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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Dias Toffoli, o ministro dos amigos suspeitos

A Polícia Federal aponta ligações entre Dias Toffoli e investigados na Operação Lava-Jato; Ministério Público quer o afastamento do magistrado

Reportagem de VEJA desta semana revela o conteúdo do relatório da Polícia Federal sobre a perícia nos telefones dos investigados na Operação Custo Brasil, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato. No celular do ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, os investigadores encontraram mensagens que mostram as relações entre ele, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli e participantes do esquema de corrupção que desviou mais de 100 milhões de reais do Ministério do Planejamento. 

Com base nessas informações levantadas pela PF, procuradores de São Paulo sugeriram o afastamento de Toffoli do caso no STF. A questão foi remetida ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem cabe decidir se segue ou não o entendimento dos colegas paulistas. Não é a primeira vez que o ministro aparece enredado em histórias nas quais seu caminho se cruza com o de amigos investigados. Em maio de 2015, VEJA revelou o teor de um relatório da Polícia Federal sobre mensagens encontradas nos telefones de Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, e um dos artífices do petrolão. Amigos, o ministro e o empreiteiro trocavam presentes — e favores.

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domingo, 21 de agosto de 2016

Dias Toffoli, ministro do STF é denunciado em delação premiada de ex-presidente da OAS

Ex-presidente da OAS delata ministro do STF Dias Toffoli

Em proposta de colaboração com a Justiça, Léo Pinheiro fala de suas relações com o magistrado e de uma obra em sua “mansão de revista”

Era um encontro de trabalho como muitos que acontecem em Brasília. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e o empreiteiro José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, então presidente da construtora OAS, já se conheciam, mas não eram amigos nem tinham intimidade. No meio da conversa, o ministro falou sobre um tema que lhe causava dor de cabeça. Sua casa, localizada num bairro nobre de Brasília, apresentava infiltrações e problemas na estrutura de alvenaria. De temperamento afável e voluntarioso, o empreiteiro não hesitou. Dias depois, mandou uma equipe de engenheiros da OAS até a residência de Toffoli para fazer uma vistoria. Os técnicos constataram as avarias, relataram a Léo Pinheiro que havia falhas na impermeabilização da cobertura e sugeriram a solução. É um serviço complicado e, em geral, de custo salgado. O empreiteiro indicou uma empresa especializada para executar o trabalho. Terminada a obra, os engenheiros da OAS fizeram uma nova vistoria para se certificarem de que tudo estava de acordo. Estava. O ministro não teria mais problemas com as infiltrações — mas só com as infiltrações.

 INFILTRAÇÃO - Dias Toffoli: o ministro reafirmou que conhece o empreiteiro e garante que não pediu nem recebeu nada dele (Carlos Humberto/SCO/STF/VEJA)

A história descrita está relatada em um dos capítulos da proposta de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, apresentada recentemente à Procuradoria-Ge­ral da República e à qual VEJA teve acesso. Condenado a dezesseis anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no escândalo do petrolão, Léo Pinheiro decidiu confessar seus crimes para não passar o resto dos seus dias na cadeia. Para ganhar uma redução de pena, o executivo está disposto a sacrificar a fidelidade de longa data a alguns figurões da República com os quais conviveu de perto na última década. As histórias que se dispõe a contar, segundo os investigadores, só são comparáveis às do empreiteiro Marcelo Odebrecht em poder destrutivo. No anexo a que VEJA teve acesso, pela primeira vez uma delação no âmbito da Lava-Jato chega a um ministro do Supremo Tribunal Federal.

No documento, VEJA constatou que Léo Pinheiro, como é próprio nas propostas de delação, não fornece detalhes sobre o encontro entre ele e Dias Toffoli. Onde? Quando? Como? Por quê? Essas são perguntas a que o candidato a delator responde apenas numa segunda etapa, caso a colaboração seja aceita. Nessa primeira fase, ele apresenta apenas um cardápio de eventos que podem ajudar os investigadores a solucionar crimes, rastrear dinheiro, localizar contas secretas ou identificar personagens novos. É nesse contexto que se insere o capítulo que trata da obra na casa do ministro do STF.

Tal como está, a narrativa de Léo Pinheiro deixa uma dúvida central: existe algum problema em um ministro do STF pedir um favor despretensioso a um empreiteiro da OAS? Há um impedimento moral, pois esse tipo de pedido abre brecha para situações altamente indesejadas, mas qual é o crime? Léo Pinheiro conta que a empresa de im­per­mea­bi­li­za­ção que indicou para o serviço é de Brasília e diz mais: que a correção da tal impermeabilização foi integralmente custeada pelo ministro Tof­fo­li. Então, onde está o crime? 

 A questão é que ninguém se propõe a fazer uma delação para contar frivolidades. Portanto, se Léo Pinheiro, depois de meses e meses de negociação, propôs um anexo em que menciona uma obra na casa do ministro Toffoli, isso é um sinal de que algo subterrâneo está para vir à luz no momento em que a delação for homologada e os detalhes começarem a aparecer.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

PESADELO!!! Lula cogita recorrer à Justiça no caso do tríplex



Lula discute com seus advogados a hipótese de recorrer à Justiça para tentar afastar o promotor Cássio Conserino da investigação sobre a propriedade do tríplex no Guarujá. Nesta terça-feira, o Conselho Nacional do Ministério Público avalizou a atuação de Conserino, mantendo-o à frente do caso. A decisão foi unânime —14 votos a zero.


 PAIXÃO PESADELO

Revogou-se, assim, a decisão que suspendera os depoimentos de Lula e sua mulher, marcados para o último dai 17. Conserino está livre para agendar nova data para inquirir a dupla. O promotor já disse ter reunido elementos para denunciar Lula por ocultação de patrimônio. A defesa sustenta que lhe falta isenção.

Falta algo também a Lula: um lote de boas explicações. Avolumam-se as evidências de que a construtora OAS reformou o tríplex para o ex-presidente e sua mulher. Participou também das reformas de um sítio em Atibaia, que Lula usa como se fosse seu. Ou Lula se explica ou continuará pendurado nas manchetes de ponta-cabeça.

Ainda que consiga protelar a investigação da Promotoria paulista, Lula terá de prestar contas em inquéritos abertos em Curitiba, no âmbito da Lava Jato — um sobre o tríplex, outro sobre o sítio. Ali, quem regula o andamento dos procedimentos é o doutor Sérgio Moro.

Fonte: Blog do Josias de Souza

sábado, 30 de janeiro de 2016

Triplex do Lula: OAS gastou R$ 380 mil em mobília

Empreiteira OAS gastou até R$ 380 mil em mobília de tríplex em São Paulo

Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia

 A construtora OAS pagou até mesmo eletrodomésticos da cozinha de um tríplex do Guarujá (SP) que pertenceria ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo investigadores, a empresa adquiriu geladeira, no valor de R$ 10 mil; forno de micro-ondas, R$ 5 mil; tampo de pia de resina americana, R$ 50 mil; e forno elétrico, R$ 9 mil, do imóvel que está sob investigação da Operação Lava-Jato e do Ministério Público de São Paulo por suspeita de ter sido usado para pagamento de propina. A cozinha e o quarto teriam custado à empreiteira R$ 380 mil.

 Oficialmente, o imóvel está em nome da OAS, mas há indícios de que pertence ao ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia. O promotor Cássio Conserino, do MP-SP, intimou o casal para prestar depoimento sobre o tríplex no próximo dia 17 a partir de depoimentos que revelaram a presença de Marisa Letícia supervisionando a obra. Todo o apartamento foi reformado pela construtora em obra que teria custado R$ 777 mil. A empreiteira é alvo da Operação Lava-Jato sob a acusação de ter pagado propina em troca de obras na Petrobrás.

Os eletrodomésticos da cozinha do tríplex, segundo investigadores, foram adquiridos pela OAS na loja Kitchens na Avenida Faria Lima, em São Paulo. Um sítio em Atibaia, no interior paulista, que também pertenceria ao ex-presidente, recebeu cozinha planejada da mesma loja que custou R$ 180 mil. A contratação da Kitchens pela OAS para mobiliar o apartamento 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá, foi revelada pelo site O Antagonista. O site também informa que a cozinha do sítio foi bancada pela mesma empreiteira e, nessa caso, paga em espécie.

A reforma no tríplex foi realizada entre abril e setembro de 2014, quando Lula já havia deixado a Presidência da República. Se comprovado que o petista omitiu o imóvel de sua declaração de bens, o próximo passo, segundo os investigadores, é saber a razão. Uma das hipóteses é a necessidade de encobrir suposto pagamento por tráfico de influência, uma vez que Lula teria renda para comprar o imóvel. O ex-presidente tem reiterado que, após deixar o governo, sua única atividade remunerada é a de palestrante. Ele também nega fazer lobby para empresas.

No total, as cozinhas do tríplex e do sítio custaram R$ 312 mil. Incluindo os armários do imóvel, a conta chega em R$ 560 mil. Segundo uma fonte com acesso aos dados relacionados à compra e que pediu para não ser identificada, a Kitchens vendeu, ainda para o apartamento, armários do dormitório, lavanderia e banheiro. Com a entrada da OAS em recuperação judicial, a empresa Kitchens ficou no prejuízo e não recebeu a última parcela de R$ 33 mil referente à cozinha do tríplex. A loja vai tentar receber o valor na Justiça.

Outros itens
Documentos obtidos pelo Estado revelam que a OAS também financiou outros itens do apartamento comprados no mercado de luxo. Uma escada caracol custou R$ 23.817,85. Outra, que dá acesso à cobertura, R$ 19.352. O porcelanato para as salas de estar, jantar, TV e dormitórios foi estimado em R$ 28.204,65. O rodapé em porcelanato, R$ 14.764,71. O deck para piscina, R$ 9 290,08. O elevador instalado oferece a possibilidade de ser personalizado, com acabamento conforme a escolha do cliente, e custou R$ 62.500.

O jornal O Estado de S.Paulo tentou contato com a OAS ontem por telefone e e-mail, mas não obteve resposta O ex-presidente Lula tem sustentado que ele não é dono do tríplex nem do sítio em Atibaia. "Lula nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop, para ter um apartamento onde hoje é o edifício Solaris. Isso foi declarado ao Fisco e é público desde 2006. Ou seja: pagou dinheiro, não recebeu dinheiro pelo imóvel. Para ter o apartamento, de fato e de direito, seria necessário pagar a diferença entre o valor da cota e o valor do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. A família do ex-presidente não exerceu esse direito. Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do estado de direito e da democracia."  


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 3 de outubro de 2015

Reforma do triplex foi paga por empreiteira envolvida no escândalo do Petrolão

Lula e a Dinda do Guarujá

A reforma do apartamento tríplex do ex-presidente — que incluiu a instalação de um elevador privativo — foi paga por uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras

Bancar melhorias na Casa da Dinda, a residência de Fernando Collor, no Lago Norte, em Brasília, era uma das muitas maneiras de agradar ao então presidente, deposto do cargo por corrupção em 1992. A mesma tática foi e está sendo usada por empreiteiras para demonstrar afeição ao ex-presidente Lula. Em meados de 2014, depois de quase dez anos de espera, a ex-primeira-­dama Marisa Letícia viajou à Praia das Astúrias, no Guarujá, para buscar as chaves do apartamento dos sonhos da família. O refúgio dos Lula da Silva no litoral é um tríplex de 297 metros quadrados. São três quartos, suíte, cinco banheiros, dependência de empregada, sala de estar, sala de TV e área de festas com sauna e piscina na cobertura. 

Ah, sim, para um eventual panelaço das elites, o tríplex tem varanda gourmet no 1º andar. O plano de comemorar o réveillon no imóvel foi adiado pela decisão de fazer ali uma reforma. O porcelanato e os acabamentos de gesso foram refeitos, a planta interna foi modificada para abrigar um escritório e um elevador privativo, interligando os ambientes do 1º andar com a ala dos quartos, no 2º nível, e a área de festas, na cobertura. Acompanhada de perto por dona Marisa, a obra não custou um centavo à família do ex-presidente. Do primeiro parafuso ao último azulejo, tudo foi pago pela OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras.

VEJA teve acesso a documentos e a fotos (em VEJA.com) que detalham a reforma do tríplex presidencial e mostram que os serviços foram contratados pela empreiteira. O trabalho foi feito pela Tallento Inteligência em Engenharia, uma empresa conhecida no mercado por executar obras de alto padrão em prazos curtos - duas exigências dos contratantes, mas não as principais. A exigência maior era a discrição. As investigações da Lava-Jato revelariam meses depois as razões disso. Iniciada em 1º de julho de 2014, a reforma transcorreu sob medidas de segurança incomuns. A fechadura da porta de acesso era trocada toda semana. A reforma da cobertura tríplex chamou a atenção dos moradores do prédio.

"Nos dias em que eles marcavam para visitar a obra, a gente tinha de parar o trabalho e ir embora. Ninguém era autorizado a permanecer no apartamento. Só ficamos sabendo quem era o dono muito tempo depois, pelos vizinhos e funcionários do prédio, que reconheceram dona Marisa e o Lulinha (Fábio Luís Lula da Silva, o filho mais velho do ex-presidente)", disse a VEJA um dos profissionais que colaboraram na reforma. O ex-presidente Lula esteve no tríplex algumas vezes. O segredo durou até dezembro do ano passado, quando o jornal O Globo publicou detalhes de uma investigação sobre a Coo­pe­rativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Controlada pelo PT, a entidade faliu e deixou 3 000 famílias sem receber seus imóveis. O tríplex destinado a Lula, com uma das melhores vistas do Guarujá, avaliado em 2,5 milhões de reais, foi um dos poucos a ser entregues. 

VEJA revelou em abril passado que, depois de um pedido feito pelo próprio ex-presidente a Léo Pinheiro, executivo da OAS, seu amigo, preso na Operação Lava-­Jato, a OAS assumiu a construção do prédio, que estava parada. Além de Lula, parentes do tesoureiro petista João Vaccari Neto, também preso, sindicalistas e familiares de Rosemary Noronha, a amiga íntima de Lula, foram contemplados com apartamentos em outros prédios da Bancoop assumidos pela OAS. 

Revelado o privilégio, e diante da repercussão negativa, desapareceu o entusiasmo da família Lula pelo imóvel.

O ex-presidente passou a negar ser o proprietário do tríplex, embora admita que sua esposa seja dona das cotas de um apartamento no mesmo edifício, o Solaris. Não é mentira. É apenas uma meia verdade. No papel, o tríplex ainda está em nome da OAS. Funcionários da empreiteira procurados por VEJA confirmaram que o apartamento pertence aos Lula da Silva, está parcialmente mobiliado, permanece fechado e está à venda por 2,3 milhões de reais. "Para entrar aí, só com autorização da cúpula da construtora. Só eles e o Lula têm a chave", disse a VEJA, na semana passada, um funcionário da própria OAS.

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Leia mais e curta fotos do triplex:  

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/lula-e-a-dinda-do-guaruja 
 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Mais um passo do juiz Sérgio Moro na direção de Lula, o chefão



José Dirceu, à espera de nova prisão
A eventual prisão de José Dirceu seria também mais um passo a ser dado por Moro na direção de Lula
Em prisão domiciliar depois de ter ficado preso por pouco mais de um ano na Penitenciária da Papuda, em Brasília, José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, apontado pela Justiça como o cabeça do esquema do mensalão, corre o risco de ser preso novamente – desta vez por ordem do juiz Sérgio Moro, do Paraná, que investiga a corrupção na Petrobras.

Moro pediu à construtora OAS documentos que comprovassem seus negócios com a JD Consultoria, empresa de José Dirceu. A OAS negou-se a fornecê-los. Alegou que eles poderiam ser usados pelo juiz para decretar a prisão de alguns dos seus executivos. Citou em defesa de sua posição decisões da Justiça de Portugal e da Alemanha, que aqui não são válidas. [considerando que os bandidos voltam e meia invocam decisões de países estrangeiros para se defenderem; considerando que os  revanchistas da esquerda invocam decisões internacionais para revogar a Lei da Anistia, apresento uma sugestão: que o Brasil adote as leis da Indonésia e comece a fuzilar traficantes.]

Mais de uma vez, o ex-ministro se ofereceu para dar explicações a Moro sobre os serviços prestados à OAS. O juiz não respondeu às ofertas. Advogados que acompanham a evolução da chamada Operação Lava-Jato alertaram José Dirceu para a possibilidade de ela ser preso de uma hora para a outra. Vários deles acham que Moro atravessa um momento de fraqueza à frente da Lava-Jato.

O Supremo Tribunal Federal soltou executivos de empresas que eram mantidos presos em Curitiba. E como quis vender caro a delegação premiada que interessava a Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, Moro acabou vendo Pessoa acertar a delação com Rodrigo Janot, Procurador Geral da República. [Moro vacilou, além de perder a oportunidade de receber delações do dono da UTC e ter mais controle sobre o ritmo da Lava-Jato (embora pelas peculiaridades do caso, que se tornou propriedade do ministro Zavascki, o controle de Moro seria frágil e sujeito aos caprichos daquele ministro) fez com que Rodrigo Janot seja agora o detentor das revelações de Ricardo Pessoa.
Pelas suas atitudes Janot quer tudo, menos investigar, por isso qualquer conto da carochinha que Ricardo Pessoa revele será útil ao processo de não investigação.] - Moro cobrou de Ricardo Pessoa mais revelações do que ele gostaria de fazer. Janot cobrou menos e levou explica um dos advogados.

A eventual prisão de José Dirceu seria também mais um passo a ser dado por Moro na direção de Lula. O juiz suspeita que Lula está por trás do que aconteceu na Petrobras.

Fonte: Ricardo Noblat – Blog do Noblat

sábado, 31 de janeiro de 2015

Empreiteiras querem Lula e Dilma na Justiça

Empreiteiras querem levar Lula e Dilma à roda da Justiça

VEJA desta semana revela que os réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa querem trazer para a cena do crime o topo da cadeia de comando do petrolão

Lava Jato

Com os processos da Operação Lava-Jato a caminho das sentenças, as empreiteiras querem Lula e Dilma junto com elas na roda da Justiça

Há quinze dias, os quatro executivos da construtora OAS, presos durante a Operação Lava-Jato, tiveram uma conversa capital na carceragem da polícia em Curitiba. 

“Se tiver que morrer aqui, não morro sozinho”

VEJA desta semana revela a estratégia dos executivos das construtoras na defesa dos processos da Operação Lava Jato. Réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, eles estudam trazer para a cena do crime, com nomes e sobrenomes, o topo da cadeia de comando do petrolão

Sentados frente a frente, numa sala destinada a reuniões reservadas com advogados, o presidente da OAS, Léo Pinheiro, e os executivos Mateus Coutinho, Agenor Medeiros e José Ricardo Breghirolli discutiam o futuro com raro desapego. Os pedidos de liberdade rejeitados pela Justiça, as fracassadas tentativas de desqualificar as investigações, o Natal, o réveillon e a perspectiva real de passar o resto da vida no cárcere levaram-nos a um diagnóstico fatalista. Réus por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, era chegada a hora de jogar a última cartada, e, segundo eles, isso significa trazer para a cena do crime, com nomes e sobrenomes, o topo da cadeia de comando do petrolão. Com 66 anos de idade, Agenor Medeiros, diretor internacional da empresa, era o mais exaltado: “Se tiver de morrer aqui dentro, não morro sozinho”.

A estratégia dos executivos da OAS, discutida também pelas demais empresas envolvidas no escândalo da Petrobras, é considerada a última tentativa de salvação. E por uma razão elementar: as empreiteiras podem identificar e apresentar provas contra os verdadeiros comandantes do esquema, os grandes beneficiados, os mentores da engrenagem que funcionava com o objetivo de desviar dinheiro da Petrobras para os bolsos de políticos aliados do governo e campanhas eleitorais dos candidatos ligados ao governo. É um poderoso trunfo que, em um eventual acordo de delação com a Justiça, pode poupar muitos anos de cadeia aos envolvidos. “Vocês acham que eu ia atrás desses caras (os políticos) para oferecer grana a eles?”, disparou, ressentido, o presidente da OAS, Léo Pinheiro. Amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos tempos de bonança, ele descobriu na cadeia que as amizades nascidas do poder valem pouco atrás das grades.

Na conversa com os colegas presos e os advogados da empreiteira, ele reclamou, em particular, da indiferença de Lula, de quem esperava um esforço maior para neutralizar os riscos da condenação e salvar os contratos de sua empresa. Léo Pinheiro reclama que Lula lhe virou as costas. E foi dessa mágoa que surgiu a primeira decisão concreta do grupo: se houver acordo com a Justiça, o delator será Ricardo Breghirolli, encarregado de fazer os pagamentos de propina a partidos e políticos corruptos. As empreiteiras sabem que novas delações só serão admitidas se revelarem fatos novos ou o envolvimento de personagens importantes que ainda se mantêm longe das investigações. Por isso, o alvo é o topo da cadeia de comando, em que, segundo afirmam reservadamente e insinuam abertamente, se encontram o ex-presidente Lula e Dilma Rousseff.

(Com reportagem de Daniel Pereira e Hugo Marques)

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

PT está tão perdido, tão desesperado que, mesmo preso, José Dirceu influencia rumos do Partido dos Trapaceiros



'O que ele fala, a gente ouve', afirma deputado sobre ex-ministro, que agora é investigado pela Operação Lava-Jato
Em prisão domiciliar desde novembro de 2014, o ex-ministro José Dirceu tenta voltar à cena em articulações políticas com integrantes do PT, que costumam visitá-lo. Mas se até então agia nos bastidores sem ser incomodado, Dirceu voltou a virar notícia. Mais uma vez, teve seu nome envolvido em investigações da Polícia Federal. Condenado por corrupção no mensalão, Dirceu agora passou a ter os negócios de sua empresa JD Consultoria devassados. A Justiça Federal do Paraná quebrou o sigilo da JD por conta dos pagamentos que recebeu de empreiteiras envolvidas na Lava-Jato, que apura desvios na Petrobras. Dirceu nega vinculação com a estatal. Segundo petistas, Dirceu ainda desfruta da simpatia de correligionários e tem influência dentro do partido. - Ele tem audiência dentro do PT. O que ele fala, a gente ouve - disse o deputado Paulo Ferreira (PT-RS), um dos que tem visitado o ex-ministro.

Nessas conversas, Dirceu tem mostrado preocupação com os rumos do partido e com a articulação política do governo Dilma. Integrante da corrente majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil, ele ficou contrariado, segundo pessoas próximas, com a reforma ministerial. A CNB perdeu espaço no governo.

Nesta semana, a equipe de seu blog divulgou nota negando que ele esteja exercendo atividade político-partidária: "Como tem direito qualquer cidadão, ele recebe visitas de amigos e companheiros de décadas de militância e luta. São visitas de solidariedade e apoio. Nelas discute sua situação de condenado injustamente; a situação política do país; e evidentemente o PT, partido a que dedicou a vida, e o governo ao qual apoia".

CRÍTICA À POLÍTICA ECONÔMICA E A DILMA
Se a articulação política é discreta, José Dirceu não tem escondido as críticas ao governo Dilma Rousseff. Expõe em seu blog o descontentamento com as mais recentes medidas adotadas pelo Executivo. Na última terça-feira, um dia depois de o Ministério da Fazenda anunciar um pacote de aumento de impostos, o blog de Dirceu veiculou críticas à política econômica. “Caminhamos assim — conscientemente, espero, por parte do governo — para uma recessão com todas as suas implicações sociais e políticas”, dizia.

Nesta semana, a insatisfação do PT, antes restrita aos bastidores, veio à tona, com críticas públicas feitas pela Fundação Perseu Abramo, do partido, e por um dos vice-presidentes da sigla, Alberto Cantalice. A preocupação com a política econômica também esteve presente em reunião da CNB na última segunda-feira. — Discutimos que as medidas não podem gravar setores que historicamente pagaram a conta das crises. A opinião média (na CNB) é que essas medidas (correção da tabela do IR e aumento da Selic) não enfrentam os setores rentistas — disse o deputado Paulo Ferreira.

JUSTIÇA: ‘TRABALHO HONESTO’
Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão no processo do mensalão, Dirceu ficou 11 meses e 11 dias no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, e no Centro de Progressão Penitenciária. Agora em regime domiciliar, tem que ficar em casa das 22h às 5h nos dias úteis e todo o tempo nos fins de semana e feriados.

Ele tem dito a amigos que sua preocupação maior é reorganizar sua vida pessoal. Por isso, já decidiu que irá morar definitivamente em Brasília, sobretudo a partir do ano que vem, quando terá cumprido sua pena do ponto de vista legal e poderá transitar livremente. Em São Paulo, ele deixará apenas a casa em Vinhedo — mais por causa dos filhos do que para uso pessoal.

Dirceu tem feito planos profissionais, segundo interlocutores. Já teria decidido não atuar mais na área de assessoria empresarial. A ideia é montar um escritório de advocacia. Ele é beneficiário de duas aposentadorias, uma da Câmara e outra da Assembleia Legislativa de São Paulo, e avalia que, com o trabalho de advogado, terá o suficiente para se manter e à família.

No final do ano, quando passou para o regime domiciliar, a Justiça deu prazo de 90 dias para que ele informasse vinculação a “trabalho honesto” ou justificasse suas atividades. Dirceu tem até o início de fevereiro para dar essa informação.

Suspeita de consultoria fictícia
PF suspeita que empresa de José Dirceu servia de fachada para propina
JD Assessoria emitiu notas fiscais por serviços que não teriam sido realizados
A força-tarefa da Operação Lava-Jato suspeita que a JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, condenado no mensalão, cumpria a mesma função das empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef, alvo central da investigação sobre desvios, fraudes e corrupção na Petrobras. Elas emitiam notas fiscais para as maiores empreiteiras do país por assessorias e outros serviços fictícios. [o artificio de justificar ganhos milionários com consultorias fantasmas tem sido a marca registrada de todos os ‘consultores’ do PT.
Começando pelo Lula que justifica com supostas consultorias o crescimento exagerado do deu patrimônio (recentemente acrescido com um ‘tríplex’), exemplo copiado por Palocci, pelo destrambelhado governador de Minas, o terrorista trapalhão Fernando Pimentel, José Dirceu e outros petralhas.
O patrimônio de um petralha sofre um aumento incompatível com sua renda, logo aparece uma consultoria que ninguém assistiu, não constou de nenhuma agenda e o assunto está resolvido.]

A JD também soltou notas fiscais por serviços que não teriam sido realizados, segundo suspeitam os investigadores. Os investigadores rastrearam a movimentação financeira de pessoas jurídicas controladas por Youssef. Ao analisarem os lançamentos contábeis das construtoras, todas alvo da Lava-Jato, no período de 2009 a 2013, os investigadores "confirmaram a transferência de vultosos recursos" às empresas do doleiro. A força-tarefa constatou que MO Consultoria, GFD Investimentos e empreiteira Rigidez, todas vinculadas a Youssef, emitiam notas fiscais frias para camuflar a captação e o destino de valores repassados pelas empreiteiras. Políticos e caixa 2 de partidos teriam sido os beneficiários das operações protagonizadas pelo doleiro e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

Foi nessa etapa da apuração que a Receita Federal identificou que também a empresa do ex-ministro, JD Assessoria e Consultoria Ltda, "recebeu vultosos recursos" da Galvão Engenharia, da Construtora OAS e da UTC Engenharia, três das empreiteiras sob suspeita de formarem um cartel na estatal petrolífera.

O Fisco verificou que, entre julho de 2009 e dezembro de 2011, a empresa de José Dirceu e de seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, recebeu, em média, R$ 25 mil mensais da Galvão Engenharia, sob a rubrica genérica de "consultoria", totalizando cerca de R$ 725 mil.

Da Construtora OAS, a empresa JD recebeu, em média, R$ 30 mil mensais, também por "consultoria" e "subempreiteiros", de janeiro de 2010 a dezembro de 2011, somando cerca de R$ 720 mil.  A Receita identificou, ainda, créditos da UTC Engenharia em favor da empresa do ex-ministro do governo Lula: R$ 1,377 milhão no ano de 2012 e R$ 939 mil em 2013, neste caso por "consultoria, assessoria e auditoria".

"Verifica-se, portanto, que no período de 2009 a 2013, a empresa JD Assessoria recebeu a expressiva quantia de R$ 3,761 milhões a título de consultoria, das empreiteiras acima listadas, as quais estão sendo investigadas justamente pelo pagamento de serviços de consultoria fictícios a empresas diversas para viabilizar a distribuição de recursos espoliados do Poder Público", assinalou a juíza federal Gabriela Hardt.

Gabriela decretou inicialmente a quebra do sigilo bancário e fiscal exclusivamente da JD Assessoria e Consultoria, no dia 8 de janeiro. No dia seguinte,  informada pelo pedido do Ministério Público Federal que o ex-ministro e seu irmão são os detentores das cotas da empresa, ela estendeu a ordem para as contas bancárias e as declarações de rendas de José Dirceu e Luiz Eduardo.

Ministro nega irregularidades
Em nota divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a assessoria do ex-ministro negou irregularidades. Ela afirmou que não há relação entre os serviços de consultoria prestados pelo petista e contratos da Petrobras. O texto diz que Dirceu foi contratado pelas construtoras UTC, OAS e Galvão Engenharia para prestar consultoria sobre mercados da América Latina, Europa e outros locais. "A relação comercial com as empresas não guarda qualquer relação com contratos na Petrobras sob investigação na Operação Lava-Jato", diz a nota. 

Fonte: Estadão Conteúdo – O Globo – Valor Econômico