Repercute tristemente pelas mídias sociais da Argentina às
vésperas de novas eleições, o aumento assustador da criminalidade e da
delinquência.
Entre os assassinatos registrados recentemente está a
ignominiosa morte de Cecília Strzyzowski, ocorrida no dia 2 de junho
passado, em pleno meio-dia, na cidade de Resistência, capital da
Província del Chaco, norte do país.
A moça, 28
anos, foi estrangulada e picotada para ser dada aos porcos numa fazenda
pertencente à família dos próprios sogros.
Restos ósseos e pertences da
vítima, incinerados, foram encontrados nas águas de um rio próximo.
Câmeras de
vigilância registraram Cecília e César (o esposo) ingressando na
residência de Emerenciano Sena e Marcela Acunha, pais deste último. Mas a
jovem não saiu mais de lá.
A mãe, Glória, assustada com o sumiço da
filha, deu alarme e iniciou buscas.
Emerenciano e
Marcela, pais de César, com quem Cecília havia se casado recentemente,
planejaram a morte da nora propondo-lhe uma viagem ao sul, Ushuaia, para
trabalho e passeio. Tudo mentira e arapuca. Seu destino trágico seria
uma pocilga no interior de Chaco.
A notícia do
macabro crime espalhou-se e obrigou órgãos de segurança a iniciar
investigações.
O horrendo delito ganhou contornos chocantes em razão da
família assassina ter estreitos vínculos políticos e de amizade com o
governador da província, Jorge Capitanich (o Cóqui), aliado de primeira
hora da senhora Cristina Kirchner e do senhor Alberto Fernandez (vice e
presidente, respectivos, da Argentina).
As famílias
Sena e Acunha exercem liderança política na região e se tornaram
conhecidos por suas ações piqueteiras e sindicais. O esquerdismo
comunista dos criminosos é o motivo pelo qual, até o momento, não ter
havido manifestação pública dos atuais governantes condenando o fato,
nem expressado solidariedade à família da vítima.
O específico
ministério do governo kirchnerista, enaltecedor e defensor dos direitos
das mulheres, ignora os acontecimentos na Província del Chaco e os
organismos relacionados a direitos humanos, hipocritamente, guardam um
absurdo e escandaloso silêncio.
o retrato da cara de pau deslavada do
esquerdismo que alardeia e condena feminicídios só quando seus feitores
estão à direita. Estampa-se perfeitamente ali o dito de James Burnham
sobre o comportamento dos progressistas: 'pas d'ennemis à gauche'. Seus
inimigos nunca estão à esquerda, sempre à direita.
O silêncio
feminista de plantão se explica, exatamente, pelo fato dos envolvidos na
morte de Cecília serem políticos kierchneristas influentes na Província
del Chaco.
Sendo destacados sindicalistas piqueteiros e atuantes
invasores de terras públicas e alheias, esses comunistas não respeitam
leis nem têm freios em suas ousadias.
Com efeito, tornaram-se
amedrontadores revolucionários, intimidadores e barganhadores políticos,
detentores de privilégios estendidos à impunidade e à obtenção de
polpudos recursos públicos.
As autoridades, coniventes e recuadas,
participam vergonhosamente daquela violência e daquela corrupção.
Mesmo sem
qualificações profissionais, os assassinos de Cecília angariaram postos
administrativos e apropriaram-se de escolas (che guevaristas) e
fundações receptoras de verbas governamentais.
Emerenciano
Sena e Marcela Acunha, momentaneamente presos, são ainda candidatos às
eleições do próximo pleito e buscam vaga na Câmara da Província e no
governo municipal. Para arregimentar votos, mostram-se piedosos e
devotos como parecem revelar as fotografias da visita que fizeram ao
papa, em Roma.
Dos atuais
governantes provinciais e federais, na Província del Chaco, seus amigos
escandalosamente coniventes, ainda recebem dinheiro para administrar
onde e como bem lhes parecer. O apoio infraestrutural às suas 'obras
assistenciais e culturais' continua, assim como o suporte para suas
campanhas políticas. Os parceiros escancarados da ilicitude e da
imoralidade são o governador e os líderes kirchneristas nacionais.
As notícias
do crime, como disse, ultrapassaram fronteiras locais e obrigaram
autoridades, constrangidas, a iniciar diligências.
Os dias posteriores
ao delito, porém, foram tranquilos e suficientes para os criminosos
continuarem seus comícios e sumirem vestígios.
Embora tardios,
rastreamentos encontraram vultoso dinheiro no local, restos ósseos,
manchas de sangue e objetos da vítima.
O crime, claramente comprovado,
obrigou a prisão dos envolvidos, mas sua libertação pode ser iminente.
O martírio de
Cecília na Província del Chaco revela uma ponta do iceberg mafioso que
encharca a política argentina.
Sob aparentes mantos de beneficência,
assassinos mantêm pessoas sob sua dependência para que funcione o
cabresto eleitoral.
É assim em qualquer socialismo democraticamente
temperado.
A jardinagem perversa e egocêntrica desses comunistas
fazem-nos exercer uma tirania através da malversação de recursos
públicos disponíveis, aparentando um compromisso com a justiça e um
falso engajamento solidário com a população.
Cecília era
só uma modesta moça de Resistência que desejava trabalhar e ser feliz.
Mas foi atraída pelo psicopata César que a levou à gaiola de seu clã.
A
intimidade com ele, contudo, levou-a a conhecer o mar de podridão
política e moral subjacente.
Testemunhou o indevido e por isso sua
presença incomodativa tinha de ser eliminada.
Do chiqueiro
político verificado na Província del Chaco, Argentina, o olfato da
sensatez capta fedores espectrais de cortelhos espalhados pela América
Latina.
Sob muitos aspectos, nosso continente virou uma pocilga imunda e
fétida: Maduro na Venezuela, Ortega na Nicarágua, Petro em Colômbia,
Fernandez na Argentina, Boric no Chile, Morales na Bolívia, Lula no
Brasil...
A revolução
socialista de G. Orwell termina com porcos governando a fazenda e bichos
outros sendo subjugados.
A noite cínica revolucionária encerra seu
ciclo com homens e cerdos refestelando-se em comidas fartas, bebidas
finas, vestes de grife, charutos importados, sapatos e relógios luxuosos
e whiskys regando poker.
Os porcos ali se parecem a humanos e os
humanos a porcos.
Assim ocorre
com todas as festas e mentiras socialistas.
O cinismo e a hipocrisia são
sua origem e consequência.
Quem, porventura, poderia ainda crer na
honestidade, na retidão e na autenticidade patriótica das grandes
comemorações e desfiles comunistas propagados por governos norte
coreanos, cubanos, chineses, russos, romenos etc?
Ali, no coração das
aparências, os sofrimentos alheios e a decência eram e são
intencionalmente ignorados e esquecidos, pois "os homens, como conclui
ironicamente Orwell, são todos iguais, mas uns são mais iguais do que
outros".
Sem as
mazelas políticas instauradas por Juan Domingos Perón e vigorante até
nossos dias, nosso belo país vizinho seria realmente gigante e
extraordinário. Transformou-se, porém, num ultrajante feudo socialista e
terminou por cabrestear e empobrecer o país inteiro. O caminho
brasileiro poderá ser muito semelhante se não mudar de rumo. Da nossa
casta política ilegítima governante não é possível esperar coisas boas. O
socialismo é um 'esperancídio' a serviço da roubalheira e da mentira
como se lê nas entrelinhas do Foro de São Paulo. Nada mais.
Aprisionando
poderes judiciais e leis, ladrões e maníacos lubrificam-se com
impunidades psicopáticas maquiadas de serviço público e mentiroso amor
pelo povo.
Quem pode
compreender as barafundas iníquas de ministros do STF e do TSE, céleres e
parciais em processos que lhes interessam, mas lentos naqueles que não
lhes apraz?
Manifestantes presos sem o devido processo legal minguam o
direito à liberdade enquanto bandidos e ladrões confessos obtêm soltura e
riem à toa. Grande parte de nossos deputados e senadores,
diferentemente do prometido, comportam-se à maneira Fausto de Goethe:
ante o poder fascinante e enfeitiçador, ensombram-se e se mancomunam às
vantagens e benesses do governo de plantão nem que para isso vendam
própria alma. O exemplo do presidente do Partido Republicano é
eloquente: mandou às favas moralidades e se aliou a Lula.
Cartazes
eleitorais dos assassinos de Cecília na Província del Chaco diziam:
"Somos lo que hacemos". A autêntica face de suas personalidades.
Se a política
(de polis: cidade e ika: arte), consiste na justa administração das
coisas pertencentes a muitos, pode-se concluir que a sabedoria grega há
muito foi incinerada entre nós.
A ilha de
Salamina em 480 a. C., viu a batalha na qual os helenos em pequeno
número comandados por Temístocles venceram os numerosos persas
comandados por Xerxes. A coragem dos gregos brotava do amor visceral que
sentiam pela terra e pela liberdade. Preferiam a morte do que ser
escravizados. Aos soldados persas, 'universais' e mercenários,
interessava-lhes naquele então somente o soldo e os botins. Oh gregos!
Vinde um momento nos ensinar patriotismo e cidadania.
Arrancai da
casta política benefícios e privilégios e vereis seu verdadeiro rosto!
Trazei à luz suas intenções e vereis imoralidades! Extirpai do seu
horizonte vaidades e aplausos e vereis artérias contaminando seus
corações, mentiras corroendo suas palavras e perversidade orientando
seus comportamentos! Tirai de seus colos mordomias e salamaleques e
vereis hipocrisias em seus atos!
Um único
candidato a presidente da república tem coragem e ousadia de limpar o
chiqueiro político em que a Argentina se encontra. Chama-se Javier
Milei, economista da escola de Von Mises e escritor.
Seu plano de
governo é: reduzir drasticamente o número de ministérios, terminar com a
inflação, privatizar estatais, fechar todos os meios de comunicação
públicos, eliminar o Banco Central (prisioneiro da classe política e
emissor incansável de moeda), dolarizar a economia, doar a empregados e
sindicatos a empresa Aerolíneas Argentina, eliminar aposentadorias
privilegiadas, agir com mão dura contra o crime e a delinquência,
libertar de tentáculos estatais todas as obras infraestruturais,
promover o livre mercado, respeitar a vida desde a fecundação, etc...
Se os
argentinos elegerem outro candidato, exceto Javier Milei, continuarão
sua derrocada moral e econômica. Seria péssimo para o Brasil e para a
América Latina. O nefasto socialismo peronista e kirchnerista não pode
continuar, caso contrário nossa irmã Argentina cairá implacavelmente num
poço social e econômico jamais visto em sua história. Torcemos por
Javier Milei.
Santa Maria, 10/08/2023
Conservadores e Liberais - O autor é professor de Filosofia