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quarta-feira, 23 de junho de 2021

CARTA DE UM LEITOR SOBRE A CPI - Antonio Bastos

Como brasileiro que disponibilizou energias para ajudar construir um país melhor, principalmente, para os meus filhos e netos, aquiesço às suas lúcidas opiniões esplanadas na presente matéria (artigo “O grande inquisidor do Senado”), por me sentir enojado com o que está acontecendo na CPI do Covidão, em razão do comportamento da sua cúpula e senadores que conduzem a CPI com “verdades” prontas sobre a pandemia, o vírus chinês e o combate à pandemia.

O grande problema é que não dão voz às testemunhas que não falam o que certos membros querem ouvir e, também, não corroboram o que já consta no Relatório preparado, antecipadamente, pelo relator, fato que alguns senadores da CPI confirmam. As testemunhas que falam os que eles querem ouvir, são tratadas com educação, gentileza, não são interrompidas em suas falas e, ao final, são elogiadas.

Veem-se incoerências, inverdades, ataques gratuitos, insultos a autoridades do Poder Executivo, em especial ao Presidente da República e do Poder Executivo Federal, em desobediência ao Regimento do Senado Federal que prega à não agressão a autoridades dos demais Poderes da República. Veem-se agressões verbais e ataques pessoais a médicos e cientistas que buscam, na lida cotidiana e não em discursos, salvar a vida de brasileiros, utilizando-se de meios baseados em suas reiteradas experiências e observações clínicas.

Não sou médico nem cientista, mas posso afirmar com base em leituras e vivência que  a Ciência avança e se desenvolve não apenas em laboratórios (e plenários políticos) ou estudos clínicos, mas com base em observações e evidências adquiridas através da pratica de seus profissionais. Hoje (16/06), quando lhe escrevo, assisti às oitivas do ex-governador Witzer e dos médicos que se apresentaram à CPI. Nas duas oportunidades ficou patente a ignomínia, a discriminação e a conduta suspeita de alguns membros.

No caso do ex-governador, ficou evidente o acordo de lhe conceder tempo para destilar ódio ao presidente da República, mediante acusações descabidas e sem provas, utilizando-se de um discurso rasteiro. Cumprido o acordo, ele se retirou da sessão em desrespeito ao Senado Federal, seus membros, à própria CPI e ao povo brasileiro. Também, ao meu sentir, faltou com respeito à decisão judicial que lhe concedeu o direito de comparecer ou não comparecer e ficar calado.

É nesse ponto que quero me posicionar.  Pelo que o Presidente da CPI leu no habeas corpus, foram essas as questões básicas ali descritas. É dizer, não estava ali prescrito que o ex-governador, caso optasse pelo comparecimento, poderia se retirar no momento em que achasse conveniente, pois lhe estava garantido o direito de não responder às perguntas e se manter em silêncio. Por isso levanto a questão do acordão.

Deveria o Presidente da CPI determinar que o ex-governador não se retirasse, informá-lo de que só o poderia fazer após o encerramento da sessão, sob pena de ser preso por tentativa de uso da CPI e do Senado Federal para uso político e desconsideração aos senadores, senadoras e à população brasileira que querem saber da verdade, em respeito à saúde pública e aos milhares de vidas perdidas. Muito mais graves e oportunistas ainda foram as atitudes do relator e do vice-presidente, que se deixaram o Plenário da CPI para não ouvirem e para nada perguntarem aos médicos convidados. Como vai o relator construir a verdade em seu relatório? 

Como vai o vice-presidente aprová-lo ou não, se não presenciaram ou contribuíram para a busca da verdade? Optaram por fugir do debate!

Enfim, como não sou ingênuo, não posso levantar a dúvida de que o o relator e o vice deixaram o presidente da CPI de calças curtas, em razão dos motivos óbvios que os olhos viram e os ouvidos escutaram.

Transcrito do site: Puggina.org

Antônio Bastos- São Luis-MA.

 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Um conjunto assombroso de mentiras na coletiva de Dilma

Se bem que não foi exatamente uma entrevista; a coisa esteve mais para pronunciamento. Presidente calça as sandálias da humildade e responde a uma pergunta que até ela deve ter achado submissa demais...

A presidente Dilma Rousseff concedeu uma quase-entrevista coletiva nesta segunda-feira, precedida de um pronunciamento. Houve momentos em que imaginei que se ouviriam gemidos de comoção da plateia. E, sim, o jornalismo sucumbiu de maneira miserável na pergunta de um repórter do UOL. Já chego lá.

Destaco que Dilma escolheu desta feita o figurino eficiente. A personagem, notória por sua arrogância e pela baixa tolerância com a adversidade, resolveu calçar as sandálias da humildade. Vi uma mancha vermelha no canto da boca. Felizmente para ela, não era herpes, mas o batom borrado. A capitoa estava cansada, mas ainda não está morta no convés do navio…

E foi com ar humilde, exibindo as marcas da luta, que Dilma falou uma notável coleção ora de asneiras, ora de inverdades, recheadas de um dado factual ou outro sem importância para o tema.

1: Disse que um presidente da República só pode ser afastado se cometer crime de responsabilidade. É uma inverdade irrelevante para a questão, mas eu prefiro a verdade: também o cometimento de crime comum e de improbidade pode cassar um mandatário. A assessoria precisa tomar mais cuidado. Mentira.

2: Afirmou que outros pedalaram antes dela e nada aconteceu. Isso já foi devidamente desmentido pelo TCU e pelo Banco Central. O que era quase residual em mandatos anteriores se tornou instrumento de política econômica no seu governo. Mentira. A “pedalada” no governo FHC chegou a 0,03% do PIB. No dela, a 1%. Mentira.

3: Afirmou não haver contra ela acusações de enriquecimento ilícito ou de roubar dinheiro público. É a verdade a serviço da mentira. Leiam o Artigo 85 da Constituição. Os crimes de responsabilidade nada têm a ver com roubalheira.

4: Afirmou que é a oposição que não a deixa governar há 15 meses. Os oposicionistas, somados, têm 134 votos na Câmara: PSDB (52), PSB (32), DEM (28), SD (14) e PPS (8). E olhem que o PSB é rachado. Com isso, não se evita nem aprovação de projeto de lei. O problema de Dilma é com partidos da base, incluindo o PT, que não aceita, por exemplo, a reforma da Previdência. Mentira.

5: Falou contra o impeachment em nome da defesa da nossa “jovem democracia”. O primeiro presidente eleito depois da ditadura foi impichado. A democracia ainda fazia cocô na fralda. Hoje, já é uma moça de respeito, experiente. Se Dilma estiver certa, o PT era infanticida em 1992. Mentira.

6: Afirmou que Cunha aceitou inicialmente a denúncia por vingança. Isso é circunstância: não muda a natureza do crime de responsabilidade cometido. De resto, o presidente da Câmara aceitou a denúncia três semanas antes da votação no Conselho de Ética. Mentira.

7: Referindo-se a Eduardo Cunha, disse que foi o rosto dele a correr o mundo como a cara desse processo. Assim é porque é ele o presidente da Câmara e quem proclama o resultado. O rosto de Lula negociando a República num quarto de hotel não pôde aparecer porque as raparigas que passavam por lá não podiam entrar nem com celular. Quem entrega a um estranho o poder de fatiar o país não pode ousar falar em nome da ética. Mentira moral.

8: Resolveu evocar o seu passado de suposta militante em defesa da democracia durante a ditadura. Infelizmente, é mentira (já volto a este ponto). Ela pertenceu a grupos terroristas que matavam inocentes e queriam uma ditadura comunista no Brasil.
A conversa mole serve ao propósito de acusar um suposto golpe de estado em curso, que agora seria dado pelo Parlamento. Mentira e mentira.

9: Acusou Michel Temer de conspirar contra ela. Antes que viesse a público qualquer mensagem do vice, Dilma recebeu sucessivos grupos de militantes no Palácio do Planalto, que demonizavam o vice aos berros, chamando-o de golpista. Dilma talvez não saiba, mas ele também foi eleito. Mais: alguns deles fizeram a apologia do crime, diante do silêncio cumplice da presidente. Além de ser crime de responsabilidade, há também o de improbidade administrativa. Mentira.

O jornalismo A imprensa, infelizmente, sucumbiu. Um repórter da Carta Capital indagou a presidente sobre jatinhos supostamente pagos por empresários para levar políticos pra votar em favor do impeachment, como se aquele senhores e aquelas senhoras não dispusessem de uma verba de R$ 40 mil mensais para arcar com custos assim. Atenção! A pergunta era dirigida à presidente que permitiu que a República fosse negociada num quarto de hotel.

O mergulho E houve o momento em que a coisa descambou. Dilma chamou o impeachment de golpe de estado; lembrou a sua “luta” nos tempos da ditadura etc.
O repórter do UOL certamente se emocionou e levou a sério a comparação. Mandou ver: quis saber, imaginem vocês, em qual período a presidente sofreu mais. A própria Dilma, nota-se, ficou surpresa e desenxabida. Teve de lembrar ao rapaz que o Brasil, hoje, vive uma democracia; que nada pode ser comparado à tortura; que eventuais paralelos que ela própria faz são pura força de expressão.

Que diabo leva alguém a fazer tal pergunta? A ignorância certamente está na raiz de muita coisa. Mas ainda é insuficiente para conduzir alguém a tamanha ousadia. Isso só é permitido pelo espírito do tempo.
Dilma certamente vai tentar outras “entrevistas” como a desta segunda. O conjunto da obra, vamos convir, é dessas coisas que provocam a tal vergonha alheia.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo