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sábado, 18 de julho de 2020

Forças Armadas - A contundente resposta dos militares a Gilmar Mendes

O ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes, demitiu a senhora que era coordenadora-geral do Inpe para observação da Terra. O ministro tem sido cobrado pelo presidente da República sobre as queimadas e os desmatamentos. O vice-presidente Hamilton Mourão coordena esse grupo da Amazônia. Ele vai pedir 120 dias para diminuir o desmatamento, porque o Brasil precisa dar uma resposta à propaganda negativa que fazem do país em relação à proteção da floresta amazônica.

Repúdio das Forças Armadas
Eu nunca vi uma nota de militares tão grave e marcante como essa que foi feita para o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Tem muita gente vibrando com essa resposta.
Mas ele extrapolou também. O ministro afirmou que o Exército estaria se associando a esse “genocídio” ao manter militares no Ministério da Saúde, se referindo à forma com que o governo está tratando o coronavírus.
Só tem um único militar da ativa do governo que é o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello. Havia o general Luiz Ramos, que há 10 dias passou para a reserva. E todos os demais militares no governo estão na reserva. Militares da reserva são como todos os civis.

A nota do Ministério da Defesa foi assinada pelo ministro-general Fernando Azevedo e Silva e pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. O texto afirma que os comandantes repudiam veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes contra o Exército brasileiro. Nem sequer o chamam de ministro do STF.
“Comentários dessa natureza, afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, infundada, irresponsável e leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”.

Por fim, os autores avisam que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica estão dedicados a proteger as populações durante a pandemia e que o Ministério da Defesa vai encaminhar representação à Procuradoria-Geral da República para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
Eu nunca vi os ministros da Suprema Corte dos EUA dar declarações, ir a coquetéis ou tomar atitudes afins. 
Juízes falam nos autos, mas no STF há alguns que passam o dia dando entrevistas e fazendo declarações.[uma providência adequada era proibindo ex-ministros do STF - afastados por aposentadoria ou qualquer outro motivo - não possam ser candidato a nenhum cargo eletivo em eleições realizadas nos dois anos seguintes ao do afastamento.] 
O problemas é que essas declarações acabam conflitando com os votos deles, com as relatorias de processos. Pode acontecer de estarem falando sobre um assunto que mais tarde eles vão precisar julgar, isso é muito ruim. A reação dos militares e do Ministério da Defesa foi ótima.

Solidariedade a Nise
Como eu falei a respeito da atitude completamente descabida do Hospital Albert Einstein de repudiar a fala da médica Nise Yamaguchi, que comparou o medo que as pessoas têm do coronavírus ao holocausto, ela me ligou.
Eu acho que o hospital vai voltar atrás na fala. Eles precisam ler de novo o que ela disse, porque quem deu a declaração deve seguir a cartilha de Paulo Freire, porque lê e não entende o que leu.

Ela me contou que recebeu do médico Vladimir Zelenko, de Nova Iorque, que é judeu e o homem da hidroxicloroquina lá nos Estados Unidos, uma mensagem de apoio e solidariedade.

Zelenko costuma dizer que parece que querem que o brasileiro morra porque não se está usando um medicamento que existe e que, segundo ele, está dando certo. Ele também diz preferir viver empiricamente do que morrer cientificamente. Eu acho que nós temos que nos curvar à experiência do dia a dia e não à ciência.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo




quarta-feira, 15 de abril de 2020

Com apoio da ala militar, Bolsonaro vai demitir Mandetta nesta semana - VEJA - Radar




Com o apoio da ala militar, que já reconhece a incompatibilidade de Jair Bolsonaro com Luiz Henrique Mandetta, o martelo foi batido no Palácio do Planalto. O ministro da Saúde será demitido nesta semana. A exoneração deve ser anunciada entre esta quarta e a próxima sexta-feira. Em sigilo, o próprio Mandetta e seu time já esperam pelo fim. Seguem trabalhando formalmente, mas já sentindo o cheiro de queimado.

Há pouco, ao falar da situação instalada no palácio, ele voltou a dizer que não pedirá para sair, será, portanto, saído. O Radar mostrou, nesta terça, que três nomes já estão na mesa de Bolsonaro para substituir Mandetta na Saúde.

Auxiliar pessoal do presidente nessa cruzada contra as medidas adotadas por Mandetta na guerra ao coronavírus, Osmar Terra ganhou adesões importantes nas últimas horas. Ele conquistou o apoio dos filhos de Bolsonaro, como o Zero Um, Flávio, mas ainda enfrenta resistências na ala militar do governo. Terra vem ganhando adesões por causa das críticas ao isolamento social implementado por governadores. O ex-ministro da Cidadania é o principal cotado para o cargo de Mandetta no momento.

Secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, é outro que começou a ser lembrado por apoiadores do Planalto depois da entrevista de Mandetta no domingo, como uma saída menos traumática, caso Bolsonaro decida demitir o atual ministro. Seria uma solução “meio termo” na crise. Recentemente, um grupo influente de empresários bolsonaristas levou ao presidente o nome de Claudio Lottenberg para o cargo de ministro da Saúde na vaga que mais dia menos dia será aberta com a saída de Luiz Henrique Mandetta.

Presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein e tido como um dos líderes da comunidade judaica em São Paulo, Lottenberg é visto com bons olhos pelo empresariado, mas seus laços com João Doria praticamente inviabilizam a indicação. [seria substituir um inimigo pelo amigo do inimigo - destaque-se que infelizmente  as medidas defendidas pelo governador paulista, tornando preferencial o isolamento obsessivo, não impediram que o índice de letalidade daquele estado seja superior ao nacional.]  A informação de que a exoneração de Mandetta já está no forno foi confirmada há pouco, ao Radar, por interlocutores diretos do presidente. Bolsonaro, no entanto, é sempre imprevisível. A conferir.

Radar - VEJA



quarta-feira, 8 de abril de 2020

Tratamento com plasma de pessoas curadas da Covid é tentativa válida – Editorial - O Globo

Terapia, que começou a ser testada esta semana no Brasil, já foi usada em epidemias como a da Sars

Tem sido recorrente a imagem de uma guerra para descrever a luta de governos, sociedades e comunidade científica de todo o planeta contra o novo coronavírus, surgido na China no fim do ano passado e rapidamente transformado em agente de uma pandemia que pôs o mundo em quarentena e não para de produzir números superlativos. De fato, vive-se uma guerra, contra um inimigo extremamente letalmesmo considerando todo o avanço da Ciência —, e que leva a grande vantagem do desconhecimento que a humanidade ainda tem sobre ele.

Embora o Sars-CoV-2 seja neste momento objeto de estudo de cientistas do mundo inteiro, que correm contra o tempo para descobrir uma forma de interromper a sua trajetória, ao mesmo tempo em que profissionais de saúde se desdobram em hospitais superlotados na heroica missão de salvar o maior número de vidas, a verdade é que ainda se sabe pouco sobre o novo coronavírus e a Covid-19. Natural, se levarmos em conta que não faz seis meses que pessoas começaram a morrer na China de uma pneumonia misteriosa, que se espalhava de forma brutal e evoluía rapidamente, levando os pacientes à morte. O médico Li Wenliang, que alertou as autoridades chinesas sobre o surto — e acabou censurado pelo governo — morreu vítima da doença.

Combate-se um vírus para o qual ainda não há remédio ou vacina. Apesar de existirem muitas pesquisas em andamento, estima-se que uma vacina contra a Covid-19 não estará disponível antes de um ano e meio ou dois anos. Tempo demais, não só pelo grande número de mortes, mas também pelos estragos exponenciais na economia mundial. Desenvolver um medicamento específico para a Covid-19 também levaria tempo. Um grupo de instituições científicas, do qual faz parte a brasileira Fiocruz, desenvolve estudos para testar medicamentos já existentes, como a cloroquina, no tratamento da doença. Mas ainda não há qualquer comprovação científica sobre eficácia.

Nesse sentido, é positiva a estratégia que começou a ser testada esta semana, numa parceria entre o Hospital Albert Einstein, o Sírio-Libanês e a Universidade de São Paulo, de usar o plasma de pessoas curadas da Covid-19 no tratamento de pacientes em estado grave, experiência que vem sendo feita em outros países. A aposta é que esses anticorpos possam ajudar a combater o invasor, aumentando as chances de sobrevivência. A terapia já foi usada em outras epidemias, como a da Sars, em 2003, e da influenza H1N1, em 2009. Numa batalha em que a humanidade duela com o inimigo às cegas, toda tentativa de salvar vidas é válida, desde que balizada pela Ciência, obviamente. Como diz o médico Paulo Niemeyer, “o risco maior é não fazer nada”.

 Editorial  -  O Globo


segunda-feira, 30 de março de 2020

O que você fez durante a epidemia - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

 O que você fez durante a epidemia?

Ambev, Gerdau e hospital Albert Einstein deram lição ao grande empresariado     

Quando a crise passar, veremos quem fez o quê

O pavilhão ficará anexo ao hospital M’Boi Mirim, na periferia da cidade. A Gerdau doará a estrutura do prédio, a Ambev bancará o custo, e o Einstein cuidará dos pacientes. Nenhum grande acionista da Gerdau ou da Ambev ficará mais pobre com a doação. Nas últimas semanas nenhum deles saiu por aí dizendo tolices demófobas em eventos teatrais. Sem espetáculo, fizeram o que acharam que deviam.

O Albert Einstein, nascido da filantropia da comunidade judaica de São Paulo aderiu à iniciativa num momento em que as grandes empresas de medicina privada (inclusive algumas que se dizem filantrópicas) oferecem aos brasileiros um virótico silêncio. Quando celebridades e ministros adoecem, é comum ver-se o logotipo desses hospitais na telinha. Agora que a emergência sanitária chegou ao andar de baixo, sumiram. (O ministro Luiz Henrique Mandetta queixou-se de que um desses potentados sequer devolveu seu telefonema.)

Coisas boas também acontecem. O colégio Miguel de Cervantes, situado nas proximidades do Einstein, abriu 300 vagas para filhos de enfermeiros, técnicos e médicos do hospital. A escola ocupa uma área de 60 mil metros quadrados e as crianças ficarão lá durante os turnos dos pais, assistidos por voluntários, sem contato físico. O hospital fornecerá a alimentação da garotada. Outro colégio da cidade, o Porto Seguro, aderiu à iniciativa.

Em Manaus, uma rede de lojas Bemol doou ao governo do estado seu estoque de mil colchões e máscaras. (Repetindo, doou o estoque.) No Rio de Janeiro, pizzarias continuam mandando refeições aos profissionais de saúde da cidade. Alguns deles trabalham em turnos de 24 horas. Coisas assim parecem gotas d’água, mas como dizia Madre Teresa de Calcutá, “toda vez que eu ponho minha gota no oceano, ele fica maior”.
Um dia isso tudo terá passado e uma pergunta haverá de alegrar muita gente, encabulando outros: “O que você fez durante a epidemia do Covid?”

(.....)

A lição de Bernanke
Durante a crise financeira de 2008 o professor Ben Bernanke (Stanford) estava à frente do Federal Reserve Bank americano. Ele era um verdadeiro economista liberal e fizera carreira estudando a Depressão dos anos 1930.
A situação estava tão braba que o secretário do Tesouro, Henry Paulson, em jejum, trancou-se no banheiro para vomitar.

Ambos decidiram despejar dinheiro no mercado, resgatando empresas que corriam o risco de quebrar, espalhando o pânico. Era o contrário do que havia aprendido, ensinado e praticado. Diante do que parecia uma contradição, ele ensinou ao mundo e a seus pares: “Não há ateu em trincheira, nem ideólogo em crise financeira”.

Banqueiro doido
Quando ninguém sabe o que fazer, ou quando as rotinas não apontam uma saída, surgem loucos que se revelam gênios.
Em 1906, a cidade de San Francisco foi destroçada por um terremoto, seguido de incêndios. Amadeo Giannini tinha um pequeno banco e sua clientela vivia no andar de baixo. Ele alugou um caminhão de lixo e tirou todo o dinheiro de seu cofre. (Outros banqueiros achavam que deviam deixá-los nas caixas fortes e o calor assou as notas.)

A grande ideia de Giannini foi botar uma mesa na rua. Ele passou a emprestar dinheiro a quem estivesse precisando, confiando nos fios dos bigodes. Ele contava que recebeu de volta tudo o que emprestou e que, no primeiro dia dessa operação maluca, recebeu depósitos equivalentes a 1,5 milhão de dólares em dinheiro de hoje.
Mesmo que tenha exagerado, seu tamborete virou o Bank of America, um dos maiores dos Estados Unidos e ele entrou para a história da banca.

(.....)

Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota, venera todos os governantes presentes, passados e futuros. Por isso se aborreceu ao saber que a revista inglesa Economist chamou o capitão de “BolsoNero”.

O cretino acha que o imperador romano ganhou má fama por causa de historiadores marxistas da época. Ele teria tocado violino durante o incêndio de Roma, mas os violinos só apareceram séculos depois.

Folha de S. Paulo O Globo - MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari, jornalista


sábado, 14 de dezembro de 2019

Queiroz: câncer de ex-assessor volta a se manifestar, apontam exames - VEJA

O ex-assessor de Flávio BolsonaroFabrício Queiroz, recebeu uma notícia que o deixou arrasado: o câncer que havia sido retirado de seu intestino voltou a se manifestar, dessa vez em nódulos. Ele esteve no hospital Albert Einstein, no bairro do Morumbi, em São Paulo, onde ficou sabendo, na última quinta 12, o resultado de uma colonoscopia junto com a uma bateria de exames pela qual passou recentemente.

Queiroz trata há cerca de um ano uma neoplasia com transição retossigmoide, o mais comum entre os tumores de intestino. Acomete uma a cada dezesseis pessoas até os 90 anos de idade. Ele está localizado no intestino grosso, próximo da saída do reto. Manifesta-se, em geral, por sangramentos. A gravidade é definida não tanto pelo tamanho do tumor, mas se (e quanto) ele atingiu os gânglios linfáticos — há gânglios linfáticos próximo ao reto. Nesse caso, o risco de metástase é alto.

Desaparecido desde que seu nome surgiu em um escândalo que causa preocupação no clã Bolsonaro, Queiroz teve seu paradeiro revelado por VEJA em agosto. A reportagem exclusiva mostrou que ele hoje vive no Morumbi e frequenta o hospital Albert Einstein para o tratamento. Mesmo com o ex-assessor fora dos holofotes, sua situação sempre foi tratada com prioridade na família Bolsonaro. Embora tenha se afastado dele publicamente, o presidente traçou estratégias no campo jurídico e político para as suspeitas não prejudicarem seu mandato.

Até então, a última aparição pública de Queiroz havia sido justamente no Einstein. Em 12 de janeiro, ele postou um vídeo na internet em que surgia dançando no hospital durante a recuperação de uma cirurgia — que custou 64,6 mil reais. A reportagem já informava a suspeita de que o procedimento não teria resolvido o problema do tumor. Os advogados do ex-assessor, um policial militar aposentado, afirmam que ele paga as despesas médicas com recursos próprios ou com o auxílio de seu plano de saúde.

Suspeito de ser o operador do esquema conhecido como “rachadinha”, Queiroz trabalhou no gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro quando ele era deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) de 2007 a 2018. Ao longo de 2016, o ex-assessor movimentou 1,2 milhão de reais em sua conta bancária, com uma série de saques e depósitos fracionados considerados atípicos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Queiroz e Flávio são alvos do Ministério Público do Rio de Janeiro, cujas investigações chegaram a ser suspensas pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, em uma decisão que atingiu todos os procedimentos baseadas no compartilhamento de dados bancários e fiscais sem autorização do Poder Judiciário. O STF reverteu esta medida e deu sinal verde para as apurações no final do mês passado. Ambos sempre negaram as irregularidades.

VEJA - Transcrito em 14 dezembro 2019


domingo, 8 de setembro de 2019

Hospital Albert Einstein pressionou médico de Bolsonaro por cirurgia - Radar - Lauro Jardim

por Lauro Jardim - O Globo

Bolsonaro faz gesto de atirar no hospital
O Hospital Albert Einstein, onde Jair Bolsonaro fez duas cirurgias pós-facada, pressionou o cirurgião Antonio Macedo para realizar lá a nova intervenção no presidente, marcada para hoje no recém-inaugurado Vila Nova Star, pertencente à Rede D'Or.

Macedo, que por décadas integrou os quadros do Einstein, se transferiu meses atrás para a Rede D'Or.
É uma espécie de guerra dos hospitais pelo paciente famoso.
[Por uma questão de gratidão, devemos sempre lembrar que o nosso presidente está vivo graças ao MÉDICO dos médicos e eficiente atuação da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora - situações que não podem, nem devem ser esquecidas.]
 
Lauro Jardim - Radar - Coluna em O Globo
 

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Clã Bolsonaro negocia migrar para nova UDN





Filhos do presidente articulam deixar PSL e ingressar em sigla em formação que pretende reeditar antiga União Democrática Nacional, símbolo da centro-direita no País

 O presidente Jair Bolsonaro e os filhos políticos Flávio (à esq.), Eduardo e Carlos (à dir.) Foto: FAMÍLIA BOLSONARO

[SUGESTÃO:  presidente, seus pimpolhos podem ser úteis, só é preciso que o senhor os enquadre, lembre que são seus filhos e não seus ministros;

isto feito lembre que na condição de filhos tem livre acesso ao senhor - fora das reuniões institucionais, óbvio - e podem lhe apresentar sugestões, que o senhor gostando poderá encaminhar a quem de direito para estudos.

Entregue a sugestão eles devem silenciar sobre - não podem, nem devem, sair tuitando que propuseram isso ou aqui. 

Qualquer manifestação do pai JAIR BOLSONARO será feita em privado e qualquer manifestação institucional será efetuada pelo porta-voz.

Se isto for seguido, acabam as encrencar e eles poderão continuar dando ideias sobre assuntos de governo, sem tocar fogo no governo.] 

Com o PSL em crise e sob suspeita de desviar verba pública por meio de candidaturas “laranjas” nas eleições de 2018, os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) negociam migrar para um novo partido, que está em fase final de criação. Trata-se da reedição da antiga UDN (União Democrática Nacional).
Segundo três fontes ouvidas pela reportagem em caráter reservado, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se reuniu na semana passada em Brasília com dirigentes da sigla para tratar do assunto. Ele tem urgência em levar adiante o projeto. Eleito com 1,8 milhão de votos, Eduardo teria o apoio de seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). Com esse movimento, a família Bolsonaro buscaria preservar seu capital eleitoral diante do desgaste do partido. 

Enquanto ainda estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, Jair Bolsonaro acionou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para que determinasse investigações sobre o caso. As suspeitas atingiram o presidente da legenda, deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), e foram pano de fundo da crise envolvendo o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, que foi chamado de mentiroso por Carlos Bolsonaro depois de afirmar que tratara com o pai sobre o tema. Após cinco dias de crise, Bebianno deve ser exonerado do cargo nesta segunda-feira, 18, por Bolsonaro.

Além de afastar a família dos problemas do PSL, a nova sigla realizaria o projeto político de aglutinar lideranças da direita nacional identificadas com o liberalismo econômico e com a pauta nacionalista e conservadora, defendida pelo clã Bolsonaro. No começo do mês, Eduardo foi ungido por Steve Bannon, ex-assessor do presidente americano Donald Trump, como o representante na América do Sul do The Movement, grupo que reúne lideranças nacionalistas antiglobalização. 

O projeto do novo partido é tratado com discrição no entorno do presidente. Em 2018, a UDN foi um dos partidos – embora ainda em formação e sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – sondados por interlocutores do presidente para que ele disputasse a eleição, mas a articulação não avançou. Depois de anunciar a adesão ao Patriota, Jair Bolsonaro acabou escolhendo o PSL.
 
Assinaturas
A nova UDN é um dos 75 partidos em fase de criação, conforme o TSE. Segundo seu dirigente, o capixaba Marcus Alves de Souza, apoiadores já reuniram 380 mil assinaturas – são necessárias 497 mil para a homologação da legenda. O partido já tem CNPJ e diretórios em nove Estados, como exige a legislação eleitoral para a homologação. Ela tem em Brasília um de seus principais articuladores, o advogado Marco Vicenzo, que lidera o Movimento Direita Unida e coordena contatos com parlamentares interessados em aderir ao novo partido. A articulação envolveria ainda o senador Major Olímpio (PSL-SP), que nega.

Souza prefere não comentar as tratativas do partido que estão em curso. Ele, porém, admitiu que a intenção é criar o maior partido de direita do País. Como se trata de uma sigla nova, a legislação permite a migração de políticos sem que eles corram o risco de perder seus mandatos. “O único partido que tem o DNA da direita é a UDN. A gente não pode ter medo de crescer, mas com responsabilidade”, afirmou.

Souza deixou o Espírito Santo, onde atuou na Secretaria da Casa Civil do ex-governador Paulo Hartung, e mudou-se para São Paulo para concluir a criação da nova UDN, que adotou o mesmo mote de sua versão antiga: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. “Nosso sonho é que a UDN renasça grande e se torne o maior partido do Congresso”, afirmou seu presidente. Ele disse ainda que a legenda pretende apoiar o governo Bolsonaro e está aberta “para receber pessoas sérias do PSL e de qualquer partido”. 

Palácio
Procurada pelo Estado, a assessoria do Palácio do Planalto informou que não ia se manifestar sobre o assunto. A reportagem procurou ainda as assessorias do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), do deputado Eduardo Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro, mas nenhuma delas se manifestou.
Bivar, presidente da legenda, também foi procurado, mas não respondeu ao Estado

‘Sigla tem forte apelo popular’, diz historiador
Em processo de homologação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a UDN, sigla que pode abrigar o clã Bolsonaro, foi inspirada no partido que nasceu em 1945 para aglutinar as forças que se opunham à ditadura de Getúlio Vargas. Com o discurso de moralização da política e contra corrupção, a frente unia originalmente desde a Esquerda Democrática – que romperia um ano depois com a sigla e fundaria o Partido Socialista Brasileiro – a antigos aliados de Vargas, como o general Juarez Távora e o ex-governador gaúcho Flores da Cunha, rompidos com o ditador.

Em 1960, o partido apoiou a eleição de Jânio Quadros, eleito presidente, e, em 1964 , a deposição do governo de João Goulart. “O PSL é um partido de aluguel, já a UDN tem um apelo histórico e popular. Os Bolsonaros podem usar isso”, disse o historiador Daniel Aarão Reis, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Líderes
Ele lembra que a antiga UDN, embora “muito ideologizada”, tinha um perfil heterogêneo. O mesmo pode acontecer com a nova versão do partido. Enquanto a versão original da UDN tinha líderes como o brigadeiro Eduardo Gomes, o jurista Afonso Arinos e os ex-governadores Carlos Lacerda (Guanabara), Juracy Magalhães (Bahia) e Magalhães Pinto (Minas), a nova legenda tem potencial para atrair lideranças do DEM ao PSDB, passando pelo MBL.
Entre os políticos que são vistos como “sonho de consumo” da UDN em 2019 está o governador de São Paulo, João Doria, que descarta a ideia de deixar o PSDB.

O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

O cheiro do poder

O Exército está irritado com o filho, mas quem gerou a crise foi o pai presidente

Nunca antes neste País se viu uma mera troca de chefia do Centro de Comunicação do Exército (Cecomsex) se transformar num super evento, não apenas pela grande presença de militares e civis como também pela duração. O papo foi longe. O general que entra é Richard Nunes e o que sai é Otávio do Rêgo Barros, que virou porta-voz do presidente Jair Bolsonaro. Esse foi um chamariz para a solenidade e pesou também a eficiência e a gentileza no trato de Rêgo Barros com a mídia, mas o fator principal para o sucesso foi a força do Exército neste momento. Todo mundo sente o cheiro do poder.
Atenção: está-se falando especificamente do Exército, não genericamente dos militares ou das Forças Armadas. Aliás, uma curiosidade da transmissão de cargo é que, naquela selva verde, só havia uma farda azul da FAB e uma branca da Marinha. Eram os dois oficiais da imprensa nas duas Forças, que riam quando alguém brincava que pareciam “peixes fora d’água”.
O Exército está em alta. Ocupa quase todos os postos do Planalto e, além de não criar problemas, tem de resolver problemas criados pelos outros. Inclusive, ou principalmente, pelo próprio presidente e seus três filhos, o 01, o 02 e o 03. Numa fase da ditadura, quando cutucavam o presidente Figueiredo, ele ameaçava acionar o ministro do Exército, linha dura: “Chama o Pires!”. Agora, quando é preciso segurar os filhos do presidente, os generais gritam por um moderado: “Chama o Heleno!”.
No centro da festa, estavam justamente os generais Augusto Heleno, chefe do GSI e apagador-geral de incêndios da República, e Eduardo Villas Bôas, que o assessora no GSI. Ambos têm enorme responsabilidade para salvar o barco, que está sacudindo depois que o PSL foi flagrado fazendo peraltices e o filho 02 do presidente, Carlos Bolsonaro, desmentiu pelo twitter o ministro Gustavo Bebianno, presidente do partido nas eleições e agora sob risco de cair da Secretaria-Geral da Presidência e “voltar às origens”.

Todos ali sabiam que, num clima como esses, só uma pessoa tem coragem, legitimidade, respeito e jeito para alertar o presidente contra o excesso de poder dos filhos e para o excesso de problemas que eles estão jogando no colo do pai. Esta pessoa é Heleno. Os militares recorrem a ele, a quem cabe dizer verdades difíceis a Bolsonaro. Na crise de Bebianno, porém, quem matou a charada foi o Estado, ao recompor a cronologia da quarta-feira, que deveria ser de comemoração da alta de Bolsonaro e virou uma guerra entre o filho do presidente e um dos únicos civis com algum poder no Planalto.
E qual foi a charada? Os mundos político, militar e econômico passaram o dia crucificando Carlos Bolsonaro por ter tido a audácia e o voluntarismo de atacar um ministro. Mas a história é diferente. Primeiro, o presidente desmentiu Bebianno ao gravar a entrevista para a TV Record ainda no Hospital Albert Einstein. Só depois, enquanto o presidente voava para Brasília, Carlos divulgou o desmentido do pai pelo twitter, inclusive com o áudio em que ele se recusa a falar com Bebianno. Por fim, Bolsonaro retuitou o ataque de Carlos.

Ou seja: todo mundo incomodado, aflito e preocupado com o ato de Carlos, mas o problema era outro: não foi o filho quem gerou o problema, nem foi o pai quem tomou partido dele a posteriori. Foi o presidente quem atacou o ministro, Carlos só amplificou a posição do pai. Logo, Carlos não age da própria cabeça, ele é a voz do presidente.
Conclusões: 
1) desta vez, o problema não foi Carlos, foi Jair; 
2) Bebianno está frito, mas ele também tem muito óleo na frigideira; 
3) Se é assim com Bebianno, o que será com os demais? 
4) Heleno pode fazer queixa de Carlos para Jair, mas pode dar uma bronca no presidente?
 
Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo
 
 
 
 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Não fez bem ao capitão a pressa em reassumir a presidência

Saúde não rima com pressa - Os perigos do poder

Aconteceu o que médicos craques no assunto haviam previsto sob a condição de não serem identificados para não arranjar confusão.  Não fez bem ao capitão a pressa em reassumir a presidência da República ainda no leito de hospital onde se recupera de cirurgia.  Era para Bolsonaro deixar amanhã o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ou, no máximo, na quinta-feira.

Se tudo correr bem até lá, a alta só lhe será concedida na próxima segunda-feira. Rezem por ele, como pediu seu filho Carlos.  Ninguém que passou pelo que ele passou teria ido tão cedo para casa como foi depois de duas cirurgias em menos de 15 dias.  Mas haveria a terceira para a retirada da bolsa de colostomia. Que só agora foi feita para não atrapalhar sua agenda política.  Montou-se então às pressas uma unidade hospitalar na casa do capitão no Rio. E de lá ele continuou sua campanha a presidente.

Uma vez eleito, adiou-se a terceira cirurgia para que ele pudesse organizar o seu governo e, por fim, tomar posse.  Adiou-se mais uma vez para que voasse ao Fórum Mundial de Davos onde pagou o inesquecível mico do discurso de 6 minutos.
Para livrar-se do protagonismo do general Hamilton Mourão, Bolsonaro só o deixou no cargo de presidente em exercício durante dois dias.  Anunciou-se que 48 horas depois Bolsonaro começaria a despachar. Encenou-se o despacho com um assessor da Casa Civil.

Ao encenar-se outro, desta vez por videoconferência com o general Augusto Heleno, os médicos intervieram. Basta!  Proibiram Bolsonaro de falar para não acumular gases. Proibiram de ver televisão. Reduziram as visitas ao mínimo.  Por isso ou por aquilo outro, ele apresentou sintomas de infecção e está sendo tratado à base de antibióticos. Não está descartada uma quarta cirurgia, conforme admitiu seu porta-voz.

O poder é algo tão inebriante que os poderosos preferem muitas vezes pôr a vida em risco a abrir mão dele mesmo que temporariamente.  A história está repleta de exemplos disso por aqui. Foi assim com o ex-ministro da Justiça Petrônio Portela em janeiro de 1980. Ele escondeu que era cardíaco.
Foi assim também com o presidente Tancredo Neves em 1985. Para tomar posse, ele escondeu a infecção intestinal que o mataria.
Que o capitão tenha melhor sorte. Creio que é o desejo de todos, independentemente de ideologia, religião e demais diferenças. [e aos católicos vale pedir a São Guido de Anderlecht - protetor contra as doenças do aparelho digestivo - pela imediata, pronta e completa recuperação de Jair Bolsonaro.]

Blog do Noblat - Veja

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Bolsonaro passa por cirurgia para retirar bolsa de colostomia

Presidente deve ficar dez dias internado; durante 48h, Mourão assumirá o governo


A cirurgia de Jair Bolsonaro para retirada da bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal começou por volta das 7h desta segunda 28 e deve durar de três a quatro horas. Este será o terceiro procedimento operatório em quatro meses, desde que o presidente levou uma facada no abdômen durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG) há 144 dias.

A previsão inicial era que a cirurgia fosse realizada a partir das 6h. No domingo, em vídeo, o presidente citou que seria às 7 horas. O processo deve durar de três a quatro horas e será executado por três cirurgiões, dois anestesistas e uma instrumentadora irão executar o procedimento. Os gastroenterologistas Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, Julio Gozani e Rodolfo Di Dario são os cirurgiões responsáveis pela cirurgia. O presidente deverá ficar no Hospital Albert Einstein, onde está internado desde a manhã de domingo 27, por cerca de 10 dias. Um boletim médico será divulgado somente após a cirurgia.

Neste domingo 27, os exames laboratoriais e de imagem pré-operatórios indicaram normalidade, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, na capital paulista. A estimativa é que após as primeiras 48 horas da cirurgia, o presidente volte ao trabalho no próprio hospital.

Governo
Por 48 horas, a partir desta segunda-feira (28), o vice-presidente, Hamilton Mourão, assumirá o exercício da Presidência da República, durante a recuperação do presidente. Mourão deverá conduzir amanhã (29) a reunião ministerial, que Bolsonaro passou a realizar uma vez por semana no Palácio do Planalto.  A informação foi confirmada pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.

Segundo ele, Mourão exercerá a Presidência no período da cirurgia e por 48 horas após o procedimento cirúrgico.  Rêgo Barros disse que deverá haver briefings diários no hospital para detalhar o estado de saúde do presidente e as atividades previstas para o dia seguinte. Os boletins médicos de Bolsonaro serão emitidos pelo Albert Einstein, porém a divulgação ficará sob “tutela” do porta-voz.
Após 48h, o presidente pretende trabalhar no hospital, onde foi organizada uma espécie de gabinete para ele: com equipamentos, dispositivos técnicos e local adequado para despachos com autoridades.

Agência Brasil e Estadão Conteúdo


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Maria do Rosário, que passou a maior parte da vida defendendo delinquentes, pergunta num artigo quem defende bandidos


 Resposta fácil

“A experiência política realizada por gerações retrocede muitos tempos com os “Bolsos” no poder. Em vinte e poucos dias de governo, dá pra ver uma espécie de família da casa grande, que é contra pobres, negros, índios e mulheres“.
 (Maria do Rosário, deputada federal do PT gaúcho, num artigo intitulado “Quem, afinal, defende bandidos?”, fingindo ignorar que a resposta certa é: gente como Maria do Rosário)


Coluna do Augusto Nunes - Veja

Bolsonaro não quer dar a Bic para Mourão

Mourão faz sombra

O general Hamilton Mourão que assumiu a presidência da República esta semana está a anos-luz daquele personagem meio doidão da campanha que defendeu reformas constitucionais sem Congresso e outras propostas estranhas. De lá para cá, Mourão deu dezenas de entrevistas, passou a ser mais contido e menos radical nas declarações, encheu a agenda de conversas com empresários, investidores e embaixadores estrangeiros e ficou até mais simpático – inclusive com a imprensa, que costuma ser hostilizada pela família Bolsonaro. [o lamentável na mudança de comportamento do general Mourão é que durante a campanha, por estar mais próximo do povo, percebia que muitas mudanças no Brasil são necessárias e em sua maior parte mão aguentam esperar o jogo político - precisam ser apressadas;

naquela época tinha consciência que realizar mudanças com a legislação atual é algo impossível e agora, no poder, esqueceu que o quadro daquela época não melhorou, ao contrário, as mudanças se tornaram mais urgentes.
Vivemos em um Brasil em que as pessoas são condenadas, execradas, sem sequer haver acusação formal.
Isto pode permanecer assim? 
A situação atual do Brasil, com pessoas sendo 'cristianizadas' por parte da Imprensa, está mais para Cuba do que para uma democracia.

Ajustes são necessários, ainda que no estilo 'freio de arrumação'.]


Nesta interinidade, por exemplo, quase ao mesmo tempo em que, em Davos, o presidente Jair Bolsonaro mandava cancelar uma coletiva por não ter gostado de ser interpelado por jornalistas sobre as peripécias do filho Flávio, Mourão postava mensagem delicada e gentil no Twitter saudando e cumprimentando os setoristas do Planalto ”pela dedicação, entusiasmo e espírito profissional”. Não deixou de falar um só dia.

Ainda nesta semana com a Bic na mão, quando resolveu, decorosamente, despachar de seu gabinete longínquo no Anexo 2 e dispensou a cadeira presidencial, Mourão deu uma ajuda na negociação da reforma da Previdência. Defendeu que os militares sejam, sim, incluídos, e passem a contribuir por 35 anos, em vez de 30, e paguem desconto previdenciário nas pensões. Foi atropelado por uma declaração de Bolsonaro na Montanha Mágica informando que os militares entrarão só numa segunda etapa da reforma. Mas quase virou negociador.

O que deu nesse general? – indaga Brasília. Ninguém sabe, e é até possível que a versão amena de Mourão venha a ser a mais próxima do real. Mais provável, porém, é que o general, um sujeito reconhecidamente bem preparado intelectualmente, esteja olhando em volta e avaliando que, pelo sim, pelo não, não custa nada se posicionar na pista. [Bolsonaro recebeu quase 60.000.000 de votos para ser presidente do Brasil.

O general Mourão tem pleno conhecimento que tais votos, pela legislação brasileira, se estendem ao candidato a vice da chapa presidencial vencedora, resultando:
- o candidato a presidente é eleito presidente da República Federativa do Brasil;
- o candidato a vice-presidente, na mesma chapa, é eleito vice-presidente da República Federativa do Brasil.


Aos que vêem conspiração em tudo é bom que tenham em conta que a postura, o caráter, a índole do general Mourão garantem que ele jamais será um conspirador - ouso supor que Mourão está entre aqueles que considera conspirar contra o titular,  um ato de traição.] 
 
Sofreria das faculdades mentais o vice que, antes de um mês de governo, começasse a sonhar em ocupar em definitivo o lugar do titular. Não há o mais mínimo vestígio de que Mourão esteja se movimentando para conspirar contra Bolsonaro. Dar uma lustrada na imagem e mostrar-se viável, porém, é outra coisa…
Talvez por isso – pelo sim, pelo não o presidente Jair Bolsonaro, que chega direto de Davos para o Hospital Albert Einstein, onde fará a cirurgia de reversão da colostomia, tenha decidido não se licenciar nesse período. 

 Vai montar um gabinete presidencial no Einstein, para onde já convocou os ministros palacianos e de onde despachará por dez dias. Não vai tão cedo entregar a Bic de novo para Mourão.

Helena Chagas, jornalista - Blog do Noblat - Veja




quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Como se eu fosse o pior bandido do mundo’, diz Queiroz sobre Coaf

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro afirma ao ‘Estado’ que passou mal após ver a exposição de seu nome na imprensa

Ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz disse nesta terça-feira, 8, ao Estado que esclarecerá “em breve” as movimentações atípicas em sua conta apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ele, porém, não disse quando iria dar as explicações e reclamou de, em suas palavras, ter sido tratado como “o pior bandido do mundo”.   “Após a exposição de minha família e minha, como se eu fosse o pior bandido do mundo, fiquei muito mal de saúde e comecei a evacuar sangue. Fui até ao psiquiatra, pois vomitava muito e não conseguia dormir”, disse o ex-assessor, que também é policial militar da reserva. “Estou muito a fim de esclarecer tudo isso. Mas não contava com essa doença. Nunca imaginei que tinha câncer.” [pessoal! o ex-assessor, seja honesto ou desonesto, 'esperto' (tipo Lula = que acha que é esperto e pode tudo e descobre que é burro, não sabe de nada e  de acostumado a moleza dos palácios, consegue passar um Natal e uma virada de ano, de muitas que o esperam, preso, sem direito sequer a ceia.) ou esperto de verdade, o fato é que o ser humano FABRÍCIO QUEIROZ está com câncer, doença séria, no caso dele há indícios de complicações que só agravam o que por si só já é de extrema gravidade, por isso, merece respeito e ser tratado com dignidade, no mínimo, até sua completa recuperação.
Até Lula e Dilma, quando estavam com câncer receberam tratamento mais humano por parte da imprensa, menor pressão.]
 
Alegando fortes dores, o ex-assessor atribuiu os problemas detectados recentemente em sua saúde à exposição do caso Coaf na imprensa. As dores, segundo ele, o teriam feito faltar a depoimentos marcados pelo Ministério Público. 

Queiroz foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno no intestino, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde 30 de dezembro, e teve alta nesta terça-feira. Ele disse que pagou a conta dos serviços médicos com recursos próprios e declarou ter recibo para comprovar, mas quis dizer quanto custou. 

O ex-assessor disse que dará as explicações apenas ao MP “por respeito” ao órgão, mas não informou a data. “Vocês saberão. Vocês sempre sabem de tudo”, disse à reportagem. [sobre saber de tudo, os vazamentos sobre as 'movimentações atípicas' do Queiroz, configuram crime de, no mínimo, sigilo bancário e/ou fiscal; 
não vão ser investigados?
ministro Sérgio Moro o Coaf é área do seu ministério e lei tem que começar a ser cumprida de 'casa'.
Tudo tem que ser investigado e comprovado a prática de crime, os autores tem que ser punidos.] Queiroz afirmou que ficará em repouso em São Paulo nos próximos dias e, a partir de 21 de janeiro, fará sessões de quimioterapia. Elas poderão durar de três a seis meses.  

O ex-assessor também reclamou do tratamento da imprensa no caso. “A mídia está fazendo o papel dela, mas está superparcial em meu caso. Isso é muito feio.” Também declarou que muitos acham que sua doença é mentira e enviou ao Estado uma foto em que aparece com uma cicatriz na barriga e um cateter.

Movimentações. O relatório que apontou as movimentações financeiras nas contas de Queiroz, revelado pelo Estado, foi produzido pelo Coaf na Operação Furna da Onça, conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal para investigar corrupção na Assembleia Legislativa do Rio. A ação resultou na decretação da prisão de dez deputados.  A investigação das movimentações suspeitas, porém, foi transferida para o Ministério Público do Estado do Rio porque podem envolver deputados estaduais. Mais de 70 assessores ou ex-assessores de 22 parlamentares são investigados.

O relatório do Coaf mostra que Queiroz recebeu, na conta bancária, depósitos regulares de outros assessores de Flávio Bolsonaro, feitos na maioria das vezes em datas próximas ao pagamento dos funcionários da Alerj. Uma das suspeitas é a de “cotização” – quando ocupantes de cargos de confiança em gabinetes repassam ao parlamentar a maior parte ou a totalidade dos salários. Tanto Queiroz como Flávio negam a existência de irregularidades. 

(...)

Ausências
Queiroz foi chamado para depor duas vezes no Ministério Público do Rio, mas faltou em ambas as ocasiões alegando questões de saúde. Em entrevista ao SBT, ele justificou a renda detectada na conta dizendo que “fazia dinheiro” com a compra e revenda de carros.  O advogado do ex-assessor de Flávio, Paulo Klein, disse que irá juntar os documentos que comprovam suas afirmações na investigação do MP, “campo adequado para apuração dos fatos”. “Assim que Fabrício for liberado pelos médicos, vou me reunir com ele e bater ponto a ponto as questões e ver a documentação relacionada. Por ora, o foco total é na saúde dele e na recuperação.” 

O MP do Rio já sugeriu o comparecimento de Flávio Bolsonaro – filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro – para depor ao órgão nesta quinta-feira, 10. Por prerrogativa do cargo parlamentar, porém, ele pode escolher data, hora e local para prestar depoimento.  

MATÉRIA COMPLETA, em O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

‘Não precisamos de fake news para combater Haddad’, diz Bolsonaro

Candidato do PSL negou relação com disparos de notícias falsas no WhatsApp, que teriam sido pagos por empresários bolsonaristas


O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, negou na noite desta quinta-feira, 18, por meio de uma transmissão ao vivo no Facebook, que sua campanha tenha relação com notícias falsas disseminadas no WhatsApp e redes sociais contra seu adversário, Fernando Haddad, do PT.

O jornal Folha de S. Paulo publicou que empresários bolsonaristas pagaram a empresas para espalhar boatos e informações negativas sobre Haddad no aplicativo de mensagens instantâneas. A prática configuraria caixa dois, isto é, doações à campanha de Bolsonaro não declaradas à Justiça Eleitoral. O presidenciável petista e o PDT vão à Justiça para pedir a cassação da candidatura do pesselista.  Não tem prova de nada, é a Folha jogando nesse time do Haddad. Nós não precisamos de fake news para combater o Haddad, as verdades são mais que suficientes. Todos se lembram de 13 anos do PT, aí sim: caixa dois, corrupção generalizada, assalto a estatais, quebra de fundos de pensão, doação de dinheiro do BNDES a ditaduras. Esse é o PT, nós não precisamos fazer fake news contra eles”, declarou Jair Bolsonaro no vídeo.

O capitão da reserva do Exército também negou ter pedido pessoalmente a empresários que financiassem o disparo de mensagens contra Haddad. O petista diz ter indícios de que o adversário solicitou ajuda. Desde o dia 6 de setembro, estou fora de combate. Foram 23 dias dentro do hospital. Estou há poucos dias em casa, não fiz jantar e almoço com ninguém. Dei apenas cinco saídas: uma eu fui no Bope, uma ida na Polícia Federal, uma para visitar o cardeal Dom Orani Tempesta e duas vezes eu fui no banco, um vez eu fui no caixa 2 do banco, por coincidência”, ironizou.

Bolsonaro afirmou que tem sido alvo de notícias falsas na campanha e citou boatos que lhe atribuem propostas de acabar com o Ministério da Educação, com o 13º salário e o Bolsa Família, liberar a caça e instituir aulas à distância no ensino fundamental. “Isso é coisa de um canalha, um vagabundo canalha”, criticou.

Participação em debates
Após o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, confirmar que Jair Bolsonaro não participará dos debates eleitorais na TV, o presidenciável disse na transmissão no Facebook que não debateria com um “poste”. Ele relatou ter sido examinado hoje em sua casa por médicos do Hospital Albert Einstein, que, de acordo com o deputado, avaliaram que ele está apto com restrição e recomendaram que ele não faça “esforço prolongado”.
“Estou com uma bolsa do lado aqui, pra não ter dúvida. Vocês sabem o que tem aqui dentro né?”, afirmou Bolsonaro, suspendendo a camiseta e mostrando a bolsa de colostomia que ele recebeu após sofrer uma facada no abdômen, em setembro. (veja abaixo).

Eu posso ter um problema com a bolsa de colostomia, para debater com um poste? Ele vai falar ‘eu vou botar no ministério tal e tal pessoa’. Ele não vai botar nada, quem vai botar é o Lula”, atacou.
Jair Bolsonaro afirmou ainda que iria nesta quinta-feira a São Paulo, mas desistiu por “estratégia de segurança”.   
“Se por ventura eu desistir da campanha ou vier a morrer, segundo a Constituição o terceiro classificado vem disputar com o segundo, então teremos um segundo turno com Haddad e Ciro. Eu iria a São Paulo no dia de hoje, mas fui recomendado por questão de estratégia e segurança, a não ir, porque ao pousar em São Paulo teria um deslocamento e poderia sofrer um atentado, seria o ideal para esses que estão aí”.

Revista Veja

 

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Resta ao PT torcer por Alckmin

O preço da arrogância e da incúria

Seria ingenuidade pedir ao PT ou a qualquer outro partido que admitisse seus erros passados em plena campanha eleitoral ou às vésperas dela. Mas o PT teve tempo suficiente para pedir desculpas bem antes, e não pediu.  Deixou o eleitor sem saída: ou ele engolia a seco os erros não confessados e votava no PT ou simplesmente negava seu voto ao partido. É o que acontece, segundo as pesquisas de intenção de voto para presidente.  O transplante de votos de Lula para Fernando Haddad se deu a uma velocidade que surpreendeu os adversários. É possível que tenha acabado. O transplante da rejeição a Lula e ao PT ainda está em curso.

A quatro dias da eleição, resta ao PT acender velas para que Geraldo Alckmin (PSDB) cresça ou se mantenha como está, represando preciosos votos que poderiam eleger Jair Bolsonaro (PSL) direto no primeiro turno.  Alckmin ainda se mexe, embora respire por meio de aparelhos. Conforme-se o PT em apanhar dele hoje e amanhã, quando acaba no rádio e na televisão a propaganda eleitoral. Até torça para apanhar.  Por fim, cuide-se o PT para que Haddad não proceda mal no debate entre os candidatos nesta quinta-feira, o último e o mais decisivo da atual temporada. Fora isso, não terá muito mais o que fazer.

O medo de apanhar ao vivo e a cores
O dilema do capitão
Se ouvir o conselho dos amigos mais próximos e atender à recomendação dos médicos que o trataram no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o deputado Jair Bolsonaro não irá ao debate entre candidatos a presidente promovido pela TV Globo nesta quinta-feira. A apanhar de corpo presente, escolherá apanhar de longe, acompanhando tudo pela televisão instalada no quarto de sua casa, no Rio, onde se recupera da facada que levou em Juiz de Fora. Em 2006, quando Lula fugiu ao debate da Globo no primeiro turno, o lugar dele ficou vago. [Lula se acovardou e fugiu ao debate; o deputado Jair Bolsonaro tem ordens médicas, expressas, para não comparecer, visto que sofreu duas cirurgias de grande porte.
Não é possível comparar uma ausência motivada por covardia com outra motivada por obediência a  recomendações médicas.]

Não se sabe se no caso de Bolsonaro ficaria. A situação dele é outra. De casa, Bolsonaro sempre poderá responder aos ataques por meio das redes sociais. É seu ambiente preferido. É onde se sente seguro, protegido. De todo modo, seria tentador para ele comparecer ao debate em uma maca e ligado a aparelhos.

Blog do Noblat - Veja