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terça-feira, 18 de junho de 2019

A batalha do século: mulheres contra trans nos esportes

Esportistas estão revoltadas com competidoras que nasceram homens e mudaram de identidade, mas conservam as vantagens biológicas

Por Vilma Gryzinski
 
Esportes profissionais são provavelmente a mais competitiva atividade humana, incluindo aí a guerra e a luta por espaço nas filas de embarque. Ver os que correm mais rápido, saltam mais alto e arremessam os discos com mais força, disputando em igualdade de condições, é justamente o que nos mantém grudados diante da televisão nos grandes eventos esportivos (embora seja difícil imaginar uma palavra em latim para incluir o curling no mote olímpico Citius, Altius, Fortius). Glória, medalhas e contratos publicitários ajudam a insuflar o espírito competitivo e, eventualmente, induzem atletas a ir para o lado negro da força, tentando mascarar o uso de substâncias proibidonas.

Num ramo onde alguns milhõezinhos de moléculas a mais podem fazer a diferença, a tentação é enorme. Mas o que acontece quando os atletas ou, mais apropriadamente, as atletas, já trazem vantagens biológicas desde a concepção?  O que acontece é o que está ocorrendo atualmente nos Estados Unidos e em outros países loucos para imitar os americanos: em lugar de combater a discriminação, a mudança de normas e regulamentos esportivos favorecendo a participação de mulheres trans em esportes femininos incentiva a desigualdade. A prova está nos resultados das competições onde mulheres nascidas, biologicamente, homens que tinham transexualismo e mudaram de gênero, competem com mulheres que não têm nada disso.

Aliás, também têm menos massa muscular, menos volume sanguíneo, pulmões menores e portanto, menos capacidade respiratória – embora, num passado distante, muitos concordassem que tudo isso as torna o sexo superior (falar em “sexo” em lugar de “gênero” praticamente dá pelotão de fuzilamento virtual).  Nenhuma dessas características está diretamente relacionada ao nível de testosterona, artificialmente diminuído nas mulheres trans e contrabalançado por hormônios femininos. Constatar isso não implica, de maneira alguma, em manifestar preconceito ou discriminação em relação aos transexuais, antes, durante ou depois da transição. Muito menos em deixar de reconhecer o sofrimento emocional e social que tão frequentemente os acomete. Ter medo de fazer esta constatação, como vários dirigentes esportivos, é resultado do receio de parecer, erradamente, preconceituoso. Ou querer pegar uma caronazinha na onda do momento.

A “PROVA” DO HISTORIOGRAMA
Dizer que mulheres trans desfrutam de vantagens que contrariam o princípio esportivo da igualdade de condições não tem nada a ver com as ameaças e ofensas feitas contra Rachel McKinnon.
A canadense de 1,82 metro de altura e 90 quilos tornou-se campeã logo de cara, ao mudar de identidade, numa modalidade de ciclismo na faixa de 35 a 39 anos do Campeonato Mundial de Ciclismo da UCI no ano passado.  Rachel McKinnon é um bom exemplo porque, como professora de filosofia, tem uma excepcional capacidade de argumentação e a usa amplamente para defender a tese de que disputa em igualdade de condições com mulheres biológicas. Usa termos como historiograma de peso e altura para argumentar que homens e mulheres têm  grandes zonas de confluência. “A base da pirâmide de qualquer característica física masculina é tão baixa quanto a base feminina”, diz ela. Qualquer discordância é descartada como manifestação de profunda ignorância sobre biologia, além, claro, de “ódio transfóbico”.

A discussão aumentou nos Estados Unidos por causa do projeto de lei de igualdade de transgêneros, apresentado pelo deputado democrata David Ciciliine e já aprovado na Câmara – atualmente, está parado no Senado.  Até Taylor Swift já se manifestou sobre o assunto, o que praticamente encerra a discussão. Esta, no entanto, continua, pelo menos entre os poucos que não aceitam “verdade” movidas por propósitos alheios à racionalidade.  O projeto de lei criminaliza diferenciar entre meninas e mulheres com base na identidade sexual para qualquer propósito, inclusive em modalidades esportivas. Os defensores do projeto estão dispostos a tirar mulheres do pódio com base no seguinte raciocínio: “Está na hora de apoiar mulheres e meninas transgênero que precisam mais de nossa ajuda”. Em outras palavras, é um sistema de cotas para trans.

Quem disse isso foram a tenista Martina Navratilova, a professora de direito Doriane Coleman e outras duas ex-atletas, num artigo para o Washington Post. Navratilova, que assumiu publicamente o lesbianismo quando ainda não era moda, em 1981, já tinha criticado a inclusão de mulheres trans na categoria feminina, pediu desculpas pelos termos  usados e voltou a entrar na briga com o artigo no Post.
“As pessoas podem se identificar como quiserem. Mas não numa competição esportiva onde podem tirar uma mulher de ganhar uma vaga”, reclamou Paula Radcliffe, recordista mundial de maratona, depois que mulheres trans conseguiram se classificar para a Maratona de Boston, notoriamente disputada.

Se concorressem como homens, não teriam alcançado uma vaga. “Homens biológicos correm mais rápido do que mulheres biológicas”, disse Paula. A obviedade ganhou ares de revelação. “Não entendo como alguém pode dizer que existe igualdade de condições e espírito esportivo. Aumento recente de 1000% de mulheres trans no esporte”, disse a ex-nadadora olímpica britânica e hoje apresentadora Sharron Davies. “É um assunto sério que precisa ser tratado com honestidade.”
Honestidade não é um artigo popular quando entram em jogo opções ideológicas. Em quantidade muito menor, também acontece o movimento oposto: homens trans que disputam competições esportivas com homens biológicos.

ESTUPRADOR NO POÇO
Quando Patricio Manuel venceu Hugo Aguilar numa luta de boxe no fim do ano passado, absolutamente todos os comentaristas esportivos disseram que era um acontecimento histórico. Em 2012, como mulher, Miguel tentou uma vaga nas Olimpíadas.  Pode ser histórico para quem não gosta das histórias de mulheres guerreiras, fortes e combativas. Uma das melhores é a de Timocleia de Tebas. Quando o imbatível Alexandre, o Grande conquistou Tebas, um de seus comandantes, da Trácia, estuprou Timocleia e ainda perguntou se ela sabia de tesouros escondidos. Timocleia levou o elemento até um poço, empurrou-o e jogou pedras bem pesadas por cima.

Alexandre perdoou Timocleia diante de seu comportamento altivo – e do fato de que seu irmão, tombado em combate, era do Batalhão Sagrado de Tebas, a tropa de elite formada por 150 casais de homens homossexuais que combatiam lado a lado. Alexandre gostava de meninas e meninos, embora fosse muito controlado no quesito “prazeres do  corpo”. 

Palavra de Plutarco.
Não que Alexandre fosse suficientemente grande para viver acima de intrigas e fofocas. A mãe dele, por exemplo, mandava cartas falando mal de Heféstio, seu amigo predileto. E Diógenes , o filósofo da lanterna, reclamou que o maior conquistador de todos os tempos só tinha uma fraqueza: as coxas de Heféstio.
 

Até hoje historiadores debatem se os dois foram realmente amantes ou tiveram a amizade profunda entre homens que só pode ser compreendida pelos padrões culturais da Grécia Antiga. Mas dificilmente dá para imaginar Alexandre incentivando trans a competir fora da biologia.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Temos progesterona na disputa de 2018. Manuela Pinto Viera D’Ávila, do PCdoB, prova isso!

Partido lançou a pré-candidatura da deputada estadual do RS. É claro que não é pra valer, o que não deixa de ser uma pena em termos platônicos — o tal mundo das ideias

Pois é, né? Se depender do PCdoB, vem progesterona por aí…

Ciro Gomes (PDT), o macho alfa de Sobral, [registre-se que Ciro Gomes se apresenta como nordestino pelo desejo de ter parte de um curral eleitoral, haja vista que nasceu em Pindamonhangaba e usa a paixão dos nordestinos por 'bolsas' para seguir com sua carreira política do sempre candidato a presidente, apesar de jamais eleito.]  pré-candidato à Presidência, falou cedo demais. 

Ele anteviu que a disputa de 2018 seria uma tempestade de testosterona: ele próprio, Jair Bolsonaro… Imaginem se fosse para salvar a espécie! Ao dizê-lo, descartou o nome de Marina Silva (Rede). Não deixou claro se a zona de exclusão abrangia Alessandro Molon e Randolfe Rodrigues. Marina protestou. Falou grosso, em sentido moral. Há, sim, lugar para a sua clorofila. Quem disse que não?  E, agora, vejam só!, quem vem oferecendo progesterona é o PCdoB, lançando a pré-candidatura da deputada estadual (RS) Manuela Pinto Vieira D’Ávila à Presidência.

Huuummm… Ela já perdeu duas vezes a disputa pela prefeitura de Porto Alegre. E concorreu a deputada estadual em 2014, depois de dois mandatos federais, porque sentiu que sua reeleição estava ameaçada. Com a devida vênia, ainda que, em muitos aspectos, eu possa lamentar, é evidente que a coisa não é para valer. Se Lula vier a ser candidato, nem é preciso indagar onde estará o PCdoB. Mas acho que o partido marcha com o PT mesmo que outro seja o indicado.

Por ora, há uma diversidade literalmente substancial para 2018: testosterona, progesterona, clorofila, nióbio, grafeno… Quem sabe a gente venha ainda a ter massa cinzenta, né?  Já temos progesterona. Manuela Pinto Viera D’Ávila prova isso! Já imaginaram o PC do B como o mais belo rosto da disputa? Sem o bigodão do Stálin?
E tudo isso, gente, nos 100 anos da Revolução Russa! É muito simbolismo, né?

 Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo


domingo, 29 de outubro de 2017

Luciano ajuda o país ficando fora da eleição. Ou ajuda a eleger o PT

Minha coluna na Folha: Luciano ajuda o país ficando fora da eleição. Ou ajuda a eleger o PT

Se Luciano disputar a Presidência, os eleitores vão ser convidados a dizer "sim" ou "não" à TV Globo. E vencerá o "não", como já vence hoje. Ainda que o capeta esteja do outro lado. "Ajuda Luciano"


Luciano ajuda longe da urna; não pode ser nome palatável do medo de pobre


Se me pedirem para dar conselhos financeiros a Luciano Huck, nada tenho a lhe dizer. Nunca ensino gente mais rica do que eu a ficar... rico! Mas posso lhe expor duas ou três coisas que sei sobre Godard e sobre política. Num caso, sempre teremos Paris. No outro, não.  Luciano candidato à Presidência é o caminho mais curto para um plebiscito de resultado certo e para a volta da esquerda ao poder. "Endoidou, Reinaldo?" Não!

Perguntaram isso a Cassandra antes de meterem Troia adentro um presente de grego. Eu apenas ajudo Luciano a ajudar o Brasil. Se ele disputar a Presidência, os eleitores vão ser convidados a dizer "sim" ou "não" à TV Globo. E vencerá o "não", como já vence hoje.
Ainda que o capeta esteja do outro lado. "Ajuda Luciano". Há três dados de realidade a levar em conta para 2018: 1) a esquerda é mais coesa e leal (entre os seus, claro!) do que os adversários; 2) os liberais de verdade se contam na mão de menos dedos de Lula; 3) o discurso antipetista mais visível aderiu, com impressionante ligeireza, a um reacionarismo abjeto.

Prefere caçar tarados a se dedicar à reforma da Previdência ou à privatização da Petrobras. Lixo. 

Lula não será candidato. O TRF-4 vai condená-lo. Já escrevi que será sem provas. Os pares de toga de Sergio Moro não deixariam na mão o seu "jedi". Pouco importa. Candidato ou não, preso ou não (e, nesse caso, seria pior), a ressurreição do petista, como antevi nesta coluna no dia 17 de fevereiro, já aconteceu.

Não sendo ele próprio o nome do PT, o Datafolha aponta que o líder petista transfere tal número de votos que o seu ungido, dada a fragmentação do terreno antipetista, disputaria o segundo turno. Assim, o que temos de certo? Lula hoje seria eleito se disputasse. O que temos de provável? O nome que indicasse iria para a etapa final. Mas contra quem? Bem, aí não há nem certo nem provável. Só o imenso mar da incerteza. Isso, por si, atesta a qualidade do trabalho de Rodrigo Janot, de seus valentes e da direita xucra. 

Outro ente metafísico foi ressuscitado, além de Lula. Atende pelo nome de "Ozmercádus". Esse tal se entusiasmava com João Doria. A candidatura virou farinata. Os que apostarem no PSDB devem entrar na fila do beija-mão de Geraldo Alckmin. Não vejo razão para Jair Bolsonaro desistir de suas imposturas. À diferença de Ciro Gomes, um postulante possível, penso que a clorofila de Marina Silva comporá com a testosterona retórica da "macharia". Coloquem, então, Luciano nessa glossolalia de 2018.

A fragmentação no terreno do antipetismo seria de tal ordem que um engenheiro celestial ou infernal— de esquerda não conseguiria pensar em nada melhor para seus propósitos. E é nesse ponto que chego ao "é da coisa". Luciano, o Tiririca dos descolados, teria grande chance de disputar o segundo turno com o candidato de Lula. Seria o nome mais derrotável.

Isso vai contra o senso comum? Paguem para ver. Não teríamos, reitero, uma eleição, mas um plebiscito. Luciano, que me parece ser uma boa pessoa e um empresário capaz, seria massacrado pela pergunta: "Você aceita ser governado pela Globo?" O "não" venceria com folga, ainda que a questão não fosse exatamente verdadeira.
Notem que Luciano já é refém, ainda que involuntário, de "Ozmercádus", como Doria foi um dia. É esse ente quem diz: "Precisamos de alguém para enfrentar Lula ou o ungido de Lula". Ou, como afirmou um desses gênios com os dois pés no chão e as duas mãos também, só ele poderia fazer o povão aderir à reforma da Previdência. O raciocínio embute a tese mentirosa de que a dita-cuja seria ruim para os pobres, mas que o apresentador poderia trapaceá-los, fazendo parecer coisa boa.

É a má consciência que aquece esse caldeirão. "Ozmercádus" quer fazer de Luciano o nome palatável do medo que tem dos pobres.
"Ajuda Luciano". 

Fonte: Folha de São Paulo - Coluna do Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Ciro Gomes atira em Marina e acerta o próprio pé; são os Ciros, as Marinas e coisas do gênero que vão eleger presidente: BOLSONARO

Ciro dá o primeiro tiro no pé; ao falar de Marina, diz: “O momento é muito de testosterona”

Em 2002, indagado sobre o papel de sua mulher na campanha, poetizou: “Minha companheira tem um dos papeis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental”

Desta feita, ele foi mais rápido. A menos que seja resgatado por Lula — sim, aquele que, segundo o Datafolha, colocaria em primeiro ou segundo lugar o nome que escolhesse para a Presidência —, Ciro Gomes (PDT) já pode ser considerado ex-candidato à Presidência. Por quê? Bem, ele resolveu estabelecer uma relação entre a Presidência da República e os hormônios. Com a fineza habitual. Não sei se Ciro é a exacerbação do que chamam “ideologia de gênero” ou sua negação.

Ele participou, nesta quinta, de um almoço na Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio). Instado a comentar a eventual candidatura de Marina, saiu-se com este misto de Richard Dawkins com Jandir, a personagem de Jesse Valadão no filme “Cafajestes”, de Ruy Guerra. Prestem atenção: “Não tou vendo a Marina com apetite de ser candidata, ou então é uma tática extraordinariamente nova que nunca vi na minha vida pública, que é o negócio de jogar parado. Não vejo ela com energia, e o momento é muito de testosterona. Não elogio isso. É mau para o Brasil, mas é um momento muito agressivo, e ela tem uma psicologia avessa a isso. Não sei, eu tou achando que ela não é candidata”. [talvez falte a Marina a disposição para ser candidata sempre a perder - Ciro já perdeu umas três ou quatro eleições.
Mas é bom que ele e Marina sejam candidatos, aumenta o número de derrotados por Bolsonaro - futuro presidente do Brasil e moralizador dessa República da Banânia.]

Como?
Daqui a pouco Ciro vai dizer que não enxerga explosão de testosterona nem no deputado Alessandro Molon (RJ) nem no senador Randolfe Rodrigues (AP), hoje as faces mais presentes — na Globo, quase todo dia! — da Rede.  Sim, ele se deu conta do fora e tentou consertar: “É mau para o Brasil, mas é um momento muito agressivo, e ela tem uma psicologia avessa a isso. Não sei, eu tou achando que ela não é candidata.”  Bem, na disputa da bravata hormonal, então, os candidatos deveriam ser, deixem-me ver, Jair Bolsonaro e o próprio Ciro. Não porque os outros postulantes não remetam a características masculinas. É que Ciro alude, e as palavras fazem sentido, ao macho bruto, truculento, capaz de ir para o confronto. Não sei se inclui campeonato de cuspe naquele papo de saber quem chega mais longe… De certo modo, hoje, nem Lula, que já foi o “Sapo Barbudo” de Brizola, se encaixa nessa bomba de testosterônica. Uma amiga ironizou no WhatsApp: “Se o caso é testosterona, ele que trate de fazer reposição hormonal; já está na hora”…

Como esquecer a frase que ficará para história da política? Em 2002, candidato à Presidência pelo PPS, era casado com a atriz Patrícia Pillar, ainda hoje uma das mulheres mais belas e desejadas do país; reconhecida, antes de tudo, como uma atriz competente; figura admirada por seu comedimento e elegância. Em agosto, daquele ano, alguém resolveu perguntar qual era o papel de Patrícia em sua campanha. Ele mandou ver: “Minha companheira tem um dos papeis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental”.

Ele já tinha começado a descer a ladeira em julho. Num programa de rádio, ao receber uma pergunta de um ouvinte, em Salvador, atirou: “São estes petistas furibundos. Isso é para você deixar de ser burro”.

Em outubro, na reta final, ainda tentou se apresentar como alternativa ao PT: “Quem quiser tocar fogo no Brasil e experimentar uma aventura vota em Lula. Quem quiser uma mudança segura vota conosco”.

Lula disputou o segundo turno com o tucano José Serra, e Ciro não apenas apoiou o petista como se tornou seu ministro.

Em 2009, então deputado federal, estava em curso uma apuração sobre farra com passagens aéreas na Câmara. Ele resolveu dar uma resposta cheia de macho: “Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém! Da imprensa, dos deputados. Pode escrever o caralho aí!”

Em março deste ano, depois de Sérgio Moro determinar, de maneira realmente destrambelhada, a condução coercitiva de um blogueiro, Ciro decidiu deixar claro como ele trata esse negócio de autoritarismo da Justiça: com testosterona. Disse: “Hoje esse Moro resolveu prender um blogueiro. Ele que mande me prender. Eu vou receber a turma dele na bala”.

A língua de Ciro é certamente mais comprida do que elevado o seu índice de testosterona. Mas ele tenda vender uma coisa por outra… Felizmente, é a maior vítima de si mesmo.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo 
 

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Paciente tem ereção de três dias após tomar suplemento com ervas – UTILIDADE PÚBLICA



Uma recente publicação na revista "International Journal of Impotence Research" mostrou um caso curioso de priapismo: um paciente de 36 anos teve uma ereção que durou três dias após tomar um suplemento com ervas.

[Alerta: segundo informações médicas o priapismo além de ser dolorido, apresenta o risco de causar gangrena no pênis – o sangue que causa a longa ereção não circula, com isso perde a oxigenação e após quatro horas  surge o risco de gangrena – quando o ‘instrumento’ corre o risco de ser amputado.
Segundo informações de um urologista um episódio de priapismo com 36 horas é inviável – o cidadão já teria perdido o membro.
Outro lembrete é que mesmo a ferramenta estando em plena ereção por horas seguidas, o ato sexual completo exige algum esforço físico, especialmente com duração de horas e horas – assim, é bom cuidar também da forma física geral.]

Os médicos que atenderam o paciente em hospital de Chievo (Itália) acreditam que o "vilão" foi a Tribulus terrestris, que costuma ser associada ao tratamento para baixo nível de testosterona e disfunção sexual, embora não haja comprovação da eficácia.

O paciente de priapismo, que não teve o nome divulgado, contou aos médicos que estava tomando o suplemento por 15 dias e que não estava usando qualquer outra medicação no período. A ereção foi anulada após uma intervenção cirúrgica. Oito meses depois, de acordo com o relato citado pelo site "Buzzfeed", o homem teve as suas funções sexuais regularizadas.

Fonte: Blog PAGE NOT FOUND


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Califado da Testosterona

Oliver: Califado da Testosterona

Escrevo estas mal traçadas linhas enquanto o cheiro de piloto jordaniano queimado ainda pode ser sentido pelas redes sociais, embora o episódio tenha acontecido ainda em janeiro. É evidente que uma pergunta se repete toda vez que aquela gorilada brande suas armas e monta seu circo de matar inocentes: de onde vem a grana? Quem banca aquela farra em nome de “Deus é grande”?


É realmente difícil entender “a nova estética” da brutalidade dessa gente. Me parece que os neurônios rudes encontraram uma ligação direta entre o prazer e a submissão, entre a dor e a sublimação. “Falta bolinação naquelas terras”, garante uma entidade baiana que conheço. Deve ser. Quem lembrar de Pulp Fiction e seus detalhes sórdidos lembrará que um “escravinho” é mantido preso na loja onde serão seviciados o lutador e seu mecenas. Ele é liberado dos grilhões e das indumentárias que o flagelam apenas para servir aos seus donos.

A indigesta semelhança com a hipócrita noção de recato que essa gente defende, aquela que coloca a mulher “em seu devido lugar e papel”, é um exemplo acabado de que a evolução da espécie bateu pinos naquelas terras secas. A noção de sexo de gente assim é totalmente pervertida; pessoas saem do interior de seus casulos de roupas, com aqueles narizes enormes em riste e barbas por fazer – de ambos os “amantes” e promovem um ritual de brutalidade e perversão, diametralmente oposto ao encontro de almas em sintonia ensejado numa relação amorosa normal.

A insistência em caricaturar o ato amoroso como um ritual de provocações e liturgias, misturando a natureza e a religiosidade num balaio esquisito, é a prova cabal do sexo a três que é imposto a esse mundo igualmente estranho. Lá é você, o outro e o Estado. Qualquer tentativa de não levar o Estado para a cama é punida com dezenas de chibatadas. Um porre. Venho reiterando que quem não brinca na infância acaba por querer brincar com brinquedos esquisitos na idade adulta.

O Estado Islâmico e a Petrobras não se diferenciam muito no potentado que tentam erigir dos escombros dessas sociedades. O que os distingue é apenas a divulgação dos métodos de tortura e morte dos seus abusados. Enquanto no primeiro elas são uma decisão estética e individual, desenhada para chocar o mundo livre pela barbárie que ensejam, no califado dos velcros colados daqui ela se dá por um tortuoso caminho que começa no desvio de verbas públicas para manter uma macacada no poder e passa pela falta dessas mesmas verbas para as necessidades básicas da sociedade.

Quanto menos câmeras registrarem a nossa guerra por submissão, melhor será para os orangotangos de plantão. É justamente aí que as duas realidades aparentemente tão opostas se encontram. A grana para montar o califado da barbárie vem do pedágio pago pelas drogas para entrar na Europa via África. Bingo. Agora fica fácil entender o fascínio pela baioneta que ambos cultuam sobre a pobre sociedade que oprimem. Eles são irmãos, na defesa cristalizada que fazem de suas negações de infância. Faltou um degrau na evolução dessas espécies. O degrau da decência.

Fonte:  VLADY OLIVER - Coluna do Augusto Nunes