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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Fim da Lava-Jato em Benfica: Presos serão transferidos para Bangu 8 a partir de hoje



Unidade em Gericinó é dividida em celas para dois e cadeia coletiva, chamada de Maracanã. Cabral já está no presídio



A Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, deixa de ser a unidade de destino dos presos da Operação Calicute, versão carioca da Lava Jato. Cenário de escândalos envolvendo mordomias a presos liderados pelo ex-governador Sérgio Cabral, o local passará, a partir desta semana, a ser exclusivamente porta de entrada do sistema prisional do Rio, de acordo com a política de reestruturação iniciada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (Seap), com o aval do comando da intervenção federal na segurança pública. Alguns presos já estão sendo transferidos nesta segunda-feira. A transferência das mulheres só começa na semana que vem. Serão realocados na Cadeia Pública Petrolino Werling de Oliveira, mais conhecida como Bangu 8, 121 detentos saídos do presídio de Benfica. Ao todo, serão transferidos 219 presos. 


Exército realizou vistoria no Complexo de Gericinó - Arquivo / 27/03/2018 / Fabiano Rocha / Agência O Globo



Oficialmente, a mudança é justificada pela incompatibilidade entre operar como unidade de ingresso no sistema e, ao mesmo tempo, servir para abrigar presos com curso superior e presos temporários federais. Mas a principal motivação foi a sequência de denúncias sobre as facilidade oferecidas aos presos do grupo do ex-governador. Com a reestruturação, o grupo da Calicute será integralmente transferido para Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó. Já se encontram nessa unidade o ex-governador Sergio Cabral (desde que voltou de Curitiba, há três semanas) e o ex-secretário de Obras de sua gestão, Hudson Braga, transferido recentemente. Todos os demais serão remanejados até sexta-feira próxima. Ainda existe pendências judiciais mantendo alguns presos em Benfica, mas a Seap espera convencer a Vara de Execuções Penais a autorizar a completa transferência dos presos federais em uma semana, no máximo. Carlos Miranda é o único que não será transferido, pois em seu acordo de delação pediu para cumprir sua pena até dia novembro no complexo de Benfica.

Com capacidade oficial para 184 presos, número que pode ser ampliado em caso de necessidade, a unidade é dividida em celas para duas pessoas e uma cadeia coletiva, chamada de Maracanã. Até o momento, Cabral se encontra sozinho em uma das seis celas da galeria E de Bangu 8, que tem seis metros quadrados. As mulheres presos pela Calicute também deixarão Benfica e serão levadas para a Presídio Nelson Hungria.

O Globo
 

 

Lula continua em cana - ex-presidente está preso há um mês

Um mês depois da prisão de Lula, vigília diminui e tensão aumenta

Um drone branco sobrevoa diariamente o prédio da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso há um mês, condenado pela Operação Lava Jato no caso triplex do Guarujá. Pela câmera da mini aeronave não tripulada, policiais monitoram o movimento dos moradores locais e dos “acampados” na área sitiada do entorno da Superintendência da PF. O ambiente é cada vez mais tenso.

Os episódios recorrentes de conflitos levaram na última semana o prefeito de Curitiba, o urbanista Rafael Greca (PMN), a fazer uma “súplica” à Justiça. Ele cobrou a saída de Lula – e dos manifestantes – do local e disse que e o zoneamento urbano do bairro onde está a sede da PF pode até comportar um prédio com o serviço de emissão de passaportes, mas não “alojar, em caráter de confinamento penitenciário, um preso com a expressiva trajetória política do líder sindical, mentor e líder de movimentos sociais, ex-presidente da República”.  O zumbido diário do drone da PF é mais um dos barulhos da nova rotina do antes sossegado bairro Jardim Santa Cândida, local arborizado num dos extremos de Curitiba. Desde a chegada de Lula e do grupo de apoiadores, a área virou palco de relações conflituosas.

Do alto, as imagens do drone registram desde o dia 7 de abril o esvaziamento do acampamento – organizado pelo PT e pelo MST e batizado de “Lula Livre”. Nas duas primeiras semanas, após a chegada do ex-presidente, cerca de 500 manifestantes formavam o acampamento, com barracas espalhadas nas ruas do bairro e sobre as calçadas. Com ele vieram o comércio clandestino, a cantorias, os gritos de ordem, o futebol nas ruas, a constante presença policial, os bloqueios de tráfego e a quebra da rotina.

Desde o dia 17, são cerca de 70 pessoas, segundo a organização, que passaram a dormir em barracas em um terreno alugado há 800 metros do ponto principal dos protestos, a “esquina Olga Benário”, como batizaram os acampados o encontro da rua Guilherme Matter com a Dr. Barreto Coutinho. O cruzamento é o marco zero do acampamento, que está bloqueado pelos manifestantes e pelo cordão da isolamento da Polícia Militar que cumpre ordem da Justiça estadual de interdito da área do entorno da PF. Ali permanecem quatro barracas da estrutura operacional do movimento: a que recebe os donativos, a da comunicação, a da organização e a das caixas de som. É no local que todos os dias o grito em coro, amplificado, quebra o silêncio das manhãs do bairro: “Bom dia, presidente Lula! Bom dia, presidente Lula! Bom dia, presidente Lula”. Uma saudação-protesto que se repete no “boa tarde” e no “boa noite”, diariamente. [a cada dia o número de imbecis que fazem essa saudação diminui; antes do final deste mês o movimento terá acabado - talvez só a Gleisi Hoffmann compareça e berre.]

Foi na “esquina Olga Benário” que na sexta-feira passada um delegado da PF, morador do bairro, quebrou o equipamento sonoro e discutiu com manifestantes. Dias antes, moradores entraram em confronto verbal e houve empurra-empurra, novamente por causa do som das “saudações a Lula”.  Os moradores se organizaram em grupos de WhatsApp para trocar informações e buscar a remoção dos “invasores”. Eles também passaram a isolar os jardins de suas calçadas com fitas de segurança para tentar impedir montagem de barracas e a ocupação pelos apoiadores de Lula.  “Essa baderna nos impede de ir e vir com tranquilidade e segurança, nos coloca medo em relação a nossas esposas e filhos, nos coloca a mercê de maus odores e ao risco de doenças em razão do lixo que por vezes se acumula”, diz um abaixo-assinado enviado à governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), com cópia para a 12.ª Vara Federal de Curitiba no dia 28. “Vivemos acuados e amedrontados. Não conseguimos dormir em paz em nossas casas próprias camas. Ressaltamos que não existe aqui qualquer manifestação de posicionamento ideológico.”
O documento foi enviado no dia anterior ao acampamento ser alvo de disparos de arma de fogo – ferindo de raspão no pescoço um dos manifestantes. Um ato em protesto contra os tiros bloqueou uma principais vias de ônibus do bairro com pneus incendiados. Os organizadores do acampamento pró-Lula afirmam que as manifestações são pacíficas.   A Justiça Federal recebeu até aqui pedidos de remoção de Lula da PF e consequentemente dos manifestantes – de quatro frentes: dos moradores, da prefeitura de Curitiba, de um deputado estadual e da própria Polícia Federal. Nenhum deles ainda foi julgado.

O pedido da Prefeitura, por meio da Procuradoria-Geral da Município, feito no dia 13 de abril, resultou na abertura de um processo por ordem da juíza federal da 12.ª Vara Federal, Carolina Moura Lebbos.  O Ministério Público Federal se posicionou contra a transferência de Lula da sede da PF e diz que no atual momento “a princípio, é difícil afirmar a existência de outro local no Estado do Paraná que possa garantir o controle das autoridades federais sobre as condições de segurança física e moral” Lula.[as condições físicas de Lula não correm risco já que os baderneiros são seus apoiadores e quanto às condições morais o que não se possui não se perde - Lula é um AMORAL NATO.]
 
No documento, o procurador regional da República Januário Paludo, da força-tarefa da Lava Jato, diz que há “um aparente conflito constitucional” na questão: o direito à livre manifestação; à liberdade de locomoção dos moradores do entorno da PF; o direito do Estado de aplicar a pena; e o do preso, que até o momento não pediu para ser removido da “cela” especial montada para ele no quarto andar do prédio da PF em Curitiba. [Lula na condição de réu em oito processos, condenado a mais de doze anos de cadeia em um deles, analfabeto, ex-presidente da República (que aviltou a dignidade do cargo que ocupou por dois mandatos) , condenado por crime comum, não tem direito a cela especial - aliás, a concessão de cela especial para aquele condenado é uma ilegalidade.]
 
Lula completa nesta segunda-feira, 7, seu primeiro mês de cárcere. A defesa quer esgotar todos os recursos no processo antes de pedir uma remoção da Superintendência da Polícia Federal.  Na semana passada, o ex-presidente recebeu pela primeira vez as visitas de políticos: o amigo, ex-governador da Bahia e possível ‘plano B’ do PT para a disputa presidencial, Jaques Wagner, e a presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Sem o acesso esperado a aliados, dentro do cárcere, Lula manteve nesses primeiros 30 dias o contato com o partido via advogados. 


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Paralisação dos baderneiros - também chamados de 'rodoviários' - prejudica população do DF

Paralisação deixa usuários sem ônibus em cidades do DF no começo da manhã

Movimento dos funcionários da Urbi prejudicou o serviço em Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, Taguatinga e Núcleo Bandeirante 

Uma paralisação-relâmpago de funcionários da Viação Urbi pegou desprevenidos, na manhã desta segunda-feira (7/5), os usuários do sistema de transporte das cidades atendidas pela empresa: Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, Taguatinga e Núcleo Bandeirante. Com isso, as paradas nesses locais ficaram cheias logo cedo de manhã, prejudicando a chegada ao serviço de vários trabalhadores.

De acordo com os funcionários, o movimento se deve a problemas no pagamento dos planos de saúde. Por meio de nota, a empresa Urbi Mobilidade Urbana informa que os atrasos dos repasses ocorreram por conta da "situação de inadimplência do GDF junto à empresa, que ultrapassa a quantia de R$ 35 milhões, montante acumulado nos anos de 2015, 2016, 2017 e 2018". Ainda, esclareceu que os ônibus começaram a sair das garagens às 6h20. Contudo, o serviço foi sendo normalizado aos poucos, e o reflexos eram sentidos por volta das 7h30.
Em nota, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) informa que fez a transferência "de R$ 4,4 milhões à empresa Urbi, referente aos subsídios/gratuidades (Estudantil e Pessoas com Deficiência) e complemento tarifário", na última quinta-feira (3/5). "Já o repasse dos valores de Vale-Transporte e Cidadão é feito diariamente e está em dia. A autarquia esclarece, ainda, que as Dívidas de Exercícios Anteriores, de 2015 a 2017, com a Urbi chegam a R$ 14,8 milhões, mas a atual gestão vem realizando os pagamentos do exercício atual", completa.

A paralisação acabou refletindo no metrô, que se tornou a melhor opção para muitos passageiros. Na estação Taguatinga Sul, a reportagem viu trens partindo sem que todos conseguissem embarcar, de tão cheios que estavam os trens. Segundo a vendedora Elisete Silva, que mora em Taguatinga e trabalha no Setor Comercial, é injustificável a paralisação quando ela não é comunicada à população com antecedência. "Se o salário deles foi pago, ticket foi pago também, não tem razão uma paralisação dessas assim de uma hora para outra. Deveriam primeiro falar com a empresa, entender por que não pagaram o plano de saúde e depois fazer alguma coisa. A gente apoiaria. Agora, da forma como foi, só vejo como irresponsabilidade. O prejuízo, de novo, é nosso", lamentou.
O pedreiro Antônio Silva conseguiu pegar um ônibus de outra empresa até a estação de Furnas, em Samambaia, na esperança de chegar à Asa Norte, mas também não conseguiu entrar nos dois primeiros trens que passaram. "Vou andar igual caranguejo agora, para trás. Porque vou ter que pegar o trem de volta até Samambaia Sul para ver se, de lá, eu consigo entrar. Teria que pegar um ônibus apenas e chegar ao serviço às 6h30. São quase 8h e ainda estou aqui batendo cabeça e rodando", reclamou.

Trânsito intenso
O trânsito ficou intenso nas principais vias do DF. As saídas do Recanto das Emas e de Samambaia pela BR-060 ficaram congestionadas além do habitual, aparentemente porque muitos moradores resolveram seguir para o trabalho de carro. A mesma situação era vista na EPNB e na EPTG, que tinham tráfego intenso um pouco antes das 8h. Segundo os órgãos de trânsito, não há registro de acidentes, apenas excesso de carros.
 Correio Braziliense
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Justiça especializada = mais celeridade, portanto, mais Justiça



Novo foro dos militares já tirou mil ações da Justiça comum, de ameaça a tortura

Lei sancionada por Michel Temer ampliou as possibilidades de mudança de tribunal julgador, em caso de crimes contra civis

A Asa Sul, em Brasília, é um dos espaços mais nobres e caros da capital. Ali, mais especificamente na região da quadra 310, a presença de um homem causava incômodo aos moradores. Usuário de drogas e suspeito de tráfico, Ronniely de Souza não era bem-vindo. Três policiais militares decidiram, então, castigá-lo. E com crueldade, como concluiu o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). [um só individuo, ainda mais um marginal, não pode perturbar toda a sociedade; 
no caso de Ronniely o corretivo guardou proporcionalidade  com o seu comportamento, não resultou em morte ou lesão grave e certamente o individuo parou de praticar atos criminosos.
Mesmo defendendo a necessidade do Ronniely receber um corretivo, destacamos que o caso dele não foi alcançado pela mudança na legislação, visto que o comportamento dos policiais não está entre as práticas que passaram para competência da Justiça Militar, seja a federal ou a estadual - VEJA AQUI.]

Primeiro, Ronniely foi detido de forma ilegal, algemado, colocado no “cubículo” de um carro da polícia e levado para um matagal. Depois, levou chutes no rosto, nas costas e um pisão no pescoço. Choques elétricos com uma pistola foram aplicados no pescoço e no braço. Por fim, ele teve o pé perfurado por uma barra pontiaguda de ferro. A tortura está descrita na denúncia. Cinco anos após o crime, o caso chegou a uma reta final. No dia 20 de março, os promotores entregaram as alegações finais, em que reiteram o pedido de condenação de dois dos três PMs, Sidney Gomes Pereira e Hamilton Castro da Silva. Segundo a defesa de Hamilton, o que tinha de ser informado está nos autos. A de Sidney não deu retorno à reportagem. O caso já poderia ir à sentença, não fosse um detalhe: o MPDFT pediu a transferência do processo da Justiça comum para a Justiça Militar.

O pedido dos promotores não foi aleatório. Em 13 de outubro de 2017, o presidente Michel Temer sancionou a lei 13.491, que amplia as possibilidades de militares suspeitos de crimes cometidos no exercício da função deixarem a Justiça comum e serem julgados na Justiça Militar, em caso de crimes contra civis. Os promotores do DF se basearam na nova lei para pedir o declínio de competência. A lei vem resultando em diversos casos de conflito de competência e numa indefinição sobre a quem cabe julgar esses PMs, o que pode atrasar o andamento das ações. Em dezembro, O GLOBO mostrou que as divergências já haviam começado com a aprovação da lei. Uma solução definitiva ficará a cargo do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já analisa os primeiros conflitos de competência, ou mesmo do Supremo Tribunal Federal (STF), provocado com ações diretas de inconstitucionalidade. [é completamente sem sentido que o militar fardado, no exercício da função policial, vindo a incorrer em alguma prática que possa ser considerada criminosa seja punido pela Justiça Comum, pelo Código Penal.

Todo o processo deve correr na Justiça Especializada que além de maior rapidez (o efeito didático da pena é reforçado pela certeza do criminoso que será punido sem protelações) possibilita pena mais justa e o instrumento legal para a punição deve ser o Código Penal Militar.

A Justiça Militar apresenta a grande vantagem de atuar no sistema 'escabinado' que permite unir na apreciação do processo os conhecimentos jurídicos do juiz togado e os conhecimentos especializados dos militares que atuam no Conselho de Sentença - sempre militares de patente superior a do réu, preferencialmente da mesma força ou corporação, e que possuem o conhecimento das especificidades da função militar.
Um juiz leigo não possui a expertise para julgar um militar, acusado de prática delituosa que pode  caracterizar crime, cometida no exercício da função militar e seguindo as normas e regulamentos militares.]

A 4ª Vara Criminal de Brasília, por exemplo, ainda não se decidiu sobre o que fazer com o processo da suposta tortura a Ronniely. Outras varas, em todo o país, já tomaram essa decisão. Seis meses depois de começar a valer, a lei 13.491 levou a um deslocamento de mais de mil processos que antes investigavam PMs na Justiça comum, em 14 estados, e que agora estão abrigados na Justiça Militar, como mostra um levantamento inédito feito pelo GLOBO. Uma decisão do STJ ou do STF, no entanto, pode voltar a embaralhar esses processos. [oportuno ressaltar que a Justiça Militar se divide em dois ramos:
- Justiça Militar Federal, sendo sua primeira instância representada por Auditorias que julgam o processo através de um Conselho de Sentença (ver detalhes no comentário anterior) e seu órgão máximo é o Superior Tribunal Militar, sua  2ª Instância, sendo que a JMU cuida apenas dos crimes militares que envolvam as Forças Armadas = Marinha, Exército e Aeronáutica;
- Justiça Militar Estadual, que cuida dos crimes militares cometidos por policiais militares das polícias militares e bombeiros militares, sendo sua 2ª Instância os Tribunais de Justiça de cada Estado.]

ENTIDADES CRITICAM 'IMPUNIDADE E BLINDAGEM'
Somente em Goiás, por exemplo, o Tribunal de Justiça (TJ) espera um deslocamento de 3 mil processos envolvendo PMs. Os processos já transferidos nos estados investigam PMs por tortura, abuso de autoridade, ameaça, lesão corporal, organização criminosa, corrupção, concussão, peculato e até mesmo crimes como estupro, posse ilegal de arma e de trânsito. A predominância é de casos de abuso de autoridade. Além dos deslocamentos, a lei fez aumentar a quantidade de procedimentos abertos pela PM — e não pela Polícia Civil — em casos de crimes de militares contra civis: são 2,5 mil procedimentos novos desde outubro, em 11 estados. [vale o  já destacado: muitos das práticas de policiais miitares que podem ser crimes, não passaram a para a Justiça Militar.
Além do mais o histórico da Justiça Militar não é pela impunidade dos criminosos.]
Se o caso de Ronniely mudar de mãos, por exemplo, o juiz da Auditoria Militar do DF pode optar por refazer a instrução do processo, levando-se em conta o princípio da identidade física do juiz: o magistrado que faz a instrução é o que julga. Ele pode, no entanto, manter o processo como está, ler e proferir uma sentença. O caso estará, porém, eivado de insegurança jurídica: o STJ pode decidir posteriormente que situações como essa deveriam ser mantidas na Justiça comum.
Além das incertezas, integrantes do MP e da Justiça que criticam a lei elencam basicamente três efeitos críticos: 
1) a transferência de investigações de crimes cometidos por PMs, especialmente tortura, o mais emblemático, da esfera da Polícia Civil para as Corregedorias da própria PM, onde inquéritos historicamente sofrem com atrasos, corporativismo e ausência de instrumentos de apuração; 
2) uma sobrecarga inédita de processos em varas e promotorias militares (o mais comum é o estado ter uma única vara e uma só promotoria);
3) a saída de militares federais dos tribunais de júri em caso de crimes dolosos contra a vida, outra inovação da lei 13.491.
[mais uma vez insistimos em que a leitura da lei mostra que há um exagero por parte do MP e da própria Justiça nas críticas - os crimes dolosos contra a vida, cometidos por militares contra civis, continuam na competência do Tribunal do Júri.]

Já promotores e juízes militares sustentam que há espaço para o recebimento desses novos processos e que não haverá alívio aos PMs. Casos com penas menores, como abuso de autoridade, podem inclusive levar esses militares a perderem possibilidades de transformação da pena em medidas alternativas, como serviços comunitários, prevista em juizados especiais e inexistente na Justiça Militar, segundo promotores e juízes ouvidos pela reportagem.
Um entendimento prevalecente é que já há um desequilíbrio de forças entre polícias. Uma vítima de tortura de um PM, por exemplo, se verá obrigada a procurar a Corregedoria da própria PM. Na interpretação que se vem fazendo da lei nos estados, a investigação desses casos é exclusiva agora das corregedorias, e não mais da Polícia Civil.
— A lei faz com que os casos não sejam da Polícia Civil, para que tudo vire inquéritos policiais militares (IPMs). Aí não adianta dizer que o MP vai investigar — afirma a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen, coordenadora da 2ª Câmara de Revisão da Procuradoria Geral da República (PGR).

Entidades que atuam na defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional, criticam a nova legislação, por enxergarem “impunidade” e “blindagem” aos militares. [mais uma vez essa tal de 'anistia internacional' fala bobagem, fala besteira, coisas sem sentido;
em vez de ficar falando babaquice sobre assuntos que dizem respeito ao Brasil e às leis brasileiras a tal 'anistia' deveria falar da mortandade na Síria, do exército de Israel usar armas pesadas contra civis palestinos, que quando protestam ou estão desarmados ou usam pedras.] A lei é alvo de ações diretas de inconstitucionalidade no STF, uma de autoria da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) e outra do PSOL. Desde 27 de outubro de 2017, um pedido semelhante está no gabinete da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Esse pedido foi formulado por colegiados da própria PGR. Dodge vem encontrando dificuldades jurídicas para propor a ação.
MINAS, GOIÁS E PARANÁ TÊM MAIOR QUANTIDADE DE PROCESSOS DESLOCADOS
A maior quantidade de processos deslocados ocorreu em Minas Gerais (238), Goiás (214) e Paraná (120). O efeito foi significativo também em quantidade de novos inquéritos. No Distrito Federal, o total dobrou. Na Bahia, a média mensal de abertura de inquéritos policiais militares (IPMs) aumentou 75% desde a vigência da lei. Foram 310 IPMs abertos de outubro de 2017 até agora. Santa Catarina somou 737 novos IPMs no mesmo período.
No Rio, o crime de organização criminosa, se cometido por PM, passou a ser tipificado como militar. Já ocupa a quarta posição em quantidade de processos na Auditoria da Justiça Militar. O TJ-RJ teria decidido não fazer deslocamentos de casos de abuso de autoridade, por entender que haveria prejuízo aos réus, uma vez que eles podem contar com benefícios penais em juizados especiais.

Num processo por associação criminosa, um grupo formado por policiais civis e por um PM caminhava para um veredicto da Justiça do Rio, mas o processo acabou deslocado para a Auditoria Militar em razão deste único PM. É o que pode ocorrer com investigações sobre a atuação de milícias: uma divisão na investigação, com policiais civis sendo investigados por civis e militares investigados por militares. — O caso Amarildo, por exemplo, foi investigado pela Polícia Civil. Se fosse hoje, seria pela própria PM — diz o promotor Paulo Roberto Cunha, do MP militar.
Em novembro de 2017, pouco mais de um mês depois de vigência da nova lei, a 1ª Vara Criminal de Samambaia, região pobre do DF, acolheu pedido do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e declinou da competência para julgar outro caso de tortura, em Brasília. A ação foi remetida à Auditoria Militar. Os PMs Clauberdam de Morais, Frederico Alves Bragança e Maurício Sousa Nascimento foram denunciados por tortura praticada contra um homem acusado de estupro. [convenhamos que será uma sacanagem e tanto punir policiais pela aplicação de alguns sopapos em um verme estuprador.] Houve “violência e grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico e mental, com o fim de obter confissão pela prática de suposto crime de estupro”, conforme a denúncia do MPDFT. A vítima nem chegou a ser acusada do estupro. A defesa deles alega que a tortura não existiu, nem física nem psicológica, e que os PMs serão absolvidos. A mudança da ação para a Auditoria Militar foi pertinente, diz a defesa.
— Se uma investigação em curso na Polícia Civil já está madura, serão desnecessárias medidas complementares. Claro que pode haver uma ingerência política na PM, mas também pode haver na Civil. O STF vai ter de pacificar isso, sobre como os estados devem aplicar essa lei — disse o promotor Flávio Milhomem, que atua no âmbito da Auditoria Militar do DF.
EM DOIS CASOS, STJ DECIDIRÁ ATRIBUIÇÕES DOS TRIBUNAIS
Conflitos de competência passaram a ser comuns desde a vigência da lei que ampliou o escopo de crimes militares. A maioria dos casos é resolvida nos tribunais de Justiça (TJs), já que grande parte dos estados não tem uma estrutura de Justiça Militar separada da Justiça comum (Vara Militar vinculada ao TJ, com um juiz de direito, a exemplo das demais varas). Mas pelo menos dois conflitos foram remetidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os casos, obtidos pelo GLOBO, são de Minas Gerais e São Paulo, que têm um Tribunal de Justiça Militar à parte.
Em Minas, tanto a 2ª Vara de Tóxicos da capital quanto a 3ª Auditoria da Justiça Militar se acharam aptas para analisar um processo que trata de suposto tráfico de drogas por uma sargento da PM. Ela estava numa casa alvo de ação da polícia, que foi informada sobre drogas no local. A sargento fugiu da casa, onde estavam 90 munições de calibre .380. Policiais também apreenderam maconha, crack e uma balança de precisão. A ação foi em janeiro.
O conflito de competência foi formalizado no STJ em razão da nova lei. Os crimes são tráfico de drogas e de desobediência. No primeiro parecer que se tem notícia sobre esse tipo de conflito, a PGR foi a favor de que o tráfico permanecesse na Justiça comum. “Essa Corte tem entendimento de que o policial militar não pode ser enquadrado na definição de militar prevista no Código Penal Militar, pois o próprio Código de Processo Penal traz definição que não contempla os militares estaduais”, escreveu a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen, que atua no STJ. Para ela, a Lei 13.491 só alterou a situação dos militares federais. “O tráfico de drogas cometido fora do horário de serviço em local não submetido à administração militar não se enquadra em nenhum desses incisos.” Já o crime de desobediência deve ir à Justiça Militar.

O parecer, assinado no último dia 25, pediu ao STJ a “declaração incidental de inconstitucionalidade” da lei sancionada pelo presidente Michel Temer. “O veto que excluiu somente a cláusula de temporariedade da lei adulterou, por completo, a vontade do Congresso Nacional. O procedimento correto seria o veto total, sob pena de o presidente da República usurpar a função do Congresso Nacional”, afirmou.
A suprocuradora-geral ainda opinou sobre outro caso no STJ, no dia 26. Um militar do Exército foi acusado de ameaça e lesão corporal leve. A ocorrência foi registrada na Polícia Civil de São Paulo. Ele teria dado uma cabeçada e apontado a arma para um segurança, tentar entrar num hospital onde a filha estava. O MP-SP enviou o caso à Justiça Militar, que discordou. O caso foi remetido ao STJ. A suprocuradora-geral defendeu a competência da Justiça comum.

O Globo

O inferno de Temer [será que as acusações, baseadas em suspeitas, resistirão quando forem investigadas com isenção?]

Como o presidente da República tenta enfrentar a maior crise de seu governo, ao mesmo tempo em que se dedica a preservar o próprio mandato e a defender a reputação de sua família, em meio à perda de sustentação política

[Temer lembra o caso do ministro Alceni Guerra - ministro da Saúde no governo Collor e acusado no escândalo das bicicletas; tudo conspirava contra ele, quando foi apeado do poder, praticamente preso (só não foi devido naquele tempo só se prendia após condenação, ainda que na primeira instância); com a renúncia de Collor, Alceni foi investigado e declarado inocente.

As suspeitas, os indícios e as ilações, tudo apresentado como provas sólidas, se esfarelaram quando objeto de uma investigação imparcial e que buscava apenas Justiça.

Outro que sofreu todo tipo de acusações e foi inocentando - quando investigado com isenção - foi o deputado Ibsen Pinheiro.] 

O inferno de Dante Alighieri consiste em nove círculos concêntricos que se afunilam conforme mais profundos ficam, até encontrarem o centro da Terra. Para qual deles você é enviado, depende do pecado cometido. Sobre o inferno de Temer não se sabe ainda a duração nem o alcance. O certo é que o presidente da República enfrenta hoje o terceiro círculo, ou terceira onda, como ele mesmo define, pela qual corre o risco de ser irremediavelmente tragado caso não consiga se desvencilhar da enrascada em que entrou. Nos primeiros meses de gestão, o presidente exibiu musculatura política invejável. 


Aprovou o teto dos gastos, a reforma trabalhista, controlou a inflação e os juros e, mesmo paulatinamente, parecia colocar o País na trilha do desenvolvimento. Desde o avanço da Operação Lava Jato sobre ele, porém, Temer deslocou o eixo de sua atuação: abandonou as reformas e passou a se dedicar à preservação do próprio mandato. 

Não tem sido fácil dissipar as labaredas. Enquanto vê seus parentes investigados por lavagem de dinheiro, numa trama capaz de enredá-lo, Temer não consegue conter o desemprego, perde sustentação política, bate recorde de vetos derrubados e assiste à paralisia de projetos de interesse do governo no Congresso, arena que ele demonstrava dominar como poucos.


Sua candidatura à reeleição, antes dada como certa, patina em meio ao esfacelamento das alianças. “Se a história não me reconhecer, nome em ala de hospital terá reconhecido”, contentou-se Temer na última semana. “É…se alguém insiste para que eu pule de um prédio, precisa me garantir primeiro que há água lá embaixo”, afirmou a senadora ruralista Kátia Abreu (MDB-GO). Kátia é hoje uma clara opositora ao presidente e ao seu governo. Mas, ainda assim, provocou profundo silêncio ao se manifestar numa reunião da bancada de seu partido quanto às chances de apoiar a reeleição.

Traições
Explicitava-se ali um sentimento que vai ganhando força no MDB e em outros partidos aliados do governo. Sem conseguir se livrar das denúncias da Polícia Federal e do Ministério Público, Temer vai-se tornando uma opção difícil de ser carregada nos palanques das eleições estaduais. Nos bastidores, emedebistas já falam claramente na hipótese de trair Temer em julho na convenção partidária, quando a escolha de candidaturas ou a opção por não ter candidato à Presidência será decidida por voto secreto. “Desde o ano passado, o presidente vem enfrentando os ataques vindos do Ministério Público e da Polícia Federal e não consegue conter isso”, admite um assessor do presidente.[ataques feitos sem provas, com flagrante armado, são de dificil contenção, além do mais há a clara disposição de aceitação por parte de quem recebe as denúncias.
Mas, a partir de janeiro - considerando que Temer desista da candidatura e possa ser investigado - há grandes chances das acusações desmoronarem.]

Na sua última manifestação sobre as denúncias que enfrenta, o presidente subiu o tom. Declarou-se indignado com o fato de terem vazado informações das investigações contra ele que apontavam para possível lavagem de dinheiro a partir da aquisição e da reforma de imóveis por sua família. Uma das apurações envolve uma casa da filha de Temer, Maristela. E um personagem habitual nas acusações contra o presidente, o ex-coronel da Polícia Militar João Baptista Lima. As investigações contra Temer apontam para a hipótese de Lima ser um operador de propina. Na quinta-feira 3, Maristela Temer depôs em São Paulo por quase quatro horas sobre a reforma da sua casa no Alto de Pinheiros. 

No caso, investiga-se um repasse de R$ 2 milhões que teria sido feito por Lima para a reforma, que teve como arquiteta a própria mulher de Lima, Maria Rita Fratezi. Em seu depoimento, Maristela disse que Lima deu uma “ajuda de camaradagem, amizade, quase familiar”, por meio de orçamentos com empresas, mas que não recebeu dinheiro do coronel. Valeu-se da contribuição da mãe e de um empréstimo bancário contraído entre 2013 e 2014. “Sabia até onde podia caminhar com as próprias pernas para bancar o empreendimento”, disse. O objetivo, segundo ela, era “dar um tapa” na casa para alugar. Ao fim, se disse aliviada por emitir sua versão. Mas não apresentou comprovantes do que disse. [até recentemente - e continua valendo nos países sérios - quem apresenta comprovantes do que diz, do que acusa, é a acusação.
O ônus da prova cabe ao acusador.
O defensor ter que provar o que não ocorreu, o não fato é praticamente impossível.]

Temer insiste em voltar-se contra o vazamento das informações do inquérito. Parece o caso clássico de alguém que, ao não gostar da mensagem, resolve punir o mensageiro. Em seu partido e entre seus aliados cresce o sentimento de que o presidente não consegue explicações suficientes para conter as denúncias contra ele. Com isso, isola-se. Não se mostra capaz de ver avançar as pautas de seu interesse no Congresso. Abandonou a agenda prioritária do governo. Trocou-a por salvar a própria pele.

Os problemas vividos por Temer dificultam seus planos políticos e os de seu governo. No Senado, o ex-líder do MDB no início do governo Temer, Renan Calheiros (AL), assume claramente o papel de articulador do processo que pode levar à traição do presidente na convenção partidária em julho. [Renan reforça as acusações contra Temer; fica a pergunta: nos próximos meses o Renan vai ser julgado de verdade, será que ele resiste? será que as acusações contra ele serão sem suporte probatório igual as feitas contra Temer?]  Renan esmera-se em provocar seus colegas de partido, perguntando a eles se levariam o presidente a seus palanques nos estados. “Quero ver você sair de mãos dadas com o Temer na 25 de Março”, disse, por exemplo, na semana passada à senadora Marta Suplicy (SP), referindo-se à famosa rua paulistana de comércio popular.

Reunião com FHC
As provocações de Renan fazem algum efeito. Ele tem promovido reuniões com representantes dos diretórios de Santa Catarina, Pará, Sergipe, Minas Gerais, Paraná e Ceará, além de Alagoas, onde o MDB tem maior peso e maiores chances eleitorais, para sugerir que abandonem Temer. Nomes até então mais próximos do presidente já começam a admitir a deserção. Caso, por exemplo, do presidente do Senado, Eunício Oliveira, que tenta a reeleição no Ceará. “Temer tem se precipitado”, disse Eunício, em conversa recente com aliados. “Ele não tem combinado com o partido antes. A candidatura, por exemplo, não foi discutida previamente”, reclamou.

No Congresso, o resultado de tal situação é a paralisia. Temas da pauta do governo, ou que o governo encampou, como a privatização da Eletrobrás, o cadastro positivo de devedores e a criação do Sistema Único de Segurança, vacilam na Câmara e no Senado. Entre março e abril, o plenário passou 22 dias sem votar nenhum projeto. Este ano, apenas quatro medidas provisórias e 17 projetos de lei foram aprovados. Desde que lançou sua pretensão de ser candidato à Presidência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ) não faz avançar a pauta entre os deputados. Diante da situação, Michel Temer iniciará a próxima semana com uma reunião com os principais líderes do Congresso. O encontro é uma admissão do presidente de que os temas mais importantes para o governo de fato não avançam.
Nos bastidores, o presidente já tem se movimentado. No início da semana passada, ele esteve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Temer quer a todo custo se reaproximar do PSDB. Por isso, passou a admitir a hipótese de o MDB indicar um nome para vice na chapa do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Esse cenário também foi tema de conversa no fim de semana com o governador de São Paulo, Márcio França, do PSB, que também apoia Alckmin. “Há um consenso de que o centro precisa se unir. O problema é que não há clareza quanto a como se unir ou com quem”, comenta um assessor do presidente. Existe outro entrave. Embora precisem reforçar o palanque tucano, Alckmin e seus aliados relutam em celebrar uma aliança com o impopular Temer. Receiam que a parceria vire um abraço de afogados, como se já não bastassem as dificuldades do PSDB em decolar nas pesquisas.

Esse é o drama de Michel Temer. Emparedado por investigações e sem respaldo da população, o presidente reúne dificuldades para conter à debandada de seus aliados, mais preocupados com suas próprias eleições. Caso Temer não consiga reagir, esse tende a ser um caminho sem volta. No Inferno, Dante, guiado pelo poeta Virgílio, percorre locais onde os pecadores enfrentam punições pelo que fizeram em vida. No seu inferno particular, Temer arde em fogo alto e enfrenta desventuras no exercício do mandato, não pelo que fez, mas principalmente pelo que deixou de fazer.

Rudolfo Lago, Ary Filgueira e Tábata Viapiana  - IstoÉ