Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

sábado, 12 de maio de 2018

Para que se entenda o que são golpe e ditadura



Descoberta de memorando da CIA relembra a violência do regime militar e ajuda os mais jovens e os desinformados em geral a não fazerem comparações descabidas

A antiga lição de que entender o passado ajuda a compreender o presente se aplica a um memorando encontrado pelo pesquisador de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas Matias Spektor, enviado em abril de 1974 pelo então diretor da CIA, central de inteligência dos Estados Unidos, William Colby, para o secretário de Estado Henry Kissinger.  O documento confirma o conhecimento pelo presidente Ernesto Geisel — o penúltimo dos governantes militares do regime de 1964 a 85 — do assassinato de opositores do regime, como consta da obra “Ditadura”, de Elio Gaspari, colunista do GLOBO, composta por cinco livros. Em um deles, é transcrito um diálogo, gravado em fevereiro de 1974 entre Geisel, pouco antes da posse, em março, e outro general, Dale Coutinho: “(...) esse troço de matar é uma barbaridade, mas eu acho que tem que ser".


Já o memorando tem especial importância porque cita o general Milton Tavares de Souza, comandante do temido Centro de Inteligência do Exército (CIE), concorrente em arbitrariedades e violência do DOI-Codi, como fonte da informação de que aproximadamente 104 pessoas foram eliminadas durante pouco mais de um ano, a partir de 1973. Presente à conversa em que Milton Tavares aborda este assunto, Geisel, já presidente, concorda com outro interlocutor, João Baptista Figueiredo, chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) e futuro sucessor de Geisel, que “a política (de assassinatos) tem de continuar”. Com a determinação, feita pelo presidente, de que “apenas subversivos perigosos” fossem executados, ficando a palavra final com Figueiredo.
Confirma-se que torturas e execuções eram política de Estado. Para as gerações mais novas, fica o ensinamento de como funciona um verdadeiro regime de exceção, instalado a partir de um golpe real, como foi o de 64, impondo uma ditadura radicalizada em 13 de dezembro de 1968, com a edição do Ato Institucional nº 5, o AI-5. 

[Conheça outras opiniões. Para melhor informação,  leia também:  





 



É oportuno este tema, resgatado pela descoberta do memorando, devido à facilidade e ligeireza com que se acusa a cassação de Dilma Rousseff de “golpe” e se afirma viver o país um ciclo de ilegalidades, a principal delas a prisão do ex-presidente Lula. Credite-se esses desatinos à paixão política e ideológica, mas também à falta de informação histórica.  Revisitar aqueles tempos de escuridão ensina que nada existe no Brasil, a partir da Constituição de 88, que permita ao Estado sequestrar, executar cidadãos e cercear as liberdades em geral. Há imperfeições, é certo, mas as instituições funcionam, e o estado democrático de direito vigora.  É crucial ter consciência das diferenças em relação àquele passado, também para a sociedade poder rejeitar qualquer proposta autoritária que venha da direita ou da esquerda.




Motivos para executar a vereadora

Investigações incluem vereador, policial militar e miliciano preso entre os prováveis autores do assassinato que coroa o domínio de uma estrutura criminosa capaz de controlar o Rio de Janeiro mesmo com a intervenção federal na Segurança do estado

O local onde a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados, em 14 de março, no Estácio, região central do Rio de Janeiro, foi tomado por um clima de deferência na noite da quinta-feira 10. Por mais de cinco horas, ali foi encenada a reconstituição do crime — etapa fundamental para a elucidação de um atentado que comoveu o País e o mundo, além de expor a falência do poder público no estado e revelar as entranhas de uma organização criminosa que controla serviços, verbas e votos em boa parte do Rio de Janeiro. Mais que a execução de uma vereadora 
combativa, o atentado contra Marielle demonstrou o imenso desafio de recuperar a cidade e o estado das mãos de bandidos que visivelmente não se abalaram sequer com a intervenção federal na Segurança Pública fluminense. Pelo contrário, fizeram do cadáver de Marielle um troféu que coroa seu poderio e certeza de impunidade. Para a reconstituição da cena do assassinato foram foram destacados 200 homens do Exército, Polícia Militar, companhia de trânsito e guardas municipais para a realização da reconstituição. 

Três ruas foram fechadas em um perímetro de cerca de um quilômetro. Plásticos pretos cobriram a cena, grades mantiveram longe as pessoas que não tinham ligação direta com o fato e sacos de areia foram espalhados para absorver os projéteis. “Essas testemunhas voltam no cenário dos acontecimento e é importante através das percepções auditivas e visuais delas reconstruir toda a dinâmica do crime e levantarmos qual o armamento empregado”, disse o delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Giniton Lages. “Nós não temos imagens do momento em que o crime ocorreu. Nós contamos com as testemunhas presenciais. Elas foram localizadas e estão presentes no inquérito, já fazem parte do arcabouço probatório do inquérito.”

Na semana passada, tornou-se evidente que os responsáveis pelos assassinatos foram integrantes de milícias. Passados dois meses do crime, a dificuldade em encontrar os culpados confirma não apenas a incapacidade do Estado de lidar com uma crise de segurança como revela que o poder das milícias não é mais “paralelo”, ele é o que restou ao Rio — e a Marielle foi morta por ter ameaçado esse domínio. Uma testemunha ouvida pela polícia afirmou que o assassinato foi planejado pelo vereador Marcello Siciliano (PHS) e pelo ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, acusado de chefiar uma milícia no bairro de Curicica. A delação foi obtida pelo jornal O Globo. A testemunha, um homem que está sob proteção policial, deu três depoimentos. Ex-participante de um grupo paramilitar, ele disse que presenciou quatro diálogos entre Siciliano e Araújo para tratar do crime. A trama para matar Marielle teria começado em junho do ano passado. Num desses encontros, realizado em um bar na Avenida das Américas, no bairro do Recreio, Siciliano teria dito que Marielle estava lhe atrapalhando e cobrou de Araújo uma solução para o problema. A testemunha, que trabalhou por dois anos como segurança de Araújo, também forneceu os nomes dos quatro homens que estavam no carro de onde saíram os tiros que mataram a vereadora, entre eles um PM do 16º Batalhão de Olaria, um ex-PM da Maré e outros dois homens. Atualmente preso em Bangu, Araújo estava foragido e acabou sendo preso em uma operação policial realizada em outubro.

O delator informou que a desavença entre Siciliano e Marielle foi motivada pelo avanço do trabalho comunitário da vereadora em áreas da zona Oeste do Rio de interesse da milícia, mas ainda dominadas pelo tráfico. Araújo funcionava como braço operacional do vereador na região. Segundo ele, Araújo mandava na comunidade da Vila Sapê, em Curicica, que está em guerra contra os traficantes da Cidade de Deus. Marielle teria passado a apoiar os moradores da Cidade de Deus e entrado em conflito com o vereador e o ex-PM. As duas partes passaram a se enfrentar por meio de associações de bairro e Araújo sentiu seu poder ameaçado pela combatividade de Marielle. Ele teria dado a ordem para a execução da vereadora um mês antes do crime. Ordenou que gente de sua confiança cuidasse da clonagem de um carroo Cobalt prata usado no assassinato – e que realizasse um levantamento das rotinas e dos trajetos que a Marielle costumava fazer antes de chegar e depois de sair da Câmara Municipal.  Na quinta-feira 10, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que comanda a intervenção na segurança do Rio, ratificou a informação e confirmou que Siciliano e Araújo são, de fato, investigados pela polícia. “O que eu posso dizer é que estes e outros são investigados e que a investigação do caso Marielle está chegando a sua etapa final. Acredito que em breve nós vamos ter resultados”, disse o ministro.

Crime semelhante
Os acusados se defendem. O miliciano Orlando Oliveira de Araújo negou as acusações por meio de uma carta. Nela, nega a participação no crime e afirma que “nunca tinha ouvido falar” em Marielle. “Informo também que nunca estive com o vereador [Marcello] Siciliano em nenhuma oportunidade”. O ex-policial militar foi preso por um crime semelhante ao que resultou na morte de Marielle. Em 2015, três homens teriam participado de uma perseguição a carro e matado Wagner Raphael de Souza, o Dádi, a mando do ex-PM. Uma das vítimas sobreviveu e contou que Dádi “não baixava a cabeça” para a milícia e que era uma pessoa muito forte na comunidade, o que o tornou perigoso rival da facção. Araújo é acusado de chefiar milícias em comunidades da zona oeste do Rio. O faturamento da quadrilha seria de cerca de R$ 215 mil por mês. O crime pelo qual ele está preso teria sido causado pelo fato de a vítima não ter pedido autorização para alugar um terreno.

Durante entrevista coletiva na quarta-feira 9, o vereador Marcello Siciliano afirmou que a acusação contra ele é mentirosa. “A minha relação com a Marielle era muito boa, não estou entendendo por que esse factóide foi criado”, disse. O vereador também afirmou que estava sendo massacrado nas redes sociais e que não é possível dar muitos créditos para a fala de uma pessoa que não se sabe “nem a credibilidade que tem.” Para mostrar proximidade com a vereadora morta a tiros, ele disse que ela esteve até no aniversário dele.

Indicado ao Nobel da paz
Filiado ao Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Siciliano tem 45 anos, é casado desde os 19 e pai de quatro filhos. Sempre que possível, ele exalta sua relação com a família em entrevistas e pronunciamentos. Uma de suas bandeiras nas eleições foi a urgência de uma “nova política”. Em 2010, ele foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz por sua atuação como empresário e envolvimento em ao menos seis projetos sociais. Uma fonte muito próxima de Marielle e que colabora com as investigações também desconfia da veracidade do testemunho anônimo. “Esse depoimento é muito estranho. O mandato de Marielle não tinha ligações com Jacarepaguá e a zona oeste. Além disso, um miliciano não chega em um lugar público e fala nomes de pessoas que quer matar”, disse com a condição de não ser identificada. “É lamentável o vazamento em uma investigação como essa. Temos que tomar cuidado porque quem permitiu isso tinha algum interesse”, diz Marcelo Freixo, deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PSOL.

Ivan Marques, diretor executivo do Instituto Sou da Paz, também teme pelo andamento das investigações após o vazamento. “Os casos não podem virar espetáculos. A polícia tem de prestar contas à população e a população precisa ter o mínimo de confiança na polícia”, diz ele, para quem o assassinato de Marielle pode ser uma mensagem clara de que quem manda no Rio de Janeiro é o crime – e ele não quer ser desafiado. As décadas de ineficiência e falta de fiscalização do poder público no Rio de Janeiro abriram brechas para a atuação do crime organizado e da própria polícia, que encontrou nesse vácuo de poder oportunidades de abrir negócios lucrativos. O crime se expandiu para a oferta de serviços básicos à população, como entrega de gás e transporte, o mais rentável deles. “O Estado deixou de investir em comunidades para priorizar outras áreas, mas agora o preço a pagar é muito mais alto. Praticamente um terço da população está sujeita a pequenos ditadores das comunidades”, diz José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública e coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo. Foi essa ditadura que assassinou Marielle.

IstoÉ


A necessária reestruturação dos presídios




Tão essencial quanto reformar as instituições, recompor a tropa, recuperar viaturas e combater a corrupção nas polícias é sanear o sistema penitenciário fluminense


O interventor federal na segurança do Rio, general Walter Braga Netto, decidiu tocar num ponto crucial — o sistema penitenciário —, mas que, contraditoriamente, não costuma entrar no foco das autoridades públicas. Talvez porque, em geral, impere a tese de que quanto menos mexer nesse setor, melhor. Mas Braga Netto sabe que, para pôr a casa em ordem, não há como ignorar área tão estratégica. Afinal, o Estado do Rio tem 51 mil presos e déficit estimado de 22 mil vagas. Não é por outra razão que, como mostrou reportagem do GLOBO na edição da última segunda-feira, dos seus 92 atos administrativos publicados no Diário Oficial, 47 (ou 51%) estão de alguma forma relacionados à reestruturação da Secretaria Especial de Administração Penitenciária (Seap).

A maior mudança é traduzida por um decreto que acaba com as diferenciações entre as unidades. Ou seja, as 12 penitenciárias ou cadeias públicas que antes recebiam apenas presos provisórios foram transformadas em presídios, podendo abrigar também condenados. Com a medida, 3,8 mil detentos estão sendo transferidos para outros endereços. O governo não sabe ainda quantas vagas serão criadas com a reestruturação do sistema, mas aposta que ela solucionará em parte o déficit atual, atenuando o grave problema da superlotação. O secretário de Administração Penitenciária, David Anthony Gonçalves Alves, afirma que a reformulação dará mais flexibilidade para mover os internos. “Hoje não posso contar, no curto prazo, com a criação de novas vagas. Então tenho que redirecionar ou gerenciar melhor as que tenho”, argumenta.

Os presídios constituem uma questão sensível não apenas pelo fato de reunir presos de facções rivais num caldeirão que parece sempre prestes a explodir. É de dentro das cadeias que detentos comandam muitos dos crimes cometidos fora dos muros das penitenciárias. De suas celas, dão ordens para execuções, sequestros e invasões de comunidades, fato que é de conhecimento público. Um ex-PM e miliciano que está preso em Bangu 9 é apontado por uma testemunha como um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, como revelou O GLOBO.  Os desacertos se estendem também aos processos de gestão. 

A secretaria de Administração Penitenciária foi alvo da Operação Pão Nosso, desdobramento da Lava-Jato, deflagrada em março deste ano. Segundo o Ministério Público, entre 2010 e 2015, um esquema de corrupção desviou R$ 44,7 milhões em contratos para fornecimento de lanches a presídios do estado. Portanto, no processo de reestruturação da segurança fluminense, que tem como desafio reduzir índices intoleráveis de violência, tão essencial quanto reformar instituições, recompor a tropa, recuperar viaturas e combater a corrupção nas polícias é sanear os presídios, sem dúvida um dos pontos cardeais da criminalidade.

Editorial - O Globo



Entrevista livre com Bolsonaro: Temas Atuais


O pré-candidato a Presidente pelo PSL teve liberdade para expor seus pensamentos e visão sobre o Brasil aos jornalistas de O Tempo, de MG

 

 12 maio 2018 


Quem manda no cara do CFR que ataca militares? QUEM É Matias Spektor?

QUEM É Matias Spektor? É um professor e pesquisador de Relações Internacionais. Nascido em Rosário, na Argentina, cresceu na Bahia e em Brasília. Fez graduação e mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, e mestrado e doutorado em Relações Internacionais pela Universidade de Oxford. Spektor é professor e coordena o Centro de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas em São Paulo. Também é colunista do jornal Folha de S. Paulo.

Spektor foi o primeiro ocupante da Cátedra Rio Branco da King's College de Londres e o primeiro Global South Fellow da London School of Economics. Foi também pesquisador visitante no Woodrow Wilson International Center for Scholars e no Council on Foreign Relations, ambos em Washington. Deste modo não necessitamos de mais nada para traçar um perfil deste “PROFESSOR” e suas “INTENÇÕES” em relação ao suposto documento encontrado “POR ACASO” com informações sobre execuções sumárias no Brasil ordenado por militares. Somente dois fatos sobre este “SR” já chama a atenção e me deixa preocupado:

A) é colunista da Folha de São Paulo 

B) pesquisador visitante no Woodrow Wilson International Center for Scholars e no Council on Foreign Relations, ambos em Washington.
Esta entidade prega entre outras coisas a América única, sem fronteiras, nos moldes da URSAL. O Council on Foreign Relations possui dentre outras atuações e funções o de introdução de regulamentações em escala mundial, que transferem a soberania das nações para organismos internacionais" procurando o estabelecimento de uma "Nova Ordem Global". 

Tal ordem estaria associada à uma "uniformização econômica do planeta", e traria "no seu bojo as sementes de uma neo-religião híbrida, meio ecológica, meio ocultista (...) e cuja implantação resulta pura e simplesmente na destruição completa do cristianismo e do judaísmo".  Os principais agentes do globalismo seriam as fundações Ford, Rockefeller e MacArthur, como também George Soros e seus associados, o Clube Bilderberg, o Council on Foreign Relations, a Comissão Trilateral, como também, politicamente, o "Partido Democrata, Diálogo Interamericano. Deste modo fica clara a atuação e ações deste “Sr” chamado “MATIAS SPEKTOR”. São totalmente suspeitas, onde neste exato momento aparece com este “documento secreto” tentando denegrir as Forças Armadas do Brasil, quando um candidato apoiado por militares é o primeiro lugar nas pesquisas.

Diante do acima elencado fica fácil saber quem é o dono/controlador de “MATIAS SPEKTOR” e qual é o seu objetivo no Brasil.

A guerra de 5º geração continua!

Nelson Bruni é Médico e Patriota e Brasileiro.