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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Fator previdenciário - Oposição se mobiliza para tentar derrubar possível veto de Dilma


Mas Delcídio nega decisão de vetar o fim do fator previdenciário
A maioria dos senadores oposicionistas colocou em dúvida “o nível do compromisso” da presidente Dilma Rousseff em não vetar "o fim do fator previdenciário", uma decisão considerada importante pelos congressistas. Aécio Neves (PSDB-MG) disse ter certeza que haverá veto e pediu que os parlamentares o derrubem por unanimidade.

Até o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que a população não aceitaria mais a continuidade do fator previdenciário. Ele disse que  Dilma terá uma nova chance de “demonstrar sensibilidade” sancionando o texto aprovado pelo Parlamento. — No momento em que mando a matéria para sanção presidencial, quero repetir que a presidente da República tem uma nova oportunidade para não vetar o fim do fator previdenciário. Se ela vetar, ela estará preferindo dar uma pedalada no aposentado brasileiro — afirmou Renan.

Durante os debates, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), afirmou que o governo não tinha posição oficial sobre um possível veto à regra alternativa ao fator previdenciário. — A orientação para a base aliada no Senado foi de votar o PLV 4/2015 do jeito que veio da Câmara, mas a Presidência ainda estuda se haverá ou não veto ao artigo que trata do tema — disse Delcídio.

Fonte: Diário do Poder


Se Levy sair, Dilma cairá



Não faço parte do time do “quanto pior, melhor”. Já fiz. Quando era petista (sim, confesso que fui), a torcida era pelo desastre que aceleraria a queda do “inimigo”. Celebrávamos a tragédia sofrida por terceiros desde que pudesse apressar a derrota de quem deveria ser somente adversário, mas se transformava em inimigo pela nossa visão distorcida. Foi essa uma das causas do meu afastamento. E da minha repulsa pelo que o PT hoje é.

O mercado mundial confia em Dilma? Não, obviamente. A escolha feita no primeiro mandato – Guido Mantega – foi motivo de piadas internacionais. O mínimo que se dizia dele é que, caso indicasse o caminho da esquerda, ficaria claro que o correto era o outro. A revista The Economist  rotulou de “100% Man” o brasileiro que errava 100% das previsões. E o mundo sabia que Mantega, um fantoche de Dilma, dizia ou fazia o que a chefe mandava.

É Joaquim Levy quem segura a credibilidade do Brasil. É ele quem tem impedido a perda do grau de investimento, etapa que antecede o desastre completo. Hoje, o ministro da Fazenda se recusou a participar da cerimônia que anunciou os cortes orçamentários de 2015. Levy exigia 80 bilhões. Foram 70. Levy alegou ter sido surpreendido por uma gripe para justificar a ausência.

Recado dado, recado entendido por todos. Na véspera, o senador Lindbergh Farias, do PT do RJ, exigiu a demissão de Levy. Ainda não descobriu que isso resultaria na completa perda de credibilidade. O famoso tiro no pé. Receio que Joaquim Levy já esteja cansado das farsas e desculpas inseparáveis do estilo do governo federal. Se Levy sair, Dilma cairá.

Simples assim. Ela odeia Levy. E Levy não tem qualquer simpatia pela presidente. Ambos apenas se suportam. Dilma faz isso para manter-se no poder mantido por um estelionato eleitoral. Levy tenta colocar em prática, coerentemente, o que aprendeu e ensinou. Na visão de Nelson Barbosa, ministro do Planejamento e bobo da corte da hora, a situação está sob controle. Os cortes, garantiu, preservam tudo. Se é assim, cabe a pergunta: cortar para quê? O relevante nisso tudo é o que não foi dito. E a ausência de quem deveria estar lá para dizer.

Fonte: Veja OnLine

Bradesco estima queda do PIB este ano em 2%




Bradesco projeta contração do PIB de 2% neste ano
Somente no primeiro trimestre, estimativa é de recuo de 0,5%
O Bradesco projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro terá contração de 2,0 por cento neste ano, diante da piora do mercado de trabalho e da confiança, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira. A estimativa do banco para o primeiro trimestre é de que o PIB irá recuar 0,5% sobre o período imediatamente anterior, conforme apontado em nota assinada pelo diretor de pesquisas e estudos econômicos, Octavio de Barros.

“Entendemos que, se nossa projeção para o primeiro trimestre se confirmar, as expectativas devem convergir rapidamente para uma contração do PIB de 2% em 2015. Isso se deve à piora, na margem, dos indicadores antecedentes e coincidentes do PIB, divulgados recentemente”, segundo a nota. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na sexta-feira os dados sobre a atividade econômica brasileira no primeiro trimestre. Pesquisa da Reuters junto a economistas aponta expectativa de recuo de 0,5% sobre o quarto trimestre. A projeção do Bradesco para este ano é pior do que a de especialistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central, cuja estimativa mais recente aponta para contração de 1,24% do PIB neste ano.  Qualquer resultado negativo representaria a primeira contração desde 2009 e tanto a projeção do Bradesco quanto a do Focus seria o pior resultado para a economia brasileira em 25 anos.

Fonte: O Globo - Reuters

Presidente impedida


Estranhou-se a ausência do ministro Joaquim Levy no momento do anúncio dos cortes no Orçamento, mas deu-se como natural o fato de mensagem de tamanha importância não ser transmitida ao País pela presidente da República. Dilma Rousseff seria a porta-voz abalizada. Isso em tempos normais. Neles também caberia à chefe do Poder Executivo reunir governadores para debater o contrato federativo e receber os prefeitos que anualmente "marcham" a Brasília.

A tarefa neste ano ficou com os presidentes da Câmara e do Senado. A presidente já não havia aparecido quando do anúncio das medidas do ajuste fiscal, oficializando assim a transferência da condução pública da economia para Joaquim Levy. Questão de confiabilidade.  Depois, viu-se forçada a terceirizar a articulação política. Questão de habilidade. Entregou o serviço ao vice-presidente Michel Temer, comandante em chefe do PMDB, justamente o partido que o governo de início pretendia alijar da coalizão, substituindo por aliados mais dóceis. [Temer consegue ser o articulador político de um governo que sequer o convida para as reuniões de articulação política.] 

Adiante o Congresso limitou a uma só a indicação de ministros do Supremo Tribunal Federal pela atual presidente, ao aprovar a extensão de 70 para 75 anos de idade a aposentadoria compulsória dos magistrados. No meio tempo Dilma Rousseff e a opinião pública desentenderam-se de tal maneira que à presidente não restou opção a não ser o recolhimento. Parou de circular em eventos onde pudesse haver contato com a população e precisou até abrir mão do monólogo dos pronunciamentos oficiais em rede de televisão a fim de evitar vaias e panelaços.

Diga-se em favor da presidente que não é o único alvo. O vice também já foi obrigado a desistir de discursar em solenidades públicas devido a protestos de não mais que 50 pessoas e até o ex-presidente Luiz Inácio da Silva andou levando uns passa-foras quando apareceu no programa anual do PT. Do qual, pela primeira vez, Dilma absteve-se de participar. Como reza o lugar comum, não está fácil para ninguém. Nem para a oposição que, apesar de todo o desgaste do governo, tem dado um duro danado para calibrar o enfrentamento com o Planalto. Precisa manter acesa a chama da insatisfação, mas, ao mesmo tempo, não pode perder o pé da realidade.

Por exemplo: de que adianta insistir em pedido de impeachment via Parlamento se está mais do que evidente que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não dará prosseguimento ao processo, seja por falta de embasamento objetivo ou ausência de interesse político?  Ademais, sejamos francos: se por hipótese remota houvesse o afastamento da presidente antes de dois anos de mandato e fossem realizadas novas eleições, a oposição estaria mesmo interessada em assumir o comando do País do jeito que está?

Por ora, ao PSDB parece soar muito mais agradável assistir ao PT, Dilma, Lula e companhia encontrarem uma saída para a enrascada que eles mesmos construíram. Além disso, as coisas entre os tucanos voltaram a ficar complicadas em termos de ambições presidenciais.  O senador Aécio Neves já não corre sozinho. O governador Geraldo Alckmin constrói seu caminho rumo à candidatura e o senador José Serra começa a se reposicionar. Para os oposicionistas, portanto, melhor o impedimento de fato, na prática, que um impeachment de direito sem efeito.

Fonte: Dora Kramer – O Estado de São Paulo


Dilma perde ou Dilma perde.


Por que, excetuando-se os gritos de "Fora, Dilma", os principais movimentos de oposição se afastaram do impeachment e entregaram à Justiça, mais lenta que a Política, a tarefa de pressionar a presidente por eventuais irregularidades?

Porque, para a oposição, o PMDB e boa parte da base governista, a situação está ótima. Se o Governo der certo, os responsáveis serão Joaquim Levy e Michel Temer; se der errado, a responsável será Dilma. Se Levy sair do Governo, a culpa será de Dilma. Se ficar, e seu plano não funcionar, terá sido o pessoal de Dilma que atrapalhou. Se o combate à corrupção for bem, os responsáveis terão sido as CPIs, a imprensa e o juiz Moro. Se for mal, a culpa é de Dilma, que sabotou a investigação. Para que afastá-la e colocar Michel Temer no Governo, com a responsabilidade de consertar o estrago? É bem melhor se queixar da falta de condições de trabalho, sabendo que a vitória está garantida.

Hoje, o mundo político se divide entre a turma do "não" e o grupo do "não, senhora". E, se alguém acha que Lula irá ajudá-la, é bom lembrar que José Dirceu, o capitão do time, o competente coordenador de sua chegada ao poder, ficou a pão e água. Lula estimulou Lindbergh Farias a desafiar o PMDB. Lindbergh agora joga contra Dilma e o ajuste econômico. Não é difícil imaginar quem dá fôlego ao velho cara-pintada. Lula está convencido, como De Gaulle, de que uma das maiores virtudes do estadista é a ingratidão. Lula será o primeiro a ajudar Dilma quando ela não precisar de ajuda.


Até lá, como De Gaulle, será virtuoso.
Eles ganham ou ganham
O caro leitor antipetista ficou feliz com essas observações? Não fique: os vitoriosos nesse braço de ferro são Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Ambos
são políticos hábeis, conhecedores do caminho das pedras. Eduardo Cunha, além disso, é estudioso e muito trabalhador. São belas virtudes, mas ninguém ousaria insultá-los chamando-os de gente do bem. São políticos, ponto.

Acham que o que é bom para eles é bom para todos
. E, sendo bom para todos, é tudo deles.

A folia federal
O grupo pró-impeachment, que marchou a pé de São Paulo para Brasília, lidera as manifestações antigoverno, com apoio de prefeitos que se sentem sufocados com a falta de verbas. O PT acusa o PMDB de inflar as despesas públicas numa época em que é preciso conter os gastos; mas o PT tem Lindbergh Farias e Paulo Paim abrindo fogo contra o controle de
despesas.


Michel Temer foi escolhido por Dilma para ser seu coordenador político, mas ela não o convida para suas reuniões de coordenação (e não cumpre as promessas de entrega de cargos que ele, com sua autorização, faz em nome do Governo).  E a oposição oficial? Deve se manifestar assim que terminar a temporada de homenagens no Exterior e quando chegar um novo carregamento de trufas brancas da Itália, o que lhe permitirá reunir seus líderes em bons restaurantes e discutir, entre citações e análise de vinhos, qual sua função na atual conjuntura.

PMDB velho de guerra
Não é todo mundo que acredita em divergências entre Renan e Eduardo Cunha. Há quem ache que os dois combinam os papéis: às vezes um é o bonzinho, às vezes é o outro. E, em certas questões, estão totalmente de acordo: não querem, por exemplo, nem ouvir falar de Moreira Franco, apadrinhado por Temer. Lembram que, nos cargos que ocupou, Moreira Franco nunca atendeu à bancada. Cunha vai mais longe: lembra que nenhum secretário de Moreira Franco no Rio conseguiu ser eleito no final do mandato do governador.

Dinheiro não importa
A declaração é de Arthur Chioro, o ministro da Saúde: diz que os cortes no Orçamento não afetam os programas de seu Ministério. Dito isso, pergunta-se:
1 - Se os cortes não afetam os programas, por que havia no Orçamento as verbas extras que acabaram sendo cortadas? Era dinheiro desperdiçado, apenas?
2 - Se o orçamento disponível, mesmo cortado, é suficiente para o, por que a insistência em querer cobrar a CPMF, o imposto do cheque, para financiar a saúde? Ministério da Saúde. Se o dinheiro extra é desnecessário, por que o pedem?

Nós pagamos, eles lucram
Uma notável reportagem do respeitado jornalista Leão Serva, na Folha de S.Paulo, revela algo muito estranho: o prefeito Fernando Haddad está lançando uma Parceria Público-Privada, PPP, para reformular toda a iluminação paulistana. O estranho é que a Prefeitura faz o investimento, com verba da Cosip, o imposto que pagamos pela Iluminação Pública, e o parceiro privado fica com os lucros durante uns bons vinte anos.

Parceria assim este colunista também quer.

Acredite se puder

Dilma Rousseff concedeu longa entrevista, no México, ao jornal La Jornada: confundiu as cores da bandeira do México, afirmou que o mojito, tradicional coquetel cubano, é mexicano, confundiu toltecas e astecas, colocou os incas e seu império sul-americano dentro do império asteca da América do Norte, achou curiosíssimo o nome de um quadro, Natureza Morta.

Não duvide: a transcrição oficial da entrevista, na íntegra, está em