no Palácio da Alvorada, não contou com a presença de nenhum outro chefe de poder, como ocorre tradicionalmente. Neste ano, por decisão de Bolsonaro, não haverá desfile militar alusivo à data. Desde a noite de ontem, milhares de manifestantes vêm se concentrando na Esplanada dos Ministérios para participar de manifestação em apoio ao presidente.

Há tempos, Piquet vem se aproximando de Bolsonaro. Já o recebeu em sua mansão, já esteve com ele no Palácio do Planalto e já integrou a comitiva de Bolsonaro durante uma viagem ao Acre.

O empresário Luciano Hang, o presidente Jair Bolsonaro e o piloto Nelson Piquet
O empresário Luciano Hang, o presidente Jair Bolsonaro e o piloto Nelson Piquet Divulgação/Divulgação

Também tem comungado cada vez mais do discurso do presidente, como as críticas à TV Globo – em mais de uma vez, ele chamou a emissora de “Globolixo”, uma expressão usada com frequência pelos bolsonaristas.

Manifestantes discursam em carros de som contra Alexandre de Moraes, o governador e em defesa do voto impresso, da intervenção militar e do agronegócio... 

Milhares de manifestantes tomam a Avenida Paulista, na região central de São Paulo, desde o final desta manhã, para apoiar Jair Bolsonaro, defender suas pautas – como a volta do voto impresso — e gritar contra os adversários do presidente.

Além dos protestos contra o Supremo Tribunal Federalem particular o ministro Alexandre de Moraes, alçado à condição de vilão do bolsonarismo –, em São Paulo os gritos também são direcionados a um adversário em particular: o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
O tucano, que é pré-candidato à Presidência da República em 2022, tem se colocado como contraponto ao presidente principalmente nas questões relacionadas à pandemia, como a defesa da vacina e do isolamento social, o que o deixou em rota de colisão com o bolsonarismo. [o tucano, tenta ser pré candidato do PSDB; seu adversário é aquele rapaz, Eduardo, governador do RS.]

Boa parte dos manifestantes, aliás, não usa máscaras ou, se usa, as coloca no queixo. Também há vários pontos de aglomeração. Dois caminhões de som foram colocados na altura da faculdade Cásper Líbero a via é normalmente fechada aos domingos e feriados –, além de um boneco do presidente Bolsonaro.

Além de gritar contra o STF e Doria, os manifestantes defendem o agronegócio e os ruralistas, pedem intervenção militar com Bolsonaro no poder alguns usam farda e coturno –, empunham bandeiras do Brasil e de Israel e fazem orações e coletam assinaturas para a criação do Aliança pelo Brasil, o partido que o presidente pretende criar, mas que encontra dificuldades para sair do papel. Também entoam gritos de “Lula ladrão”, em referência ao ex-presidente, hoje o principal adversário de Bolsonaro na corrida ao Planalto.

A expectativa é que Bolsonaro vá à avenida no final da tarde para falar aos manifestantes, como anunciou durante a semana. Em Brasília, o presidente discursou atacando o STF e dando uma espécie de ultimato ao tribunal para que afaste o ministro Alexandre de Moraes da função.

Blog Maquiavel - VEJA

 

quarta-feira, 7 de abril de 2021

"Um alerta de perigo para a democracia brasileira" - Alexandre Garcia

"Quando liberdades garantidas pela Constituição são feridas, a democracia é atingida"

O mês de abril entrou com um alerta de perigo para a democracia brasileira. Seis presidenciáveis assinaram um manifesto, que saiu nos jornais do dia 1º. Mandetta, Ciro, Doria, Leite, Amoedo e Huck. [presidenciáveis??? 
será que a soma dos votos dos seis alcança 10%?
Os signatários nada representam, são ínfimos demais para merecer alguma atenção.] 
Não constam as assinaturas de Lula, Moro e Bolsonaro. O manifesto afirma que “a democracia brasileira é ameaçada”, uma constatação tardia: há tempo que estão presos, por crime de opinião, um jornalista e um deputado federal no que o Brasil se assemelha à Venezuela. A ameaça torna-se mais consistente com o silêncio da mídia a respeito do jornalista e com a anuência do próprio Legislativo a que pertence o deputado.

O manifesto adverte sobre “submissão arbitrária do indivíduo ao Estado…respeito aos direitos individuais… excesso, abuso, intimidação”. Mas, ironicamente, os dois governadores que o subscrevem baixaram medidas que atingem direitos fundamentais do artigo 5º, cláusula pétrea da Constituição, como liberdade de locomoção, de trabalho, de reunião, de culto. A prisão do deputado infringiu a inviolabilidade do mandato prevista no art. 53 da Constituição e o asilo inviolável da casa, também do art. 5º. A censura e a prisão do jornalista feriram a liberdade de manifestação, da mesma cláusula pétrea, e as liberdades de expressão e informação, garantidas pelo art. 220.

Quando liberdades garantidas pela Constituição são feridas, a democracia é atingida. O manifesto constata que “não há liberdade sem justiça”. Aí vem a lembrança de que se anularam condenações por corrupção, resultado de julgamentos em três instâncias da Justiça. E ainda houve um julgamento por suspeição do juiz que presidiu na primeira instância os processos anulados — com base em provas obtidas por meios ilícitos —, o que é inadmissível, como está no pétreo art. 5º.

O manifesto registra que democracia é direito ao voto. Por três vezes, os legisladores criaram um comprovante que garantisse o voto digitado na urna eletrônica — por três vezes as leis foram derrubadas pela Justiça: projetos de Roberto Requião (MDB), Flávio Dino (PCdoB) e Brizola Neto (PDT) e Bolsonaro (PP). 
O PSDB, após derrota de Aécio, constatou que a urna eletrônica não comporta auditagem. 
Ora, a insegurança no direito do voto também é perigo para a democracia. O manifesto não “dá o nome aos bois” nem registra os atos que motivaram o alerta, mas alguns indícios mais evidentes estão na nossa cara. Perigo é a passividade, que rima, mas não se mistura com liberdade. 

 Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Baziliense


sábado, 27 de março de 2021

Perdeu, Bolsonaro. Doria venceu a “guerra das vacinas” - VEJA

Foi a popularidade cair e o número de pessoas favoráveis à vacinação aumentar, que Bolsonaro mudou o discurso. Não era ele que não acreditava em pesquisa?

A sexta-feira, 26, começou com o governador João Doria ao vivo nas televisões e rádios anunciando a boa nova. O Instituto Butantan desenvolveu uma vacina totalmente nacional, a Butanvac, e avisou que entraria hoje mesmo com um pedido de autorização da Anvisa para os testes em humanos. 

À tarde, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações, Marcos Pontes, ladeado pelo da Saúde Marcelo Queiroga, anunciou que o Ministério entrou na quinta, 25, com um pedido na Anvisa para os testes clínicos de uma vacina que ele nem soube bem explicar o que era.

[o ilustre jornalista, está meio confuso. NÃO ESTÁ HAVENDO UMA GUERRA DAS VACINAS - pelo menos, no concernente às pessoas de BEM no exercício de cargos públicos, sob a liderança do presidente Bolsonaro = a maior autoridade da República Federativa do Brasil. O que existe é um esforço sobre-humano na busca por vacinas.
 
Esforço que não se limita ao Brasil - o sexto colocado entre os que mais vacinaram - se estendendo até à União Européia, que tem entre seus países que estão entre os mais ricos do mundo.
Existe um perdedor sim - sua excelência João Doria,  governador paulista
Infelizmente, o estado que governa lidera  o número de contagiados, de mortos pela covid-19, - se retirar o estado do bolsodoria paulista do total de contagiados/mortos no Brasil, sofreria substancial redução. (confiram, não fornecemos os dados para que nossos dois leitores pesquisem e constatem a veracidade do que estamos informando).
 
Além da triste liderança de mortes e contagiados no estado que diz governar, o senhor Doria ganhou fama de boquirroto: no começo do processo de começar a vacinação -  Doria, chegou a ser chamado de o governador da vacina contra a covid-19 - alardeou que os brasileiros que não conseguissem se vacinas em seus estados poderiam via para São Paulo e seriam vacinados. 
Se a pretendida candidatura do paulista n´~ao for implodia por seu próprio partido, tais fatos virão a tona e na  época das eleições.]

Ou seja, o presidente Jair Bolsonaro resolveu entrar de vez na narrativa da vacina. Como o país já está acostumado, ele demorou muitos meses para entender o óbvio: que a vacinação e a recuperação da economia andarão de mãos dadas nesta crise interminável. Na verdade, ainda há dúvidas se entendeu. Mas tenta correr atrás dos fatos. Bolsonaro manteve o ataque às medidas restritivas, sempre com o temor de que a economia retrocedesse muito e que o desemprego aumentasse. Isso é sempre fatal para um governo. Primeiro vem a crise econômica, depois agrava-se a política. Não tem muito tempo e vimos como acabou sendo fatal para o governo Dilma Rousseff.  Não houve só uma questão ideológica envolvida, mas um cálculo eleitoral.  A preocupação com a reeleição é a obsessão número 1 do presidente e de seus aliados mais próximos.

O presidente tem o direito de buscar fazer política. Mas sua aposta contra os adversários levou ao agravamento da tragédia sanitária com 300 mil mortos. Foi só a popularidade dele cair e o número de pessoas favoráveis à vacinação aumentar na pesquisa, que Bolsonaro mudou o discurso.Doria já venceu esta narrativa. O governador sempre bateu na tecla da vacinação e da ciência. E nesse momento, nove em cada dez pessoas vacinadas no Brasil receberam a Coronavac que foi atacada violentamente pelo presidente Bolsonaro. E mais: as famílias comemoram quando os seus mais velhos são vacinados. Muita gente na rede social agradece ao Butantan, à Ciência. cleardot.gifA guinada no discurso do presidente – depois do jacaré e outras inacreditáveis asneiras, ele afirmou que 2021 seria o ano da vacinação no Brasil – veio somente, vejam vocês, após uma pesquisa de opinião. Mas não era o presidente que não acreditava nelas?

Blog do Matheus Matheus Leitão - Revista VEJA


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Doria descobre que é muito impopular no PSDB - Josias de Souza

Doria descobre que é muito impopular no PSDB... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/02/11/doria-descobre-que-e-muito-impopular-no-psdb.htm?cmpid=copiaecola

Num lance de rara ousadia, João Doria abriu a semana oferecendo um jantar a tucanos de fina plumagem. Durante o repasto, Doria expôs aos comensais uma agenda personalíssima. Manifestou o desejo de assumir a presidência do PSDB em maio, expulsar Aécio Neves do partido e deflagrar as costuras para colocar em pé sua própria candidatura à Presidência da República. O governador chega ao final de semana descobrindo que, em política, às vezes é melhor não fazer nada do que fazer qualquer coisa.

Na disputa pelo comando partidário, Doria tornou-se um cabo eleitoral involuntário do ex-deputado Bruno Araújo, que pleiteia a recondução à presidência do PSDB. Na queda de braço com Aécio, Doria descobriu que lhe falta companhia. Em relação à candidatura presidencial, Doria percebeu que não está só. Verificou-se que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também está no páreo.

O PSDB sempre foi uma agremiação de amigos 100% feita de inimigos. Mas o ninho já não é o mesmo. Virou um serpentário. Antes do jantar de Doria, eram tucanos trocando bicadas. Agora, são víboras que se envenenam entre si. Nesta fase viperina, a viscosidade da secreção venenosa dos tucanos indica que a coisa pode acabar num sinistro afogamento coletivo. 

Na confusão que se estabeleceu no serpentário, os planos do PSDB para o futuro voam junto com as penas. Antes de desafiar Bolsonaro, Doria precisa lidar com seus adversários domésticos. Imaginou que a CoronaVac, vacina anti-Covid, o tornaria mais popular no país. 
Descobriu que precisa imunizar-se contra o veneno que o torna impopular dentro do seu próprio partido. No momento, o principal rival de João Doria não é Bolsonaro. Chama-se Eduardo Leite.

Josias de Souza, jornalista -UOL

 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Doria chamou a prefeita de Bauru de 'vassala' de Bolsonaro. Tem cabimento? O Estado de São Paulo

J R Guzzo

É esquisito
Tem cabimento o governador João Doria, oficialmente a autoridade pública número 1 do Estado de São Paulo, sair batendo boca com um prefeito municipal, em pleno decorrer de uma entrevista coletiva à imprensa? Mais: está certo o governador ofender publicamente a sua vítima, que além de ter sido eleita ainda outro dia para o cargo, é mulher e negra?  
O fato é que foi exatamente isso que Doria fez: chamou a prefeita de Bauru, Suéllem Rossim, que não pensa da mesma maneira que ele sobre a covid, de "vassala" do presidente Jair Bolsonaro. O delito de Suéllem, que propõe uma quarentena menos radical em sua cidade, foi ter tido uma audiência com o chefe da nação, durante uma visita a Brasília. Que mal há nisso? Ao que se saiba, é perfeitamente legal para qualquer prefeito brasileiro falar com o presidente do seu próprio país. Não precisa ser insultado por fazer o que tanta gente faz, todos os dias. 
 

Bauru, com os seus quase 400.000 habitantes, suas tradições e a glória de ter visto Pelé nascer para o futebol, é sem dúvida uma cidade notável – a começar por seus filhos ilustres, como o imortal inventor do sanduíche “bauru”, o jornalista Reali Jr. e o primeiro (e único) astronauta brasileiro, o atual ministro da Ciência e Tecnologia, além de muito mais gente boa. Mas, mesmo com tudo isso, Bauru continua sendo apenas um entre os 645 municípios de São Paulo; não há razão, assim, para mobilizar tão intensamente as atenções do governador do Estado, nem de levantar tanta ira de sua parte. É esquisito; não se espera que um governador de Estado, sobretudo do Estado mais importante do País, ande por aí procurando briga com um prefeito de cidade do interior, não é mesmo?

O grande problema, pelo que deu para entender, está no fato, lembrado em público por muita gente, que São Paulo tem mais mortos pela covid do que o Brasil como um todo, se forem levadas em conta as mortes a cada grupo de 1 milhão de habitantes. 
O Brasil, no momento em que Doria brigou com Suéllem, tinha 1.025 mortos por milhão; 
São Paulo estava com 1.185. 
Fica, então, uma pergunta de ordem prática: se o desempenho do governo federal tem sido uma calamidade tão absoluta ao longo da epidemia, como sustenta há meses o governador, por que os números de São Paulo, que ele diz ter uma gestão de altíssima competência no combate à covid, são piores que os do Brasil?
Esses números da covid, desde o começo, têm sido uma dor de cabeça permanente, para quem faz os cálculos e para quem lê; até hoje não existe um consenso sobre eles. O fato de haver mais mortes per capita, neste ou naquele país, também não quer dizer que a culpa seja dos seus governos
 
Afinal, a Inglaterra, a Itália e a França têm mais mortos por milhão de habitantes que o Brasil, e ninguém está dizendo que os governos de qualquer um deles esteja matando gente. De mais a mais, os números, segundo o critério usado, mudam a cada cinco minutos; também variam conforme quem faz os cálculos, quem publica as listas e qual o partido político dos calculadores. Não há razão, portanto, para achar que a doença leva em consideração o que as autoridades civis, militares e eclesiásticas acham a seu respeito, nem como contabilizam as suas mortes. 

O Estado de São Paulo, o mais rico do País, com mais leitos de UTI, mais hospitais, mais médicos, mais oxigênio, mais equipamento técnico de primeira linha, mais recursos e mais tudo, já teve acima de 50.000 mortos por causa da covid; os números paulistas, proporcionalmente, estão piorando os números do Brasil. Não dá para dizer que o responsável é o governador. Também não adianta nada brigar com a prefeita de Bauru.

JR Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Eleições 2022 - Bolsonaro está do jeito que quer – sozinho

J.R. Guzzo

 Bolsonaro ri à toa enquanto oposição não for capaz de arrumar uns bons 70 milhões de votos e vencer, com eles, a eleição presidencial de 2022.

Poucas coisas parecem deixar mais impacientes os analistas políticos e frequentadores de mesas redondas na televisão do que as pesquisas sobre a aprovação do presidente da república. Os números que registram a popularidade de Jair Bolsonaro deveriam estar em queda sobretudo depois de nove entre dez cérebros da politologia nacional terem dado como indiscutível e definitiva a derrota maciça que ele teria sofrido nas últimas eleições municipais.

Mas os números estão em alta; o que está em queda são os índices de reprovação. O motivo é que a derrota anunciada não aconteceu, simplesmente, e que Bolsonaro não está na situação de desmanche definitivo que os comentaristas atribuem a ele. Uma maneira talvez mais prática de se olhar para o “status” atual do presidente é fazer uma comparação com o passado recente. Bolsonaro estaria realmente na miséria descrita pela mídia em geral se estivesse, digamos, na situação em que Dilma Rousseff foi se meter em seu segundo mandato. Mas não está. Basta pensar um pouco. Ele objetivamente não está; desperta a ira dos editoriais, mas parece fazer cada vez mais amigos no Congresso Nacional.

É como nas pesquisas de aprovação: os índices de Bolsonaro sobem entre os congressistas, em vez de cair. Para quem quer o homem fora do Palácio do Planalto, é um problema. Nenhum presidente fica fraco por obter o apoio de senadores e de deputados, por mais viciados que sejam os métodos utilizados para isso.

Também não adianta dizer que Bolsonaro não merece a situação da qual desfruta
— ou ficar publicando, dia e noite, tudo o que diz o futuro ex-presidente da Câmara dos Deputados, na sua ideia fixa de falar mal do presidente; ter um comandante “de oposição” como ele é o que qualquer governo pede a Deus e aos 12 apóstolos.

O único problema real para o presidente da República seria a existência, já agora, de um candidato de oposição de verdade – alguém que fosse realmente capaz de arrumar uns bons 70 milhões de votos e vencer, com eles, a eleição presidencial de 2022. Enquanto esse candidato for feito do material que há por aí – “Rodrigo Maia”, “Boulos”, “Doria”, etc. a coisa não sai do lugar. Bolsonaro, nesse caso, está do jeito que quer – sozinho.

J.R. Guzzo, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes

 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Na véspera de Natal, Bolsonaro chama Doria de 'calcinha apertada' e diz que não se responsabiliza por reações a vacina - O Globo

Leandro Prazeres

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, presidente voltou a defender políticas armamentistas

Na véspera do Natal, o presidente Jair Bolsonaro dedicou sua transmissão ao vivo em redes sociais para atacar o governador de São Paulo, João Doria, defender o armamentismo e para dizer que não se responsabilizará por efeitos colaterais de vacinas contra a Covid-19 distribuídas pelo governo.

Sonar: Vereador bolsonarista de BH compartilha fuzil como presente de Natal e atribuiu conquista ao governo Bolsonaro

Eu não me responsabilizo por ninguém. Afinal, quem tem que se se responsabilizar por medicamento não sou eu — afirmou Bolsonaro.

Durante a transmissão que durou aproximadamente uma hora e 20 minutos, Doria foi o alvo preferencial do presidente, mesmo sem mencionar o governador de São Paulo pelo nome.

Decreto natalino: Bolsonaro concede novo indulto a policiais que cometeram crimes

[Vale lembrar que a definição 'cometeram crimes' é parcial e indevida. 
1) Os  beneficiados são policiais que no estrito cumprimento do DEVER LEGAL agiram contra bandidos, houve confronto e os bandidos tombaram. 2)Também foram indultados policiais que mesmo de folga, reagiram contra bandidos - em defesa própria ou de terceiros - e os bandidos levaram a pior.
Seja no 1 ou no 2, não ocorreu crime.]

— Eu quero o cidadão de bem armado. Com o povo de bem armado, acaba essa brincadeirinha de “vai ficar todo mundo em casa que eu vou passear em Miami". Pelo amor de Deus. Oh… calcinha apertada! Isso não é coisa de homem. Fecha São Paulo e vai passear em Miami. É coisa de quem tem calcinha apertada. Isso é um crime — disse Bolsonaro.

A declaração foi uma menção à viagem que João Doria fez a Miami na véspera de Natal, onde foi flagrado frequentando uma loja sem usar máscaras, numa contradição em relação à recomendação que o governador de São Paulo vem fazendo desde o início da epidemia de Covid-19.

O caso veio à tona e fez com que Doria divulgasse um vídeo pedindo desculpas à população de São Paulo. Segundo ele, a viagem à Flórida foi para atender a duas conferências para as quais ele havia sido convidado.

Bolsonaro usou a transmissão para, novamente, colocar em dúvida a segurança das vacinas que estão sendo desenvolvidas contra a Covid-19. Ele disse que vai insistir na necessidade de que as pessoas que optarem por tomá-la assinem um termo de responsabilidade.— Não vou aceitar uma vacina que não está devidamente comprovada, que está em fase, experimental. Não vou me responsabilizar. Pode ser que não aconteça nada. Pode ser que a vacina atinja seus objetivos. Eu não posso me responsabilizar — afirmou o presidente.

Atualmente, nenhum laboratório que desenvolve vacinas contra a Covid-19 fez o pedido de registro do produto junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo federal se comprometeu a adquirir pelo menos 254 milhões de doses de vacina desde que sejam aprovadas pela agência.

Enquanto isso, países como o Reino Unido e Estados Unidos já iniciaram a vacinação da sua população. Na América Latina, México, Argentina e Chile deverão ser os primeiros a imunização contra a doença.

Mais tarde, em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, em tom mais ameno, o presidente disse se solidarizar com familiares de vítimas da Covid-19. — Nessa ocasião, solidarizo-me, particularmente, com as famílias que perderam seus entes queridos neste ano. Externo meus sentimentos, pedindo a Deus que conforte os corações de todos — afirmou.

Bolsonaro também aproveitou a transmissão em suas redes sociais para defender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kássio Nunes Marques, o primeiro indicado por ele a ocupar uma vaga na Corte. Bolsonaro defendeu decisões tomadas pelo ministro que foram alvo de polêmica nas últimas semanas como a que suspendeu um trecho da Lei da Ficha Limpa que determina que o prazo de oito anos de inelegibilidade para condenados por órgãos colegiados tem efeitos após o cumprimento da pena. A decisão foi vista por críticos como uma flexibilização que favoreceria políticos “ficha suja”.

Lei demais atrapalha. Mas ele (Kássio) não acabou com a lei da Ficha Limpa. Sem querer defender o ministro do STF, Kassio Nunes, mas ele definiu apenas início da contagem do tempo (para a inelegibilidade). Em função disso, se disserem: “Ah...não voto mais no Bolsonaro. Olha quem ele botou (no STF)”. Paciência. Lamento. Não posso obrigar você a votar a mim. Você é dono do seu voto — afirmou.

Bolsonaro disse ainda que o próximo indicado a uma vaga no STF seguirá o mesmo “padrão” de Kássio Nunes Marques. No fim da transmissão, Bolsonaro recebeu a visita do artista brasileiro Romero Brito, conhecido internacionalmente pelos quadros pintados com cores fortes e uso de formas geométricas na composição de rostos e paisagens.

Brasil - Jornal O Globo 

 

sábado, 19 de dezembro de 2020

Confusão sem fim - Folha de S. Paulo

Opinião

Há plano, mas não vacina; Bolsonaro e Doria agora disputam seringas e agulhas

Andou bem o Supremo Tribunal Federal ao liberar a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19. Em pauta estava o interesse comum na saúde pública, que se sobrepõe à liberdade individual, e por isso igualmente acertou o plenário ao autorizar restrições para quem recusar imunização.

[IMPERIOSO destacar: o Governo Federal é acusado de não ter comprado a vacina contra a covid-19. Os acusadores, os = inimigos do Brasil = arautos do pessimismo, 'esquecem' que desde o surgimento das primeiras perspectivas de vacina, que várias ações judiciais foram movidas visando ocupar o Poder Executivo com o processo de defesa e com isto impedindo qualqeur planejamento para compra da vacina. 

Foi priorizado a apresentação de um plano de vacinação sem se conhecer qual  vacina seria utilizada - a maior parte das ações judiciais colocava no páreo dos possíveis fornecedores imunizantes bem heterogêneos, impondo a participação de todos os cogitados, ainda que naquela ocasião a segurança e eficácia de alguns não estivessem comprovadas.

Foi em tal situação que o governo foi compelido a apresentar um plano de imunização desconhecendo o principal do plano = qual vacina seria utilizada. Peculiaridades dos imunizantes faz que para alguns haja necessidade de  -70ºC, outros alguns graus abaixo de 0º. Enquanto planejava sobre como fazer o desconhecido o Ministério da Saúde não encontrou tempo para cuidar da compra/reserva da vacina.

NÃO HÁ, até o presente momento, nenhuma determinação judicial para que essa ou aquela vacina seja comprada/reservada.]

Os obstáculos maiores se erguem alhures, do outro lado da praça dos Três Poderes. Mesmo que o Ministério da Saúde se penitencie, volta e meia, pelos disparates e fracassos logísticos do general Eduardo Pazuello, o presidente Jair Bolsonaro se encarrega de turvar as águas dia sim e outro também.

Entre as últimas investidas estultas, Bolsonaro recorreu a um truísmo para arremeter contra a vacinação: faltarão doses ao longo de 2021 para imunizar toda a população, portanto não haverá como governadores e prefeitos imporem medidas restritivas a seus concidadãos, como permitiu o STF.

Faltou o presidente reconhecer que a culpa pela imprevidência é sua, antes de mais ninguém, e depois de seu ministro da Saúde. É o cúmulo da desfaçatez argumentar com o resultado da própria incompetência em cumprir um dever sanitário básico —sem nada dizer da sabotagem flagrante— para criticar quem tenta trilhar o caminho correto.

O esforço do presidente para confundir vacina obrigatória com compulsória, ou forçada, representa só mais um arranque em sua cruzada contra a ciência e a razão. Ninguém seria nem será arrastado de casa para receber uma injeção coercitiva —nem correria ou correrá o risco, muito menos, de transformar-se num jacaré, como disse o irrefreável Bolsonaro.

O poder público, se bem-intencionado, tem instrumentos melhores para induzir as pessoas a se imunizar, mesmo que persistam dúvidas infundadas sobre segurança. Uma maneira civilizada seria condicionar o acesso a serviços oficiais —como emissão de documentos, ou matrículas de ensino— a uma prova de vacinação.

Prossegue a picuinha de Bolsonaro com o governador paulista, João Doria (PSDB), provável concorrente eleitoral em 2022. Na contenda, empenham-se saúde e vida dos brasileiros. Agora Planalto e Bandeirantes disputam seringas e agulhas; pipocam rumores de que o ministério poderia confiscar a vacina Coronavac antes desdenhada.

Já que os dois lados não trabalham juntos, como seria o ideal, ao menos o vencedor dessa guerra pode ser o cidadão brasileiro, na medida em que São Paulo vai forçando Brasília a se mover. EUA e Europa já iniciam a vacinação; no Brasil, se Bolsonaro e Pazuello ficarem calados e enfim trabalharem pelo bem comum, com sorte ela virá em fevereiro ou março.

Opinião - Folha de S. Paulo 

 


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Vacinação sem vacina - Guilherme Fiuza

Revista Oeste

Falar em obrigar a população inteira a se vacinar — com uma vacina que não existe — significa o quê? Um negócio da China?

A discussão sobre a vacina contra covid-19 está avançada. Muito mais avançada que a própria vacina, mas isso é detalhe. O debate está tão acelerado, com autoridades já anunciando seus planos de imunização, que é capaz de, quando a vacina chegar, já estar todo mundo vacinado. Eis aí uma excelente proposta: chega de espera, vamos vacinar a população antes da vacina. Mas como isso funcionaria exatamente? Muito simples: é só pegar as manchetes, os discursos, as profecias, as bravatas, comprimir tudo numa seringa e mandar pra dentro do povo. Adeus, covid.

A vacina desenvolvida mais rapidamente na história foi a da caxumba — que levou quatro anos para ficar pronta. A do sarampo levou dez anos. Mas naquela época não tinha internet, Tedros, Doria e outras maravilhas da ciência. Hoje em dia o papo é de seis meses e vamos arregaçando as mangas, ou baixando as calças, para resolver logo isso. É só uma picadinha, depois a gente estuda com calma o que foi injetado em você.

Na gripe suína, a vacina gerou enfermidades piores do que a própria doença — para ficar num exemplo histórico mais recente. Um dos trunfos para tentar acelerar a vacina contra covid é o uso de uma técnica inovadora — o RNA mensageiro, que atua na base genética do indivíduo. A ação consiste em induzir o organismo a uma produção imunológica artificial, sem que se precise inocular o vírus atenuado (método tradicional).

Ninguém sabe se isso funcionará e o que vai causar às pessoas. Mas você está ouvindo autoridades falando em iniciar a vacinação neste ano — e já pode começar a ficar na dúvida se vai ter que chamar o médico ou a polícia. Vamos tentar decifrar o RNA mensageiro dos hipócritas?

Tudo isso se dá num ambiente de total transparência — com vacinas relâmpagos brotando das ditaduras chinesa e russa. Vai tomar a Sputnik do Putin? Com essa divertida temática espacial é possível você nem sentir a picada. “Olha o foguetinho…” E quando viu já tomou. Se o pessoal está curtindo máscara personalizada, tipo “I love my dog”, por que não entrar na onda da vacina estilizada? Estética é tudo. Já a vacina chinesa se antecipou às marchinhas carnavalescas. Laboratórios incapazes de conter um vírus que se espalhou pelo planeta inteiro são naturalmente as instituições mais confiáveis para oferecer uma vacina. Esse seria o refrão do bloco mais debochado do Carnaval 2021 se a realidade não tivesse roubado a cena e caído no samba antes da hora.

O Ministério da Saúde entrou na disputa com os governadores mais afoitos para ver quem faz a promessa mais leviana. As “projeções” para o início da vacinação andam oscilando entre o final deste ano e o começo do próximo — sacramentando como única certeza científica o fato de que os cidadãos estão sob o comando de autoridades irresponsáveis. A rigor, já há uma segunda certeza científica: a de que isso não pode acabar bem. E, já que a irresponsabilidade foi oficializada, os tiranetes mais tarados, como João Doria, resolveram declarar que a vacina será obrigatória para todos. Nada de mais. Para quem já inventou número de vidas salvas tentando justificar seus surtos totalitários, um disparate a mais contra a população não faz diferença. A não ser que a população desista de ser o brinquedo predileto de Joãozinho Tranca Rua e seus colegas.

A letalidade da covid-19 abaixo dos 70 anos é inferior à da gripe sazonal, como acaba de confirmar um estudo produzido na Universidade Stanford. Neste cenário, falar em obrigar a população inteira a se vacinar — com uma vacina que não existe — significa o quê? 
Mais uma marchinha roubada? 
Um negócio da China? 
O tão aguardado surto fascista?

Responda aí você, que estamos ocupados decifrando o RNA mensageiro dos hipócritas.

Guilherme Fiuza, jornalista - Revista Oeste 23 outubro 2020


segunda-feira, 26 de outubro de 2020

O “PACTO DO CORONAVIRUS”, entre Doria, lula e Xi Jinping - Sérgio Alves de Oliveira

 Para que se “mergulhe” antecipadamente no objetivo da  matéria aqui contida, o “Pacto do Coronavirus”, a que me refiro nesse artigo,  trata-se  simplesmente da repactuação,a partir de 2020, do chamado “Pacto de Princeton”, firmado entre  Lula e FHC, nos Estados Unidos, em 1993,e que proporcionou  à esquerda/socialismo, não só a dominação política e o “aparelhamento” esquerdista do Estado, e das leis, como também a presidência da República do Brasil, de 1995 a 2016. E para que compreenda o que está acontecendo hoje na política central brasileira, há que se  voltar um pouco na história, mais precisamente, ao  ano de 1993, que hoje se repete, com novos atores, exceto  Lula da Silva, que se mantém “íntocável”.

Nessa “operação” (Pacto de Princeton), FHC representava o “Diálogo Interamericano”, de fundo socialista-fabiano, ligado ao Partido Democrata americano, e Lula o “Foro San Pablo”. Esse  verdadeiro “arreto” político indecente que está acontecendo presentemente entre o Governador de São Paulo, João Doria, o ex-Presidente, e ex- presidiário, Lula da Silva, e o ditador da China e do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping, que estão mancomunados e formando quadrilha  na montagem de uma estratégia política para a  esquerda/socialismo vencer as eleições de 2022, retornando ao poder, sem dúvida trata-se de re/ratificação do PACTO DE PRINCETON, de 1993, que de certa forma adotou a “Política das Tesouras”, de Lenin.

Explicando melhor essa “lambança” : os chineses  estão fazendo  um esforço descomunal  para vender ao Brasil a vacina imunizante contra o novo coronavirus (Covid-19),com registros de “nascimento”, tanto do maldito vírus, quanto da citada  vacina, na própria China (Wuhan),e que seria produzida  em cooperação do respectivo  laboratório chinês com  o Instituto Butantã, do Brasil.   Mas ao invés de se utilizarem da embaixada chinesa no Brasil para essas negociações, o governo chinês optou  pela “intermediação” do  polêmico político brasileiro ,atualmente governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, pretendente ao trono presidencial e virtual candidato à presidência da república em 2022. Em última análise, Doria foi nomeado “embaixador” da China para essa negociação . E fala como se fosse o próprio.

Mas como bom oportunista que sempre foi, João Doria, o “embaixador” chinês, voou à Brasília e ali acabou conseguindo, parece que “furtivamente”, a assinatura de um protocolo de intenções, com o Ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello, que acabou sendo contestado e desautorizado pelo Presidente Bolsonaro, que declarou publicamente  que “o povo brasileiro não seria cobaia da vacina chinesa”, o que gerou   um clima de desconforto interno no governo. Aproveitando as críticas de Bolsonaro ao Ministro da Saúde, Lula não perdeu tempo em se “solidarizar” com o General Pazuello. Com essas “nuances”, o circo sucessório para 2022 começou a ser desenhado . Como já havia sido acertado lá no “Pacto de Princeton”, em 1993, parece se repetir que a eleição presidencial novamente contará com dois candidatos fortes de esquerda, um “oficial”, e outro “disfarçado”, e qualquer deles que vencer garantirá à esquerda a presidência da república para o próximo período, atendendo plenamente aos interesses chineses.

Tudo leva a crer, portanto, que João Doria, pelo PSDB, será o candidato da esquerda “disfarçado” (de direita), e provavelmente Lula será liberado pelo “seu” STF, para também concorrer, pela esquerda “oficial”. E o dia está chegando !!!  Os interesses do Partido Comunista Chinês estariam plenamente atendidos, tanto com a vitória de Doria, quanto com a vitória de Lula. Por essa razão, não satisfeito  em investir   e comprar cada vez mais “Brasil”, como    fez  em quase todo o mundo, o objetivo de Xi Jinping tornou-se  mais ousado: quer a presidência da República do Brasil, seja com Doria,Lula, ou “assemelhados”.

Bem sabem “eles” que o “Pacto de Princeton” funcionou como  deveria ,e que o Brasil é um dos países do mundo que podem comprar com pouco dinheiro, bastando “investir” nos políticos “certos”, que têm corruptos e traidores da pátria no seu meio para “ninguém botar defeito”. O “sucesso” do famigerado “Pacto de Princeton”, de 1993, pode ser medido pelo relativo alcance de algumas das  suas metas, agora  transferidas  ao “Pacto do Coronavirus”, quais sejam, o controle da população pelo incentivo às relações homossexuais (não geram filhos), o enfraquecimento, ou aparelhamento socialista da Igreja Católica e,  finalmente o desmantelamento das Forças Armadas, começado por FHC, que extinguiu os 3 ministérios militares  (Guerra, Marinha e Aeronáutica), substituindo-os por uma “ministro da defesa” qualquer, [abundantes na era Temer e antecessores]  que sempre poderia  recair num político e ainda a destruição dos valores judaico-cristãos e da organização da  família tradicional. Todas essas “estratégias” para tomada do poder foram propostas antes por Antonio Gramsci, do Partido Comunista Italiano, e  de certo modo pela ala “menchevique” ,da Revolução Russa de outubro de 1917.

Com certeza, os “chinas” farão chover  dinheiro, gastando  um pouco da sua fantástica “poupança”, fruto da “mais-valia” comunista, construída desonestamente, pelo aspecto social, às custas da escravidão do seu povo, na tentativa de comprar a eleição brasileira de 2022. E “eles” têm consciência que essa eleição  não custará muito caro para “eles”, imaginando  que os brasileiros se vendem barato. E se isso de fato acontecer, estejamos seguros que o Brasil passará a integral o “rol” de colônias que a China já tem espalhadas pelo mundo, ao mesmo tempo em que o  criticado “imperialismo” norte-americano passará a ser considerado “ultrapassado”, um verdadeiro “brinquedo-de-criança”, se comparado ao novo imperialismo do PCCh.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Marcha sobre o Supremo é inadequada e sem sentido - Míriam Leitão

O Globo

A ida do presidente Jair Bolsonaro, do ministro Paulo Guedes e de outros  membros do governo e empresários ao Supremo Tribunal Federal pedindo a abertura da economia e a volta à normalidade é totalmente sem sentido. Parece pressão, e é. O relacionamento com o STF não pode ser dessa forma, tem que ser através dos inúmeros instrumentos jurídicos que existem. 

O que o ministro Dias Toffoli respondeu diante da pressão explícita de abertura da economia é que o Executivo deveria criar um gabinete de crise e se reunir com Estados e Municípios para agir de forma coordenada. Nem era papel dele dizer isso, mas no fim das contas ele estava falando que o governo precisa governar. [foi uma decisão do ministro Toffoli que trouxe para o palco governadores e prefeitos, que agora estão descontentes, já queriam apenas o bônus.

Imagine um comitê de crise reunindo governadores e prefeitos, com Doria, Ibaneis e Witzel querendo o protagonismo e não aceitando o comando do presidente Bolsonaro que, por ser a autoridade máxima, tem o comando natural.]

A parte mais sem sentido da conversa foi aquela em que o ministro Paulo Guedes protesta contra a decisão do Congresso de livrar várias categorias de servidores do congelamento dos salários, quando o Brasil viu que foi o próprio presidente Bolsonaro que instruiu o líder Deputado Major Vitor Hugo para defender isso em plenário. Ou seja, isso é um assunto interno do governo, que Paulo Guedes deveria tratar diretamente com seu chefe. Aliás, por insistência da imprensa, o presidente acabou dizendo que vai vetar a decisão do Congresso de preservar algumas categorias do congelamento dos salários que ele mesmo havia recomendado. 

O empresário Marco Pollo Mello Lopes, presidente da Aço Brasil, que representa a siderurgia, pediu a reabertura do país em 15 dias. E o presidente Bolsonaro chegou a dizer o seguinte:  – Alguns dizem que 'a economia deixa pra lá, o importante é a vida'. Não é assim não.  A afirmação feita na reunião, pelos empresários, de que outros países estão retomando atividade distorce a realidade. São países nos quais a curva da pandemia já está descendo, a nossa está subindo de forma assustadora nos últimos dias. 

Um total despropósito, do começo ao final, essa marcha sobre o Supremo. Primeiro porque não faz sentido “decretar a normalidade” no meio de uma pandemia elevando a intensidade, segundo porque não é o presidente do Supremo que vai decidir isso, [se espera que não seja o STF a decidir, apesar de estando o presidente Bolsonaro impedido por decisão judicial de interferir, os governadores e prefeitos procurando um muro, vai terminar por ser o STF a decidir diretamente ou liberando o presidente Bolsonaro para assumir o comando.] terceiro porque o presidente acabou ouvindo o óbvio: coordene, reúna-se aos governadores, faça um gabinete de crise. 

Míriam Leitão, jornalista - O Globo