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sábado, 10 de março de 2018

Soldado profissional

 Vencer conflitos é o trabalho dos militares. Mas decidir quais conflitos travar cabe aos civis

A decisão do governo de colocar um militar na chefia do Ministério da Defesa ameaça um dos pilares da estabilidade interna e externa do Brasil. Ao alçar um militar a este posto, o país abandona um dos símbolos do equilíbrio político: a submissão do poder militar ao poder civil. [vale um lembrete: a alegada submissão do poder militar ao poder civil é meramente simbólica - só existe, mesmo que só simbolicamente, enquanto os militares aceitam [muitas vezes os militares são forçados a deixar de aceitar tal submissão para livrar o Brasil do abismo para o qual está sendo empurrado por  governos civis;
vamos deixar a defesa por conta dos militares, inclusive o ministério que a representa;
o Brasil tem o hábito de acompanhar os Estados Unidos - aliás, a criação do MD foi mais uma das bobagens feitas por FHC (que agora, felizmente, só fala bobagens não tem mais o poder de fazer) copiando os EUA.
Agora, sob Trump, o ministro da Defesa é um militar, almirante.]
A definição clássica para a necessidade de Estados terem o poder militar sob o comando do poder civil não vem do pensamento da esquerda ou de países que saíram há pouco de ditaduras brutais. Partiu de um dos principais pensadores políticos conservadores dos EUA no século XX, Samuel Huntington — autor, em 1993, do controverso “O choque de civilizações”. Em 1957, ele publicou o livro que se tornou um clássico do estudo das relações civil-militares. Em “O soldado e o Estado”, Huntington defende o “controle civil objetivo” dos militares.
Seu raciocínio passa longe de ideologias ou da tensão de um país em que oficiais ainda lamentam o desejo de familiares de saberem quem torturou seus filhos ou mães, e que temem comissões da verdade. Segundo ele, o “controle civil é a maximização do profissionalismo militar”. A técnica militar, desde o século XIX, se tornou uma das áreas mais sofisticadas da experiência humana. O planejamento de operações de forças combinadas, as ameaças que se modificam rapidamente tornam a esfera militar um exigente desafio. Para que um militar seja bom, deve ser um especialista, um “soldado profissional”. Vencer conflitos é o trabalho dos militares. Mas decidir quais conflitos travar cabe aos civis. Se alguém quiser ser simultaneamente um líder militar e civil, está condenado a não ser bom numa coisa nem noutra. Como diz Huntington, “o controle civil objetivo atinge seu fim ao militarizar os militares, tornando-os o instrumento do Estado”.

Os militares brasileiros conhecem as lições de Huntington. Aqui, o livro foi publicado pela Biblioteca do Exército Editora (as citações foram retiradas desta edição), em 1996, dois anos antes da criação da pasta. O erro ficou ainda mais claro com a reação militar à tentativa de remendo do governo, que quer nos fazer crer que a medida fora apenas provisória, e que já decidira que um civil voltaria à pasta este ano. Após sentir o gosto do primeiro escalão, os militares pressionam publicamente para permanecer no cargo

O almirante Bacelar, comandante da Marinha, fez um hábil jogo de palavras ao GLOBO: disse que, nos EUA, o atual secretário da Defesa é um militar “de carreira”. É lei, nos EUA, que o ministro, “appointed from civilian life by the President”, deve ter deixado a vida militar ativa pelo menos sete anos antes. O que Trump fezuma de suas medidas de legalidade duvidosa e imoralidade impecável — foi indicar uma pessoa que deixou a vida militar há apenas três anos. E se Trump (caso tivesse feito o que não fez) agora é o exemplo a ser seguido pelo Brasil, segundo nossos militares, talvez Huntington esteja realmente certo.
Renato Galeno é professor de Relações Internacionais do Ibmec-RJ




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Rentismo “paitrocina” o Crime Institucionalizado

Em seu pragmatismo cínico, sempre em busca de resultados no curto prazo, na base do custe o que custar, a ideologia rentista tupiniquim consegue se superar em análises idiotas que acabam vendidas ao mercado como “visão estratégica” (que piada...). Até outro dia, na “exegese rentista”, a Lava Jato era apontada como o fator que espantava investimentos no Brasil. Agora, quem espana os “investidores” são os “motins de PMs”, expondo a insegurança pública brasileira que só incomoda rentista quando algum deles é assaltado, seqüestrado ou assassinado...
 

Algumas perguntinhas para os cínicos rentistas: Quem financia, de verdade, o sistema do Crime Institucionalizado no Brasil? Quem movimenta, de modo tão profissional, a dinheirama que as diversas atividades criminosas movimentam no Brasil e pelo mundo afora? Quem lucra, de verdade, com a ação institucionalizada do crime, sobretudo com a corrupção e os variados tráficos (de drogas, armas, gente, órgãos e produtos)? Quem forma o braço financeiro das super-máfias? Quem investe na insegurança para lucrar alto com a “indústria da pretensa segurança”?

O Crime Organizado é uma atividade dirigida pela ideologia rentista. Ninguém divida que o rentismo está na essência do Crime Institucionalizado – que é a associação para fins delitivos entre quem movimenta a máquina estatal e bandidos de toda espécie que lucram, direta ou indiretamente, com o controle político e econômico da sociedade. O rentismo “paitrocina” o Crime! Por isso, não adianta combater o crime no Brasil sem antes neutralizar a hegemonia da mentalidade rentista. O rentismo é uma doença que destrói a humanidade.

O Brasil tem de se livrar da refinada canalhice rentista. O problema é que isto é complicado, porque a mentalidade rentista domina e escraviza o “pensamento” político e econômico. O rentismo controla tudo, principalmente a mídia e a área de ensino que forma nossas “zelites”. Por isso, parece “natural” a reprodução da ideologia rentista. Quem ousa pensar diferente deles é inviabilizado. Quando permite, é cooptado. Se atrapalhar demais, acaba exterminado.

Dá tristeza ver que tem self-made-man idiota que sente orgulho de ser chamado de “rentista”. O imbecil econômico, geralmente também um arrogante analfabeto que pensa fazer “leitura política”, tem a ilusão de faz parte da ‘Elite” graças aos seus milhões ou bilhões acumulados por via legal ou ilegal, geralmente improdutiva. São estas bestas quadradas quem dão sustentação a governos socialistas fabianos, essencialmente capimunistas, no qual o Estado-Ladrão dita as regras, como é o caso do PMDB (sempre governista) e suas variantes PT (mais radical) e PSDB (mais moderada, o paradigma palatável do “jeitinho rentista brasileiro”).

Quem se contrapõe e é prejudicado, sabotado e às vezes até ideologicamente cooptado pelo rentismo? O maior inimigo do rentismo é o super-produtivo agronegócio brasileiro. O setor é o verdadeiro sustentáculo do Brasil: 35% do PIB nacional. Exatamente por isto ele é o mais combatido pelos braços ideológicos do Crime Institucionalizado. Não é à toa que a grande missão rentista é cooptar o produtor que trabalha de verdade, sem ficar preocupado com as meras cotações de bolsas de valores de mentirinha.

O Brasil do Agronegócio precisa de aliados consistentes, entre os segmentos esclarecidos da sociedade, para neutralizar e superar a ideologia rentista que mantém no subdesenvolvimento o Brasil (dominado pelo Crime Institucionalizado). O rentismo, que deu o conveniente golpe na otária da Dilma Rousseff, dará toda sustentação para que o fantoche Michel Temer cumpra sua missão rentista de entregar o ouro do Brasil aos bandidos.

O rentismo só pode ser derrotado por uma profunda e inédita Intervenção Cívica [Militar] Constitucional – que colocará o Brasil no rumo do verdadeiro desenvolvimento. Os rentistas farão o diabo para impedir que a autodeterminação do Brasil se torne uma realidade. O inimigo do Brasil é o rentismo improdutivo. O resto é conseqüência.

Felizmente, segmentos decisórios do Poder Militar e do Poder Judiciário (não contaminados ou subjugados pelo Crime) sabem muito bem disso... Eles estão preparados para lidar com o momento violento e instável que o Brasil já vive e que vai se agravar no curto prazo.     
 
 [o governo Temer ainda não fracassou e pode melhorar e muito a situação do Brasil e dos brasileiros.
Precisa apenas que Temer tome uma decisão: ser mais ITAMAR e menos Sarney.
O quase impossível é Temer entender que esta decisão é urgente, tem que ser tomada agora, antes do Carnaval seria o ideal, não pode deixar para quando seu mandato terminar.]
 
Angorazinho

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão
 
 
 

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O Combate - A Suprema manifestação dos Exércitos

No Brasil atual vivemos um desencontro de estratégias e possibilidades, isto é, capacidades militares inadequadas para a execução dos planos operacionais, devido ao completo desinteresse dos governos e políticos pelos assuntos de defesa. Os conceitos estratégicos estão bastante adiante das realidades em recursos militares e táticas da Força Terrestre.

O Gen Charles Krulak, do Corpo de Fuzileiros dos EUA, comenta no livro o Gladiador Moderno de Hyrum W. Smith, um registro do século IV, em pleno declínio do Império Romano, de um general comandante de legião: “Quando, por negligência ou preguiça, os exercícios militares de solo foram abandonados, a armadura habitual começou a pesar, uma vez que os soldados raramente, ou nunca, a usavam. Portanto, primeiro eles pediram ao imperador para dispensá-los do uso das couraças e das cotas de malha, e, finalmente, dos elmos. Assim, nossos soldados enfrentaram os godos sem qualquer proteção para o coração e para a cabeça, e foram pesadamente atingidos por arqueiros. Apesar de ter havido muitos desastres, que levaram à perda de importantes cidades, ninguém tentou reequipar a infantaria com suas armaduras. Eles as despiam e, sem elas, estavam também sem sua integridade”. Foi uma questão de poucos anos para que a legião consumasse seu declínio e se tornasse incapaz de proteger as fronteiras... os bárbaros batiam à nossa porta”.

Verifica-se, portanto, desde aquela época, que uma Força Armada cujo preparo para o emprego não seja sua atividade principal e permanente encontra-se doente, até que finalmente o inimigo demonstre que está morta. Tudo que é exigido do preparo é “o produto acabado” forças de combate bem equipadas e adestradas, o uso destes meios é relacionado com a teoria da guerra, pois eles são desenvolvidos com este propósito, quando falha a dissuasão.

O combate (guerra) é o objetivo, a razão de ser, a suprema manifestação dos Exércitos. Qualquer medida que se afaste disso, e que relegue o combate a um segundo plano, é enganadora, quimérica e funesta.

A guerra se faz com efetivos enormes e, na massa, o homem desaparece. O que chama a atenção, numa primeira vista, é a quantidade. Não deve ser esquecido, no entanto, que é a qualidade do combatente que fará a diferença. Hoje, como sempre, somente o preparo infatigável será capaz de levar à vitória.

Em decorrência das grandes distâncias e da dispersão, no Exército Brasileiro somos levados a compreender o imperativo da qualidade, da disciplina, da solidariedade mais estreita, da confiança, e do treinamento, mais do que em qualquer outra área. “Não é bom levar para o combate 80 mil homens, dos quais somente 50 mil vão combater. Melhor seria levar os 50 mil e todos combaterem. Os combatentes estariam de corpo e alma envolvidos na batalha, mas não teriam confiança em camaradas que não se empenhassem nela.”

“Se trezentos homens determinados podem pôr em fuga uma nação, é preciso achar esses trezentos homens”. (Gedeão, o herói bíblico vencedor dos Midianitas)

O combate para ser bem executado exige uma coesão moral, uma solidariedade muito forte. No Exército, devido às suas características, os laços podem se alongar, e para que não se partam, cumpre que sejam fortes.

Necessitamos de Laços Fortes com nossos subordinados em todos os níveis.
“Quem manda estranhos à vindima não tem amor às uvas”. (ditado português).

Quem manda soldados despreparados e mal equipados para o combate está derrotado!
Somente o pensamento militar transformador e o preparo viril, mais próximo possível do real, geram o êxito e podem manter uma Força Armada vitoriosa. Disciplina, solidariedade e confiança não se improvisam. Combatentes não nascem adestrados.Não basta afirmar, é preciso prová-lo todos os dias.

O enfraquecimento do poder militar representa um risco indesejável, que deve ser afastado no mais curto prazo possível. Nesse sentido, se o provimento de recursos as Forças permanecerem insuficiente, colocando em risco o cumprimento de suas missões constitucionais de defesa da Pátria, as Forças Armadas deverão advertir o Governo quanto a essa incongruência ou, então, compartilhar a culpa pelo resultado desastroso.

A armadura moral do combatente somente será efetiva se  ele for mantido bem equipado, adestrado e consciente da importância de seu papel para o sucesso do Exército e do Brasil.
A ascensão e o declínio dos “Legionários Romanos” não foram mera obra do acaso. Seu exemplo permanece atual e não pode ser esquecido.


Por: Carlos Alberto Pinto Silva, General de Exército da Reserva,, ex-comandante de Operações Terrestres (COTer), do Comando Militar do Sul, do Comando Militar do Oeste, Membro da Academia Brasileira de Defesa, e do CEBRES.

quarta-feira, 25 de março de 2015

PARTIDÁRIOS DO IMPEACHMENT OU GOVERNISTAS TRAVESTIDOS?



Difícil é as pessoas perceberem que às vezes a luta contra um determinado mal  pode  não dar bom resultado  ou trazer  um mal pior . Esse fenômeno  ocorre com certa frequência  na vida de todas as pessoas, bem ou mal dotadas de inteligência .    Nem pode ser condenado. É da própria natureza humana.   Uma das situações  onde  acontece  muito é quando  se diz que a pessoa   “entrou numa fria”.  

Essas “frias” não têm maiores consequências na sociedade quando acontecem no âmbito pessoal  de cada um . O “azar” é para quem aconteceu.  Mas  à medida  que vai crescendo o grupo humano alvo dessas consequências negativas, a  “coisa” vai se agravando. Torna-se um mal  coletivo , uma tragédia social, quando suas consequências  atingem a sociedade inteira.

No plano   coletivo, os brasileiros ,em sua maioria, tomaram consciência que o período de governo encabeçado pelo PT resultou num desastre, não havendo mais riquezas e esforços na produção econômica capazes de  sustentar a vagabundagem alimentada pela política assistencialista e improdutiva do governo, somado à corrupção desenfreada que assalta  os cofres públicos.

Significa dizer que o país faliu, moral, política, social e  economicamente ,  esta  última em vista  das contas públicas e da exorbitância da carga tributária, que coloca o Brasil em primeiro lugar no “ranking” mundial de  impostos, o que tem força para tornar    a sociedade civil semiescrava do Estado.   Mas o governo mostra um quadro diferente. Tenta  enganar. Esse quadro resulta do maior estelionato  político-eleitoral que se tem notícia. Manipulam-se dados e índices sobre empregos e salários. O Governo anuncia que no  “seu” período   foram criados vinte milhões de novos empregos. Mas omitiu dessa informação  que nesse período a população aumentou em maior número, portanto, o emprego diminuiu. Cresceu em números absolutos, mas  diminuiu em números relativos.

Manipula, também, o que chama de  “ascensão  social” de classes, pois tem o controle  e certamente “orienta” os órgãos públicos encarregados de forjar  essa  situação, alterando critérios conforme sua vontade, de modo a  que esses dados enquadrem-se no  seu “discurso” e na sua demagogia  eleitoreira.

Geralmente os dados das organizações internacionais não “batem” com os  internos em  que  o governo se agarra e divulga. Neste sentido, o Brasil sempre está nos últimos lugares em todos os “rankings” mundiais   que se relacionam à qualidade de vida do povo.

Feita a “introdução”, chegamos ao  nosso tema.
Os princípios acima enunciados serão transferidos para os  dilemas em  que o Brasil vive hoje ,na política, resumidos em três alternativas:
(1) Conceder ao Governo e aos políticos em geral a oportunidade de corrigir todos os seus erros;
(2)  Afastar a Presidenta Dilma Rousseff, mediante    IMPEDIMENTO  (impeachment),por crime de responsabilidade ,de competência da Câmara e Senado,  e;
(3) Promover  a INTERVENÇÃO MILITAR ,prevista no artigo 142 da Constituição, de competência das FORÇAS ARMADAS.

Ora, cada uma dessas três alternativas não podem ser olhadas só em si mesmas, porém projetadas nas suas CONSEQUÊNCIAS. Aí  está presente com todas as letras o risco da sociedade  “entrar numa fria”, na alternativa que será escolhida. É o que acontecerá, provavelmente.

Tudo indica que a alternativa “deixar assim mesmo” não terá sucesso, apesar dos esforços da máquina governamental e políticos em  contrário.
Mas a maior campanha contrária é enfrentada pela alternativa “intervenção militar”. Aproveitaram a má fama deixada pelo espírito de 64, alimentada, muitas vezes injustamente, pelos sucessores do Regime Militar, notadamente pelo PT, que nada de melhor apresentou  à sociedade  que na época deles (1964 a 1985), e que em muitos pontos até piorou   (progresso, segurança, etc.).    

Só para fazer justiça a alguns  feitos dos governos militares, eles ficaram no poder tanto tempo quanto  os governos FHC e PT, somados.  Mas TODAS  as  maiores usinas hidrelétricas  hoje em operação no Brasil ( é a principal fonte de energia local), ainda são “herança” dos militares. Se compararmos a morte criminosa de pessoas entre as duas épocas, de fato o Regime Militar perde. O PT, com seus “direitos humanos”, ganha de goleada.  Nunca se matou tanto. A segurança “moderna“ ficou caótica.

É forte a campanha contra a alternativa da INTERVENÇÃO MILITAR. Mas sua matriz não é produto da ignorância, da ingenuidade do povo. Ela vem de “cima”. De cabeças com muitas condições de enganar. E o povo “embarca”.  Existem muitas canetas “jurídicas” subscrevendo a “inconstitucionalidade”  dessa alternativa. Nem posso supor que seja ignorância. Só pode ser má-fé a serviço do Sistema.

A questão jurídica a ser analisada é bem simples. O “badalado” artigo 142 da  Constituição preceitua que as Forças Armadas “destinam-se à defesa da Pátria ,à garantia do Poderes Constitucionais...”. Prossegue, afirmando , na mesma  frase, que  “...e por iniciativa de quaisquer destes (NOSSA OBSERVAÇÃO: DOS PODERES  CONSTITUCIONAIS- Executivo, Legislativo ou Judiciário ),da  lei e da ordem.

Significa dizer que qualquer iniciativa  das Forças Armadas para estabelecer-se o estado de INTERVENÇÃO MILITAR, precisa ter a iniciativa de um dos TRÊS  PODERES, porém, tão somente nas hipóteses de MANTER A LEI E A ORDEM. A Constituição é taxativa. As FFAA não precisam da provocação de qualquer um dos TRES PODERES para DEFESA DA PÁTRIA e GARANTIA DOS PODERES CONSTITUCIONAIS.  As FFAA têm soberania para avaliação e decisão  dessas circunstâncias. Nenhum outro Poder pode interferir.

Alguém lá de “cima” deve ter percebido que aí estaria um furo perigoso. Foi no Governo de FHC , em 1999. Resolveram então fazer uma LEI COMPLEMENTAR para evitar algum risco de “rebelião legal”. Fizeram a Lei Complementar Nº 97,com base na previsão do parágrafo único do citado artigo 142 da CF.  Mas “pisaram na bola”. Foram muito além. Alteraram a Constituição ao dispor que somente mediante “convocação” do Presidente da República as FFAA poderiam intervir. Pior: nas 4 hipóteses previstas na Constituição. 

Deram ao presidente da república poderes de “tirano”, contrariando a Constituição. E sabe-se que a lei, mesmo a tal “complementar”, não pode ir além da constituição.
Portanto, esses “palpites” (nem podem ser considerados pareceres jurídicos) são absolutamente furados.

Enquanto   isso, está  vencendo o” páreo”, por larga margem de vantagem, a alternativa do IMPEACHMENT. Ela é a mais cômoda para o Sistema. Pouca diferença teria da primeira alternativa, ou seja, deixar as coisas assim mesmo  como estão. Uns mais ousados  chegam a dizer que seria trocar as moscas, deixando a mesma merda. Com  razão , é  evidente.

Com o impeachment ficariam intocados os Poderes Legislativo e Judiciário. Só seria atingida a Presidenta da  República, e seus cargos de confiança. Isso bastaria? É claro que não. Os méritos e vícios de um governo não se restringem à pessoa do chefe do poder executivo. Eles se amplificam em todo  o governo e podem consorciar-se com os outros  Dois Poderes (Legislativo e Judiciário),uma vez que os  propalados  “equilíbrio, independência e harmonia “dos Três Poderes, foram feitos  para turista inglês ver.

Então é quase certo que teremos mais uma reforma  FAZ-DE-CONTA, como já  se fez anteriormente com as “Diretas Já” e “Fora Collor”. Ela virá com muita pompa, discursos e esperanças, com apoio da classe política e da grande mídia. Mas a história se repetirá. 

Será um novo engodo capaz de enrolar o povo “babaca”  por mais cinco ou dez anos.

Resumidamente o que pode se afirmar é que tanto o impeachment, quanto a intervenção militar ,estão previstos e autorizados na Constituição, o primeiro dependendo do Congresso ,e o segundo do Poder Militar, o único que poderia fazer um  “impeachment” nos Três Poderes, como  impõe , inclusive , o bom senso. [não pode ser olvidado a conhecida máxima: "A Revolução vitoriosa se legitima por si mesmo."]