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terça-feira, 21 de junho de 2022

Infarto e AVC: como prestar os primeiros socorros - Os minutos que podem salvar uma vida - Ludhmila Hajjar

O Globo

Emergência

Ter um familiar ou um amigo que de repente sofre um mal súbito é uma cena que infelizmente todos podemos vivenciar. Todos os dias, pelo menos mil brasileiros morrem devido a doenças cardiovasculares, sendo as mais frequentes o acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto agudo do miocárdio
A morte e as sequelas ocorrem porque repentinamente o sangue e o oxigênio deixam de irrigar o cérebro no caso do AVC ou derrame e o coração no caso do infarto, e quanto antes o fluxo for restabelecido, maior é a chance de sobrevida e de recuperação do paciente. 
A medicina hoje reconhece esses problemas como doenças tempo-sensíveis ou tempo-dependentes, pois quanto antes houver o socorro e o atendimento adequado, melhores serão os resultados para a retomada da vida com qualidade.

Ataque cardíaco exige ações rápidas de socorro

As doenças cardiovasculares são um problema de saúde pública mundial e após a pandemia pela Covid-19, esses números têm crescido. Estima-se que até 2040 haverá aumento de até 250% dessas doenças no país. Hoje, a cada minuto uma pessoa sofre um AVC ou um infarto agudo do miocárdio. É válido chamar a atenção que metade desses problemas pode ser evitado com medidas simples de prevenção e mudanças dos hábitos de vida.

Sinais de alerta podem auxiliar na busca rápida e eficiente por assistência médica diante de um quadro de doença aguda cardiovascular.  

Devemos estar atentos aos sinais e sintomas que podem sugerir o início de um infarto: dor no peito especialmente do lado esquerdo do tórax, mal-estar com sudorese excessiva, palpitações, náuseas e fadiga após exercício físico, falta de ar, dor abdominal, sensação de tontura ou desmaio.

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Gustavo Guimarães: Câncer — quando apenas observar é a opção

Os sinais e sintomas que podem sugerir o AVC ou derrame cerebral são: dificuldade para falar e entender o que outros estão falando; paralisia ou dormência no rosto, braço ou perna, em apenas um lado do corpo; dor de cabeça súbita e intensa; tontura que pode ser acompanhada por vômitos; dificuldade para engolir e perda da coordenação motora. 

Nos casos mais graves, pode haver perda súbita da consciência e o paciente rapidamente apresenta um desmaio seguido de parada cardiorrespiratória.

Devemos agir com calma, porém com eficiência e rapidez, desde a detecção do problema até a instituição de medidas intra-hospitalares. 
Ao nos depararmos com esse quadro clínico, devemos chamar uma ambulância, ligando para o número 192 (SAMU) ou para uma ambulância particular, informando os sintomas da pessoa, o local do ocorrido e o telefone de contato. 
 
Ao mesmo tempo, deve-se deitar a pessoa de lado, com a cabeça ligeiramente elevada e apoiada, para evitar que a língua obstrua a garganta ou que a pessoa se engasgue caso desmaie e vomite. 
Se possível, recomenda-se desapertar as roupas, cobrir a pessoa com um cobertor, não oferecer comida ou bebida para evitar engasgos e deve-se tentar identificar as queixas da pessoa tentando saber se tem alguma doença ou se faz uso de medicamento e ao mesmo tempo aguardar pelo socorro, observando se a pessoa está consciente.
 
Se a pessoa ficar inconsciente e parar de respirar, é importante iniciar a massagem cardíaca, apoiando uma mão sobre a outra, mantendo os braços esticados e utilizando o peso do próprio corpo. O ideal é fazer 100 a 120 compressões por minuto e fazer duas respirações boca-a-boca, a cada 30 massagens cardíacas.  
É preciso manter as manobras de reanimação, até que chegue a ambulância. Na suspeita forte de infarto, pode-se já oferecer 200 mg de aspirina macerada em água se a pessoa estiver consciente. Em locais nos quais há desfibrilador externo e pessoas habilitadas, recomenda-se a monitorização, a detecção do ritmo e o uso do mesmo para a realização do choque nos casos de arritmias malignas.

Ao chegar no hospital, o atendimento pela equipe multiprofissional deve ser eficaz e rápido, com o cumprimento de protocolos já bem estabelecidos.

Receita de médico - O Globo

 

sexta-feira, 27 de maio de 2022

De 'Polícia das Estradas' a 'câmara de gás': como a PRF passou a atuar em ações que terminam em morte - O Globo

A morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal, anteontem, em Umbaúba (SE), provocou uma onda de indignação que levou ao questionamento dos limites de atuação da força, originariamente criada apenas para a patrulha de rodovias federais. Genivaldo dirigia a moto da irmã quando foi parado em uma blitz no município, que fica a 100 quilômetros de Aracaju. Imagens gravadas por populares mostram o homem sendo imobilizado e algemado no chão por três policiais.

Na sequência, eles o atiraram na parte de trás da viatura, detonaram uma bomba de gás lacrimogêneo e trancam o porta-malas. Genivaldo morreu em seguida. Os mesmos vídeos da abordagem revelam o homem agitado, gritando dentro do veículo, e o som ambiente com a estupefação de quem acompanhava a cena.

O laudo da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe indicou que Genivaldo morreu por insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica. A Polícia Rodoviária Federal, porém, deu outra versão para o incidente, no primeiro comunicado sobre o caso: “possivelmente foi por mal súbito”. Segundo a polícia, Santos foi parado por pilotar sem capacete. Segundo parentes, ele tinha transtornos mentais e ficou nervoso porque carregava cartelas de remédio no bolso.

O presidente Jair Bolsonaro foi questionado sobre o caso, quando os vídeos já haviam sido amplamente divulgados pela imprensa, mas disse que ia se informar antes de opinar e aproveitou para fazer referência a uma outra ocorrência, em que dois policiais foram as vítimas: — Vou me inteirar com a PRF. Eu vi há duas semanas aqueles dois policiais executados por um marginal que estava andando lá no Ceará. Foram negociar com ele, o cara tomou a arma dele e matou os dois. Talvez isso, nesse caso, não tomei conhecimento, o que tinha na cabeça dele.

Mudança na lei
O caso de Sergipe é mais um em que a PRF esteve à frente de uma abordagem que terminou em morte. Na terça-feira, a corporação participou de uma operação, ao lado da Polícia Militar, na Vila Cruzeiro, no Rio, que acabou com 23 mortos. Em fevereiro, o Bope e a PRF já haviam feito uma investida na mesma favela, quando oito pessoas morreram. Em outubro de 2021, numa ação da PRF com a PM de Minas Gerais, houve 25 mortes. [lembramos que bandidos morrerem operações policiais é normal e são os bandidos que provocam as mortes quando reagem à ação da polícia - antes um bandido morto do que um policial ou um civil, do bem, morto por ação de um bandido. 
A polícia que mata bandido não pode ser considerada ineficiente e sim o contrário. 
O erro da PRF foi em Sergipe pela ação tresloucada da guarnição daquela viatura e que merecem ser punidos de forma exemplar e com todo o rigor da lei.] Casos como esses expõem uma guinada na atuação da corporação.
Hoje sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça, a PRF nasceu no governo de Washington Luiz com o nome de “Polícia das Estradas”, período em que esteve vinculada ao antigo Ministério do Transporte. Atualmente, tem atribuições que extrapolam os limites das estradas e vão desde operações contra contrabando, narcotráfico e prostituição, à atuação em grandes eventos, como as eleições, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.[na imensidão do Brasil tem extensas áreas nas quais  a PRF é a única autoridade presente - o que torna aceitável o aumento de suas atribuições e competências, partindo do principio que é DEVER de qualquer autoridade policial combater o crime, em qualquer local, dia e horário.
A presença da PRF não pode ser dispensada por um excesso cometido por dois ou três dos seus agentes.]

Uma lei de 1997 ampliou a competência para “planejamento, coordenação e execução de policiamento, prevenção e repressão de crimes nas rodovias federais a áreas de interesse da União”. A corporação passou a ser acionada para atuar também em cooperação com ações do Ministério Público e da Receita Federal, por exemplo.

Ex-comandante da Polícia Militar do Rio, o Coronel Ubiratan Angelo critica a metamorfose da PRF.— A PRF, além do patrulhamento e prevenção de crimes na rodovia, agora atua também em parceria com outras forças de segurança, sob a bandeira de estar em investigações que não são da sua competência — diz o militar.

Duas portarias baixadas durante o governo Bolsonaro aumentaram ainda mais esse escopo, permitindo que a PRF atuasse em operações como a da Vila Cruzeiro
A primeira delas foi baixada em 2019 pelo então ministro da Justiça, Sergio Moro. 
Ela previa que a entidade fosse usada “em operações de natureza ostensiva, investigativa, inteligência ou mista”. Dois anos depois, acabou revogada por seu substituto, André Mendonça. Ele manteve, entretanto, as outras duas, que garantem a PRF o poder para integrar operações conjuntas, lavrar termos circunstanciados e ingressar em locais que são alvo de mandados de busca e apreensão.

Trunfo para o governo
Muitas vezes à frente de operações que terminam com grande volume de drogas e armas apreendidas, a PRF é vista pelos ocupantes do Palácio do Planalto como uma fonte de notícias positivas, com uma diferença para a Polícia Federal, outro braço armado da esfera federal: não conduz investigações que podem fustigar o chefe, como inquéritos que miram em suspeitas de corrupção e detentores de foro privilegiado. No caso de Bolsonaro, a PRF é considerada ainda mais estratégica, em virtude do perfil do presidente, declarado entusiasta de ações ostensivas, com uso de arma de fogos contra suspeitos de cometimento de crimes.[importante: o trecho acima, destacado em itálico não é uma notícia, o autor da matéria deixou de ser jornalista - apresentar o fato - e se transformou em comentarista = expedindo comentário padrão seguindo os ditames da mídia militante. Este alerta é para evitar que desavisados considerem uma opinião parcial, pautada, do articulista como fato.]
 

Brasil - O Globo

 

domingo, 25 de julho de 2021

Joice Hasselmann diz que desafeto tem acesso ao prédio em que vive [alguém acredita?]

Parlamentar afirma ter indicado à polícia dois nomes de eventuais suspeitos na investigação sobre as lesões que sofreu no apartamento funcional que ocupa em Brasília. Um deles, conforme a congressista, consegue entrar facilmente no edifício 

Após acordar ferida em seu apartamento funcional na Asa Norte e identificar seis lesões na face e nas costelas, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) pediu abertura de investigação sobre o caso. A parlamentar suspeita que uma terceira pessoa tenha entrado no apartamento, onde ela estava com o marido, o neurocirurgião Daniel França, e provocado as agressões. As diligências, de acordo com a congressista, estão sendo conduzidas pela Polícia Legislativa e pelo Ministério Público.

Em entrevista ao Correio, Joice diz ser alvo de ameaças pelas redes sociais e de insinuações indiretas sobre sua segurança. Revela, também, que um desafeto tem acesso fácil ao prédio onde ela mora. No entanto, afirma não haver sinais de invasão no apartamento e não descarta que as fraturas tenha sido causadas por uma queda. Veja os principais trechos da entrevista.

A senhora contou que estava assistindo a uma série, no domingo, e adormeceu?
Eu tomo um remédio para adormecer. É o mesmo há 20 anos. Leva mais ou menos uns 20 minutos para fazer efeito. A série tem cerca de 40 minutos. Então, na metade do capítulo, tomei o remédio para conseguir terminar. Na hora em que terminei, desliguei a televisão e fui dormir. Coloquei meu tampão de ouvido, que uso por ter o sono muito leve. Então, adormeci, por volta de 1h da noite de sábado para domingo. Depois, às 7 horas e três minutos, acordei, no chão, de bruços, em volta de uma poça de sangue, com dente quebrado. Eu achei que tinha caído, que teria tido um mal súbito, batido a boca, e saído sangue do nariz. A conclusão óbvia, né? Fui buscar socorro. Eu me arrastei até o criado-mudo, peguei o celular para ligar para o meu marido. A gente dorme em quartos separados, desde sempre, porque ele ronca muito. Ele me atendeu na segunda ligação e saiu correndo, óbvio, eu ligando para ele de manhã. Saiu correndo, foi lá me atender e prestou os primeiros socorros. Inicialmente, a gente achou que fosse tombo.

Acordou no mesmo ambiente em que dormiu?
Meu quarto tem três ambientes. Tem o quarto onde fica a cama e tem um corredor, em frente, que dá acesso ao banheiro. Foi nesse corredor que acordei.

Acredita que uma terceira pessoa tenha entrado no apartamento?
É uma das hipóteses mais prováveis pelo volume de traumas e pelo fato de estar desacordada, mas eu também não descarto a possibilidade de ter caído várias vezes. O que é estranho, falando com especialistas, com os médicos, com o meu marido mesmo: quando eu acordei, estava de bruços, com o rosto no chão. Depois, descobri que estava com um galo na nuca. Para eu estar desacordada, eu teria de ter tomado uma pancada ou caído e batido a parte da nuca, a parte de trás da cabeça. Então, como eu estava de frente? Mas não é impossível que tenha acontecido isso (acidente). Porém, como é pouco provável, decidimos pedir a investigação. Até porque não é de hoje que sofro ameaças de morte. E a minha lista de desafetos políticos dá para fazer de ordem alfabética.

Chega... paramos por aqui Ler mais: clique aqui Correio Braziliense

[Opinião do Blog: a entrevista só confirma que é uma 'estória' e daquelas sem pé nem cabeça. Quanto mais se lê, menos se acredita. A deputada diz que sofre ameaças de morte, tem um lista extensa de desafetos políticos. A deputada está na metade final do seu mandato. Mandato único - quem vai perder tempo mandando matá-la? É parlamentar de mandato único - foi eleita graças ao presidente Bolsonaro. Caso tente a reeleição não terá nenhuma apoio do nosso presidente, derrota na certa.]