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segunda-feira, 1 de maio de 2023

Governo Lula chega ao dia #100. Ainda faltam mais de mil [Não faltam - acaba ainda este ano,por impeachment]

 Paulo Polzonoff Jr.
 
Os cem primeiros dias do terceiro mandato de Lula (quem diria!) foram marcados pela inépcia e pela insistência na divisão do país. O quê? Vai me dizer que você acreditou na balela de “união e reconstrução”?
 
Antecipando-se ao marco e se mostrando plenamente recuperado de uma pneumonia, Lula reuniu seus ministros para uma reunião toda ensaiadinha e educadinha.  
Na reunião, ele falou platitudes e, como se ainda estivesse num palanque, prometeu um futuro próspero e ensolarado para amanhã. 
Porque, em se tratando de PT, tudo é sempre “para amanhã”. 
E ainda há quem acredite nessa balela. Ainda há quem acredite naquele que Ciro Gomes definiu muito bem como “o encantador de serpentes”.

[Optamos por postar este, visto que é só jogar 50% de piora, concluir que o DESgoverno está na base do só piora e não aguenta mais nem outros 100 dias.]

 Paulo Polzonoff Jr., colunista - VOZES - Gazeta do Povo


segunda-feira, 23 de maio de 2022

As palavras e as boas e más estratégias - Alex Pipkin - PhD

Uma das piores coisas da nossa “modernidade” é que ela nos impede de compreender e de focar o básico e o eficiente.

Palavras utilizadas excessivamente, com significados desvirtuados, só servem como um exercício retórico, que inibe a capacidade de pensamento reflexivo e apodera ainda mais o glamorizado efeito “aparência”.

Políticos populistas e juízes suspeitos arrotam aos quatro cantos as palavras democracia e Estado de Direito, enquanto executivos experimentados e novatos verbalizam automaticamente as “senhasestratégia, vantagem competitiva, propósito, inovação, e por aí afora.


Mas quem poderia ser contra tais platitudes pouco úteis sem o devido significado e as atitudes e as ações que as respaldam?
No entanto, cabe alertar que, tais palavras com sentido opaco e deturpado podem representar desde o fim dos direitos democráticos até a morte de uma efetiva economia de mercado.
Neste leque de obviedades, uma das palavras mais utilizadas no meio empresarial é estratégia.
Muitos executivos a entoam retoricamente, poucos a praticam.

Estratégia, parece-me, tem sido uma espécie de sinônimo de uma nobre lista de desejos, de determinadas aspirações econômicas, atualmente ainda mais contraditórias com os objetivos do “queridinho ESG”, similarmente confundido com estratégia competitiva.

Muito embora alguns tenham decretado a morte da estratégia, em razão das constantes e turbulentas mudanças geopolíticas e nos mercados, ela é, ao contrário do que se pensa, cada vez mais essencial para o alcance de uma lucratividade organizacional superior, que no frigir dos ovos é o que conta.

Sim, o que importa é o lucro, não o empolado propósito.

Estratégia para ser praticada e ser efetiva, necessita ser clara e compreendida por todos e em todos os níveis organizacionais.

Sem dúvida, estratégia não deve ser mais um plano “estético” revisado anualmente, completamente apartado da realidade operacional do cotidiano empresarial, também não um “ilustre propósito” organizacional.

Estratégia precisa ser operacionalizada, com o foco nas escolhas estratégicas realizadas anteriormente - que não devem ser extensas -, integrando todas as áreas da organização. É evidente que tais escolhas devem ser revisitadas a cada dois ou três meses, tendo em vista alterações nos mercados e as eventuais mudanças de rumo, a fim de aproveitar oportunidades e/ou eliminar/mitigar as ameaças aos negócios.

De fato é a integração funcional - interna - de todas as funções organizacionais, juntamente com a integração - externa - com os parceiros de negócios, que faz a estratégia acontecer e ser bem-sucedida. A estratégia diz respeito ao foco de todos na busca do alcance da resolução dos problemas para se atingir as escolhas estratégicas da organização no presente, a fim de que ela esteja melhor posicionada no futuro.

Repito, estratégia tem a ver com foco em um negócio, e ninguém pode ter a pretenção e a soberba de querer ser tudo para todos os consumidores/clientes.

É irônico constatar que hoje aparenta que a grande maioria das organizações (ou suas áreas de MKG/RH) aposta nas causas ESG - ambiental e social - como estratégicas para seus negócios; o que, a meu juízo, não é nem estratégia, tampouco seria para todos os tipos de negócios.

A Volkswagen, por exemplo, publicou recentemente uma propaganda do Polo com um casal homoafetivo, referindo-se à inovação, à diversidade e à evolução.

Penso que tal estratégia diz respeito a uma possível ampliação e diversificação de linhas de produtos; proximamente talvez um veículo para brancos, negros, asiáticos, judeus, enfim…

Uma vez que sou adepto do foco estratégico, ainda mais em um ambiente de crise, altamente inflacionário, minha sugestão estratégica seria justamente o oposto, ou seja, um ajuste e uma redução nas linhas - carros grandes, médios e pequenos - e nos respectivos modelos. Isso é foco!

Sempre parece salutar lembrar que existem boas e más estratégias, aquelas que conduzem a um crescimento lucrativo e sustentável e aquelas que corroem os resultados das organizações. Portanto, muita atenção e cuidado com as palavras ao vento e, especialmente, com as “estratégias”!

Alex Pipkin - PhD

 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Coalizão social está preservada, mas a dos políticos sofre corrosão lenta - Alon Feuerwerker


Analistas e comentaristas podem dar-se ao luxo de levar a sério platitudes como “buscar a união nacional”, “fazer oposição construtiva”, “dizer não aos radicalismos”. A política real é mais crua. São apenas lutas tribais, em que o objetivo é ocupar o território da outra tribo e se possível eliminá-la, ou expulsá-la, ou escravizá-la. O verniz civilizatório oferece alguns disfarces para fazer isso de um jeito social e moralmente aceitável. E só. Assim é a vida real.

Há também as guerras dentro da tribo, disputas cujo grau de violência nada fica a dever. Veja-se por exemplo a atual conflagração no PSL. Partidos são tribos reunidas para disputa do poder, e não fraternidades voltadas para a promoção do bem comum. E a luta interna espelha a externa. E nunca se deve esquecer a lei número zero dos ecossistemas políticos: não seja tão amigo de alguém que você não possa romper com ele, nem tão inimigo que não possa se aliar.

Para saber como foi o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, e como ele termina, leve em conta os dois parágrafos acima. E outra providência é importante. Procure isolar por um momento o ruído, o que foi dito, especialmente pelo presidente mas também por quem a ele se opõe. Separe num canto as palavras e procure concentrar-se na consequência delas e nas ações. E tente também entender as motivações das palavras, em vez de simplesmente acreditar no que é dito.

Bolsonaro foi eleito por uma coalizão social complexa. O núcleo duro?  

Uma direita liberal-conservadora-nacionalista. A este grupo juntaram-se na hora “h” franjas de uma direita liberal-moderna-globalista e uma social-democracia antes de mais nada hoje antipetista. Contingentes que, por ação ou omissão, foram e permanecem stakeholders da ascensão bolsonarista. E tudo amalgamado por burocracias sócias e executoras do monopólio estatal da violência legítima.

É natural que haja disputas intrabloco. Mas qual das facções aceitaria hoje, por causa do antibolsonarismo, devolver o poder aos derrotados de 2016-18? Nenhuma. Talvez a social-democracia “de centro” gostasse de receber o apoio da esquerda para, aí sim, tornar-se alternativa. Mas falta-lhe por enquanto o mínimo da musculatura indispensável para subjugar o petismo. Quantos iriam à Paulista ou a Copacabana num domingocontra os extremismos”?

Levou duas décadas para que o “centro” alijado do poder no pós-64 conseguisse estabelecer uma hegemonia sobre as forças políticas dominantes sob Getúlio-Jango. Fica a dica. Hoje tudo é mais rápido, mas ainda estamos longe de um cenário em que o “centro” consiga subjugar pacificamente a esquerda para estabelecer uma nova polarização, disfarçada de rompimento da polarização. Inclusive porque, diferente de então, ninguém está formalmente fora do jogo.

Seguidas pesquisas mostram a estabilidade do cenário. Apesar das tentativas de extrair lides de oscilações na margem de erro ou de pontos fora da curva. A explicação é simples. A coalizão social que elegeu Bolsonaro está essencialmente íntegra, e confundir o ruído das disputas internas com sinais de desmoronamento é, como se diz desde a Grécia, tomar a nuvem por Juno. Aquela ilusão produziu os centauros. Esta por enquanto não deu em nada.

Mas atenção.
O maior risco de curto prazo para Bolsonaro não está nas ameaças à integridade da base social. Isso está razoavelmente controlado, inclusive por causa dos respiros na economia. O problema está nas ambições que o ruído das disputas internas estimula na grande coalizão de políticos que entronizou o bolsonarismo no segundo turno de 2018. O risco é ver crescer os apetites por um bolsonarismo sem Bolsonaro. As atribulações do filho senador são um estímulo a jogos político-policiais já tradicionais no Brasil desde a volta das eleições diretas para presidente.

Mas tudo depende de quanto e como o presidente mantém ou perde base social, que em certo grau é também política. 2020 girará em torno dessa variável. 


Alon Feuerwerker, jornalista e analista político/FSB Comunicação



segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Por que de repente a coisa desanda, como agora no Chile - Alon Feuerwerker

Análise Política

[as dificuldades do  Sebastián Piñera no Chile, reforçam o entendimento que um governante só pode partir para o confronto quando tiver certeza da sua superioridade.

A esquerda no Chile está de há muito se preparando para o conflito; perderam uma vez e nao querem perder novamente.]

A explicação difundida sobre as ditas jornadas de junho de 2013 no Brasil era a profunda insatisfação com os serviços públicos. Havia inclusive uma tese de a vida ter melhorado dentro de casa mas continuado ruim fora. Obviamente uma explicação errada. Ou pelo menos gravemente parcial. Pois os serviços públicos continuam do jeitinho que eram e nunca mais se viu nada remotamente parecido com 2013. Teve as mobilizações pelo impeachment, mas já era outra coisa.

Há um esforço intelectual disseminado para encontrar um fio condutor que ligue as rebeliões populares ao redor do planeta,
e naturalmente cada um puxa a brasa para sua sardinha particular. Uns culpam o que chamam de neoliberalismo ali, outros a falta de liberdade acolá, outros o déficit de soberania nacional mais adiante. É provável que todas essas explicações estejam algo certas. E também por isso elas têm pouca utilidade para localizar o tal fio condutor.

A erupção de rebeliões populares, como agora no Chile, exige duas premissas: as pessoas comuns não estarem mais dispostas a aceitar as condições materiais e espirituais em que vivem e o sistema não mais deter força suficiente para obrigar as pessoas a continuar aceitando tais condições. E o segundo fator está associado diretamente à queda nas taxas de coesão entre os grupos que detêm o monopólio weberiano da "violência legítima”.

A ubiquidade da transmissão de informações e da conectividade, algo traduzido na expressão genérica “redes sociais”, afetou diretamente a possibilidade de aplicar essa violência. Ela persiste firme em situações, como na Síria, onde o poder consegue bloquear a informação. No Chile não dá. Sebastián Piñera chamar as Forças Armadas teve pouco efeito prático porque a tropa não pode atirar nos manifestantes para matar. O remédio pinochetista está vencido. [é aceitável que a tropa use da força necessária para ter sua integridade preservada;

manifestantes, em principio, não possuem o poder de fogo para enfrentar as tropas mas, se essas vacilarem poderão sofrer pesadas baixas - manifestantes que incendeiam, depredam, são desordeiros e não vacilarão em causar vítimas, sem diferenciar inocentes desarmados e forças de segurança policiais lenientes.]

Qual seria então o tal fio condutor? Uma boa hipótese é o sentimento de a injustiça ter ultrapassado o limite do aceitável. Verdade que a régua para medir esse “aceitável" é bastante subjetiva, mas paciência. A subjetividade explica por que a rebelião popular pode perfeitamente acontecer, e acontece, mesmo quando as condições materiais objetivas não estão piorando, ou até quando estão melhorando. Um paradoxo que neutraliza as explicações mecanicistas e economicistas.

Esse viés subjetivo explica também a certa imprevisibilidade de acontecimentos como do Chile. Não existe um método quantitativo 100% confiável para medir quando os de baixo não mais estarão dispostos a viver como antes e os de cima não mais poderão obrigá-los a isso. Daí que duas atitudes sejam essenciais no exercício do poder: 

1) ficar esperto
2) não dar sopa pro azar. O primeiro depende de empatia. Já para o segundo contribui bastante a paranoia. [as duas recomendações do ilustre articulista, fecham com o nosso entendimento desfavorável a forças de segurança lenientes.
Mais vale um paranóico vivo do que um confiante morto.]
Um dia alguém disse que apenas os paranóicos sobreviverão. Mesmo se for verdade, não é suficiente constatar. É preciso dar consequência à paranoia. Por isso governos investem tanto em sistemas de informação, espionagem e repressão, mas também difundem platitudes do tipo “governarei para todos”, “precisamos unir o país”, “basta de polarização”. São platitudes, mas ajudam a atenuar o sentimento de estar excluído do jogo, e portanto de ser alvo de injustiça.

Outro detalhe: os mesmos atores colocarem o gênio de volta na garrafa pode exigir um nível da tal “violência legítima” acima do disponível em determinada correlação de forças. Também por isso governos caem. Aliás, as chamadas transições pacíficas costumam resultar não tanto de um caráter pacífico inerente aos atores, mas de correlações de força esmagadoras e que levam à situação ideal de vencer sem precisar guerrear. Só que nem sempre é possível.

Para o poder, bom mesmo é não deixar o gênio escapar. 


Alon  Feuerwerker, jornalista  - Analista Político


domingo, 2 de junho de 2019

Deixem o capitão trabalhar!

Nem tudo ainda está perdido


Ao presidente da República deveria ser permitido no fim de semana sair para almoçar na casa de um amigo sem ser importunado pelos jornalistas, sem ter a obrigação quase sempre desagradável de responder a perguntas fora de hora, principalmente as mais incômodas que não quer ou que não saberia responder. No caso de Bolsonaro, dentro ou fora do expediente de serviço, nada se lhe deveria indagar sobre economia porque ele simplesmente não entende. Quantas vezes ele não disse que de economia entende o ministro Paulo Guedes? Ou que os que diziam entender de economia empurraram o país para o buraco? Referia-se aos petistas, claro.

Mas os jornalistas são uma praga. E ontem, à saída de Bolsonaro da casa de um amigo no Lago Sul, em Brasília, quiseram saber o que ele acha das projeções sobre o crescimento do Produto Interno Bruto do país depois da queda de 0,2% no primeiro trimestre deste ano. Isso é lá coisa que se pergunte a um presidente num sábado luminoso?  “Já falei que não entendia de economia?” – devolveu Bolsonaro. “Quem entendia afundou o Brasil e eu confio 100% na economia do Paulo Guedes”. Ante a pressão de repórteres ansiosos por notícias, o presidente decidiu saciá-los com platitudes do tipo: “A gente quer melhorar os nossos índices, agora passa por questões até externas”.

Das internas preferiu não falar, e com razão. Sempre que tenta demonstrar domínio de alguns temas, é encrenca na certa. Foi assim quando mandou a Petrobras suspender o reajuste do diesel. Ou quando anunciou um milagroso projeto econômico do qual ninguém ouvira falar dentro ou fora do governo. Admoestado, recuou.Depois de cinco meses de governo Bolsonaro, a economia está ao rés-do-chão e não oferece o mais pálido sinal de que possa levantar-se, nem quando. Guedes e equipe parecem não ter tido tempo de pensar em algo para além da reforma da Previdência que renderia uma economia de 1 trilhão de reais em 10 anos.

Fala-se vagamente de outras reformas, da privatização de empresas estatais, do achatamento do salário pago a determinadas categorias de servidores públicos, e coisas que tais. Mas de medidas pontuais ou de longo prazo que reduza o número de desempregados, neca de pitibiribas. Quem gosta de pobre é o PT, disse Bolsonaro outro dia.Há presidentes despreparados para governar, mas que mesmo assim acabam aclamados por terem governado bem, e outros apenas despreparados e que ao fim do seu mandato são esquecidos. O segredo do sucesso dos primeiros foi montar boas equipes e não atrapalhar seu trabalho.

Os outros se deram mal por fazer o inverso. Como quem nada aprendeu antes de chegar à presidência e nada esqueceu depois de chegar, Bolsonaro ainda tem a chance de dar-se bem. 
O primeiro passo seria reconhecer sua abissal ignorância sobre tudo. O segundo, reformar sua equipe. O terceiro, atrapalhar o mínimo possível. Quem sabe assim não se reelegeria? Não duvidem.
Abaixo do Brasil acima de tudo e de Deus acima de todos está o povo. Ou não?  Um bom domingo para todos.