Presidente participará de dois eventos no Ceará – a meta é cada família
receber três Bolsa-Familia: a federal,
que já recebem, mais uma do
estado e outra do município. Com isso Dilma espera criar regiões em que as
pessoas não precisem trabalhar
Nós trabalhamos e pagamos a CPMF e os moradores da Região Nordeste
descansam
A
presidente Dilma Rousseff tenta viabilizar uma reunião com os governadores do
Nordeste para a noite desta sexta-feira, dia 28, em Fortaleza. A expectativa
dos dirigentes é que Dilma aproveite a
ocasião para discutir a proposta de recriação da CPMF.
Dilma
acionou nesta quinta-feira o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), para que organizasse o encontro com os outros 8
governadores da região. A previsão é que o encontro ocorra em um jantar na
capital à noite, depois da agenda de Dilma no estado, que inclui a entrega de
unidades do “Minha Casa, Minha Vida” em
Caucaia e participação no evento “Dialoga
Ceará”, no final da tarde, em Fortaleza. A presidente, conforme agenda
divulgada pelo Palácio do Planalto, embarca às 11h para Fortaleza.
Os
governadores dos estados do Nordeste costumam manter reuniões frequentes para
debater temas de interesse da região. Desde novembro do ano passado, após terem sido
eleitos, já houve 4 encontros em que o tema do financiamento da saúde foi
debatido, inclusive com discussões sobre a criação de um imposto para gerar
recursos para a área.
Segundo
participantes desses encontros, há um consenso sobre a necessidade de mais
recursos para a saúde, mas o grupo se divide quanto à criação de um imposto. Pode ser um obstáculo no apoio dos governadores do Nordeste à
presidente Dilma a reação negativa no Congresso, principalmente por
parte dos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan
Calheiros (PMDB-AL), respectivamente, sobre a proposta de recriação da CPMF e
de qualquer aumento de impostos.
Ainda
assim, interlocutores desses governadores dizem que, mesmo os que são
contrários à iniciativa, querem “ouvir”
o que a presidente tem a dizer sobre o tema. Para tornar a medida mais
palatável e aumentar suas chances de aprovação no Congresso, a ideia do governo é propor que a CPMF passe a ser partilhada
com estados e municípios e não fique mais exclusivamente nas mãos da
União.
A
proposta de recriar a CPMF para reforçar o caixa da União em estudo no governo
prevê que a alíquota do tributo fique em 0,38%. Esse foi o percentual que vigorou de 1999 até o
final de 2007, quando a contribuição foi extinta.