Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador medicações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador medicações. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 31 de julho de 2020

A importância do SUS - Editorial

O Estado de S. Paulo

A grandeza do Sistema Único de Saúde vai além de seu papel central no socorro à esmagadora maioria dos infectados pelo novo coronavírus


Já havia razões de sobra para que todos os brasileiros pudessem se orgulhar do Sistema Único de Saúde (SUS), seguramente uma das maiores conquistas civilizatórias da sociedade no século passado. A pandemia de covid-19, a mais grave emergência sanitária que se abateu sobre o País desde a gripe espanhola de 1918-1920, só realçou a essencialidade de um sistema de saúde público e universal, sobretudo em um país com desigualdades sociais e econômicas tão profundas como o Brasil. Mas a grandeza do SUS vai além do papel central do sistema no socorro à esmagadora maioria dos infectados pelo novo coronavírus.

Se a covid-19 ainda é uma doença por ser totalmente decifrada pela ciência, é consensual entre leigos e especialistas a certeza de que a trajetória da pandemia no Brasil seria outra não fosse a existência do SUS. Mesmo havendo um sistema público de saúde que cobre todo o território nacional e está à disposição de qualquer cidadão, mais de 90 mil vidas já foram perdidas em pouco mais de quatro meses, uma catástrofe que levará tempo até ser totalmente assimilada pela Nação. Sem o SUS, só é possível imaginar o quadro tétrico: pilhas de corpos nas ruas e nas portas dos hospitais de brasileiros que sucumbiriam à falta de atendimento médico por não terem condições de arcar com seus custos.

Há mais de 30 anos, o SUS é o único refúgio para 7 em cada 10 brasileiros que precisam de cuidados médicos, um número que deve aumentar em decorrência dos efeitos econômicos da pandemia. Trata-se do maior sistema de saúde universal e gratuito do mundo, assim reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). O SUS é corolário do processo de redemocratização do País e está inscrito na Constituição de 1988, que em seu artigo 196 dispõe que “a saúde é direito de todos e dever do Estado”, e determina que “as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único”, como se lê no artigo 198 da Lei Maior.

As duas singelas disposições constitucionais, inteligíveis por qualquer cidadão alfabetizado, representaram uma verdadeira revolução na visão que se tem do sistema de saúde do País ao retirá-lo da lógica de mercado até então prevalente, vale dizer, o acesso aos cuidados com a saúde como um produto comercializável, e alçá-lo à categoria de direito fundamental. O sistema privado de saúde jamais seria capaz de dar conta de um atendimento médico da magnitude do que tem sido exigido desde a eclosão da pandemia de covid-19, e tampouco das necessidades da imensa maioria de brasileiros que todos os dias acorrem aos hospitais, muitas vezes para tratar de problemas complexos.

É do SUS, por exemplo, o maior programa público de transplantes de órgãos do mundo. Cerca de 96% destas cirurgias no País são realizadas gratuitamente pelo SUS, de acordo com o Ministério da Saúde. Desde a organização da fila de espera por um órgão - gerida com seriedade - até o fornecimento de medicações imunossupressoras, essenciais para a vida dos transplantados, todo o processo é gerido pelo SUS, sem qualquer custo para os pacientes. Imprescindível também é a presença do SUS na produção e distribuição das drogas que compõem o “coquetel” antiviral que dá suporte à vida dos cerca de 900 mil brasileiros portadores do HIV. Sem falar nas campanhas de prevenção.

Não menos importante, é do SUS o maior programa de imunização de que se tem notícia. São cerca de 300 milhões de doses incluídas no Calendário Nacional de Vacinação, protegendo os brasileiros contra mais de 20 doenças. Laboratórios vinculados ao SUS estão participando ativamente de pesquisas para desenvolvimento e produção da tão esperada vacina contra o Sars-Cov-2.  Não resta a menor dúvida de que o SUS é um bem público a ser valorizado e protegido. Mas é hora de o SUS receber das autoridades uma atenção proporcional à sua importância para a vida de milhões de brasileiros, o que não vem acontecendo.

Editorial - O Estado de S. Paulo



sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Boa sorte, Bolsonaro!



Eleição do fim do mundo 


O que todos afirmavam ser uma eleição imprevisível, a próxima para presidente da República, começava pelo menos a ganhar contornos com a mais recente pesquisa de intenção de voto aplicada pelo Ibope e divulgada na última quarta-feira.  Os contornos foram apagados pelo atentado contra a vida do deputado Jair Bolsonaro (PSL), esfaqueado em Juiz de Fora, Minas Gerais, ali operado e recolhido ao leito de um hospital. [Bolsonaro foi transferido para o Hospital Albert Einstein com quadro estável, chegou bem e está sendo avaliado por equipe multidisciplinar - mais detalhes abaixo.] A eleição virou uma mancha indecifrável, por ora.

No país onde um presidente eleito (Tancredo Neves) começa a morrer na véspera de tomar posse, e depois escala a rampa do Palácio do Planalto dentro de um caixão, tudo pode acontecer, inclusive nada. [não ha a menor semelhança entre o quadro de Tancredo Neves e o de Bolsonaro.
Tancredo Neves com quase 90 anos e uma doença crônica mal cuidada.
Bolsonaro bem mais jovem, melhor forma física e lesões causadas por um atentado covarde.
De qualquer forma é recomendável evitar os 'professores doutores'.
Propaganda grátis: quem assistir o filme 'paciente' vai entender as razões da recomendação.]  Foi reaberta a temporada de puro “achismo”.   

O general, vice de Bolsonaro, acha – ou melhor: diz ter certeza – que o atentado foi cometido por um filiado do PT a serviço dos que pretendiam barrar o que estava escrito nas estrelas. Bolsonaristas de raiz compartilham a mesma opinião nas redes sociais. [tal de Adélio foi apenas um alienado  útil aos interesses da maldita esquerda.
Está preso, será interrogado e quando começar a falar muita coisa será esclarecida - vale ter em conta que o comunismo, a esquerda e a corja lulopetista seguem sempre a regra que 'os fins justificam os meios'.]
 
João Doria, que desertou do cargo de prefeito de São Paulo para se candidatar ao governo, acha que o atentado garantiu a Bolsonaro um lugar no segundo turno. Sob o anonimato, políticos de vários partidos acham que Bolsonaro poderá ser eleito no primeiro turno. [a eleição no primeiro turno já estava garantida e a única forma de impedir que ocorresse (tentar) foi utilizada e com fé em Deus não vai funcionar.]
É cedo para que se possa afirmar qualquer coisa. Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto sem Lula. No momento, estava empenhado em manter sua tropa unida. A ser bem-sucedido, já teria lugar assegurado no segundo turno com ou sem atentado.

O atentado deverá dar coesão às suas forças. Ele é o único candidato dispensado daqui para frente a expor-se aos riscos de 30 dias de campanha. Os boletins médicos e suas falas de leito serão suficientes para que siga sob a luz benigna dos holofotes.  Qual dos seus adversários ousará atacá-lo no rádio, na televisão ou em qualquer parte? Se o eleitor é refratário à pancadaria entre candidatos a um mesmo posto, tanto mais será quando o alvo de críticas escapou da morte, mas não tem condições de se defender.

Do ponto de vista estritamente político, nem por encomenda um ato bárbaro beneficiaria mais Bolsonaro como o atentado de ontem – camisa verde e amarela às vésperas do dia 7 de Setembro, multidão a carregá-lo pelas ruas, celulares a registrarem tudo. Quem ainda não foi contaminado pelo discurso raivoso do “nós contra eles” nem pela ideia de que bala (ou faca) resolve problemas, só pode desejar que Bolsonaro se recupere logo, para o seu próprio bem, de sua família, dos seus amigos e admiradores.

 

 Atualizando o quadro de saúde do presidente JAIR BOLSONARO:

Bolsonaro chega ao Hospital Albert Einstein, onde será avaliado por três horas

Candidato do PSL à Presidência será internado na UTI e passará por avaliação multidisciplinar

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, atingido por uma facada durante ato de campanha em Minas Gerais ontem, foi transferido em um helicóptero Águia da Polícia Militar do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ao hospital Albert Einstein, na Zona Sul da cidade. O parlamentar foi direto para UTI, na qual será submetido a uma avaliação multidisciplinar, que deve durar três horas.
Só depois da avaliação o hospital vai divulgar a equipe de médicos que vai acompanhá- lo. O avião de prefixo PT-WGF trazendo o presidenciável pousou no aeroporto da capital paulista às 9h45. Ele foi transferido do avião para uma UTI móvel e só então colocado no helicóptero da Polícia Militar, que decolou às 10h30.

 A aeronave pousou às 10h35 no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista e vizinho ao hospital. Bolsonaro foi então transferido para uma UTI móvel e deu entrada no Einstein às 10h42.

Bolsonaro passou por uma bateria de exames na manhã desta sexta-feira na Santa Casa de Juiz de Fora. A equipe médica constatou que o paciente tinha estabilidade hemodinâmica e estava em condições de ser transferido para São Paulo. Um médico da capital paulista acompanhou os exames.  O jatinho que trouxe Bolsonaro a São Paulo decolou por volta de 9h do Aeroporto Francisco Álvares de Assis, conhecido como Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora. A ambulância que levou o candidato entrou direto no hangar, de onde ele foi levado ao avião.

Bolsonaro passou a noite na Unidade de Tratamento Intensivo da unidade mineira. Segundo os médicos, o estado dele é grave, mas estável. Flávio Bolsonaro, filho do deputado, elogiou a rapidez no atendimento. Ele foi submetido a uma delicada cirurgia na cidade mineira. - Ele está bem, estável, mas em observação - disse a diretora da Santa Casa, a médica Eunice Dantas, durante entrevista na entrada do hospital, logo depois da saída de Bolsonaro. - Só foi possível o transporte porque ele está bem... ele está com sonda, oxigênio, soro, medicações e a colostomia é de dois a três meses, mas está estável.
O Globo