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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Receita protege mais de 72.000 contra bisbilhotices – mas STF fica de fora

Por falha do CNJ e do CNMP, juízes e desembargadores não estão inseridos na lista de pessoas expostas politicamente 

Por omissão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Superior do Ministério Público (CNMP), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), desembargadores, juízes, promotores e procuradores não têm seus dados fiscais blindados com mecanismos extras de segurança na Receita Federal. Ao todo, o Fisco confere guarida especial a 72.102 contribuintes politicamente sensíveis, como vereadores, deputados, senadores, funcionários de órgãos estratégicos, como a Presidência da República, além do presidente Jair Bolsonaro, mas não protege da mesma forma juízes e membros do MP. O motivo: o CNJ e o CNMP não encaminharam aos órgãos de controle a lista completa de todas essas autoridades. Sem saber quem são elas nominalmente, a Receita simplesmente as coloca no mesmo universo dos outros milhões de contribuintes comuns. [cadê a tão decantada transparência? se é para ser transparente todos devem ser. Só que apesar da tal transparência, o presidente da República foi obrigado por decisão do Supremo Tribunal Federal, em atendimento ao pedido de um partideco - desses sem votos, sem programa de governo, sem parlamentares, sem noção e que se borram com a 'cláusula de barreira' - a divulgar um atestado médico = documento que só interessa ao paciente e aos médicos que o assistem. Estamos aproveitando o gancho da matéria, já que a transparência em comento é a para  fiscais. Mas se documentos referentes a saúde do presidente da República são divulgados - em nome da transparência - não é justo que só documentos fiscais estejam a salvo da visibilidade de indiscrições.]

Há dois efeitos principais decorrentes desta falha. Primeiro, ministros do STF, por exemplo, podem ser alvo de devassas dentro da Receita que, diluídas no amontoado de brasileiros comuns, ficam mais difíceis de serem identificadas. Em segundo lugar, podem fazer transações heterodoxas que, sem o olho atento da autarquia, correm o risco de passar despercebidas. O ideal era que o grupo estivesse inserido entre as mais de 72.000 pessoas expostas politicamente, ou PEPs, mas o Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu, após conduzir uma auditoria sigilosa, que a realidade não é bem esta.

Na melhor das hipóteses, quando um funcionário da Receita se depara com dados de uma autoridade da cúpula do Judiciário, ele preenche – manualmente que aquele contribuinte específico deveria estar sob o guarda-chuva das PEPs. Por se tratar de uma correção quase que artesanal, o sistema continua sujeito a falhas. Há outro fator que facilita a devassa nem sempre justificada: se uma pessoa recebeu acima de 500.000 reais em renda não tributável, ela cai na lista. Foi o que aconteceu com uma juíza de Brasília que recebeu uma herança, por exemplo. [qual o inconveniente de uma devassa se o devassado for inocente? no caso da juíza por estar em dia com o Fisco, não sofreu nenhum prejuízo.

Em 2019, VEJA revelou outro episódio de irregularidade no Fisco: o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi alvo de uma fiscalização da Receita para identificar possíveis focos de “corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência”. Não havia indícios de irregularidades do magistrado, e a devassa foi ampliada também para outras 19 pessoas ligadas a ele e cinco empresas das quais o juiz ou sua esposa figuravam como sócios. Dois auditores fiscais envolvidos no episódio foram afastados e, meses depois, um dos supervisores da equipe acabou preso sob a acusação de cobrar propina para livrar empresas de autuações fiscais. [ainda que indevida, qual o prejuízo que o ministro teve com a devassa em suas contas e nas de empresas e pessoas ligadas a ele? ao que se sabe nenhum.]

Na Receita e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), quando são acessadas informações confidenciais de PEPs, o sistema emite alertas e travas, como a necessidade de os dados só serem coletados com o aval de diversas cadeias de comando, e impede a geração automática de relatórios de inteligência financeira (RIF) contra pessoas com foro privilegiado. Apenas no ano passado, a Coordenação-geral de Pesquisa e Investigação (Copei), que funciona como unidade de inteligência da Receita, recebeu 740 RIFs expedidos pelo Coaf, concluiu 24 procedimentos fiscais relacionados a contribuintes expostos politicamente e cobrou cerca de 90 milhões de reais em tributos dessas autoridades.[se percebe pelos resultados acima, que as ações da Receita e do Coaf são exitosas e só desagradam aos que devem - assim devem permanecer e nos raros casos em que ocorram de inocentes serem devassados e apresentarem resultados que se revelam, posteriormente, indevidos, os responsáveis sejam punidos.] 

VEJA - Política

 

sábado, 6 de abril de 2019

Receita aciona PF após acesso a dados do presidente

A Receita Federal informou nesta sexta (5) que acionou a Polícia Federal após identificar o acesso de dois servidores a informações fiscais do presidente Jair Bolsonaro e integrantes de sua família.

domingo, 18 de março de 2018

Ocultar patrimônio é quebra de decoro parlamentar? Romário lança pré-candidatura ao governo do Rio

Justiça identificou imóveis em nome de terceiros para evitar o pagamento de dívidas

Romário lança pré-candidatura ao governo do Rio, e aliados evitam falar sobre ocultação de patrimônio

O senador Romário (Podemos) lançou, ontem, sua pré-candidatura ao governo do Rio, ao lado do pré-candidato à Presidência pelo partido, senador Álvaro Dias (PR), e da presidente da legenda, deputada Renata Abreu (SP), em evento no Club Municipal, na Tijuca.No ato, houve um clima de constrangimento entre aliados de Romário ao serem questionados sobre as acusações de ocultação de patrimônio milionário, identificados pela Justiça. No mês passado, O GLOBO revelou que o senador mantém imóveis em nome de terceiros para evitar o pagamento de dívidas.

Em discurso breve, Romário anunciou que será candidato, ressaltou que não tem experiência administrativa e reconheceu que a situação do estado é “caótica”. Apesar de criticar a corrupção no estado, não citou nominalmente nenhum dos adversários acusados de desvios e presos. — Eu posso afirmar a vocês que, por mais que eu não tenha experiência como muitos que estão aí, eu sou um cara de caráter, sou um cara que cumpro aqui o que eu falo. Por isso, sou acostumado a falar pouco e fazer poucas promessas — disse Romário, citando intenção de atuar na saúde, educação e segurança pública.
Antes do ex-atacante, o senador Álvaro Dias fez um discurso em linha com sua trajetória política de combate à corrupção, destacando a importância da ética na política.

APARTAMENTOS IDENTIFICADOS PELA JUSTIÇA
O ex-jogador ocultou bens nos últimos anos para evitar o pagamento de dívidas reconhecidas pela Justiça. Dois apartamentos na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, já foram identificados em juízo e vão ser usados para amortizar parte do que é devido por Romário. Uma casa em um condomínio de luxo no mesmo bairro e um carro importado deverão ser os próximos da lista. Os bens mapeados — todos estiveram ou ainda estão oficialmente registrados em nome de terceiros — são avaliados em R$ 9,6 milhões.


O mecanismo para esconder bens e burlar credores foi explicitado pela juíza Érica de Paula Rodrigues da Cunha, da 4ª Vara Cível da Barra, ao analisar o caso dos imóveis localizados na orla da Barra. “O expediente é tal flagrante que não pode ser ignorado. Não é preciso maior dilação para se concluir pela ocultação de patrimônio para fraudar credores”, escreveu a magistrada em despacho de outubro do ano passado.

DIAS: “NÃO HÁ OCULTAÇÃO”
Após o anúncio da pré-candidatura, Dias disse que acreditou na versão de Romário para os fatos e que não viu nenhum ilícito por parte do colega. O ex-jogador negou que fosse donos dos imóveis e que parte deles estava no nome de uma empresa onde ele é o sócio majoritário.  O pré-candidato à Presidência pelo Podemos, porém, ficou visivelmente incomodado ao ser questionado pelos jornalistas.  — Todos sabem que o Romário foi um grande jogador de futebol, deve ter ganho muito dinheiro, tem patrimônio, mas tudo declarado segundo ele. Não há ocultação de patrimônio, pode ser transferência de patrimônio para a família, isso é normal — disse Dias, evitando se estender nas argumentações.

Quando foi confrontado sobre a decisão judicial que provava a ocultação de patrimônio, o senador disse que não queria mais falar sobre o assunto. Eu não sou da polícia, não sou da Justiça, não sou da Receita Federal. Acho que a gente está com o foco equivocado. Eu achei a explicação dele convincente — afirmou, encerrando o debate.


A presidente do partido, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), também não quis fazer comentários, alegando que não tinha conhecimento dos fatos.  — Eu estou muito focada nas chapas (nos estados) e não acompanhei. Não tenho conhecimento dos fatos. Não acompanhei. Naõ sei nem do que se trata e só vi uma mensagem por cima — disse, indicando que as perguntas deveriam ser feitos ao senador Romário.
O ex-jogador, porém, driblou os jornalistas e saiu por um elevador que ficava junto à entrada do banheiro do Club Municipal, na Tijuca.

O Globo

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PESADELO!!! Lula cogita recorrer à Justiça no caso do tríplex



Lula discute com seus advogados a hipótese de recorrer à Justiça para tentar afastar o promotor Cássio Conserino da investigação sobre a propriedade do tríplex no Guarujá. Nesta terça-feira, o Conselho Nacional do Ministério Público avalizou a atuação de Conserino, mantendo-o à frente do caso. A decisão foi unânime —14 votos a zero.


 PAIXÃO PESADELO

Revogou-se, assim, a decisão que suspendera os depoimentos de Lula e sua mulher, marcados para o último dai 17. Conserino está livre para agendar nova data para inquirir a dupla. O promotor já disse ter reunido elementos para denunciar Lula por ocultação de patrimônio. A defesa sustenta que lhe falta isenção.

Falta algo também a Lula: um lote de boas explicações. Avolumam-se as evidências de que a construtora OAS reformou o tríplex para o ex-presidente e sua mulher. Participou também das reformas de um sítio em Atibaia, que Lula usa como se fosse seu. Ou Lula se explica ou continuará pendurado nas manchetes de ponta-cabeça.

Ainda que consiga protelar a investigação da Promotoria paulista, Lula terá de prestar contas em inquéritos abertos em Curitiba, no âmbito da Lava Jato — um sobre o tríplex, outro sobre o sítio. Ali, quem regula o andamento dos procedimentos é o doutor Sérgio Moro.

Fonte: Blog do Josias de Souza