J. R. Guzzo
Pacote de novas regras empurra uns tributos daqui para lá, muda nomes e reparte os trilhões de forma diferente
J. R.Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
J. R.Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo
Lula, o PT e a esquerda têm de segurar o Brasil na miséria, na ignorância e no atraso; ou é desse jeito, ou não existem. É daí que vêm os votos que lhes permitem estar no governo
Sua obsessão, o tempo todo, foi arrumar empregos bem pagos (empregos, não trabalho) na máquina estatal, onde estão até hoje, aos milhares e para sempre. Mais do que tudo, roubaram como nunca se roubou no Brasil ou no mundo — comandaram o maior sistema de corrupção jamais visto na história humana, provado na justiça com confissões, documentos e devolução voluntária de dinheiro roubado. Tudo bem: você está cansado de saber que é assim. O problema é que a soma de tudo isso não é o pior. O pior é que o Sistema Lula age desta maneira porque não pode agir de outra — se fizer diferente do que tem feito vai cair morto, direto, e o instinto de sobrevivência simplesmente não admite que isso venha a acontecer.
Lula perdeu em todos os Estados brasileiros, sem falhar um, onde há mais progresso e menos pobreza; ganhou em todos os Estados, também sem falhar um, onde há mais subdesenvolvimento e mais miseráveis
(...)
O fato é que, em três meses de governo, o Sistema “L” não perdeu uma única oportunidade, nem uma que fosse, de deixar o número de pobres no Brasil igual ao que é hoje, ou se possível maior. Sua realização mais agressiva, até o momento, foi a anulação do novo marco do saneamento, que começou enfim a permitir, de 2020 para cá, que um número maior de brasileiros tivesse mais esgotos e mais água encanada. O saneamento básico é um dos maiores escândalos sociais do Brasil: por culpa única e direta da esquerda nacional e de sua maior aliada política, a elite que mantém toda uma parte da população em situação equivalente à de escravidão, 100 milhões de pessoas não têm esgoto até hoje neste país, e 35 milhões não têm nem mesmo água encanada. É isso: em pleno século XXI, 2.000 anos depois da Roma antiga ter resolvido seus problemas de água e de esgoto, 50% da população brasileira não tem uma rede sanitária elementar. Em muitos lugares é bem pior — em Belém, a segunda maior cidade da Amazônia com seus 1,5 milhão de habitantes, quase 90% dos habitantes não têm esgoto. Isso mesmo: quase 90%. O Brasil é assim por um motivo óbvio e indiscutível. Até a nova lei, só as empresas estatais, controladas pelos milionários que mandam na política dos lugares mais subdesenvolvidos do Brasil, em consórcio com o PT, podiam operar no setor — elas, com as suas pencas de empregos públicos e os seus negócios de pai para filho. O resultado objetivo da ação exclusiva das estatais na área sanitária são os 100 milhões de brasileiros que vivem sem esgoto até hoje. Seria possível citar algum outro culpado por essa tragédia? Quem? Exemplo: há décadas a água e os esgotos no Pará, para todos os efeitos práticos, são propriedade privada da família Barbalho e da estatal que lhes serve. Deu nisso — só 13% da população de Belém tem esgotos. Multiplique-se agora essa situação pelas regiões mais atrasadas do país, com exceção de Alagoas, onde a nova lei funcionou de modo exemplar. Não pode dar outra coisa.
(...)Tão ruim ou pior é o ataque de Lula e do seu governo contra a nova Lei do Ensino Médio — a primeira esperança concreta de alguma melhoria efetiva na monstruosa educação pública do Brasil. A lei foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2017, após 20 anos de discussão; para não haver qualquer desculpa, foram dados mais cinco anos de prazo até sua entrada em vigor, e a aplicação iria começar no atual ano escolar. Entre outros benefícios óbvios, passou-se a incentivar o ensino da matemática, das ciências exatas e das disciplinas que dão mais chance para os jovens no mercado de trabalho. Mais: não são obrigados a fazer nada do que não queiram; apenas foi dada a eles a chance da escolha, pela primeira vez na vida. O PT e os sindicatos de professores, é claro, sempre foram furiosamente contra qualquer mudança; exigem que fique tudo como sempre foi. Seu argumento é demente. Dizem que as novas regras interessam “às empresas” e ao “capitalismo”; não podem valer, portanto, apesar de se tratar de uma decisão do Congresso, transformada em lei.
A destruição da Lei de Cabotagem é outra agressão grosseira ao interesse da maioria da população. O Brasil tem mais de 8.500 quilômetros de costas que podem ser navegadas, mas não são. Na prática, até agora, era como se houvesse uma lei dizendo: “A navegação de cabotagem é proibida no Brasil”. Era assim por uma razão muito simples e muito safada: só podiam fazer esse serviço navios que foram construídos em “estaleiros nacionais”, ou seja, quase ninguém podia. O transporte de mercadorias em distâncias superiores a 1.200 quilômetros, ou por aí — do porto de Santos ao porto do Recife, por exemplo —, é muito mais eficaz e mais barato se for feito por mar. Isso não interessa, nem um pouco, aos aproveitadores que vivem em volta do PT. No ano passado foi aprovada pelo Congresso, como nos casos anteriores, uma lei abrindo o setor, no ritmo mais moderado que se poderia adotar, para as transportadoras brasileiras — elas ganharam o direito de fretar navios estrangeiros, ou fabricados no exterior, para navegar no litoral do seu próprio país. O efeito imediato disso seria o aumento de empregos, de renda, de lucros, de investimento e de oportunidades. Lula, naturalmente, foi contra: anulou também essa lei, com um ato de vontade. E a Lei das Estatais? Aprovada ainda no tempo de Michel Temer, ela dificultava a pilhagem das empresas públicas pelos políticos — algo de interesse direto e imediato para quem não tem nada. Foi um dos primeiros avanços que Lula destruiu, com o apoio da Câmara dos Deputados; se o Senado confirmar, ele terá cerca de 600 empregos de marajá para entregar ao PT-PCdoB-Psol ou para vender ao “centrão”.
Lula disse há pouco que quer criar uma “classe média”, doando dinheiro do Tesouro Nacional aos “pobres”. O Brasil não tem uma dívida pública?, perguntou ele. Então: por que não pode aumentar essa dívida e “acabar com a pobreza?” Parece idiota, e é idiota; mas também é intencional. Doar dinheiro público não vai acabar com pobre nenhum; se acabasse não haveria pobres no mundo, não é? O que todos eles querem, mesmo, é um Brasil miserável, pois é disso que vivem. É possível que você tenha notado que a esquerda brasileira foi parando de usar a palavra “reacionário” — sua definição, durante décadas, para quem tinha uma opinião diferente. Notaram, aparentemente, que a palavra passou a descrever, com exatidão cada vez maior, Lula e tudo o que existe em volta dele. O presidente da República é hoje o maior reacionário em ação no Brasil; quer, acima de qualquer outra coisa, manter o país em retrocesso perpétuo.
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A sociedade brasileira vive assim. A criminalidade atormenta nosso cotidiano. Bandidos, quando por azar são presos e levados à audiência de custódia, retornam dali para sua tenebrosa faina. Em muitos casos, nem a lei permite prendê-los porque protege melhor os fora-da-lei do que zela pelos cidadãos de bem. Estes, além de tungados pelo crime e achacados pelo Estado (vem aí mais um aumento de impostos), são vítimas de um tratamento discriminatório por parte dos intelectuais de foice, martelo e estrela, que o veem como causa de todos os males.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
O apelo aos eleitores para que votem “útil” é bem conhecido na política
brasileira, seu nascimento remonta ao início dos anos 80 do século
passado, quando o regime militar acabou com o bipartidarismo que ele
próprio havia implantado no Ato Institucional número 2, de 1965.
Revogada a bipolaridade restrita a Arena e MDB, surgiram o PDS, sucessor
da Arena, o PMDB, continuidade do MDB, o PTB de Ivete Vargas, o PDT de
Leonel Brizola e o PT de Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a nova pluralidade partidária, o governo João Figueiredo implantou o
voto vinculado. As eleições municipais haviam sido adiadas de 1980 para
1982. Nestas, portanto, o eleitor seria obrigado a votar em candidatos
do mesmo partido de vereador a governador, passando por prefeito (onde
houvesse eleição direta), deputado estadual, federal e senador.
O objetivo do regime em dificuldades políticas: melhorar o desempenho do
PDS nas eleições de governador, pois o oficialismo poderia vencer mesmo
onde não tivesse a maioria absoluta, desde que chegasse na frente, pois
até então a eleição para cargo majoritário era em um turno só.
O PT foi um ferrenho defensor de introduzir na Constituição de 1988 os
dois turnos para presidente, governador e prefeito, pois vinha desde
1982 sendo vítima do então batizado “voto útil”.
Lula foi alvo desse discurso quando se candidatou a governador de São
Paulo em 1982, perdendo para Franco Montoro (PMDB). Depois, Eduardo
Suplicy sofreu com o argumento quando tentou a prefeitura da capital em
1985 e o governo estadual em 1986.
Nos três momentos, o apelo pela “utilidade” do voto decorria de os
grupos identificados com o combate ao regime militar enfrentarem nas
urnas paulistanas e paulistas candidatos da direita. Reinaldo de Barros
em 82, Jânio Quadros em 85 e Paulo Maluf em 86.
O PT chegou à Constituinte em 1987 escaldado e trabalhou duro pelo seu
espaço político. O argumento era razoável. “Cada um lança seu candidato
no primeiro turno, e as alianças mais amplas acontecem no segundo.” E o
partido viu a tese dos dois turnos sair vitoriosa, abrindo caminho aos
candidatos majoritários do PT nas eleições subsequentes.
O apelo maciço do PT ao voto útil neste primeiro turno da eleição
presidencial provoca uma dúvida: por que desacreditar da possibilidade
de alianças mais amplas num eventual segundo turno?
A hipótese rósea é o PT e Lula não desejarem dar sopa para o azar e não
quererem dar a Jair Bolsonaro mais quatro semanas, e no mano a mano,
para tentar fazer o antipetismo voltar a superar o antibolsonarismo.
A outra hipótese é o PT desejar ser retornado ao poder por uma onda de
votos úteis sem precisar firmar compromissos programáticos e em torno de
espaços políticos com outros grupos, além dos escassos acordos já
firmados.
A hipótese mais realista é uma combinação das duas.
De qualquer modo, seria pouco inteligente o PT não fazer o que está
fazendo, pois um segundo turno contra Bolsonaro reabrirá a disputa
eleitoral em outro patamar, com os dois oponentes em mais paridade.[não haverá segundo turno e, se houver,o "capitão do povo" tritura o descondenado petista, que além da derrota voltará para a cadeia - cadeia mesmo, não 'resort'.]
Verdade que as projeções de segundo turno apontam vantagem, até algo
confortável, para Lula. Mas em 2018 as projeções de segundo turno antes
do primeiro estavam bem equilibradas, aí o candidato do PSL conseguiu um
arranque na reta final do primeiro turno que lhe permitiu abrir grande
diferença na largada do segundo.
Depois essa diferença foi caindo, mas a distância final acabou sendo boa, de uns dez pontos percentuais.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista politico
O bandido brasileiro, apoiado por uma retórica de conveniência e pela autoproteção dos corruptos, sabe que opera com baixíssimo risco de ser preso e pagar por sua ação. É uma espécie de “camarada em armas” de certa intelectualidade que anseia por uma revolução. Atua em ramo altamente rentável e de baixíssimo risco. Teme muito mais a duríssima lei que rege o submundo do que a lei que rege a sociedade. Aquela é eficaz; esta, mera hipótese.
Muito nos perguntamos sobre os motivos que levam tantas pessoas esclarecidas a se seduzir pelo pensamento revolucionário, marxista, apoiando ou difundindo ideias que acabarão por sufocar sua própria liberdade. Não sou eu quem o assegura. Esse é o centenário e constante grito da história. Penso que a vida e a experiência permitem constatar um fator essencial a motivar adesão a caminho tão sinistro. Refiro-me à estética revolucionária, à glamorização da vida criminosa, operada pelos salões de beleza dos meios culturais e educacionais.
Neles, a realidade presente e os fatos passados entram de um jeito e saem de outro, inteiramente modificados. O que é feio por natureza sai formoso pela jeitosa manipulação dos detalhes e ocultações. Desse trabalho, nasce a suposta superioridade moral do pensamento revolucionário.
Eis aí, a meu ver, a principal causa da insegurança em que vivemos. Ela jamais será corrigida e nossa liberdade jamais recuperada, se continuar havendo mercado para a ideia de que o criminoso é vítima da sociedade e do sistema, é alguém de quem não se pode esperar outra conduta que não seja buscar, pela violência e pela organização criminosa, o que de direito lhe pertence.
Todo criminoso – com arma, caneta ou mandato – pensa exatamente assim.
Percival Puggina (76), membro da
Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e
titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites
no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da
utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo
Pensar+.
Na política, às vezes a sorte ou o azar estão conectados ao calendário. Barack Obama teve sorte quando a crise financeira de 2008 estourou na véspera das eleições presidenciais. Azar do John McCain. Donald Trump teve azar quando a eleição do ano passado aconteceu já com uma montanha de mortos ali pela Covid-19 mas antes de as vacinas entrarem em campo. Sorte do Joe Biden.
Sobre a economia, os dados de atividade, emprego e confiança apontam recuperação. A dúvida é se o paciente continuará recuperando depois de extubado do auxílio emergencial e demais medidas extraordinárias. E ainda tem a inflação a acompanhar, com uma possível elevação de juros no horizonte. Os mercados andam otimistas, mesmo descontado o fator excesso de liquidez.
Cada um que faça seu prognóstico. O meu é que a Covid-19, e quem foi o culpado pelas mortes por ela provocadas, talvez não venha a ser o filé mignon da campanha de 2022. E se a economia estiver razoável, tampouco esta será. É possível que a eleição aqui mimetize em algum grau a americana do ano passado, onde a chave foi a formação de uma frente sócio-política-cultural anti-Trump cujo único ponto de convergência era tirá-lo do poder.
Por isso, não basta ao presidente chegar forte e competitivo em 2022, com a economia bem e senhor da narrativa que coesiona seu campo. Trump chegou e perdeu, também pelo azar com o calendário. E apesar dos sucessos na economia. Bolsonaro precisará dar um jeito de evitar a convergência do oposicionismo. Por enquanto, ele vem trabalhando para fazer o contrário, para juntar os que a ele se opõem. O primeiro grande sinal é a ensaiada união do PT com os algozes de Dilma Rousseff no impeachment dela.[alguém acredita que o 'perda total' = PT vai se unir a alguma coisa?]
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
13 de dezembro, 8h03: Faltam pouco mais de 48 horas para eu retornar à clínica onde recebi, ainda em novembro, uma dose da vacina experimental da Janssen-Cilag. Na tarde de terça-feira serei submetida a novos testes de sangue para detectar se já desenvolvi anticorpos contra a Covid-19 ou se, para azar meu, nada mudou e corro o risco de ter tomado placebo. Como voluntária em uma pesquisa científica em busca de um imunizante contra o novo coronavírus, assumi compromissos com os cientistas, como deixar que coletem 52,5 mililitros de sangue (cerca de quatro colheres de sopa) e utilizem essas informações também para pesquisas genéticas futuras – todas relacionadas à Covid.
Aprendemos muito nas últimas semanas de pandemia, e vacinas já estão sendo aplicadas em pessoas no Reino Unido, Rússia, China e, em breve, nos Estados Unidos. Mas existem outras inúmeras perguntas que, por ora, estão sem respostas. Vamos a algumas delas: