A saúde emocional e as boas relações
ajudam a manter as pessoas saudáveis e, consequentemente, interferem
positivamente na longevidade. (Creatas/VEJA/VEJA)
É comum as pessoas pensarem em saúde preventiva, na alimentação balanceada e na prática de exercícios quando o assunto é longevidade. Claro
que tudo isso é importantíssimo. Mas poucos lembram de quesitos com
papel fundamental no planejamento do tempo. O sexo é um deles.
O site especializado Daily Mail preparou uma lista com os hábitos com maior impacto sob ponto de vista da ciência. Confira:
1. Durma, mas não exagere
Diversos estudos já indicaram que indivíduos que não dormem o
bastante têm a expectativa de vida reduzida – o mesmo vale para quem
dorme demais. Relatório publicado em 2010 analisou um milhão de pessoas
em oito países e descobriu que dormir menos de seis horas por noite pode
aumentar em 12% o risco de morte prematura. Quem dorme
mais de nove horas apresentou risco ainda maior: 30%. Por isso,
especialistas recomendam de 7 a 8 horas de sono por noite para garantir
saúde e longevidade.
“Os efeitos colaterais da privação do sono incluem obesidade,
doenças cardíacas, hipertensão e depressão. No entanto, dormir muito
pode ser um sinal de que o corpo está lutando com uma doença subjacente
ou depressão”, explicou Nerina Ramlakhan, especialista em sono, ao Daily Mail. Para ela, indivíduos que respeitam as necessidades do corpo podem reduzir até 30% a probabilidade de morrer prematuramente.
2. Exercite-se
A atividade física já é requisito obrigatório para quem pretende elevar a expectativa de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS),
por exemplo, orienta um mínimo de 150 minutos semanais de caminhada
para quem deseja ter boa saúde – o exercício fortalece a força muscular e
melhora a saúde cardiovascular. Além disso, pesquisadores americanos e
suecos descobriram que pessoas acima dos 40 anos que fazem caminhadas
regulares vivem mais (até quatro anos e meio de vida) em comparação
com aquelas que são sedentárias.
Infelizmente, todos esses benefícios podem ser perdidos para
indivíduos que passam muito tempo sentado. Por isso, se você trabalha em
escritório, a recomendação é sempre que possível optar pela caminhada,
seja para ir ao supermercado, ao shopping ou ao parque.
3. A velhice está na mente
De acordo com pesquisadores, o segredo da longevidade reside muito
mais no prazer pela vida do que nos genes. Isso porque um estudo revelou
que a genética representa apenas 10% do envelhecimento, enquanto os outros 90% estão relacionados ao estilo de vida. Outra pesq
uisa, que avaliou 660 participantes acima dos 50 anos, mostrou que indivíduos
com percepção mais positiva da própria idade e do envelhecimento chegam
a viver em média sete anos e meio a mais, levando em consideração
também renda, idade e saúde.
Já um estudo norte-americano apontou que pessoas que vivem além dos
80 anos costumam ser mais positivos, mais sociáveis e se mantêm
trabalhando por mais tempo. Especialistas sugerem que o pensamento positivo tem sido associado à redução do stress, o que ajuda a impulsionar o sistema imunológico. “Crenças
e atitudes negativas levam a inatividade, isolamento, depressão e
doenças evitáveis”, comentou Sir Muir Gray, consultor de saúde pública
da Universidade de Oxford, no Reino Unido, ao Daily Mail.
4. Adie a aposentadoria
Um estudo de 2016, realizado
pela Oregon State University, nos Estados Unidos, estabeleceu que
indivíduos que se aposentaram com 66 anos ou mais têm um risco 11% menor
de morte por todas as causas se comparados àqueles com a mesma idade
que haviam se aposentado mais cedo. Essa descoberta ainda é válida para
trabalhadores que exerciam atividades insalubres (que colocam em risco à
saúde): a probabilidade era 9% menor considerando apenas um ano a mais
de trabalho. “As descobertas parecem indicar que as
pessoas que permanecem ativas e engajadas se beneficiam com isso”,
escreveram os pesquisadores.
5. Vida sexual ativa
Segundo estudo realizado no País de Gales, fazer sexo duas vezes por
semana pode reduzir em 50% o risco de morte. Aliás, outra pesquisa ainda
revelou que homens que têm pelo menos 350 orgasmos por ano vivem em
média quatro anos a mais. As mulheres também podem se beneficiar com uma
vida sexual ativa: a relação sexual regular aumenta o tamanho dos
telômeros – um componente do DNA que indica longevidade, ou seja, quanto
mais longo ele for, maior é a vida útil da mulher. Além disso, o sexo
ajuda a elevar os níveis de desidroepiandrosterona, conhecido como
hormônio da juventude, e de oxitocina; ambos ajudam a reduzir o stress e
aumentam os níveis de imunoglobulinas, responsáveis pelo combate a
infecção no sangue.
6. Tenha filhos
Para aqueles que já têm filhos, uma excelente notícia: pode parecer
que as crianças estão te deixando velho antes do tempo, mas não é
verdade. De acordo com pesquisa do ano passado, pais e mães vivem pelo
menos dois anos a mais se comparados a quem não têm filhos (talvez seja
um benefício inesperado da constante preocupação). “Os sentimentos
emocionais podem ser tão relevantes para a nossa saúde quanto os
fatores físicos em geral”, disse Elizabeth Webb, pesquisadora do AgeUK,
ao Daily Mail.
7. Café grego
Você conhece alguma receita de café grego? Talvez os
apaixonados por café queiram saber mais sobre ele se quiserem viver
mais. Isso porque, de acordo com estudo, a população da ilha de Ikaria,
na Grécia, tem a maior taxa de longevidade do mundo e essa realidade
está associada ao consumo de café. O café grego é rico em substâncias químicas chamadas polifenóis – que ajudam a prevenir uma série de doenças, como câncer, Alzheimer e doenças cardiovasculares – e antioxidantes – que ajudam a eliminar os radicais livres no sangue. Além disso, os níveis de cafeína são relativamente baixo.
A pesquisa, que analisou o consumo de café de 673 habitantes acima de 65 anos, mostrou que 87% dos moradores ingeriam café grego (finamente moído e cozido em uma panela alta e estreita). Os pesquisadores ainda revelaram que o consumo diário pode melhorar a saúde cardiovascular.
8. Fique fora do hospital
Às vezes ir ao hospital é uma questão de urgência. Entretanto,
estudos apontaram que pacientes internados por muito tempo (qualquer que
seja o motivo) estão mais propensos a morte prematura – e não apenas
porque já estavam doentes. “As configurações do hospital são
lugares perigosos porque você pode pegar superbactérias como MRSA
[Staphylococcus aureus resistente à meticilina] ou C Difficile com mais
facilidade. Bons hospitais tentam fazer com que as pessoas sejam
dispensadas o mais rápido possível”, alertou Webb.
Uma pesquisa realizada na Inglaterra e no País de Gales
constatou que 7.800 mortes extras ocorreram entre julho de 2014 e junho
de 2015 depois que idosos foram mantidos no hospital por mais tempo do
que o necessário. Relatório americano ainda mostrou que cerca
de um terço dos pacientes acima dos 70 anos e mais da metade dos
pacientes com mais de 85 anos deixam o hospital mais incapacitado do que
quando chegam. Portanto, cuide melhor da sua saúde para evitar
internações.